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TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)

É um transtorno neurobiológico, que surge na infância e adolescência, podendo continuar por toda a vida do
indivíduo.

O TDAH só pode ser diagnosticado se os sintomas estiverem presentes em pelo menos dois ambientes distintos,
como casa e escola por exemplo.

O TDDA (Transtorno do Distúrbio do Déficit de Atenção) não apresenta a hiperatividade, apenas a distração e o
déficit de atenção.

1. DESENVOLVIMENTO:

Estudos mostram que pessoas com TDAH tem alterações na região frontal do cérebro, isto é, o lobo pré-frontal
tem seu funcionamento comprometido, fazendo com que os neurotransmissores de dopamina e noradrenalina
fiquem desregulados, passando a informação entre os neurônios de forma mais lenta.

A região frontal é responsável pelo controle dos comportamentos inadequados, capacidade de atenção,
memória, organização, planejamento, cognição e funções executivas. Sendo assim, devido a estas alterações, os
portadores são incapazes de modular a resposta ao estímulo, reagindo de forma impulsiva, característica
fundamental do TDAH.

As possíveis causas dessas alterações nos neurotransmissores estão relacionadas a fatores genéticos
hereditários, substâncias ingeridas na gravidez, sofrimento fetal e exposições ao chumbo. A hereditariedade é o
fator de maior ocorrência, pois na maioria das vezes, o transtorno é adquirido de forma genética.

2. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
 Desatenção
 Atividade motora excessiva
 Impulsividade.
 Isolamento ou alienação

3. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:
A Avaliação Diagnóstica é um processo totalmente clínico, que envolve uma coleta de dados fornecidos pelos
pais, pela criança e pela escola. Essa avaliação é realizada por uma Equipe Multidisciplinar, envolvendo um
médico responsável, que pode ser um Psiquiatra ou Neuropediatra, Psicólogo e Fonoaudiólogo.
A equipe multidisciplinar irá produzir uma síntese sobre a complexidade do problema. Este um estudo de caso,
implica na realização de entrevistas, avaliações técnicas e discussões conjuntas, acerca do diagnóstico e
intervenções para o problema.

4. DIAGNÓSTICO:
O Diagnóstico vai depender do nível dos sintomas e comprometimento da criança, e o grau de severidade vai
variar de acordo com os níveis de frequência, intensidade e duração dos sintomas.

Atualmente existe 5 critérios utilizados pelos profissionais de saúde, baseado no DSM.


1) Crianças até 16 anos devem apresentar seis ou mais sintomas que estejam perceptíveis há pelo menos 6
meses.
2) Obrigatoriamente os sintomas devem ter iniciado na infância, mesmo que o diagnóstico seja tardio.
3) Os sinais comportamentais devem aparecer em 2 ou mais ambientes (escola e casa), mesmo que em
graus distintos, confirmando que independentemente do local, o comportamento da criança será o
mesmo.
4) Verificar se houve interferência e redução na qualidade de funcionamento da interação social da criança,
principalmente no ambiente escolar, pois o TDAH causa prejuízos evidentes.
5) Os sintomas não ficam aparentes apenas em um surto, e por isso não são explicados por outra condição
mental.

5. MÉTODOS DE INTERVENÇÃO:
O TDAH não tem cura, mas existem métodos de tratamento que diminuem o impacto que os sintomas causam
na vida da criança e da família.

As estratégias de intervenção mais indicadas incluem terapia psicológica, medicação e ações educacionais que
serão implementadas em sala de aula.

6. TRATAMENTO:
A Terapia Cognitiva Comportamental ajudará o paciente entender melhor a si mesmo, às pessoas e os
problemas ao seu redor, possibilitando maneiras de enfrentar as dificuldades. O foco da psicoterapia serão as
áreas emocionais e sociais, auxiliando no controle das emoções e no desenvolvimento dos pilares centrais de
cada um (pontos fortes e pontos fracos) e como eles podem influenciar suas emoções.
O tratamento com um Fonoaudiólogo está voltado para atenção, concentração e aprendizagem, melhorando o
desempenho da criança na escola.

A combinação de medicamentos não é o mais indicado para crianças menores de 6 anos, mas também não é
uma opção a ser descartada, principalmente em casos recorrentes. A Ritalina é o medicamento mais conhecido
popularmente no tratamento de TDAH, DDA ou Hiperatividade. E deve ser tomado pelo resto da vida do
indivíduo.

Atividades Físicas que sejam prazerosas para a criança é uma opção de tratamento combinada com as
intervenções médicas de acompanhamento.

Ações educacionais implementadas em sala de aula são importantes. O acompanhamento psicopedagógico,


voltado para aprendizagem, se faz necessário, pois trabalha aspectos voltados para organização e ao
planejamento de tempo e atividades.

7. PRICIPAIS SINTOMAS:
Distúrbios da atenção:
Geralmente respondem a qualquer estímulo presente no ambiente, e por isso não conseguem manter a atenção e
concentração naquele estímulo que é realmente relevante. Assim, apresentam dificuldade em se concentrar na
execução de qualquer atividade, respondendo a apenas aspectos limitados. Isso não quer dizer que a criança não
tenha atenção, pelo contrário, a principal dificuldade é usar essa atenção de forma organizada e focada, pois ela
facilmente se distrai, ou seja, a criança tem atenção, mas de uma forma desorganizada.
Ex: Em sala de aula, este aluno tem dificuldade em responder ou executar determinada atividade, mas consegue
informar ao professor cada vez que um determinado colega se levanta.

