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Transtornos do

Comportamento
Disruptivo
 Os transtornos da infância diretamente
relacionados com o comportamento são
os transtornos de oposição e desafio e o
transtorno de conduta.

interrompem o seguimento
normal de um processo.
 Transtorno desafiador de oposição;

 Transtorno de Conduta.

Prejuízos na função social e acadêmica


da criança ou adolescente.
É caracterizado por um padrão repetitivo
e persistente de comportamento
desafiador, indo contra as regras de
convivência social.

 Tal comportamento deve ser grave,


diferente de travessuras infantis ou
rebeldia "normal" da criança.

TRANSTORNO DESAFIADOR DE
OPOSIÇÃO
 De acordo com o DSM-V, as taxas de prevalência
para o transtorno variam de 2 a 16%.

 Início: 3 anos de idade

 Tende a se manifestar aos 8 anos de idade, não


depois da adolescência.

 Mais prevalente em meninos do que em


meninas.

 Após a puberdade, a proporção parece ser igual.

EPIDEMIOLOGIA
 Há momentos no desenvolvimento
normal que o comportamento de
oposição é esperado, como por
exemplo entre dois a três anos de
idade ou até mesmo na pré-
adolescência.

AUTONOMIA IDENTIDADE
 Entretanto, o comportamento hostil se
torna uma preocupação quando é
frequente e consistente.

 Se destaca quando comparado com outras


crianças da mesma idade e nível de
desenvolvimento e quando ela afeta a
família da criança, social e a escola.
 RETARDO MENTAL; (Defesa contra
impotência)

 TRAUMAS;

 Adolescência (Desejo de desvincular dos


pais);

 CONFLITOS NÃO RESOLVIDOS;

 COMPORTAMENTO APRENDIDO (exercem


controle sobre figuras de autoridade).

ETIOLOGIA
 O transtorno de oposição é caracterizado
por um padrão global de desobediência,
desafio e comportamento hostil.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
 A criança ou adolescente discute
excessivamente com adultos;

 não aceitam responsabilidade por sua má


conduta,

 incomodam os demais,

 possuem dificuldade de aceitar regras,

 perdem facilmente o controle se as coisas


não seguem a forma que eles desejam.
 As crianças com o transtorno apresentam
um padrão contínuo de comportamento
não cooperativo, desafiante, desobediente
e hostil incluindo resistência a figura de
autoridade.
O PADRÃO DE COMPORTAMENTO PODE
INCLUIR:

 Frequentes acessos de raiva,

 Discussões excessivas com adultos,

 Questionando as regras,

 Desafio e recusa em cumprir com os pedidos


de adultos,

 Deliberada tentativa de irritar ou perturbar as


pessoas,
 Culpar os outros por seus erros e mau
comportamento,

 Muitas vezes, é facilmente aborrecido


pelos outros,

 Agressividade contra colegas,

 Dificuldade em manter amizades,

 Problemas acadêmicos.
 Comportamento em estágios específicos
do desenvolvimento,

 Transtorno de adaptação,
(temporariamente em reação a estresse e
mudanças),

 Esquizofrenia,

 Transtorno de Conduta

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
 O curso depende da gravidade dos
sintomas.

 Aumenta o risco para outros transtornos,


como o de conduta.

 Psicopatologia parental.

CURSO E PROGNÓSTICO
 Intervenção familiar;

 Reforçar o comportamento adequado e


ignorar o comportamento indesejável;

 Psicoterapia individual;

 Novas estratégias para resolução de


conflitos.

TRATAMENTO
 O Treinamento de Manejo Parental, uma
modalidade de terapia cognitivo-
comportamental que objetivava modificar
o comportamento da criança por meio da
alteração na forma dos pais lidarem com
a criança, provou-se eficaz para TDO
A. Um padrão de comportamento negativista, hostil e desafiador durando pelo
menos 6 meses, durante os quais quatro (ou mais) das seguintes características
estão presentes:

(1) frequentemente perde a paciência;

(2) freqüentemente discute com adultos;

(3) com frequência desafia ou se recusa ativamente a obedecer a


solicitações ou regras dos adultos;

(4) frequentemente perturbar as pessoas de forma deliberada;

(5) freqüentemente responsabiliza os outros por seus erros ou


mau comportamento;

(6) mostra-se frequentemente suscetível ou é aborrecido com


facilidade pelos outros;

(7) frequentemente enraivecido e ressentido;

(8) frequentemente rancoroso ou vingativo ;


Critérios Diagnósticos para F91.3 - 313.81 Transtorno
Desafiador Opositivo
B. A perturbação do comportamento causa
prejuízo clinicamente significativo no
funcionamento social, acadêmico ou
ocupacional.

C. Os comportamentos não ocorrem


exclusivamente durante o curso de um
Transtorno Psicótico ou Transtorno do
Humor.

D. Não são satisfeitos os critérios para


Transtorno da Conduta e, se o indivíduo tem
18 anos ou mais, não são satisfeitos os
critérios para Transtorno da Personalidade
Anti-Social.
 Conjunto de comportamentos persistentes
de agressão e violação dos direitos.

