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BONS ESTUDOS!

O que é Psicologia Infantil?

Os pais sempre se preocupam com a alimentação e com o desenvolvimento físico dos


filhos. No entanto, tão importante quanto o crescimento e a evolução das funções
motoras, é o aspecto emocional e cognitivo das crianças. É nesse cenário que entra a
Psicologia Infantil, um ramo das ciências psicológicas voltado para entender o
funcionamento psíquico dos pequenos.
A criança passa por vários estágios de desenvolvimento que influenciam tanto as suas
ações quanto a sua percepção de mundo. Qualquer desvio no processo natural de
amadurecimento pode desencadear entraves psicológicos.
As dificuldades e conflitos mentais afetam a capacidade adaptativa das crianças da
mesma forma como acontece com os adultos. Como consequência, pode haver prejuízos
no comportamento, na convivência com amigos e familiares e no desempenho escolar dos
pequenos.

7 benefícios da Psicologia Infantil


Vamos contextualizar melhor a importância da Psicologia Infantil para o desenvolvimento
emocional saudável das crianças. Conheça, a seguir, 7 benefícios desse conhecimento!

1. Alívio para o sofrimento da criança


A Psicologia Infantil procura dar um suporte para a criança no sentido de fazer com que
ela retome para o caminho de um desenvolvimento saudável. Essa atividade também
abrange o aconselhamento dos pais para que o processo terapêutico tenha continuidade
no lar.
O profissional que atua nesse segmento precisa saber proporcionar à criança um clima
seguro, aconchegante e estável. Desse modo, o especialista aprende a se comunicar de
maneira mais adequada a essa idade e a observar com muita atenção as falas e condutas
que passam despercebidas pelos leigos.
Com toda essa técnica, laços de confiança vão sendo estabelecidos entre o pequeno
paciente e o terapeuta. Assim, por meio de diálogos, jogos lúdicos, desenhos, imposição
de limites, entre outros métodos, o profissional conduz a criança a um comportamento
mais benéfico. Dessa forma, ela pouco a pouco consegue superar seus bloqueios, o que é
um grande alívio para seus sofrimentos.

2. Descoberta das causas de comportamentos atípicos


É muito frequente, no processo de desenvolvimento infantil, que haja algum distúrbio ou
desorganização na forma de agir de um menino ou menina. Esse desarranjo pode se
manifestar de diversas formas, como mudança brusca no jeito de ser ou, então, o
aparecimento de inúmeras barreiras no processo de aprendizagem. Por isso, a Psicologia
Infantil é essencial no trabalho com educação.
Também é comum o excesso de timidez, a incapacidade ou o embaraço para se relacionar.
Quando a criança demonstra ter problemas de convívio social e de conduta, é uma
evidência de que ela vai precisar da Psicologia Infantil, que pode ser um fator decisivo
para uma vida adulta tranquila.
Essa alteração no modo de agir vale tanto para crianças desafiadoras e opositoras como
para aquelas mais retraídas, com muita relutância para demonstrar o que sentem. Em
geral, esse ramo da Psicologia atende pequenos de 3 a 11 anos, mas isso não é uma regra
fixa.
Dependendo do desafio a ser superado, as terapias podem ser feitas individualmente ou
de forma coletiva. Muitos são os motivos que levam à necessidade de se aderir à
Psicologia Infantil. Na maior parte dos casos, porém, são questões como desempenho
escolar insatisfatório ou distúrbios comportamentais, como hiperatividade, agressividade e
medo da socialização.
Um exemplo interessante de aplicação da Psicologia Infantil são os chamados casos de
bullying, que estão cada vez mais corriqueiros. O bullying é representado por atos
violentos, seja por meio de agressões físicas, seja por meio de hostilidades psicológicas.
Confira alguns exemplos de eventos que devem fazer a família pensar na Psicologia
Infantil como solução:
•não querer ir à escola de uma hora para outra;
•ter dificuldade para aprender as disciplinas escolares;
•apresentar comportamentos de agressividade;
•demorar para falar e/ou andar;
•urinar na cama;
•ter pesadelos;
•demonstrar muita carência e querer ficar constantemente perto dos pais;
•rejeitar uma pessoa específica.

3. Suporte aos professores e ao aprendizado dos


pequenos
Com uma compreensão da Psicologia Infantil, o professor se torna mais preparado para
superar os desafios da educação. O estudo do comportamento das crianças já trouxe
inúmeras conclusões e técnicas a respeito do aprendizado.
Por exemplo: fazer um debate com os pequenos sentados em carteiras em círculo
desperta mais o interesse deles. Afinal, eles conseguem olhar uns para os outros, e isso
aumenta os vínculos e a socialização. O professor deve também integrar essa mesa
redonda para que todos fiquem no mesmo nível e haja mais liberdade de expressão.
Também são bastante interessantes as tarefas nas quais o aluno troca de lugar com o
professor. Depois de explicar um assunto, o docente pede ao pequeno que repasse o que
foi ensinado ao restante da classe. Isso ajuda a vencer a timidez e fortalece a autoestima.
O professor, porém, tem que ter sensibilidade para que esse processo não se torne
traumático. Assim, ele deve auxiliar a criança se ela tiver dificuldade e impedir que os
colegas a intimidem. É importante que essas experiências sejam agradáveis. Desse modo,
ter noções sobre a Psicologia Infantil é um grande reforço na maturidade profissional de
quem ensina.
4. Reforço nas aptidões de psicólogos, pedagogos e
outros profissionais
O caráter e a personalidade das pessoas se desenvolvem na infância, justamente o
período da aprendizagem escolar. Nesse sentido, tudo que acontecer com alguém nessa
fase será importante para a vida adulta.
É justamente nesse ponto que entram a Psicologia Infantil e a Pedagogia, que são
fundamentais para o crescimento saudável. O primeiro profissional vai trabalhar, por meio
de sessões de terapia, todos os eventuais conflitos.
Já o pedagogo, além de complementar essa atuação, também pode perceber os primeiros
sinais de que algo não vai bem. Afinal, muitas vezes, a criança passa mais tempo na
escola do que com os próprios pais. Isso dá ao pedagogo e aos professores uma grande
responsabilidade na identificação de comportamentos atípicos ou de outros eventos que
causem sofrimento à criança.
Em outras palavras, o psicólogo infantil e o psicopedagogo têm papéis protagonistas
na saúde mental dessa faixa etária. Diante disso, eles também são essenciais no apoio aos
familiares dos pequenos com demandas especiais.

