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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

PROPOSTA DE PRÁTICA CURRICULAR – 2019

CONVERSA COM UM PROFESSOR DE QUALQUER ETAPA DA


EDUCAÇÃO: EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO
MÉDIO OU ENSINO SUPERIOR

ADRIANO RIBEIRO SILVA


201907111964

JUIZ DE FORA
2019
1- OBJETIVOS:

 Realizar uma entrevista pré-elaborada com um professor de qualquer etapa da


educação.
 Identificar as práticas de ensino utilizadas pelo professor e a relação
professor/aluno apresentados através da observação de sua aula.
 Articular os conhecimentos adquiridos nas aulas de Filosofia da Educação com
os conhecimentos adquiridos na entrevista e a observação do professor.

2- INTRODUÇÃO:

É de conhecimento de todos que as práticas pedagógicas adotas pelos profissionais


da educação estão diretamente ligados ao papel da educação na sociedade. Portanto,
analisar as relações professor/aluno que são estabelecidas bem como os procedimentos
de ensino é uma forma de refletir sobre que tipo de cidadãos queremos formar.
A presente pesquisa tem como finalidade entrevistar uma professora bem como a
observação de suas aulas com perguntas elaboradas pela faculdade para refletir sobre
elas fazendo interferência os estudos feitos na disciplina de Filosofia da educação.

3- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Este trabalho é uma pesquisa de campo que consiste em uma observação direta da
relação professor/aluno e suas práticas de ensino. Foi realizado na Creche Monteiro
Lobato, que é situada na rua: Carolina de Assis, 435, Manoel Honório. A instituição é
um convenio da prefeitura de Juiz de Fora com o colégio Santa Catarina que atende
crianças de 0 a 3 anos de idade.
Foi entrevistada e observada a educadora Mariana de Souza Mendes, graduada em
Pedagogia e especializada em Gestão Educacional com cinco anos de atuação. É
responsável pela turma de 03 anos com 17 crianças.

ENTREVISTA
a) O que é ensinar?
Ensinar é mais que transmitir conhecimento. É criar situações para que o aluno
construa seu conhecimento sozinho. É um ato de amor e de troca.

b) Como você escolhe seus procedimentos de ensino?

Pautamos nossa prática na Base Nacional Comum Curricular e documentos do


município, também buscamos formação continuada nós temas atuais e de maior
demanda das crianças.

c) Você se baseia em algum teórico? Qual? Como?

Não, não adotamos apenas um método de ensino. Buscamos práticas que onde as
crianças são entendidas como ser de identidade em processo de desenvolvimento
em todas as suas dimensões humanas: afetiva, social, cognitiva, psicológica,
motora, lúdica e expressiva.

d) Como acontecem as relações interpessoais em sua sala da aula? Como você


trabalha os conflitos?

Através de conversas, histórias e brincadeiras que trabalham a empatia. Quando


você trabalha com o lúdico e trata a causa do conflito e não o sintoma é bem
provável que ele não volte a aparecer.