Hiperatividade:
A criança hiperativa tem dificuldade em controlar seu comportamento motor de acordo com as exigências de
determinadas situações. Assim, apresentam uma constante mobilidade e agitação motora, o que se torna um
empecilho para realizar uma ação, ou determinadas tarefas.

Impulsividade:
A criança impulsiva apresenta respostas instantâneas perante uma situação, sendo assim, não pensa, reflete ou
analisa a situação antes de tomar uma decisão ou se manifestar de forma motora ou verbal. Geralmente, a
hiperatividade e a impulsividade encontram-se juntas, num mesmo padrão comportamental.

Isolamento ou Alienação:
Há crianças que se esquivam ou se recusam a manter contato com outras pessoas do ambiente sociocultural no
qual se encontram inseridas. Em sua manifestação mais leve, não iniciam contato verbal, não respondem quando
solicitadas e não brincam com outras crianças, demostrando falta de interesse pelos estímulos ou acontecimentos
do ambiente. Por outro lado, em sua manifestação mais severa, não fazem contato com a realidade,
desenvolvendo e vivendo em um mundo só seu, à parte da realidade.

Agressividade física e/ou verbal:


Se constitui de ações destrutivas dirigidas a si próprio, a outras pessoas ou objetos do ambiente. Inclui gritar,
xingar, usar linguagem abusiva, ameaçar, fazer declarações autodestrutivas, bater, beliscar, puxar os cabelos,
esmurrar, dentre outros comportamentos.
A agressividade passa a ser considerada conduta típica, quando o sujeito tem consciência dos seus atos e das
consequências destes, ou quando ultrapassam o esporádico, focal e passageiro, podendo variar desde
manifestações negativistas e mal-humoradas, até atos de violência, brutalidade e destruição, causando danos
físicos a si próprio e/ou a outras pessoas.

Não existe um padrão único de comportamento denominado típico. Seus determinantes podem ser de natureza
biológica, psicológica, comportamental ou social. São os indicadores (frequência, duração e intensidade) que
tornam possível a sua identificação e avaliação, no que se refere ao grau de severidade. Caso o problema não seja
abordado de forma adequada, seus efeitos são destrutivos para o desenvolvimento, aprendizagem e integração
social deste indivíduo.

8. AMBIENTE ESCOLAR:
O professor, geralmente é a primeira pessoa que observa esses comportamentos apresentados pelo aluno, pois a
criança apresenta desde muito cedo características acerca do transtorno, principalmente a inquietude e o
isolamento em excesso.
Na escola a criança busca desenvolver atividades ao brincar, aprimorando suas habilidades motoras, cognitivas
e psíquicas. Considerando isso, o professor ao observar a criança e identificar as características relacionadas ao
transtorno, deverá informar a equipe técnica e a direção da escola, para que sejam providenciados
encaminhamentos para profissionais especializados, quando necessário.

É importante que o professor, ao observar esses comportamentos, registre e descreva de forma objetiva como
eles se caracterizam, em que momentos são apresentados, qual a frequência, duração e as consequências, tanto
para o aluno quanto para a classe. É preciso descrever quais estratégias de intervenção foram tentadas e os
resultados obtidos.

A escola deve contar com as informações fornecidas pela família para melhor compreender os comportamentos
do aluno e o seu processo de aprendizagem. Tais informações devem ser discutidas com os profissionais da
equipe técnica e com a direção da escola, e todos os procedimentos regulares devem ser explorados. É nessa
instância, que se deve decidir, em comum acordo com a família, sobre o encaminhamento do aluno, ou sugerir
aos familiares que procurem profissionais especializados, para uma avaliação mais detalhada e atendimentos
especializados necessários.

Existem algumas estratégias que são eficazes nos casos de TDAH, e que o professor pode utilizar em sala de
aula:

A. A didática em sala de aula: O professor deve buscar meios que estimulem a concentração do aluno, como
mudar o tom de voz enquanto fala, dando ênfase em momentos mais importantes do assunto, colocar o
aluno para sentar-se próximo do professor, introduzir conteúdos de maneira criativa e dinâmica, associar o
conteúdo da aula a algo que interessa ao aluno ou que tenha uma aplicação prática, utilizar estímulos
audiovisuais ou sensoriais que auxiliam na memorização e principalmente menos cópia, menos texto e mais
ação.
B. Os meios de avaliação: O professor pode variar e enriquecer as formas de investigar os conhecimentos
construídos pela criança, aplicando pesquisas de campo, apresentações em sala, participação em discussões
e muita observação. Nos casos de avaliações escritas, como o aluno se distrai com facilidade, é importante
que o professor leia as atividades propostas na avaliação, antes de iniciá-las, pois assim, o aluno pode
compreender melhor as questões ouvindo-as.
C. Apoio organizacional: O professor pode criar juntamente com o aluno uma rotina pré-estabelecia, que
servirá como um lembrete para a criança, trazendo-lhe uma prévia do que será realizado e fazendo com que
a criança se sinta mais segura. Além disso, ao dividir a atividade em blocos, a necessidade de concentração
será menor pois estará distribuída em cada momento da atividade. O professor poderá elencar atividades
que contemplem a visualização daquilo que está sendo ensinado pois a curiosidade fará com que o aluno
destine a sua concentração a aulas expositivas que tenham apresentação de figuras, histórias com imagens,
fotografias dos alunos e seus familiares, vídeos curtos, música e outras ferramentas que possam atrair a
atenção e despertar a curiosidade da criança.

