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INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: DESAFIOS NA APRENDIZAGEM E NA


PRÁTICA DOCENTE

Antônia Vilma de Lima BRAGA1


Naime Souza SILVA2

RESUMO

O presente artigo trata-se de um projeto de intervenção realizado na Escola Municipal José


Lúcio de Sampaio, situada na cidade de União de Minas-MG, com baixo rendimento de
aprendizagem apresentado pelos alunos na leitura e escrita detectadas por meio de avaliações
psicopedagógicas, pedagógicas e individuais pelos docentes. O projeto foi desenvolvido
buscando resgatar aqueles que, em algum momento, não obtiveram o desenvolvimento em
determinado conteúdo, desenvolvendo com criatividade, reflexão, consciência, cooperação e
confiança, preparando-os para viver e conviver, através de um ensino sério com qualidade.
Utilizando-se da metodologia qualitativa com estudo de caso, ocorreu-se uma investigação de
um sujeito particular e a pesquisa-ação, cuja função é de estudar o ambiente alfabetizador,
sanando falhas encontradas. Com esses resultados satisfatórios a escola sentiu-se mais
confiante em ajudar alunos com dificuldades na aprendizagem, efetuando novas intervenções
quando necessárias, intensificando o que deu certo e corrigindo o que deu errado, pois é
direito do aluno obter em sua educação escolar as competências e habilidades postas na matriz
curricular de ensino.

Palavras-chave: Dificuldades na aprendizagem. Leitura. Escrita. Intervenção.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo aborda o tema dificuldades na aprendizagem na Escola Municipal


José Lucio de Sampaio, na cidade de União de Minas-MG, nas séries iniciais do Ensino
Fundamental. A investigação do tema se deu a partir da necessidade apresentada pelas
crianças no processo de aprendizagem onde, em alguns casos, as crianças desconheciam as
letras do alfabeto, alertando-nos para a necessidade de uma intervenção no âmbito da leitura e
escrita, detectadas por meio de avaliações psicopedagógicas, pedagógicas e individuais pelos
docentes.
O projeto de intervenção veio para compreender o aluno e suas necessidades
educacionais, bem como verificar a atuação do professor e suas práticas pedagógicas,

1
Graduanda do Curso de Pedagogia da Faculdade Aldete Maria Alves. antonia.vlb@gmail.com
2
Mestre em Educação pela Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE (2012). Pós-graduada em O Processo
Ensino Aprendizagem: Uma Fundamentação Filosófico Antropológico e Técnico-Pedagógico (1993),
Psicopedagogia (2001). Psicopedagogia Clínica Complementação (2008), Docência do Ensino Superior (2011).
Graduada em Pedagogia (1990) e bacharel em Direito (2005) pela Fundação Educacional de Votuporanga. Atua
como Professora e Coordenadora do Curso de Pedagogia da Faculdade Aldete Maria Alves- FAMA Iturama –
MG e Supervisora Escolar da E. M. José Lúcio de Sampaio do Município, União de Minas-MG.
naimefama@hotmail.com

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possibilitando ao docente compreender as indagações advindas desta temática, com o objetivo


de sanar as dificuldades de aprendizagem do aluno, utilizando-se de ferramentas pedagógicas
apropriadas para cada discente, oportunizando uma formação continuada para os professores,
além de analisar constantemente o desenvolvimento do discente através de avaliações
diagnósticas no decorrer do processo interventivo.
Para tanto, buscou-se também o apoio da família, que é de fundamental importância
para o ensino da criança, conforme explicita a professora Elma: “Na maioria das vezes
percebemos que aquela criança que os pais acompanham, ou seja, é participativo na vida
escolar de seu filho, o aprendizado é melhor, há rendimento no seu progresso” (FREITAS,
2014, relato oral).
Dentro deste contexto, a equipe educacional trabalhou com os alunos jogos, ditados,
mídias, atividades em equipe, brincadeiras, músicas, interação entre escola e sociedade
através de entrevistas, entre outros, para que possibilitasse ao aluno a compreensão do ensino
apresentado pelos professores.
A metodologia utilizada baseou-se em abordagem bibliográfica e estudo de caso; foi
utilizado o procedimento de entrevistas semiestruturadas, com a utilização do termo de livre
consentimento e autorização da instituição de ensino para divulgação dos dados obtidos.
A prática docente foi de fundamental importância para a realização do projeto, pois
houve aceitação e empenho dos mesmos, sempre estudando novas metodologias para se
trabalhar com os alunos, buscando alcançar os objetivos desejados. Ao final do ano de 2014
pôde-se analisar que o projeto foi de total relevância para todos os envolvidos, principalmente
para as crianças que alcançaram suas habilidades e competências no âmbito da leitura e
escrita.