5. Desenvolvimento de repertório de enfrentamento


Entender o que sente e desenvolver estratégias para lidar com o próprio estado emocional
é uma dificuldade até para os adultos. Imagine, então, o quanto uma criança fica confusa
com sentimentos que ela desconhece. Nesse sentido, a Psicologia Infantil pode ajudar não
somente a compreender as emoções mais básicas, como também a elaborar formas de
reagir a elas.
O repertório de enfrentamento é algo que cada pessoa desenvolve para se adaptar a
situações de estresse e adversidade. Muitas vezes, essas ações são embasadas em
experiências negativas, o que leva a construção de padrões disfuncionais de
comportamento.
Com o acompanhamento da Psicologia Infantil, a criança aprende alternativas mais
construtivas para enfrentar seus medos, inseguranças, sentimentos de hostilidade ou
carência, entre outros.

6. Orientação direcionada aos pais


Boa parte dos quadros de desordem emocional infantil é agravada pela conduta dos
próprios pais. Isso porque, por mais que os adultos queiram unicamente o bem de seus
filhos, eles nem sempre estão abertos para aceitar e compreender que há um desvio no
desenvolvimento da criança.
Assim, a Psicologia Infantil também é necessária para orientar os pais em relação
à melhor forma de agir com seus filhos. Quanto mais suporte emocional a criança recebe
em seu porto seguro — o convívio familiar —, mais fortalecida ela estará para enfrentar
desafios.

7. Ampliação de recursos para a criança e para os


familiares
Aliando o aumento do repertório de enfrentamento com a orientação direcionada aos pais,
temos uma ampliação de recursos para que a criança, juntamente com seus familiares,
consiga lidar com situações difíceis.
O uso dos jogos e das atividades lúdicas, por exemplo, pode ser um novo meio de
fortalecer as relações em casa e criar aproximação em momentos de conflito. Além disso,
os pais e a criança aprendem a ter um diálogo construtivo, com menos cobranças e mais
escuta ativa.
A ampliação de recursos proporcionada pela Psicologia Infantil também envolve o aumento
da autoestima da criança, a redução da ansiedade, a melhora nas interações sociais, entre
outros benefícios.

Quando alguém procura um psicólogo infantil?


São várias as condições que afetam o desenvolvimento da criança e requerem o apoio de
um psicólogo. A seguir, veja alguns dos principais motivos que levam à procura por um
profissional especializado em Psicologia Infantil!

Mudança de comportamento
Mudanças no modo de agir da criança podem refletir uma série de questões internas mal
compreendidas. Quando os pais são próximos aos filhos, eles conseguem identificar
alterações de comportamento.
Aquela criança que era sempre alegre e curiosa, de repente prefere ficar quieta e não tem
mais vontade de brincar; ou aquela que sempre reagia aos colegas e aos adultos com
docilidade passa a ser rebelde e agressiva. Esses são alguns exemplos de que algo pode
estar errado no aspecto emocional.
O comportamento inadequado, na verdade, se torna um grito silencioso de socorro, já que
a criança não compreende e não consegue verbalizar o que sente.

Regressão no desenvolvimento
O ser humano passa por um desenvolvimento progressivo desde seus primeiros dias de
vida até chegar à idade adulta. Mas, no decorrer desse processo, podem ocorrer atrasos
na aprendizagem de novas habilidades ou mesmo regressão de comportamentos.
Diante disso, é essencial buscar ajuda de profissionais da Psicologia Infantil para avaliar o
quadro e fazer a intervenção mais adequada. Afinal, a causa da regressão pode ser algo
transitório e simples de tratar, assim como pode representar algum problema mais sério
como o Transtorno Desintegrativo da Infância (TDI) — um tipo de autismo.

Dificuldade para manter atenção


A dificuldade para se concentrar por muito tempo em determinadas atividades também é
algo que requer a atenção dos cuidadores. A falta de foco, como característica isolada ou
em conjunto com o comportamento inquieto, é um indício do Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Esse é um dos problemas mais diagnosticados nas crianças em idade escolar atualmente.
A Psicologia Infantil é o caminho para chegar a um diagnóstico correto e propor a melhor
conduta terapêutica.

Agressividade
Como falamos acima, qualquer alteração brusca no comportamento infantil é um sinal de
alerta para a busca de avaliação profissional. A agressividade repentina é um dos
principais sintomas de que a criança está experimentando algum conflito interno, mas não
sabe como canalizar seus sentimentos.
O comportamento agressivo pode ser sinal de problemas como depressão, ansiedade,
influência de um ambiente familiar ou escolar hostil ou até situações mais graves como
abuso sexual. Com conhecimentos em Psicologia Infantil, o profissional consegue aliar a
agressividade aos demais sinais apresentados para chegar a uma hipótese do que está por
trás da má conduta.

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