Uma das maiores dificuldades da criança com TDAH está em se concentrar, por isso o professor poderá utilizar
algumas técnicas para melhorar a concentração e atenção do aluno em sala de aula:
a. Quando o professor der alguma instrução ao aluno deve pedir que ele repita as instruções dadas ou
compartilhar com um amigo antes de iniciar a atividade.
b. Quando o aluno desempenhar a tarefa dada, ofereça sempre um reforço positivo.
c. Alunos com TDAH precisam de suporte, parceria e adaptações. Etiquetar, iluminar e colorir as partes
importantes de uma tarefa, texto ou prova.
d. Buscar a ajuda desse aluno faz com que ele se sinta útil, e canalize essa agitação ou inquietude de forma
proveitosa.
e. O despreparo do docente leva ao fracasso escolar de ambas as partes, e em sua maioria, causa danos
emocionais, cognitivos e sociais. Pois se houver uma má compreensão de determinada situação com o
aluno, ele ficará mais irritado, agitado e inquieto, prejudicando a comunicação entre o aluno, professor e os
demais colegas de classe.

9. FUNÇÕES CEREBRAIS AFETADAS PELO TDAH:


A região frontal do cérebro em que ocorre a desordem neurológica causadora do TDAH, é responsável pelas
funções executivas, ou seja, processos cognitivos que incluem memória de trabalho, raciocínio, flexibilidade de
tarefas e resolução de problemas, planejamento e execução. A função dessa parte do cérebro é colher
informações e enviar ordens em forma de impulsos elétricos para as outras partes do cérebro. A dopamina é a
substância que vai regular a interação entre os neurônios.

A função executiva do córtex pré-frontal pode ser subdividida em 3 funções cognitivas:


1. Ajuste preparatório: prepara o organismo para as ações recebidas. Entre um estímulo sensorial e sua
resposta motora, ocorrem processos relacionados a duração do tempo de reação e a exatidão da resposta.
2. Controle inibitório: consiste na capacidade de inibir respostas inadequadas que possam interromper o
curso efetivo de uma ação ou de uma resposta adequada. Um dos indicadores do desenvolvimento
psicossocial da criança é justamente o estabelecimento progressivo do controle inibitório sobre os
impulsos internos sensório motor e mobilidade.
3. Memória de trabalho: é sistema que armazena informações somente enquanto determinada tarefa está
sendo realizada. Essa memória se estabelece por meio de um fenômeno elétrico, onde determinados
neurônios permanecem disparando potenciais de ação durante alguns segundos, retendo
temporariamente a informação durante o tempo em que ela é necessária e eliminando-a logo em seguida.
Essa memória se reporta a atividades mentais cujo objetivo não é a sua memorização, mas que ao
mesmo tempo, implica em uma certa memorização para que seja aplicada de modo eficaz. Por exemplo,
quando se grava um número de telefone para fazer uma ligação. A memória de trabalho vai memorizar o
número naquele momento e depois de utilizado será excluído. A criança com TDAH tem essas funções
prejudicadas, e por isso a dificuldade em atividades com regras, rotinas, sequências repetitivas e
organizadas, atenção seletiva que exige um período maior de tempo e cumprimento de tarefas do dia a
dia que dependem da memória de trabalho. Essas crianças podem até guardar acontecimentos marcantes
da vida e relembrar com facilidade, pois é a memória de curto prazo que estará comprometida.

Principais dificuldades enfrentados pelo indivíduo na infância e adolescência:


 Apresentam dificuldades no relacionamento com os colegas, pais e professores.
 Apresentam problemas de comportamento e dificuldades com regras e limites.
 Apresentam dificuldades para se manter concentrado em atividades longas, repetitivas ou desinteressantes.
 Facilmente se distraem com os estímulos do ambiente externos e pensamentos internos.
 São vistas como impulsivas, não respeitando a vez do outro.
 São vistos com o desempenho inferior para sua capacidade intelectual.

Em adultos, o diagnóstico só pode ser feito quando apresentarem o transtorno desde a infância.
 A desatenção se volta para o cotidiano e para o trabalho.
 Apresentam baixa capacidade de memória, são muito agitados e inquietos.
 Possuem dificuldade em avaliar como seu comportamento afeta a si e aos outros.
 Apresentar dificuldades de organizar e planejar suas atividades diárias, ficando frequentemente estressados
quando se sentem sobrecarregados, algo que geralmente ocorre pelos diversos compromissos que são
assumidos. Por medo de errar ou de não dar conta, deixam trabalhos pela metade, fazendo outras coisas e
às vezes se esquecendo completamente da atividade que estavam realizando anteriormente.