2 PROJETO DE INTERVENÇÃO DA ESCOLA ANALISADA

O projeto de intervenção é compreendido e desenvolvido em uma ação conjunta,


partilhada entre o diretor e o coletivo da escola. Logo, não se trata da elaboração solidária de
um projeto para, posteriormente, outros executarem. Trata-se, ao contrário, de um projeto que,
desde sua proposição, passando pela elaboração e desenvolvimento, ocorre no e com o
coletivo da escola. Desse modo, podem-se criar formas e modos de concretizar/vivenciar os
princípios da gestão democrática na escola, não como intenção proclamada, mas como prática
criadora.

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O projeto de intervenção, como o próprio título alude, fundamenta-se nos


pressupostos de pesquisa-ação. Tem como base a ideia de uma relação dialética entre pesquisa
e ação, supondo ainda que a pesquisa deve ter como função a transformação da realidade. No
campo educacional, essa modalidade de pesquisa é bastante enfatizada, devido à relevância de
seu caráter pedagógico: os sujeitos, ao pesquisarem sua própria prática, produzem novos
conhecimentos e, ao fazê-lo, apropriam-se e re-significam sua prática, produzindo novos
compromissos, de cunho crítico, com a realidade em que atuam. Nesse tipo de pesquisa, a
prática é compreendida como práxis. Tanto pesquisador como pesquisado estão diretamente
envolvidos em uma perspectiva de mudança.
De acordo com Thiollent (2005):

Pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e


realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou
problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT,
2005, p. 16).

Ainda de acordo com o autor, o que qualifica uma pesquisa como sendo “pesquisa-
ação” é a presença efetiva de uma ação por parte das pessoas ou grupos implicados no
problema proposto como alvo de intervenção. Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores
desempenham um papel ativo na resolução dos problemas identificados, no acompanhamento
e na avaliação das ações desenvolvidas para sua realização.
Estes pressupostos da pesquisa-ação fundamentam o que aqui designamos como
projeto-intervenção, uma pesquisa centrada na realidade da Escola Municipal José Lúcio de
Sampaio, envolvendo sua comunidade, com vista a uma transformação pedagógica a partir de
fevereiro de 2014.
Assim, o projeto de intervenção pedagógica na escola pressupõe a intervenção na
realidade proporcionada por essa pesquisa. Trata-se de uma elaboração que foi feita no
primeiro e segundo semestre de 2014, que contemplou subsídios teóricos para a discussão da
problemática anunciada, apontando para uma possibilidade de produção didático-pedagógica
utilizada como uma das estratégias de implementação na escola.
Seguindo os pressupostos teórico-metodológicos, o projeto de intervenção teve como
objeto possibilitar oportunidades para que os educandos com dificuldades na aprendizagem se
desenvolvessem com criatividade, reflexão, consciência, cooperação e confiança, preparando-
os para viver e conviver, através de um ensino sério com qualidade.
Especificamente foi trabalhado a melhoria do nível de aprendizagem, enfatizando a
importância da leitura e da escrita, fazendo com que o educando aprendesse e se

