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SÍNDROME DE ALIENAÇÃO

PARENTAL

Marta Amóras
2ª Unidade
Aula 01- Parte 01
ALIENAÇÃO PARENTAL (AP) e
SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL
(SAP):
A Alienação Parental (AP) é uma patologia psíquica gravíssima que
acomete o genitor que deseja destruir o vínculo da criança com o
outro, e a manipula afetivamente para atender motivos escusos.

Quando a própria criança incorpora o discurso do(a) alienador(a) e


passa a contribuir com as campanhas de verificação do genitor-alvo,
instaura-se a Síndrome de Alienação Parental (SAP)
ALIENAÇÃO PARENTAL (AP) e
SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL
(SAP):

Richard Gardner(Psiquiatra) – primeiro a identificar e a nomear


a Síndrome de Alienação Parental;

Trata-se de um processo que consiste em programar uma


criança para que odeie, sem justificativa, um de seus genitores,
decorrendo daí que a própria criança contribui na trajetória de
campanha de desmoralização;
ALIENAÇÃO PARENTAL (AP) e
SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL
(SAP):

Geralmente eclode após o divórcio, quando há disputa de


guarda, regulamentação de visitas, em que o genitor-alvo
reivindica aumento de convívio com os filhos.

Pode surgir também durante a convivência marital, através de


atitudes e palavras de um dos pais para desqualificar e
desautorizar o outro na frente dos filhos.
Exemplo:

João e Maria separam-se após 12 anos de seu casamento. Os filhos,

Joana e José, 11 e 9 anos, ficam sob a guarda materna. Maria, não

se conformada com a separação, passa a denegrir, desmoralizar,

execrar e ofender João, em comentários com os filhos.

Estes, passam a ter resistência ao convívio com João e a ter

enfraquecendo seu vínculo parental.


PERFIL DO ALIENADOR
 O(a) alienador(a) age de forma sórdida devido ao seu perfil
Psicológico:

 Papel de “vítima” perante os outros (profissionais, amigos,


Judiciário);

 Esquizo-paranoide: faz uma divisão rígida das pessoas em “boas” (a


favor dela) e “más” (contra ela), e sente-se perseguida, injustiçada,
indefesa;

 Não sente culpa ou remorso; não tem a mínima consideração pelo


sofrimento alheio - nem dos filhos -, e não respeita leis, sentenças,
regras (Psicopata)
ESTRATÉGIAS
Distanciamento

Desmoralização

Culpa

Competição
Níveis da Alienação Parental

 Leve
• Campanhas de desmoralização do alienador contra o
alienado;
• Ausência de sentimentos de ambivalência e culpa;
• Situações artificiais e fingidas;

 Médio
• Problemas com as visitas – comportamento inadequado e
hostil;
• Vínculos com o alienador se tornam medianamente
patológicos;
• Começam a surgir dificuldades no manejo da relação;
 Grave

• Fortes campanhas de desmoralização do alienado;


• Vínculos totalmente prejudicados;
• Desaparecem a ambivalência e a culpa;
• Estabelecem sentimentos de ódio contra o alienado e podem
ser estendidos para a família e aqueles que rodeiam.
 Síndrome constitui uma forma de abuso ;

 Síndrome pode produzir nas crianças:


a) Depressão crônica;

b) Incapacidade de adaptação em ambiente psicossocial


normal;
c) Transtorno de Identidade;

d) Desespero;

e) Sentimento incontrolável de culpa;

f) Sentimento de isolamento;
c) Comportamento hostil;
d) Falta de organização,e em extremos,levar ao suicídio;

 Estudos mostram que ,quando adultas,as vítimas de Alienação


têm inclinação ao álcool e as drogas e sintomas de
desajustamento;

 Sentimento de culpa instaurado ,quando adulto,a pessoa


constatará ter sido cúmplice de uma grande injustiça ao genitor
alienado;

 Seu desenvolvimento psicorelacional esteve alicerçado numa


mentira,numa pseudo-relação,que precisou ser construída e
sustentada até então;
 Identificação da Síndrome é tarefa de um profissional da
saúde mental – com experiência sobre esse tipo de
enfermidade – genitores devem passar por uma série de
testes psicológicos para que seja possível formular hipóteses
e estratégias, não apenas de diagnóstico e tratamento, mas
também de prevenção;

 Avaliação realizada separadamente – constada que não


existe perigo para os filho o trabalho de mediação começa ;

 Fracasso na mediação – intervenção judicial – para garantir o


direto de vê o filho e esse direito está sendo negado pelo
alienador;
Recurso via judicial é importante para
compelir o alienador a permitir que
se cumpra o direito de visita como
condição fundamental para o
exercício da função paterna ou materna,
que antes de ser um atributo dos pais, constitui um direito
dos filhos;
ERROS QUE PODEM SER EVITADOS:

1. Considerar unicamente a opinião dos filhos, nela pode


estar contaminada pela opinião dominante do
alienador, que não deseja esse contato;

2. Que apenas um dos genitores decida sobre o bem -


estar do filho, seja ele o alienador ou o genitor alienado
– opinião de uma terceira pessoa totalmente neutra.

3. Genitor alienador não respeita regras e não costuma


acatar as decisões judiciais – as regras são par os
outros e não para ele.

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