CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

SANTO AMARO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO – 4º SEMESTRE

Colégio Janjão & Albuquerque

SANDRA DOS SANTOS DO NASCIMENTO

São Paulo
2019
 SANDRA DOS SANTOS DO NASCIMENTO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO – 4º SEMESTRE

Relatório de estágio obrigatório apresentado ao

Centro Universitário Senac – Santo Amaro,
Polo Jabaquara, como exigência parcial para
conclusão do 4º semestre do curso de
Licenciatura em Pedagogia.

São Paulo
2019
 Sumário

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 1
DESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO DO OLFATO ................................................................... 2
O ESTUDO DAS MEDIDAS ..................................................................................................................... 2
INCENTIVO À LEITURA ........................................................................................................................ 2
DOBRADURAS .......................................................................................................................................... 2
RELACIONAMENTO PROFESSORA E ALUNOS .............................................................................. 3
COMPORTAMENTOS ANALISADOS EM SALA DE AULA SEGUNDO VYGOTSKY ................ 4
PROBLEMAS DE AUDIÇÃO E O APRENDIZADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ......................... 4
A ARQUITETURA DA ESCOLA E A APRENDIZAGEM................................................................... 5
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 6
Introdução

Este relatório tem o objetivo de descrever as atividades desenvolvidas durante o estágio

supervisionado para o curso de Licenciatura em Pedagogia, 4º semestre. Foram
desenvolvidas atividades administrativas junto à secretaria, gestão escolar e salas de aula
do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental.
Foi observado desde a postura da professora em relação as crianças, entre colegas de
trabalho, entre alunos, supervisor e subordinados. Outro ponto importante avaliado, foi a
questão da estrutura e arquitetura do ambiente escolar, o qual deve condizer com as
metodologias aplicadas pela escola.
Os comportamentos observados durante o estágio foram embasados em teorias
pedagógicas e seus pensadores, e estudos de campo.
Como objetivo final, relatar todo o processo de observação das crianças de 1º e 2º ano do
Ensino Fundamental.

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Desenvolvimento da percepção do olfato
As crianças do 2º ano foram expostas a uma atividade de identificação de alimentos
através do olfato. A professora chamava aluno por aluno para cheirar um saquinho no
qual havia alimentos com cheiro mais forte como: cravo, alho e cebola. Mais da metade
das crianças não conseguiram identificar os cheiros. Somente após a professora dar
algumas dicas sobre os alimentos.
O desenvolvimento do olfato se dá desde o nascimento da criança. O olfato é um sentido
muito mais forte do que o paladar. Os seres humanos conseguem distinguir cerca de 20
mil tipos de aromas diferentes contra apenas 100 tipos de gostos.
A importância do estímulo olfativo na infância, é uma das formas de desenvolver
neurônios e memórias olfativas. A criança já nasce com todos os neurônios que irá utilizar
durante toda a sua vida. Esses neurônios estão ali, todos esperando receber informações
para serem desenvolvidos.

O estudo das medidas

A facilidade para o entendimento da matemática já começa bem cedo na educação
infantil. O assunto desta aula foi o estudo das medidas.
Em primeiro lugar, a professora pediu para que as crianças andassem de um lado a outro
da sala contando o número de passos que cada um realizava. As crianças começaram a
perceber que os números de passos eram diferentes entre eles devido ao tamanho do pé.
Em seguida eles deveriam medir a largura de uma janela com as palmas das mãos. Mais
uma vez eles diagnosticaram a diferença, devido ao tamanho da mão de cada um.
Voltando a sala de aula, a professora propôs medições de objetos com a régua. Mostrando
desta forma a importância do uso das ferramentas de medida.

Incentivo à leitura
As crianças são sempre incentivadas a leitura. A cada semana as crianças recebem da
professora um livro de histórias para ser lido, incentivando assim o hábito da leitura. É
através da leitura que a criança desenvolve a imaginação, se sente internalizada na
história, aumenta o seu vocabulário, aprimora a leitura e interpretações.

Dobraduras
Às sextas-feiras, a professora sempre dá uma atividade envolvendo dobradura. A
atividade da dobradura auxilia na satisfação emocional, pois a criança se sente gratificada
por poder criar algo novo. É uma atividade relaxante e que exige concentração e
persistência. É também uma ferramenta para o aprendizado de conceitos espaciais,

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geométricos e matemáticos, pois envolve instruções como “para cima”, “para baixo” e
outras.

Relacionamento professora e alunos

Percebi durante as aulas, que a professora adota uma posição séria e enérgica com os
alunos, mas ao mesmo tempo conscientizando-os de suas ações. Como consequência
deste posicionamento, percebi também que quando ela chama a atenção, a criança muitas
vezes fica constrangida.
A professora não adota o método de “amiguinha” dos alunos e sim de parceira, mas com
autoridade. Observar este comportamento foi de extrema importância.
Algumas crianças são mais retraídas, não havendo um vínculo mais forte com a
professora. Este vínculo é uma das premissas para que a criança tenha um aprendizado
satisfatório. A professora na educação infantil, é vista pela criança como um porto seguro.
Se a criança não se sentir segura na sala de aula, isto certamente vai impactar no seu
aprendizado.
As situações onde as crianças agem de forma incorreta, a professora muitas vezes aguarda
o término da aula para conversar em particular com o aluno.
Pontos que são trabalhados durante todo o tempo em sala de aula: responsabilidade em
relação as tarefas, utilização de assuntos pertinentes durante a aula e autonomia.
Na turma observada duas professoras atuam com a turma, a titular que ministra todas as
matérias do curriculum e a professora de inglês. Observei o comportamento das crianças
frente as duas professoras individualmente. A titular, por ser mais enérgica, as crianças
têm um respeito bem maior. Já com a professora de inglês, percebi que não há o mesmo
controle em relação aos alunos. As crianças falam alto e levantam da cadeira.
Em uma das atividades, observei que as crianças ficavam impacientes em mostrar para a
professora se realmente estavam fazendo corretamente, e assim falavam a todo o tempo:
“ assim ó? ”, “assim ó? ”. Isso retrata a necessidade de uma confirmação do fazer, uma
constatação a ser feita pelo professor.
Haverá na escola uma feira cultural, e cada turma ficou encarregada de produzir os
cartazes com imagens, textos, colagens sobre um determinado tema. O tema da sala em
que atuei foi: Identidade Regional.
As crianças puderam através de vários tipos de papel e cores, representar uma região do
Brasil. Conhecendo assim os costumes de cada região, a gastronomia, os pontos turísticos
e etc. A exposição estará aberta para visitação dos alunos, pais e familiares.