Nas observações na aula da professora Mariana bem como as suas respostas


na entrevista, percebi que ela segue um modelo mais construtivista de Paulo Freire,
mesmo que não tenha apresentado na entrevista. Visto que a criança constrói seu
próprio conhecimento através de vivencias e experiências elaboradas pela Professora. A
visão de Freire o leva a substituir a escola tradicional, monoliticamente estruturada, por
outro veículo educativo mais maleável, mais participativo e baseado no diálogo: o
círculo de cultura.
O planejamento é feito pela instituição anualmente para nortear a prática dos
educadores, por meio deste cada professora desenvolve seus projetos de acordo com a
demanda das crianças que são levados para a coordenação para trocar ideias. Essa
forma harmoniza-se com o pensamento do filosofo Augusto Comte que acreditava que a
educação deveria levar em conta, em cada indivíduo, as etapas que a humanidade
percorrera: o pensamento fetichista da criança seria superado pela concepção metafísica,
e esta, finalmente, pela positivista, no momento em que atingisse a idade madura.
Mariana estava realizando o projeto sobre Higiene que foi elaborado porque
ela estava notando que os alunos após as refeições deixavam o refeitório sujo e também
se sujavam muito. Neste projeto ela conversava com os alunos sobre a importância de
escovar os dentes, tomar banho, comer com cuidado e atenção, fazendo perguntas e
simulando situações para que eles participassem.
A atividade realizada no dia foi uma colagem que eles procuravam produtos
de higiene e colavam em um cartaz coletivo, que tinha como objetivo que eles
reconhecessem os produtos e sua importância para uma boa higiene, era um dos
objetivos que os alunos aprendessem a trabalhar coletivamente um ajudando o outro, e
também a utilização da tesoura para estimular a coordenação motora fina.
Então ao sair do pátio e a professora alertava sobre a hora das refeições e
perguntava o que deveria fazer antes todos respondiam juntos lavar as mãos. Também
no refeitório chamavam um à atenção do outro sobre os cuidados e também queriam
mostrar que tinham aprendido. E quando terminavam avisavam a tia que estava na hora
de escovar os dentes. Essas atitudes mostram que o objeto da professora está sendo
pouco a pouco alcançado.
Essa observação realça a crítica feita pelo filosofo Johann F. Herbart (1776 –
1841) no que se diz sobre os métodos mal aplicados que em nada se relacionavam com
os conhecimentos adquiridos na prática dos alunos, e que só geravam uma memorização
superficial que logo era esquecida. Logo, trabalhar com projetos relacionados às
vivencias reais dos alunos de forma lúdica e participativa colabora com uma efetiva
aprendizagem dos estudantes.
No pátio Mariana deixou que as crianças brincassem livremente por um
determinado tempo, pois ela acredita que esses momentos são fundamentais para que os
alunos desenvolvam a criatividade e ajudam eles a extravasar suas energias. Um pouco
antes da hora do recreio acabar os alunos guardaram os brinquedos e ela fez uma
brincadeira. A brincadeira escolhida foi Chicotinho queimado, as crianças deveriam
achar um saquinho que tinha sabonete, escova e pasta de dente. Os objetivos são
basicamente reforçar os mesmos da atividade acima, porém estimulando a percepção
visual.
Esta brincadeira faz interferência com as contribuições do filosofo Friedrich
Froebel (1782 – 1852) que valoriza a ludicidade por perceber o significado funcional do
jogo e do brinquedo para o desenvolvimento sensório-motor. Ele foi pioneiro na
fundação do “jardim de infância”, em alusão ao jardineiro cuidando da planta desde
pequenina para que cresça bem, pressupondo que os primeiros anos são básicos para a
formação humana. Froebel acredita que alegria do jogo levaria a criança a aceitar o
trabalho de forma mais tranquila.
A relação professor/aluno que a educadora mantém com os alunos é muito
positiva uma vez que ela os escuta e tenta sempre entender seus motivos. Trabalha
muito em sala de aula a empatia, buscando situações que os alunos se coloquem no
lugar do outro para resolver os conflitos.

4- RESULTADOS E CONCLUSÃO:

Neste trabalho abordamos uma pesquisa de campo que busca articular a prática
educacional de uma educadora com os estudos feitos da disciplina de Filosofia da
Educação. Concluí que as práticas docentes estão ligadas diretamente com o papel da
sociedade. Os educadores precisam refletir e buscar mais conhecimento para que suas
práticas levem ao desenvolvimento integral dos alunos. A instituição e a educadora que
acompanhei este presente trabalharam buscam efetivamente esse resultado.
Cumpri todos os objetivos propostos anteriormente para a elaboração deste
trabalho realizando as etapas propostas e fazendo interferências aos filósofos estudados
na disciplina de Filosofia da Educação.
Este trabalho foi muito importante para a consolidação dos conhecimentos
adquiridos na disciplina dado que pude observar na pratica as contribuições de diversos
filósofos antigos.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Estudos feitos nas aulas de Filosofia da Educação :


http://estacio.webaula.com.br/ead/disciplinas/776/1209953

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