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desenvolvesse em processo permanente de construção de si mesmo, no trato com a alteridade,


com a partilha, com a comunhão dos desejos, esperanças, necessidades, práticas e ações
concretas que organizam a sua história.
A necessidade da elaboração deste projeto se deu devido ao baixo rendimento
escolar apresentado pelos alunos, na leitura e escrita, procurando resgatar aqueles que, em
algum momento, não obtiveram o desenvolvimento necessário em determinado conteúdo.
Sendo assim, foi necessário elaborar e executar ações voltadas para minimizar a situação,
passando inicialmente à elaboração deste projeto, que veio propor e adotar medidas
interventivas para assegurar qualidade na leitura e escrita dos alunos nas séries iniciais. A
função do professor neste processo foi fundamental, pois é ele que poderá resgatar o educando
guiando-o pelo caminho a ser percorrido, sendo os olhos daqueles que não conseguem
enxergar o rumo a ser tomado para a plenitude.
As atividades de intervenção pedagógica foram desenvolvidas na Escola Municipal
José Lúcio de Sampaio, nos agrupamentos previamente organizados, com a direção, vice
direção, supervisão e os docentes, com intuito de atender as expectativas da atual sociedade e
assim adquirir novas técnicas metodológicas capazes de transformarem o espaço-escola do
aprendiz em algo dinâmico, significativo e participativo, mais especificamente na leitura e
escrita, utilizando o uso de ferramentas pedagógicas, tais como conto, reconto e relatos de
fatos acontecidos, como manusear e descobrir o que é e para que servem: lista telefônica,
revista, jornal, embalagem, placas, nota fiscal, conta de água, leitura de textos de vários
gêneros para interpretação, reprodução, ditado e concordância verbal e nominal, emprego de
todas as dificuldades ortográficas, jogos e atividades lúdicas.
Foi utilizado como instrumento de avaliação a observação, o monitoramento durante
as atividades pedagógicas.

2.1 Sujeitos da Pesquisa

Os alunos da Escola Municipal José Lúcio de Sampaio compreendem a faixa etária


correspondente dos 04 aos 10 anos, e são oriundos em sua maioria de uma classe social
carente financeira e culturalmente.
A comunidade escolar, ainda não se conscientizou da importância da Educação
Infantil, como primeiro passo para o sucesso da aprendizagem, quando os alunos ingressarem
no Ensino Fundamental. Por isso, de acordo com a Proposta Pedagógica da Escola os
principais problemas que a escola depara no ensino fundamental são:

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• Nem todas as crianças frequentaram a Educação Infantil;


• Há alunos com defasagem de idade/série;
• Muitas vêm cansadas devido à distância casa/escola (todos os alunos do turno
vespertino são em grande parte da zona rural). (PPP, 2014, p. 09).

Convém ainda ressaltar o fato de que a maioria dos educandos não conta com
acompanhamento por parte dos pais, em casa, que alegam não dispor de tempo para
acompanhar o desempenho escolar dos filhos.
Há ainda os que alegam não dispor de conhecimentos para acompanhar a contento o
desempenho dos filhos, no que se refere aos estudos.
Em relação aos alunos da zona rural, é importante lembrar que a maioria dos alunos
trabalham, ajudando os pais. Alguns moram a uma distância considerável da escola sede, com
condições precárias das estradas, e as tarefas “para casa” são inviáveis, pois chegam à noite e
saem muito cedo; a pedido dos pais são enviadas com pouca frequência, o que prejudica
muito o desenvolvimento.
A maior dificuldade é a indisciplina e a falta de interesse por parte dos alunos,
principalmente do turno vespertino (por cansaço), e a falta de participação da família, reflexo
de uma comunidade de baixo nível cultural, que por um motivo ou outro atingem as crianças.
Portanto, o corpo docente deve ser solidário, harmônico para conseguir um
crescimento mútuo, respeitando as diferenças sociais e culturais de toda comunidade escolar.
A escola conta com profissionais capacitados e compromissados em suas funções,
mas, apesar disso, procura melhorar com capacitações e encontros educacionais.
Mediante tal situação, os alunos escolhidos para participarem do Projeto de
Intervenção são aqueles com maior nível de dificuldade na leitura e na escrita, com defasagem
idade/série e alunos com índice de reprovação considerável no 3º ano do Ensino Fundamental.
Os profissionais da educação participantes da pesquisa são os que atuam juntamente
as salas de intervenção, ou seja, professores do ciclo inicial de alfabetização, primeiro ao
terceiro ano, num total de 07 (sete) docentes e 01 (uma) coordenadora do PIP (Programa de
Intervenção Pedagógica), capacitada pela SRE (Superintendência Regional de Ensino
Uberaba) e alocada na Secretaria Municipal de União de Minas-MG. São elas:
professora do 1º ano, Rosely Feliciano Vieira;
professora do 3º ano Anesemeiry Maria Silva Lucio;
professora do 3º ano Angina Maria de Urzedo Queiroz;
professora do 2º ano Magna Maria de Urzedo Ferreira;
professora do 2º ano Maria Bernadete de O. Souza;
professor do 3º ano Fábio da Costa Alves;