 O quadro clínico do transtorno da conduta


é caracterizado por comportamento anti-
social persistente com violação de normas
sociais ou direitos individuais.

TRANSTORNO DA CONDUTA
 Personalidade Anti social?

 O transtorno de conduta é uma espécie


de personalidade anti-social na juventude.

 Como a personalidade não está completa,


antes dos dezoito anos não se pode dar o
diagnóstico de personalidade patológica para
menores,

 Mas a correspondência que existe entre a


personalidade anti-social e o transtorno de
conduta é muito próxima.
 Certos comportamentos como mentir,
podem ocorrer em qualquer criança sem
que isso signifique desvios do
comportamento, contudo a partir de
certos limites pode significar.
 Para se diferenciar o comportamento
desviante do normal é necessário verificar
a presença de outras características e
comportamentos desviantes, a
permanência deles ao longo do tempo.
 Além das circunstâncias em que o
comportamento se dá, as companhias, o
ambiente familiar, os valores e exemplos
que são transmitidos devem ser avaliados
para o diagnóstico.
 Os comportamentos externalizantes são
caracterizados por ações agressivas
direcionadas a outras pessoas ou a coisas:

 agredir física e verbalmente,

 intimidar, mentir, evadir-se da escola,

 gritar, discutir, provocar, ameaçar,

 ter comportamentos argumentativos


desafiantes,

Características clínicas
 apresentar ações impulsivas, violar regras

 praticar comportamentos delinquentes,


tais como

 atear fogo, praticar vandalismo, furtar,


etc.

Características clínicas
 Geralmente há uma demonstração de
comportamento insensível, podendo ter o
hábito de acusar seus companheiros e tentar
culpar outra pessoa ou circunstância por suas
eventuais más ações.

 A baixa tolerância a frustrações das pessoas


com Transtorno de Conduta favorece as
crises de:

 irritabilidade, explosões temperamentais e


agressividade exagerada, parecendo, muitas
vezes, uma espécie de comportamento
vingativo e desaforado.
 Crianças muito pequenas tem pouca
probabilidade de satisfazer os critérios
diagnósticos;

 Geralmente o início se dá por volta dos 10


anos de idade;

 Há uma associação ao uso de cigarro ou


outras drogas;

 Pensamentos ou atos suicidas;

 Há graus diferentes no transtorno.


 Não existe uma única causa definida.

 Uma multiplicidade de diferentes tipos de


estressores sociais e a vulnerabilidade de
personalidade parece associado com
esses comportamentos anti-sociais.

ETIOLOGIA
 Fatores familiares: Educação severa e punitiva;

 Conflitos na família;

 Divorcio;

 Abuso;

 Negligencia; tendem a ser negligentes, abusivos


com o mundo.

 Dependência química e sociopatia dos pais;

 Psicanálise sugere que as crianças expressam de


forma insciente, os desejos anti-sociais de seus
pais.
 Estudos apontam que crianças com
privações socioeconômicas tem risco
maior para desenvolver o transtorno.

 Falta de apoio familiar;

 Relação com uso de drogas em bairros


economicamente mais limitados.

Fatores socioculturais
 Por falta de ter suas necessidades
satisfeitas, pode levar a um senso de
empatia não bem desenvolvida.

 Famílias ou situações caóticas,


negligencias.

Fatores psicológicos
 Foi pouco estudado.

 Foram encontrado em algumas crianças


pesquisadas, um baixo nível de dopamina.

Fatores neurobiológicos
 Abuso físico; gera agressividade;

 Pode gerar dificuldade de expressar seus


sentimentos, o que gera uma tendência de se
expressar através de atos.

 Gera uma hipervigilancia:

 Pessoa hipervigilante ao perigo e não


confia em ninguém. Tem expectativas de
ser manipulado, enganado e/ou
inferiorizado.

ABUSO E MAUS TRATOS


 Psicoterapia individual,

 uso de medicação,

 psicoterapia familiar,

 orientação de pais,

 treinamento direto como os professores.

TRATAMENTO
 Terapia familiar:

 Orientar os pais a desenvolver habilidades


relativas a uma maneira mais efetiva de
comunicar, supervisionar, disciplinar e
colocar limites às ações dos filhos fazem
parte da agenda de programas voltados
ao combate de comportamentos
inadequados.
 Para alguns teóricos da psicanálise,
articula-se com o processo da constituição
da subjetividade na dialética edipiana.
 Postulam que estas crianças apresentariam
deficiências estruturais nos constituintes de seu
mundo psíquico;

 Teriam assim uma tendência a internalizar imagens


parentais negativas, associá-las com sentimentos
negativos e projetá-los para o mundo externo de
maneira concreta,

 fazendo enxergando portanto as pessoas de seu


convívio como agressivas e rejeitadoras.

 Suas fantasias de temor de abandono, rejeição e


desamor não são percebidas como fantasias e sim
como fato claro da realidade, ao qual elas reagem
agressivamente (Kernberg e cols., 1992).

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