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São Paulo
2021
Sandra dos Santos do Nascimento
Vanessa Moralles Pires
Welton de Lima Costa
São Paulo
2021
Sumário
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................4
OBJETIVO................................................................................................................................5
JUSTIFICATIVA.....................................................................................................................5
METODOLOGIA.....................................................................................................................6
QUESTÃO NORTEADORA E HIPÓTESES........................................................................8
O QUE É TDAH?......................................................................................................................9
O PAPEL DO PROFESSOR.................................................................................................10
DENTRO DA SALA DE AULA............................................................................................12
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DO TDAH.....................................................................13
PROJETO DE LEI 7.081/10..................................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:................................................................................17
Introdução
Outro fator a ser considerado é o prisma através do qual o professor olha para o
aluno que possui o transtorno. A importância do acreditar no potencial de cada um, e que
todos são diferentes, mas todos são capazes de aprender. Segundo o artigo do EDUCERE, é
neste âmbito que entra o papel do professor, saber mediar o aprendizado de forma inclusiva e
significativa.
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Objetivo
Justificativa
Segundo o Jornal de Ituverava, no Brasil, uma a cada 20 crianças têm como causa de
fracasso escolar a síndrome do TDAH, ou seja, um número relativamente grande, daí a
necessidade de o profissional da educação saber lidar com esse transtorno de aprendizado.
As pessoas com TDAH geralmente são muito intuitivas e criativas para grandes
projetos; em compensação, têm dificuldades de realizar tarefas cotidianas. Costumam
apresentar uma série de transtornos que afetam as áreas do comportamento, do humor e da
aprendizagem.
Em alunos com TDAH, deve ser trabalhada a inclusão escolar, exigindo do professor
dedicação, cuidado e estudo de caso. Diante disso, muitos professores não sabem o que fazer
e por onde começar.
Metodologia
Dentro deste cenário, o professor tem um grande desafio, que é proporcionar a todos
os alunos um aprendizado de forma inclusiva e criativa, para que assim se sintam motivados e
interessados em aprender e isto inclui os alunos com TDAH.
Nas pesquisas feitas, foram elencadas algumas dicas para que o aluno com TDAH
possa ter um desenvolvimento educacional satisfatório: o aluno deverá se sentar sempre na
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primeira fileira da frente, pois assim terá menos distrações em sala de aula. O professor
durante as explicações, deverá utilizar entonações diferentes de vozes durante a explicação
para que assim possa chamar mais a atenção, fazer os alunos se envolverem. Fazer com que a
criança com TDAH se sinta útil em sala de aula, por exemplo, o professor poderá escolhê-lo
para ser o ajudante do dia, ou mesmo chamá-lo para apagar a lousa, o que importa é mantê-lo
conectado, envolvido com o conteúdo. O professor não deve tomar como referência outros
alunos de forma a conduzir o ritmo da aula. Cada aluno tem o seu tempo de aprendizado, isto
é fato, e o aluno com TDAH tem também o seu tempo. Talvez ele precise de um auxílio maior
para desenvolver determinada tarefa, ou dividir uma tarefa grande em pequenas partes, para
que ele não se sinta frustrado ou nervoso quando não conseguir realizar alguma atividade. Ele
precisa aprender a acreditar em seu potencial, ser incentivado e motivado. A valorização das
tarefas realizadas é também muito importante para o desenvolvimento da criança com TDAH.
Não estamos aqui dizendo que somente este aluno mereça ser incentivado e valorizado, mas
sim todos os aprendizes. É uma linha muito tênue em que o professor deverá estar preparado
para percorrer, todos devem ser tratados igualmente, respeitando a velocidade e características
de cada aluno individualmente, mas o aluno com TDAH não deixa de ser uma criança mais
sensível.
Não há comparações nem competições, o ambiente dentro da sala de aula deve ser de
equipe, de colaboração, interação e principalmente de acolhimento.
A metodologia utilizada em sala de aula pelo professor é uma das grandes discussões
a cerca desse tema, onde é necessário prender a atenção do aluno com TDAH.
Para Rohde e Benczik (1999), alunos com TDAH têm dificuldades com organização
e por isso a sala precisa ser bem definida. Sendo esta não uma sala rigidamente tradicional
nem uma sala toda colorida, pois distrai ainda mais a atenção. Para criar um bom ambiente
para alunos com TDAH, é necessário criar o meio-termo.
Rohde e Benczik (1999, p. 86) citam: “Sempre que possível, transforme as tarefas
em jogos. A motivação para a aprendizagem certamente acontecerá”.
Com isso, a metodologia utilizada tem que ser flexível, adaptando-se às diferente
necessidades e realidades.
Permanecer na escola pode parecer fácil para algumas pessoas, que nenhuma
diferença seja percebida. Para alunos com dificuldades de aprendizagem isso nem sempre
ocorre facilmente. O processo de escolarização está na dependência da compreensão dos
agentes educacionais da sua escola. Nem todos as escolas ainda estão preparadas para a
inclusão desses alunos.
As escolas inclusivas devem ter espaços onde todos os alunos possam construir os
conhecimentos que tenham significado contextual para o desenvolvimento e cidadania.
Nessas escolas os alunos são concebidos como: “únicos, singulares, mutantes,
compreendendo-os como pessoas que diferem uma das outras, que não conseguimos conter
em conjuntos definidos por um único atributo, o qual elegemos para diferenciá-las”
(ROPOLI, 2010, p.9).