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professora do 2º ano Elanislai Borges Severino Silva,


professora Divanilda Freitas Queiroz e Marques, professora do PIP (Programa de
Intervenção Pedagógica)

3 AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Dificuldades de aprendizagem podem advir de vários fatores, tais como emocional,


intelectual, social, psicomotor e escolar. Segundo Smityh e Strick (2001, p. 14) dificuldades
de aprendizagem são “[...] problemas neurológicos que afetam a capacidade do cérebro para
entender, recordar ou comunicar informações”. Assim, a escola entra com um processo
metodológico adequado ao déficit do aluno para melhor superação dessa defasagem, pois a
aprendizagem do aluno deverá ocorrer de forma significativa.
A escola abordará o conteúdo como um todo, harmonizando de forma clara; deve-se
ainda levar em conta o que este aluno possui de conhecimento. O professor deverá ficar atento
aos sinais que a criança apresenta, procurando investigar de que forma acontece, em que
momentos e conversar com os pais, pois a família é ponto fundamental e, em seu meio social,
também irá apresentar dificuldades.
Para Goulart (2000, p. 15), “o trabalho pedagógico realizado nas classes de
alfabetização, em geral, não se tem mostrado suficiente para formar leitores, escritores
proficientes”. Logo que a criança começa a estudar ensinam-se a letras, porém esquece-se de
ensinar o sentido das letras, porque é do ser humano querer saber que sentido aquilo trará para
sua vida, mas não é o que acontece. Atualmente, preocupa-se muito mais com a quantidade do
que com a qualidade, as salas estão superlotas, a progressão continuada não permite a
repetência, os professores estão desmotivados.
Para Fonseca (1995, p. 60), “as dificuldades de aprendizagem aumentam na presença
de escolas superlotadas e mal equipadas, além de contarem com muitos professores
‘desmotivados’. A escola não pode continuar a ser uma fábrica de insucesso”.
Morais afirma que:

[...] com frequência os professores procuram explicar por que o aluno não aprende,
atribuindo a culpa, apressadamente, a aspectos isolados, deficiências de natureza
biológica, psicológica e cultural, carências de diferentes tipos, em detrimento de
pesquisas mais abrangentes e de análises mais criteriosas capazes de esclarecer a
situação. (MORAIS, 1994, p. 45).

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Escola e família devem andar juntas, cada uma fazendo o seu papel. A escola no seu
processo de ensino com qualidade e a família como auxiliadora para melhor aprendizado do
aluno.

3.1 O Que São Crianças Com Dificuldades Na Aprendizagem? Avaliações Iniciais

Crianças que apresentam alguma falha na aprendizagem são advindas de diversos


fatores, segundo Sánchez Miguel e Martínez Martín (1998), no primeiro as dificuldades
dever-se-iam, essencialmente, a peculiaridades ou deficiências do sujeito; quanto ao segundo,
a resposta à aprendizagem dependeria da qualidade do contexto educacional, familiar, social e
das necessidades dos alunos. Assim, percebe-se a necessidade de averiguação da situação da
criança para que se possa trabalhá-la corretamente.
Almeida (2014), presidente nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia
(ABPp), afirma que as dificuldades de aprendizagem provocam frustração em pais,
professores e principalmente estudantes, e atingem cerca de 5% da população escolar atual.
Acredita-se que muitas dessas dificuldades, se percebidas a tempo, são sanadas com mais
facilidade e sem muito impacto à criança.
Segundo os professores entrevistados a família é fundamental no processo da
educação de uma criança com dificuldades na aprendizagem, pois a participação da família se
torna motivadora ao aluno, facilitando o processo de ensino-aprendizagem. Entretanto, os
alunos têm-se mostrados desmotivados e indisciplinados o que se torna preocupante.
Conforme fala em entrevista a professora do 1º ano, Rosely Feliciano Vieira:

[...] muita das vezes tinha a indisciplina que a gente chamava o pai e aquele aluno
não queria nada com nada, você fazia tudo, você inventava outros tipos de aula, uma
brincadeira e ele não queria, aquele aluno que só batia, então chamava o pai muitas
vezes quase direto, o pai falava “ai eu não dou conta dele” então o que sobra pra
gente, então o que mais acontece hoje é isso a falta de interesse [...]. (VIEIRA, relato
oral, 2014).

A defasagem apresentada pelos discentes na leitura e na escrita pode vir a aparecer


através da seriação, onde a criança é passada para a série adiante, porém, não conseguiu
desenvolver todas as habilidades apresentadas da série anterior, criando “buracos” na sua
formação.
Assim, cabe ao professor promover meios para sanar a defasagem apresentada.
Segundo Fini (2004 apud COSTA, 2011) o professor, ao lidar com alunos que apresentam
baixo rendimento na escola, precisa tentar compreender como o aluno pensa. Cada criança

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tem seu modo de pensar e seu tempo de aprender. Gardner (1994, p. 57) afirma também: “a
teoria das inteligências múltiplas sugere abordagens de ensino que se adaptam às
‘potencialidades’ individuais de cada aluno, assim como a modalidade pela qual cada um
pode aprender melhor”.
A metodologia deverá ser alterada, se adequando às necessidades, como fez a
professora Rosely que, para atrair seus alunos utilizou o método de fundamentação,
mostrando-os que tudo o que se aprende na escola se reproduz na sociedade. Afirma
Armstrong (2006, p. 67) que “observar os alunos resolvendo problemas ou criando produtos
em contextos naturalistas fornece o melhor quadro de suas competências na variedade de
assuntos ensinados na escola”, proporcionando ao discente o deleite de aprender e vencer sua
defasagem.
O espaço escolar contribui para o déficit na aprendizagem dos alunos, pois a sala de
aula bem equipada e organizada proporciona ao aluno a comodidade para aprender,
professores motivados e bem preparados também influência.
O trabalho para sanar dificuldades na aprendizagem é complexo, porém é possível,
basta ser descoberto o quanto antes e trabalhado corretamente com o aluno.
É através das avaliações diagnósticas realizadas pelos professores que se começa a
perceber as dificuldades apresentadas pelos alunos, assim fez a professora Ângina. Ao realizar
as avaliações a professora se deparou com alunos em níveis de aprendizagem diferentes, a
exemplo tem o aluno Wydson em nível pré-silábico, Raul no nível silábico-alfabético e Felipe
no nível alfabético.

3.2 Superando Dificuldades: O Que Deu Certo No Projeto? Avaliações Finais

Desde o princípio do projeto de intervenção as dificuldades e dúvidas quanto à sua


eficácia foram muitas, sobretudo professores descontentes ou amedrontados pelo desafio a ser
cumprido. As salas de aulas se encontravam com vários níveis de aprendizagem, além de
alunos e pais desmotivados dentre outros. Após o processo de classificação dos níveis
apresentados pelos alunos e a divisão feita iniciou-se o processo de ensino pelos professores.
Estes obtiveram apoio do governo, com capacitações e materiais adequados a serem
trabalhados com os discentes, um trabalho minucioso com cada aluno.
Nas salas se encontravam alunos que não sabiam escrever e ler. Por várias vezes foi
preciso alterar a metodologia para melhor compreensão da criança. Segundo Ferreiro (1997)
existem três tipos de materiais para ser usado na alfabetização são eles:

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[...] materiais dirigidos aos professores como meio de capacitação, materiais para ler
este para deleite dos alunos, por meio de motivação a leitura e materiais para
alfabetizar, não sendo utilizado como cartilhas, mas como elementos que
acrescentam significados ao ensino. (FERREIRO, 1997, p. 54).