10. OUTROS TRANSTORNOS ASSOCIADOS AO TDAH:


Em algumas situações os médicos têm dificuldades em fechar o diagnóstico de uma criança, pois os sintomas
podem ser generalizados e de difícil identificação. Na maioria das vezes os portadores de TDAH apresentam
pelo menos mais um distúrbio associado. As pesquisas estimam que 70% das crianças com TDAH apresentam
outra comorbidade associada e pelo menos 10% apresentam 3 ou mais comorbidades. Essas comorbidades
associadas podem intensificar os sintomas de TDAH, portanto é necessário identificar e tratar todos os
transtornos da criança. As mais comuns são:

1. TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR (TOD):


A criança apresenta um padrão de comportamentos negativos, desafiadores e hostis, que acontecem de forma
repetitiva. Elas têm dificuldade em lidar com as frustrações, teimosias entre outros. Esse transtorno é
caracterizado principalmente por comportamentos agressivos e irritabilidade da criança, voltados para os
adultos ou figuras de autoridades. Também pode ser perceptível na interação da criança com os colegas de
escola. Este Transtorno geralmente surge antes dos 8 anos de idade.
Como diferenciar o TOD de uma birra, ou comportamentos típicos dessa fase?
O TOD é comum em crianças na fase pré-adolescência ou adolescência e em algumas situações estressantes,
como conflitos familiares ou dificuldades escolares. O TOD é caracterizado por um padrão persistente de
comportamento desafiador, que é mais severo, frequente e duradouro do que o comportamento observado na
maioria das crianças na mesma faixa etária.

Sintomas e diferenciação de comportamentos típicos:


 Comportamento desafiador: frequentemente desafiam as regras, desobedecem aos pais e professores e se
recusam a seguir instruções;
 Comportamento irritável: elas também podem ficar facilmente irritadas, com explosões de raiva frequentes
e intensas;
 Vingança: podem buscar vingança contra outros, especialmente os adultos que elas acreditam que lhe
causaram algum mal, e frequentemente são rancorosas;
 Teimosia: podem ser excessivamente teimosas e obstinadas, recusando-se a ceder, mesmo quando suas
demandas são claramente irrealistas ou inapropriadas;
 Dificuldade em lidar com frustrações: podem ter dificuldades em lidar com situações frustrantes e
estressantes, tornando-se facilmente desencorajadas;
 Comportamento impulsivo: podem agir impulsivamente, sem pensar nas consequências de seus atos.

Para o diagnóstico preciso, deve-se levar em consideração alguns fatores:


 Padrão persistente: o comportamento desafiador é persistente e ocorre com frequência;
 Severidade: o comportamento é mais grave do que os desafios comuns da infância; as crianças com esse
transtorno podem ser agressivas, provocadoras e vingativas;
 Duração: o comportamento desafiador dura pelo menos seis meses, não é um evento pontual ou transitório;
 Interferência: o comportamento tem impacto no funcionamento normal da criança, afetando suas relações e
seu desempenho escolar;
 Contexto: o comportamento desafiador ocorre em diversos contextos como em casa, na escola, em reuniões
com amigos e familiares, e não apenas em um ambiente específico.

Como lidar com as situações desafiadoras:


Lidar com a criança durante as situações desafiadoras pode ser mais complicado do que imaginamos.
 Primeiro, é preciso estabelecer limites claros e consistentes para a criança, explicando as regras de maneira
objetiva.
 É importante reconhecer e elogiar quando ela tem um comportamento positivo. Isso ajuda a reforçar o
comportamento desejado e pode incentivar a criança a continuar com esse comportamento.
 Outro ponto é evitar confrontos desnecessários com a criança. Embora seja difícil, é importante tentar manter
a calma e usar uma abordagem tranquila para resolver as situações.
 Ensine a ela habilidades de resolução de problemas e comunicação eficaz, pois isso pode ajudar a amenizar o
comportamento desafiador e promover a cooperação.
 Procure manter uma atitude positiva em relação à criança, pois o TOD é um transtorno e que a criança não
está escolhendo agir dessa forma. Fique calmo e ofereça apoio e incentivo à criança enquanto ela aprende a
lidar com suas emoções e comportamentos desafiadores.

2. ANSIEDADE E DEPRESSÃO:
A Depressão é um transtorno mental crônico grave que se caracteriza por tristeza profunda, angústia, apatia,
perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas, baixa autoestima, sentimento de culpa, e em casos
mais graves pensamentos suicidas. Os sintomas podem ser leve, moderado ou grave. A causa pode ser aspectos
biológicos, genético ou psicológico. Ela afeta as emoções do indivíduo, altera o humor e até o comportamento
da pessoa, gerando diversos problemas no cotidiano do indivíduo.

A Ansiedade caracteriza-se por sentimentos de tensão, preocupações e pensamentos ruins. Pode se transformar
em um transtorno dependendo da frequência e intensidade dos sintomas. O Transtorno de Ansiedade é
considerado uma doença, no qual os indivíduos apresentam preocupação excessiva e um medo intenso
interferindo no cotidiano do sujeito.

