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Clínica
Profª Ms. Catia Arend
Transtornos e Síndromes:
desafios do novo século
Ponta Grossa/PR
20 e 21/09/2014
Ementa da disciplina
Transtornos e Síndromes: Desafios do Novo Século
Distúrbios de comportamento.
• Grande parte das vítimas não busca ajuda por MEDO de seus
agressores, e a maioria das agressões ocorre frequentemente
DENTRO DA SALA DE AULA, na presença de PROFESSORES que
muitas vezes MINIMIZAM, RIDICULARIZAM e SUBESTIMAM o
problema, não tomando atitude alguma frente às agressões.
• Não são apenas os alvos que sofrem com o bullying; as
TESTEMUNHAS desse comportamento agressivo, jovens que
presenciam as agressões aos colegas, vivem também em CONSTANTE
MEDO de se tornarem as PRÓXIMAS VÍTIMAS. O ambiente escolar
torna-se hostil, motivo de medo e insegurança para todos.
Bullying – vítima - CONSEQUÊNCIAS
Baixa auto-estima
Queda no rendimento escolar
Resistência ou recusa a ir à escola
Frequente troca de colégio e/ou abandono dos estudos
Episódios depressivos
Quadros de fobia escolar
Tentativas de suicídio nos casos mais graves
Bullying – na Escola
Apelidar Excluir
Ameaçar Isolar
Agredir Intimidar
Hostilizar Xingar
Ofender Perseguir
Humilhar Assediar
Discriminar Furtar
Bullying – na Escola – O que fazer?
Identificação precoce do bullying
Trabalho de informação e conscientização entre PROFESSORES, PAIS
E ALUNOS
Nos casos em que se percebe associação de transtornos de
comportamento (transtorno opositivo desafiador, transtorno de
conduta, TDAH, depressão infantil, fobia escolar, etc.) encaminhar para
AVALIAÇÃO PSIQUIÁTRICA
Intervenção terapêutica para evitar prejuízos acadêmicos e no
relacionamento social dos alunos envolvidos
Criação de PROGRAMAS ANTIBULLYING na escola.
Bullying – na Escola – em Sala de Aula
Leve informações sobre essa violência Tenha em mente que não apenas as
aos pais e alunos através de palestras, vítimas sofrem com esse tipo de
reuniões e textos explicativos violência
TRANSTORNOS
ANSIOSOS
TRANSTORNO
OBSESSIVO TRANSTORNO
COMPULSIVO DO PÂNICO
TRANSTORNO
DE ANSIEDADE FOBIA
DE SEPARAÇÃO TRANSTORNO ESPECÍFICA
DE ANSIEDADE
GENERALIZADA
Transtornos Ansiosos:
1. Transtorno Obsessivo
Compulsivo - TOC
Transtornos Ansiosos - TOC
Obsessões Compulsões
São pensamentos persistentes,
repetitivos, intrusivos e sem sentido que São comportamentos repetitivos (lavar
“invadem a cabeça” do paciente. A as mãos, organizar, verificar) ou atos
pessoa as reconhece como sem sentido, mentais (rezar, contar, repetir palavras,
inadequadas ou desnecessárias, mas não números) que a pessoa se sente
consegue controlá-las. Apresentam-se obrigada a executar em resposta da
através de repetição de palavras, frases, obsessão. Estes comportamentos visam
pensamentos, medos, números e prevenir ou reduzir o sofrimento, ou
normalmente estão relacionados à ideia evitar algum evento ou uma situação
de limpeza, contaminação, segurança, temida.
agressão ou sexo.
Transtornos Ansiosos - TOC
Medo de ser ridicularizado por outras pessoas Medo de se tornar o centro das atenções
Evita dialogar com figuras de autoridade, como Dificuldade em comer ou escrever na frente de
professores outras pessoas
Quando exposto a situações sociais apresenta Grande dificuldade de se “enturmar” ou de
rubor facial, sudorese, tremor, coração acelerado formar vínculos de amizade
e nervosismo
Transtornos Ansiosos:
7. Mutismo Seletivo
Transtornos Ansiosos – Mutismo Seletivo
• Consiste na incapacidade da criança de se comunicar verbalmente em
determinadas situações, o que acaba por interferir em seus funcionamentos
acadêmico e social.
• Está presente em menos de 1% das crianças e os sintomas normalmente
iniciam entre os 3 e 5 anos.
• Comumente os quadros de mutismo seletivo estão associados ao transtorno de
fobia social.
• São crianças que apresentam sintomas de ansiedade na presença de pessoas
fora de seu círculo de confiança. Elas são capazes de conversar normalmente
com os pais, mas em situações sociais, na presença de visitas ou de novos
colegas tornam-se mudas, incapazes de responder a perguntas,
impossibilitadas de dialogar.
Transtornos Ansiosos – Mutismo Seletivo
Tiques motores:
Tiques Vocais:
Vocalizar Pigarrear
Tossir Fungar
Soluçar
Transtornos de Tiques – O que fazer?
• Suporte emocional à criança e orientação familiar são fundamentais para
reduzirem o estresse e a ansiedade que ficam constantemente presentes.
• O trabalho educativo com informação a respeito do transtorno deve ser o
primeiro passo no tratamento. Este trabalho educativo deve focar tanto o
paciente, sua família como o grupo escolar.