Percebe-se que os professores também se atentaram a esses detalhes do processo de


ensino.
A superação das dificuldades na aprendizagem nos discentes veio através de
inúmeras ações para que o aluno pudesse prosseguir no ensino-aprendizagem de forma
tranquila, adquirindo competências e habilidades pertinentes no processo educacional, assim
não havendo falhas na aprendizagem.
A professora Maria Bernadete de Oliveira Souza relatou o quão difícil foi o processo
de ensino desses alunos, sempre havia necessidade de ensinar o mesmo conteúdo várias vezes
até o momento que a criança aprendesse de fato, utilizando-se de diversas metodologias.
Outro fator que dificultava o ensino era sala de aula heterogênea, onde o trabalho do professor
tinha que ser pensado e analisado para atender os três níveis apresentados, pré-silábico,
silábico e alfabético.
Ferreiro (1997, p. 87) afirma que “a alfabetização não é um processo ao qual se
chega, mas um processo cujo início é, na maioria dos casos, anterior à escola e que não
termina ao finalizar a escola primária”. Dentro deste contexto é destacada a presença da
família quando alertada sobre a situação escolar dos alunos, para que possa auxiliar as
crianças fora da escola, o que é de suma importância para a superação da defasagem escolar,
pois os mesmos, não em grande maioria, se dispuseram a ajudar o que gerou grandes
resultados.
As avaliações diagnósticas realizadas pela professora Ângina Maria de Urzedo
Queiroz, do 3º ano, ao decorrer do ano mostraram que a aprendizagem dos alunos foi
evoluindo. O aluno Wydson, por apresentar uma dificuldade e não ter ajuda da família, não
conseguiu se desenvolver com eficiência, Raul obteve um desempenho dentro do esperado e o
Felipe consolidou sua escrita e leitura durante o processo de ensino.
No final pode-se perceber o quão importante foi o projeto na vida dos alunos, suas
respostas foram satisfatórias, mostrando que o método de classificação de níveis foi eficaz
para este tipo de situação.

4 UM CURRÍCULO FLEXÍVEL - A AVALIAÇÃO E A ATUAÇÃO DO PROFESSOR

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A escola quando dispõe de um currículo flexível valoriza seu aluno, pois permite
meios de adaptar o conteúdo proposto à realidade do educando. Por meio disto foi possível a
construção do projeto de intervenção, onde o corpo docente reavaliou sua metodologia e
buscou meios para solucionar a defasagem apresentada por muitos alunos.
O currículo escolar vem como um norteador ao professor, mas não como único
elemento para a aprendizagem, alguns profissionais da educação atualmente esquecem-se de
enriquecer o conteúdo, pois o enriquecimento leva à curiosidade do aluno. O aluno que não
tem curiosidade não tem interesse em aprender, assim entra o currículo flexível, onde cada
professor avaliará seu aluno e lhe proporcionará conhecimentos que os fazem levar além da
escola.
A avaliação é considerada não como classificatória, mas como reflexiva. Assim
sendo, o professor fará uma reflexão do conteúdo proposto, avaliará e refletirá sobre seu
resultado, avaliando os pontos positivos e negativos de seu ensino. Assim foi proposto às
professoras do projeto. Segundo Hoffman:

A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação, essa, que nos impulsiona a


novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre sua realidade e
acompanhamento, passo a passo, do educando, na sua trajetória de construção do
conhecimento. Um processo interativo, através do qual educandos e educadores
aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade escolar no ato próprio da avaliação.
(HOFFMAN, 1995, p. 18).

Demo (2001, p. 49-51) afirma que:

O erro não é um corpo estranho, uma falha na aprendizagem. Ele é essencial, é parte
do processo. Ninguém aprende sem errar. O homem tem uma estrutura cerebral
ligada ao erro, é intrínseco ao saber-pensar, à capacidade de avaliar e refinar, por
acerto ou erro, até chegar a uma aproximação final. Os erros e dúvidas dos alunos
são considerados episódios significativos e impulsionadores da ação educativa.
(DEMO, 2001, p. 49-51).