Os Transtornos de Ansiedade mais comuns são as Fobias (medo irracional de algo), o Transtorno de Ansiedade
Generalizado e o Transtorno do Pânico.

3. TRANSTORNOS DE LIGUAGEM: São disfunções relacionadas a fala e a escrita.


Dislexia:
É a dificuldade em decodificar palavras, que compromete a capacidade de aprender a ler e escrever. Os
portadores não conseguem associar os fonemas às letras e assim estabelecer memória fonêmica.
A causa do distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária que pode estar relacionada com a produção
excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da criança. Os sintomas podem variar entre dificuldade
para ler, escrever e soletrar palavras, entender um texto escrito, dificuldade para identificar fonemas e associá-
los às letras e dificuldade na organização temporal, espacial e coordenação motora.

As crianças dislexas possuem falhas nas conexões cerebrais. Elas conseguem processar fonemas e sílabas, mas
não consegue identificar as palavras, isto é, não consegue reconhecer palavras que já tenham lido ou estudado.
A leitura se torna um grande esforço para ela, pois toda palavra que lê aparenta ser nova e desconhecida.

A dislexia é causada por alterações nas áreas do cérebro responsáveis pelos sons da linguagem e do sistema, que
transforma o som em escrita. O aluno dislexico tem dificuldades em compreender o que está sendo escrito e de
escrever o que está pensando. Quando tenta expressar-se no papel, o faz de maneira incorreta e o leitor não
compreende suas ideias.

As principais características, mais encontradas são fraco desenvolvimento da atenção, atraso no


desenvolvimento da fala e da escrita, dificuldade em distinguir esquerda e direita, copiam as palavras de forma
errada, mesmo observando na lousa como estão escritas, Falta de rapidez ao ler, conseguem decodificar as
palavras, mas não conseguem compreendê-las, entre outros.

Disgrafia:
É uma dificuldade que está relacionada ao desenvolvimento psicomotor, ou seja, Indivíduos com disgrafia
frequentemente têm dificuldades em expressar suas ideias por escrito devido às dificuldades em controlar os
movimentos necessários para formar as letras, o que afeta a capacidade de escrever de maneira clara e
organizada.

O aluno com disgrafia tem dificuldade em coordenar as informações visuais e realizar o ato de escrever. Ao
observarem os conteúdos de uma lousa ou um papel, não são capazes de reproduzir o que viram.

As características mais comuns são letras ilegíveis, dificuldade em manter uma frase na mesma linha, a escrita
das palavras é lenta e, na maioria das vezes, incompleta, porque o aluno tem dificuldade com a rapidez.

O desenvolvimento do controle motor é uma característica básica para atingir a qualidade na escrita, pois o ato
de escrever mobiliza uma série de segmentos do corpo.

Disfasia:
É um distúrbio de comunicação, que se caracteriza pela dificuldade em articular um discurso coerente, bem
como a compreensão de uma mensagem emitida por outra pessoa. Este transtorno pode gerar dificuldades na
aprendizagem da leitura e escrita, baixo rendimento escolar, além de problemas emocionais como baixa
autoestima e isolamento social. O transtorno pode surgir no parto, na infância ou na idade adulta.
4. TRANSTORNOS ALIMENTARES:
São alterações ou perturbações psicológicas referentes a alimentação. Essas alterações se referem ao excesso ou
a falta de comida. São divididos em:
Anorexia: é um Transtorno Alimentar causado por um desejo excessivo, ilimitado e sem controle de emagrecer,
para se manter em um determinado padrão de beleza. O anoréxico para de comer e não consegue ver que seu
corpo, aos poucos, está definhando com a falta de nutrição adequada. O indivíduo pode até mesmo deixar de
sentir fome por completo. Mesmo com uma aparência clara de magreza excessiva, esse transtorno alimentar é
capaz de fazer com que o indivíduo anoréxico se veja com sobrepeso e continue na busca pela magreza ideal.

Bulimia: é um distúrbio que se caracteriza pelo consumo de grandes quantidades de alimentos. O indivíduo se
alimenta, sente fome e come até mais do que o normalmente comeria, depois faz uso de laxativos e diuréticos,
ou vomita constantemente, até que o estômago esteja esvaziado. Enquanto que, na Anorexia é o corpo magro
que chama atenção, na Bulimia, o indivíduo possui corpo escultural, porém cuida dele de forma obsessiva. Eles
seguem dietas rigorosas, e de repente, perdem o controle e ingerem uma quantidade absurda de alimentos, na
maior parte das vezes, às escondidas. Depois, são tomadas por sentimentos de remorso ou culpa.

Hiperfagia: se caracteriza pelo ato de comer em excesso devido a fome ou apetite elevado. Quando esta
condição está ligada a um problema psiquiátrico, o intuito de comer é buscar aliviar a tensão, mudando o foco
de um evento angustiante para uma satisfação temporária.

Obesidade: é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo de energia na
alimentação, superior àquela usada pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia-a-
dia. Ou seja: a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.

5. TRANSTORNO BIPOLAR:
É um transtorno provoca alterações no comportamento, levando a pessoa a oscilar entre momentos de euforia e
depressão repentinamente.