Crianças com TDAH possuem essa diferença apontada pela educação inclusiva
mesmo essa criança não fazendo parte do público-alvo atendido pela educação especial, na
maioria das vezes não se adaptam as expectativas da escola, demandam de mais atenção pelo
professor, o qual podem reagir de maneira negativa ao seu comportamento. (GOLDSTEIN;
GOLDSTEIN, 1994).
individualidade do aluno com seus limites e potencialidades. Deve ser capaz de adaptar os
programas de ensino as necessidades do aluno. Precisam estar conscientes que o aluno com
TDAH, na maioria das vezes, são pessoas criativas e inteligentes.
A família tem sua importância e papel, mas o professor pode contribuir também para
orientar a família, para que esse aluno possa permanecer e ser produtivo no ambiente escolar.
Pois um estudo apresentado por Barkley (2002) mostrou que pais de crianças com TDAH
sofrem maiores níveis de estresse, depressão e autopunição e resistem aos mesmos níveis de
estresse que pais de crianças com deficiências de desenvolvimento severo como deficiência
intelectual e autismo.
Pais e professores por serem as pessoas que mais convivem com as crianças têm a
responsabilidade no desenvolvimento global dessas pessoas. O conhecimento acerca da
etiologia do TDAH pode ajudar na compreensão das consequências sobre o comportamento, a
aprendizagem, as competências sociais, a autoestima, o funcionamento da criança e da
família, e ainda das consequências do tratamento psicofarmacológico e psicoterapêutico”
(BERTELLI; BIANCHI; CRUZ, 2010, p. 20).
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O que é TDAH?
Foi no ano de 1902, que George Still, apesentou uma descrição sobre os sintomas do
TDAH, apontando que as crianças com TDAH possuíam “déficits significativos no
autocontrole e poderiam ser normais ou mesmo brilhantes em termos de inteligência geral”.
Desde então, essa caracterização tem se mantido atualizada. (CRUZ; BERTELLI; BIANCHI,
2010 p. 12)
Pais e professores por serem as pessoas que mais convivem com as crianças têm
responsabilidade no que tange ao desenvolvimento global dessas pessoas. O conhecimento
acerca da etiologia do TDAH pode ajudar na compreensão das consequências “sobre o
comportamento, a aprendizagem, as consequências dos tratamentos psicofarmacológicos e
psicoterapêutico” (CRUZ; BERTELLI; BIANCHI, 2010 p. 20).
O Papel do Professor
É na escola que a criança tem o seu primeiro convívio social longe dos pais, onde se
dá o início da disciplina, aprendizado, o uso do intelecto e da cognição. É nesse espaço
escolar que as diferenças nesse sentido se tornam mais evidentes. Por esse motivo, geralmente
é na escola que é percebido as diferenças, e quando estas começam a se apresentar como
entraves de aprendizado, os pais devem ser imediatamente informados e alertados pela escola.
Como o tempo de foco do aluno com TDAH, ocorre em pequenos momentos, dividir
as tarefas e até recompensá-lo por uma tarefa finalizada é uma das formas de potencializar o
aprendizado.
O professor é muitas vezes a pessoal que fica mais tempo com a criança durante o
seu dia, por isso a necessidade deste profissional estar muito bem-informado a respeito do
transtorno e alinhado às necessidades da criança, para assim atuar com propriedade.
Um dos grandes entraves que o professor pode encontrar nesta jornada, é muitas
vezes o negacionismo pela família, a dificuldade em buscar ajuda profissional. Neste caso a
escola deverá atuar de forma muito cautelosa e principalmente acolhedora desta família, para
que assim possa orientar a família no restabelecimento da criança dentro da escola e da
sociedade como um todo.
Como avaliar:
Fonte: https://tdah.org.br/diagnostico-criancas/
Publicado por ABDA | maio 10, 2017
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Esse projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora aguarda a
aprovação do Senado. Algumas das ações previstas por este projeto são: capacitação dos
educadores, desenvolvimento de material orientador quanto a utilização de recursos
pedagógicos e adaptações curriculares entre outras.
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Referências Bibliográficas:
SOUZA, Isabella G.S.; PINHEIRO, Antonia Serra; FORTES, Didia; PINNA, Camilla.
Dificuldades no diagnóstico de TDAH em crianças. Jornal Brasileiro de Psiquiatria. J. bras.
psiquiatr. vol.56 suppl.1 Rio de Janeiro 2007. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852007000500004>. Acesso em: 08 Abr. 2021.
NAVAS, Ana Luiza. Quais as mudanças e direitos que o projeto de Lei 7.081 oferecerá
para as pessoas com TDAH e Dislexia no Brasil? Disponível em:
<https://tdah.org.br/legislacao/>. Acesso em: 08 Abr. 2021.
ROHDE, Luis Augusto P.; MATTOS, Paulo. Princípios e práticas em TDAH. Porto Alegre:
Artmed, 2003.
BARROS, Juliana Monteiro Gramatico. Jogo infantil e hiperatividade. Rio de Janeiro:
Sprint, 2002.
TRIBUNA DE ITUVERAVA. TDAH já atinge cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil.
Disponível em: <https://www.tribunadeituverava.com.br/tdah-ja-atinge-cerca-de-2-milhoes-
de-pessoas-no-brasil/>. Acesso em: 05 Set. 2021.