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Comportamentos analisados em sala de aula segundo Vygotsky
Segundo Vygotsky o desenvolvimento se dá através do aprendizado. A relação com a
cultura é o que forma os conceitos do aluno. Uma das concepções de Vygotsky é a zona
de desenvolvimento proximal, que é a distância entre o que o aluno já sabe fazer e
consegue fazer sozinho e o que ainda precisa da intervenção do professor para realizar de
forma satisfatória.
Por isto, o professor deve conhecer os alunos, suas vivências e anseios, para em cima
dessas lacunas de aprendizado, possa elaborar atividades e conteúdos que façam sentido
a aprendizagem.

Problemas de audição e o aprendizado na Educação Infantil

A Educação Infantil é o melhor período para se identificar alguma deficiência de
aprendizado que a criança possa ter. Podendo assim serem tomadas as providências
necessárias para que se possa ter um bom desenvolvimento durante a sua aprendizagem
na fase infantil e na fase adulta.
Durante o estágio, a professora informou-me que um dos alunos possui um problema de
audição e que devido a esta deficiência, as informações que ele lê, se perdem facilmente.
Percebi que facilmente ele perde a concentração durante a aula, necessitando a todo
instante ser chamado para que volte a prestar atenção no que está fazendo. Quando a
professora fala o conteúdo, ele guarda facilmente, ficando atento o tempo todo. No geral
é uma criança quieta e não muito social.
Segundo Vygotsky, é através da interação com outros indivíduos que a criança
desenvolve o seu cognitivo. Seguindo esta teoria, é de extrema importância que a criança
encontre meios e se sinta à vontade para interagir com os colegas e com o professor.
Nas minhas pesquisas verifiquei que além de um diagnóstico médico, é necessário
trabalhar com fonoaudiólogos e psicólogos. Por outro lado, a escola deve transmitir à
criança segurança para que ela se sinta acolhida e saiba que terá o suporte necessário às
suas restrições. Conversar com os pais a respeito do comportamento da criança em casa,
na escola, conhecer o aluno mais de perto. Se necessário, a escola pode também se
comunicar com profissionais de saúde que cuidam da criança. Formando assim parcerias
para que o aprendizado desta criança possa ser o mais efetivo possível.
A audição na infância, é pré-requisito para o desenvolvimento da linguagem assim como
a escrita. Qualquer interferência no sistema auditivo poderá repercutir no
desenvolvimento do aprendizado. Quanto mais cedo o problema for diagnosticado, mais
facilmente será corrigido.

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A arquitetura da escola e a aprendizagem
Na escola onde estagiei, no ambiente em que as crianças atuam sempre há muitas escadas
para subir e descer, todas as portas têm degraus e corredores apertados. As salas de aula
amontoadas de carteiras que mal cabe as crianças. Quase não havia lugar para que eu
ficasse e interagisse com as crianças.
Foi feita na Inglaterra, uma pesquisa através de uma prova de matemática, aplicada a
alunos de uma escola arquitetonicamente bem cuidada e para alunos de uma escola onde
a estrutura não transmitia segurança. Os alunos da escola onde a arquitetura foi pensada,
tiveram 25% a mais de pontuação nas atividades.
Em minhas pesquisas constatei que a organização e arquitetura escolar podem de fato
interferir no aprendizado. Doris Kowaltowski, professora da Unicamp diz que “O
ambiente escolas funciona como um terceiro professor”. O ambiente estimula e facilita o
ensino. O segundo professor na escola são os materiais didáticos, a tecnologia e a
alimentação, o terceiro seria o ambiente que deve oferecer uma boa convivência e também
servir de espaços de aprendizagem.

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Referências
Revista Gestão Universitária. A Importância da Audição no Processo de
Aprendizagem. Disponível em: <http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/a-importancia-da-
audicao-no-processo-de-
aprendizagem#:~:targetText=H%C3%A1%20muito%20tempo%2C%20sabe%2Dse,da%20fala
%20e%20da%20escrita.&targetText=%C3%89%20importante%20lembrar%20que%20a,n%C3
%A3o%20deve%20cessar%20ao%20nascimento> . Acesso em 25 nov. 2019.

GOMES, Alex Sandro. Design de Ambiente Escolar para Aprendizagem Criativa.

São Paulo. Pipa Comunicação. 2019.

KOWALTOWSKI, Doris. A arquitetura escolar e seu papel no aprendizado. Disponível em:

<https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,a-arquitetura-escolar-e-seu-papel-no-
aprendizado,70002202508>. Acesso em: 27 nov. 2019.