O transtorno bipolar é dividido em três fases e em três tipos, são eles:


Mania: fase caracterizada por um estado de exaltação do humor, com aumento de energia, sem qualquer
relação com o momento que o indivíduo está vivendo. O paciente não fica deprimido e nem alegre por um
motivo especial, mas apresenta humor eufórico, irritável ou mesmo arrogante. Mania de grandeza também é
muito comum

Hipomania: seria um estado de mania mais leve que, geralmente, acarreta um funcionamento acelerado, porém
produtivo para o paciente. Muitos pacientes, quando estão entrando em hipomania (podendo evoluir para a
mania ou não) são resistentes quanto a manter o tratamento e, muitas vezes, param com a medicação, o que se
torna um grande problema para estabilizar o transtorno
Depressão: são os mesmos sintomas de um episódio depressivo, possuindo humor deprimido, falta de energia,
falta de iniciativa e vontade, falta de prazer, alteração do sono, alteração do apetite, lentidão do pensamento e
lentidão motora.

O transtorno bipolar é dividido em três tipos:


Transtorno bipolar tipo 1: o paciente apresenta ciclos de oscilação de humor mais definidos e, pelo menos,
um episódio maníaco (manifestação de euforia, irritabilidade e comportamentos que destoam do habitual) como
por exemplo, gastar muito dinheiro, perder contato com a realidade e ter planos e ideias irreais, podendo durar
uma semana, alternando com períodos de depressão profunda

Transtorno bipolar tipo 2: o paciente possui ciclos de oscilação de humor mais sutis. Apesar de não atingir a
mania completa, ele manifesta com mais frequência episódios de depressão.

Ciclotimia: envolve oscilações de humor menos graves, em que os pacientes alternam entre hipomania e
depressão leve. Muitas vezes, pessoas com transtorno bipolar do tipo 2 ou ciclotimia podem ser diagnosticadas
incorretamente como tendo apenas depressão.

6. TRANTORNO DE CONDUTA:
É um distúrbio psicológico em que a criança apresenta atitudes egoístas, violentas e manipuladoras que podem
interferir diretamente no seu desempenho na escola e na sua relação com família e a amigos, além de problemas
com as autoridades. Dentre os sintomas estão falta de empatia e preocupação com os outros, rebeldia e
comportamento desafiador, manipulação e mentiras frequentes, culpabilização das outras pessoas entre outros.

Apesar do diagnóstico ser mais frequente na infância ou durante a adolescência, o transtorno de conduta
também pode ser identificado a partir dos 18 anos, passando a ser denominado Transtorno da Personalidade
Antissocial, que é caracterizado por um padrão generalizado de descaso com as normas de comportamento em
que a pessoa age com indiferença e frequentemente viola o direito das outras pessoas.

7. DISTÚRBIOS DO SONO:
São alterações na capacidade de dormir adequadamente, seja por alterações cerebrais, por desregulação entre o
sono e a vigília, alterações respiratórias ou por transtornos do movimento. Os mais comuns são:
Insônia: é o distúrbio do sono mais frequente, e pode ser caracterizado por dificuldade em iniciar ou em manter
o sono, despertares durante a noite ou muito cedo e sensação de cansaço durante o dia. Ela pode surgir
isoladamente ou ser consequência do estresse ou de uma doença (depressão, alterações hormonais ou doenças
neurológicas), pode ser provocada por uso de remédios ou substâncias (álcool, cafeína, tabaco), ou
simplesmente pela existência de hábitos inadequados, que prejudicam a capacidade de dormir.

Apneia: é uma perturbação da respiração em que ocorre uma interrupção do fluxo respiratório, devido ao
colapso das vias aéreas, por 10 segundos ou mais. São mais comuns de acontecer em pessoas obesas, que
consomem álcool ou possuem alterações no nariz, na boca ou na mandíbula. Esta doença provoca alterações no
sono, ocorrendo uma incapacidade de atingir fases mais profundas, e dificultando o descanso adequado. Assim,
pessoas com apneia do sono costumam ficar sonolentas durante o dia, gerando complicações como dores de
cabeça, perda da concentração, irritabilidade, alterações da memória e pressão alta.

Sonambulismo: são alterações do padrão do sono devido à ativação de áreas do cérebro em momentos
inapropriados. É mais frequente em crianças, apesar de poder existir em qualquer idade. A pessoa com
sonambulismo manifesta atividades motoras complexas durante o sono, como caminhar ou conversar, podendo
em seguida despertar ou voltar a dormir normalmente. Geralmente, há pouca ou nenhuma recordação do
ocorrido.

Síndrome das pernas inquietas: é uma desordem neurológica que causa sensação de desconforto geralmente,
associada à necessidade incontrolável de movimentar as pernas, que costuma surgir durante o repouso ou na
hora de dormir. em provável causa genética, e pode ser piorada devido a períodos de estresse, pelo uso de
substâncias estimulantes, como cafeína ou álcool, ou em caso de doenças neurológicas e psiquiátricas. Esta
síndrome atrapalha o sono, podendo provocar sonolência durante o dia e fadiga.