• Os medicamento mais utilizados, que objetivam a redução dos tiques, são
os neurolépticos (risperidona, quetiapina, haloperidol).
• Outros medicamentos podem ser utilizados com a intenção de reduzir os
sintomas ansiosos, como antidepressivos inibidores seletivos da
recaptação da serotonina (sertralina, paroxetina, venlafaxina,
citalopran, escitalopram).
Esquizofrenia Precoce
Esquizofrenia Precoce
• Trata-se de uma patologia do comportamento da infância e da adolescência de
grande gravidade.
• É uma condição comportamental que começa antes dos 18 anos, em que o
estudante apresenta sintomas psicóticos, com prejuízo significativos na
cognição, no afeto e na habilidade de se relacionar com outras pessoa.
• É uma condição comportamental rara, afetando cerca de 1 ou 2 em cada mil
estudantes, sendo os meninos 2 vezes mais acometidos que as meninas.
• Essa patologia prejudicará muito o desempenho acadêmico, pois a doença
interfere na capacidade de adquirir novas habilidades e novos conhecimentos.
• Uma das características fundamentais é a presença de sintomas psicóticos.
• Psicose é a manifestação de delírios e alucinações.
Esquizofrenia Precoce - causas
• Tem origem neurobiológica e está relacionada com alterações cerebrais
químicas de ordem genética.
• Estudos científicos evidenciam que alterações genéticas estão envolvidas em
associação com fatores ambientais.
• Filhos de pessoas portadoras de esquizofrenia tem 10 vezes mais chances de
apresentar a doença se comparado com filhos de pais sem a patologia.
• Aspectos ambientais podem funcionar com gatilhos para o disparo dessa
grave condição comportamental. Isso significa que crianças que apresentam
possíveis alterações de genes ligados à esquizofrenia, quando expostas
intensamente a agentes ambientais agressores (uso de drogas, estresse,
violência doméstica física e emocional, negligência e pobreza extrema) podem
ter esses genes ativados para a doença.
Esquizofrenia Precoce - causas
• Essa interação entre genética e agentes estressores ambientais pode
desencadear a esquizofrenia, e a manutenção dos agentes estressores pode
piorar ou agravar os sintomas da doença, interferindo ativamente no curso, no
prognóstico e na gravidade da patologia.
• Diversos problemas comportamentais podem simular os sintomas da
esquizofrenia. Por isso é fundamental o diagnóstico diferencial. (depressão,
transtorno bipolar, transtorno psicótico breve, transtorno obsessivo
compulsivo, autismo infantil, uso de drogas, estresse, etc.).
• Que está habilitado para fazer o diagnóstico diferencial é o médico psiquiatra
da infância e da adolescência.
• Não se deve esquecer que há uma fase na infância – natural do
desenvolvimento – onde há pensamentos mágicos, criação de amigos
imaginários, fantasias e farta imaginação.
Esquizofrenia Precoce
É uma alteração do conteúdo do pensamento,
DELÍRIO quando o jovem perde o juízo de realidade e a
capacidade de distinguir o falso do verdadeiro
Alucinações Delírios
Enfraquecimento afetivo Empobrecimento da fala
Desorganização do Descuido com higiene pessoal
pensamento
Isolamento social Não olha nos olhos
Dificuldade na aprendizagem
Esquizofrenia Precoce – o que fazer?
• O tratamento da esquizofrenia de início precoce deve envolver
psicoeducação sobre a doença, medicamentos, psicoterapia
familiar e psicoterapia cognitivo-comportamental.
• A medicação incluirá os neurolépticos ou antipsicóticos. O objetivo
destes medicamentos será a diminuição dos sintomas de delírio,
alucinações e do embotamento afetivo.
• Infelizmente a esquizofrenia é uma doença crônica, e o jovem
necessitará de tratamento por toda a vida.
• Documentário: A menina que nasceu esquizofrênica
(Discovery Home & Healf)
ESQUIZOFRENIA...
Transtorno de
Ajustamento
Transtorno de Ajustamento
• É definido como o aparecimento de sintomas emocionais e alterações de
comportamento em resposta a um fator estressor específico.
• Estes sintomas e alterações costumam aparecer no primeiros 3 primeiros
meses após o início desse fator estressor e podem ser representados por
sentimento de tristeza, falta de motivação, ansiedade e irritabilidade.
• Há muito sofrimento, algo considerado exagerado e que excede o que seria
esperado normalmente, dada a natureza desse estresse.
• O transtorno de ajustamento estará presente se os sintomas decorrentes desse
estressor forem intensos a ponto de a criança não conseguir mais brincar ou se
divertir. Se os sintomas de ansiedade e tristeza passarem a prejudicar
imensamente a vida dela.
Transtorno de Ajustamento
Ansiedade Irritabilidade
Prejuízo na autoestima
Transtorno de Ajustamento – o que fazer?
1 - Com base nos temas discutidos em aula, comente suas impressões sobre:
a) Transtorno de ansiedade de separação;
b) Transtorno de ansiedade generalizada;
c) Fobia específica;
d) Fobia social;
e) Transtorno do pânico;
f) Mutismo seletivo;
g) Transtorno de tiques;
h) Esquizofrenia precoce;
i) Transtornos invasivos do desenvolvimento.