Bruxismo: é um distúrbio do movimento caracterizado pelo ato inconsciente de ranger e apertar os dentes de
forma involuntária, causando complicações desagradáveis como alterações dentárias, dores de cabeça
constantes, além de estalidos e dores na mandíbula.

Narcolepsia: A narcolepsia é um transtorno crônico do sono caracterizada por ataques repentinos de sono, em
que a pessoa pode dormir em qualquer lugar, a qualquer hora do dia, dificultando as atividades do dia a dia. Os
ataques podem surgir poucas ou várias vezes ao dia, e o sono costuma durar alguns minutos.

8. TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC):


Consiste em ideias, pensamentos ou impulsos que surgem de maneira repetitiva. Geralmente vêm acompanhado
do sentimento de medo e culpa, por serem inapropriados. Os comportamentos mais comuns são a obsessão e
compulsão.

DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS:

1. MÚLTIPLA DEFICIÊNCIA SENSORIAL:


É a criança que apresenta deficiência visual ou auditiva associadas a outras deficiências, sejam eles na área
física, intelectual ou emocional e dificuldades de aprendizagem.

Quase sempre os canais de visão e audição não são os únicos afetados, mas também outros sistemas como:
Sistema tátil: toque
Sistema Vestibular: equilíbrio
Sistema Proprioceptivo: posição corporal
Sistema Olfativo: aromas e odores
Sistema Gustativo: sabor
Surdez com deficiência leve ou severa

2. DIFERENÇAS ENTRE DIFICULDADES E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM:


Dificuldade é o termo usado para designar qualquer tipo de obstáculo encontrado pelo indivíduo no processo de
ensino-aprendizagem. Muitas vezes, os problemas não estão no aluno, mas ligados a elementos externos que o
influenciam como ausência de motivação, conflitos familiares, falta de interesse, problemas de visão ou
audição, questões econômicas, entre outros.

Os distúrbios de Aprendizagem também causam dificuldades no processo de aprendizagem, porém suas


causas não estão ligadas a fatores externos, e sim a fatores específicos do indivíduo: possuem nível de
inteligência normal, não apresentam deficiências sensoriais e possuem um rendimento escolar insatisfatório em
relação aos demais alunos. Neste caso, os fatores externos relacionados como estruturas da educação, ambiente
familiar e questões econômicas, podem apenas influenciar de forma negativa, mas não é o fator determinante.

As características que precisam ser observadas nos alunos que possuem distúrbios de aprendizagem são
dificuldades específicas para realizar atividades como leitura, escrita, fala e habilidades de matemática e
raciocínio lógico. Nestes casos, serão necessários tratamentos diferenciados com a ajuda de profissionais
especializados e formas diferentes de ensino.

Alunos com dificuldade de aprendizagem (origem externa) podem ter seus problemas sanados quando inseridas
em ambientes organizados e de qualidade, com profissionais capacitados. A dificuldade de aprendizagem pode
ser transitória quando suas causas são tratadas ou eliminadas, enquanto os distúrbios de aprendizagem
permanecem pela vida toda, já que são disfunções do sistema nervoso. Eles também devem ser tratados por
meio de ações e alternativas que possibilite a pessoa conviver de forma saudável com suas limitações e aprender
a superá-las.

A Disfunção Neurológica é uma característica fundamental para diferenciar uma criança com distúrbios de
aprendizagem daquelas que apresentam apenas dificuldade de aprendizagem.

3. TIPOS DE DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM:


As pessoas que possuem distúrbios de aprendizagem têm capacidade menor para realizar determinadas
atividades e uma afinidade e facilidade maior para outras. E estes podem ser classificados em distúrbios de
entrada ou saída. Como veremos a seguir.

A) Distúrbios de Entrada:
se caracterizam pela forma como as informações chegam até o cérebro, podendo ser por meio da audição
(ouvido) e visão (olhos).
Distúrbios de Percepção Visual: Este distúrbio não se caracteriza pela dificuldade em enxergar devido a
problemas de miopia ou estigmatismo por exemplo, mas devido a uma dificuldade em definir a forma ou a
posição do que se está vendo. A informação pode ser recebida com as letras ao contrário ou giradas, fazendo
com que a criança confunda letras semelhantes como b e d ou g e q, ou outras variações que possuem um som
semelhante como vaca = faca.
Devido a essas limitações, a criança tem dificuldade para determinar sua posição no espaço podendo se
confundir em locais abertos como campo e ginásios. Na hora de praticar um esporte, por exemplo o futebol, o
cérebro da criança precisa perceber a posição correta da bola e o seu trajeto. A falta de percepção da distância
ou velocidade, faz com que ela não consiga alcançar a bola.
Isso ocorre, porque o cérebro no momento de transmitir a informação encontra uma dificuldade grande, pois a
criança recebe uma informação que ultrapassa seus objetivos ou não chega até ela.

Distúrbios de Percepção Auditiva: Esse distúrbio, assim como o visual, está relacionado a dificuldade de
leitura. A percepção auditiva transforma o som em informação, e as crianças com este distúrbio não consegue
essa transformação com perfeição, pois o conteúdo que é recebido pelo cérebro, chega de forma distorcida,
apresentando várias falhas, como por exemplo a troca de palavras. A sua capacidade de processar a entrada do
som, não é tão rápido como das outras pessoas, conhecido como retardo auditivo.
As crianças têm dificuldades em distinguir sons parecidos como bala e bola, pois compreendem a mensagem
de forma incorreta. E também apresentam dificuldade com a relação figura / fundo. Por exemplo se a criança
estiver assistindo televisão em um local com outras pessoas conversando, e alguém em outro cômodo a chama
ou começa a falar com ela, a mesma não consegue distinguir de quem é a voz, demorando para percebê-la.
Nestes casos, é preciso falar devagar e dar instruções separadamente para que ela possa compreender. Se a fala
for realizada de forma rápida, provavelmente parte da informação será perdida.

Distúrbios de Integração: Estão relacionados aos problemas de coordenação motora, hiperatividade, falta de
habilidade social, impulsividade e problemas comportamentais. Quando as informações chegam ao cérebro, elas
precisam ser compreendidas quanto a sequência e abstração.

Distúrbios de Sequência: Os alunos que apresentam esse distúrbio compreendem as informações transmitidas,
mas não conseguem repetir sua sequência. Ela pode ouvir ou ler uma história, mas na hora de recontar pode
inverter a ordem dos fatos contando primeiro o final e depois ir para o início da história. Na matemática, os
problemas são entendidos, mas as ordens são invertidas. Pessoas com essas características podem encontrar
dificuldade em tarefas que exijam um movimento de sequência, como por exemplo, jogo de tabuleiro ou até
mesmo arrumar uma mesa para o jantar.

Distúrbios de Abstração: é a capacidade de dar significado as coisas. A informação recebida é registrada e


colada na sequência correta, porém, elas têm dificuldade de relacionar o conhecimento adquirido ao seu
significado. Por exemplo, o professor lê uma história de policial, mas ao perguntar para o aluno se ele conhece
um policial, mesmo que ele conheça ou tenha alguém na família que seja policial, ele não terá capacidade de
responder, pois ele consegue falar apenas do policial da história, de forma específica, e não sobre os
profissionais de forma geral.

Distúrbios de Memória: Ao se receber uma informação, a mesma deverá ser registrada, compreendida e
arquivada, para ser utilizada em outro momento. Isso só é possível graças a memória. Existem 3 tipos de
memória: a imediata, a de curto e de longo prazo.

I. A memória imediata, também conhecida como memória de trabalho, é breve, e gerencia a realidade
mantendo a informação por alguns minutos até que ela seja processada.
II. A memória de curto prazo faz com que a pessoa tenha a capacidade de manter as informações na
consciência, organizar os dados e sequenciar atividades, antes que as informações sejam armazenadas. A
seguir as informações saem da consciência e são processadas e consolidadas em outras regiões do
cérebro, chamadas de memória de longo prazo.
III. Memórias de longo prazo: ela é capaz de reter e consolidar as informações, que poderão ser acessadas
após minutos ou décadas.

Alunos com distúrbio de memória, tem a sua memória de curto prazo afetada, podendo atingir de forma
significativa o desempenho escolar. Muitas vezes, para que ele possa memorizar algo, são necessárias de 10 a
15 repetições, o que poderia ser realizado em no máximo 3 ou 5 repetições. No entanto, estes alunos não
possuem dificuldade na memória de longo prazo, podendo lembrar de determinados acontecimentos nos
mínimos detalhes.

B) Distúrbio de Saída:
São dificuldades no momento de concretizar as informações recebidas.
Distúrbios de Linguagem espontânea: Normalmente o indivíduo quando inicia uma conversa, ele escolhe o
assunto que será tratado e usa o tempo para organizar seus pensamentos e a melhor forma para se expressar.
Pessoas com este distúrbio de linguagem, encontram dificuldade em realizar tal tarefa, não iniciando diálogos
ou então o fazendo de forma inadequada.

Distúrbios de linguagem de demanda: Neste caso, a comunicação ocorre quando outra pessoa inicia uma
conversa, e é preciso uma interação. Sendo assim, é a outra pessoa quem vai estabelecer a circunstância na qual
você vai se comunicar, de forma que não haja tempo para organizar os pensamentos e encontrar palavras
adequadas, mas ainda assim, é preciso responder de forma apropriada.

Pessoas com esse distúrbio costumas pedir para que a pergunta ou demanda seja repetida, pois dessa maneira
encontram mais tempo para pensar na resposta mais apropriada. Quando são forçados a dar uma resposta
imediata, o fazem de maneira confusa, ficando difícil acompanhá-las.

Distúrbios de Atividade Motora: podem ser divididos em 2 tipos: atividade motora grossa e atividade motora
fina. A atividade motora grossa é caracterizada pelo uso de grandes grupos musculares. Alunos com esse
distúrbio são desajeitados, O que faz com que caiam com facilidade sobre as coisas, ou enfrentam problemas
para realizar atividades físicas como correr, nadar e escalar.

A atividade motora fina demanda que muitos músculos trabalhem juntos. O aluno com esse tipo de distúrbio
apresenta uma incapacidade de fazer com que os músculos da mão dominante trabalhem em conjunto. A sua
velocidade de escrever não consegue acompanhar o ritmo do seu pensamento.

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