Conforme mencionado, a atuação do docente deverá estar voltada para a


aprendizagem do seu aluno, garantindo-lhe as competências e as habilidades pertinentes ao
seu processo de ensino, tornando-os cidadãos conscientes.
Os professores do projeto relataram que trabalharam em consonância com a matriz
curricular adequando-a à necessidade dos alunos, sem interferir no resultado final esperado
pelo currículo. Os mesmos executaram diversas atividades lúdicas, como jogos, textos, filmes,
brincadeiras, musicas, gêneros literários, dentre outros, oportunizando aulas prazerosas, onde
todos tinham o prazer de participar.
Segundo a professora Anesemeiry Maria Silva Lucio, do 3º ano C: “É um trabalho
em que o educando está tendo a oportunidade de ser ensinado de forma próxima do educador,

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pois com a turma menos numerosa e equivalente os resultados são satisfatórios” (LUCIO,
relato oral, 2014).
Para obtenção de informações relativas aos alunos realizaram-se sondagens e/ou
avaliações diagnósticas. Como relata a professora Magna Maria de Urzedo Ferreira, ao
informar o que percebeu de sua turma do 2º ano A: “Percebi que a maioria se encontrava na
fase alfabética inicial. Porém, alguns alunos já liam sílabas simples e complexas e outros não
dominavam nem mesmo a escrita cursiva e as sílabas simples” (FERREIRA, relato oral,
2014).
A atuação do professor nesse projeto de intervenção foi primordial, pois todos se
adequaram às situações que eram submetidos, buscaram meios de ensinar o aluno com
dificuldade, participaram de capacitações realizadas pelo PACTO (Programa Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa) e pela escola, chamaram a família para auxiliar no processo. Ao
final do ano todos se sentiram com suas metas cumpridas e os alunos se mostraram aptos a
prosseguirem para a próxima série.

4.1 Flexibilidade Do Currículo e a Adaptação às Necessidades Educacionais e


Pedagógicas Das Crianças

Com a flexibilidade que o currículo oferece foi possível proporcionar novas


metodologias de ensino aos alunos com dificuldades na aprendizagem em relação à leitura e
escrita, e permitiu-se a criação de um projeto de intervenção para sanar as defasagens
apresentadas, sendo feitas as adaptações necessárias a cada caso. Foram realizados cursos de
capacitação quanto às metodologias elaboradas pelos docentes e ao material didático, como
relata a professora Maria Bernadete de O. Souza, do 2º ano de Intervenção:

A gente trabalhou muito em cima das sessenta lições, trabalhou muito também de
acordo com o PACTO, usando os deleites, experimentei de tudo um pouco, um
pouco do tradicional, aquela da cartilha, o “b” “a” “ba”, alguns jogos porque a gente
tinha muitos jogos na sala, uns jogos do Projeto Trilha, outros do curso mesmo do
PACTO, que a gente estava fazendo, experimentei de tudo um pouquinho. (SOUZA,
relato oral).

O PACTO (Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa) é um


compromisso formal, assumido pelos governos Federal, do Distrito Federal, dos estados e
municípios, de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade,
ao final do 3º ano do ensino fundamental. O Ministério da Educação ainda esclarece que o

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PACTO se apoia através de quatro eixos fundamentais, sendo eles, formação continuada,
material didático, avaliação e gestão (BRASIL, 2015).
A realização da classificação dos alunos por níveis de aprendizagem facilitou na
elaboração de métodos e conteúdos a serem trabalhados com os discentes e proporcionou-lhes
melhor compreensão do conteúdo, pois o professor focou em sanar as dificuldades
apresentadas e não em passar o conteúdo que é obrigatório de cada série, sem auxiliar aqueles
cuja aprendizagem se dá de forma mais lenta. Segundo relatos de professores o que dificulta
em muito o ensino é quando o professor se encontra com salas cheias e com os alunos em
fases de aprendizagem diferentes, tendo que passar os conteúdos propostos pelo currículo
formal, impossibilitando de atender diretamente o aluno e ocasionando a defasagem no
ensino.
Foram realizadas várias adaptações para atender as necessidades educacionais
apresentadas pelos discentes, tais como agrupamento por níveis de aprendizagem,
reformulação das metodologias, adequação da quantidade de alunos por sala de aula (algumas
salas tinham de 6 a 14 alunos), aperfeiçoamento do material didático, dentre outros, como
meios facilitadores utilizados para a aprendizagem das crianças. Os professores inseriram
recursos pedagógicos diversificados para aproximar o aluno do conteúdo ensinado, de forma
clara, possibilitando melhor compreensão do ensino, aumentando a autoestima desse aluno,
como revela o professor Fábio da Costa Alves, do 3º ano de Intervenção, em seu registro
reflexivo ao final do ano:

Os alunos se mostraram bastantes envolvidos pelas aulas e mesmos os alunos que


em anos anteriores mostraram-se desinteressados pelos estudos, durante este ano
estavam bastante empenhados. Provavelmente por estarem conseguindo resolver as
atividades e não se sentirem inferiores aos outros devido à defasagem que
carregavam. (ALVES, relato oral, 2014).

A aproximação do professor e do conteúdo ensinado aos alunos lhes permite não só


uma aprendizagem de qualidade e significativa como é recuperada sua autoestima, passam a
acreditar em seus sonhos, sentem prazer em estudar, gerando um vínculo de confiança entre
ambas as partes.

4.2 Prática Docente e Análise de Dados

Ao falarmos da prática docente nos deparamos com vários dilemas que são
combatidos diariamente. Como o uso da internet em sala de aula, para uns uma auxiliadora no
processo de aprendizagem, outros como vilã do ensino. O que acontece é que muitos

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profissionais ainda não se adequaram ou não gostam de tecnologias, criando um ambiente de


conflitos entre os alunos. O professor é um mediador do conhecimento e como tal deve
promover uma educação tecnológica às crianças, ensinando-os a serem cidadãos críticos,
reflexivos e pensantes ao selecionarem as informações que lhes são oferecidas
cotidianamente.
Com o giro de informações tão amplo, o professor deve se atualizar constantemente
para que possa atender seu público alvo, no caso as crianças, com mais consistência, ao sanar
suas dúvidas.
É fato que o ambiente sociocultural da criança também influi na sua aprendizagem,
cabendo ao professor mediar os conhecimentos já adquiridos com os quais ela irá adquirir.
Como citado pelos professores da Escola José Lucio de Sampaio, que utilizam metodologias
sociointeracionistas, a aprendizagem ocorre por meio do encontro do sujeito com o objeto de
estudo, a mediação para o acesso ao conhecimento e a linguagem para troca de informações,
princípios que são fundamentais ao professor para a promoção de um ensino de qualidade.
O docente atrai seu aluno para o conhecimento através da curiosidade, e é o que está
faltando em muitas salas de aula, porque o ensino se baseia em ação-reflexão, criando
condições de experimentação. A base para uma excelente prática docente está em propor
problemas à turma, desestabilizar concepções prévias, favorecendo a interação para a busca
de soluções e situações de observação, experimentação e pesquisa, construindo um cidadão
crítico e socialmente participante.
Estes critérios foram relevantes para a intervenção desenvolvida na escola em
questão, como relata a professora Divanilda Freitas Queiroz e Marques, professora do PIP
(Programa de Intervenção Pedagógica), ao dizer o quão foi difícil atender individualmente
cada criança de acordo com seu nível, utilizando métodos adequados e diversificados,
despertando o interesse e a motivação dos alunos.
Uma prática docente voltada para atender as necessidades dos alunos e lhe
oportunizar novo saberes, como relata a professora Elanislai Borges Severino Silva, do 2º ano
de Intervenção:

Durante esse ano procurei a melhor forma de elaborar, propor e realizar diversas
atividades que pudessem atrair a concentração. [...] Sempre motivei os mesmos a
romperem as dificuldades que iam apresentando. Ao final do ano a maioria dos
alunos está no nível de escrita alfabética. (SILVA, relato oral, 2014).

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É notório como uma boa prática docente conduz a uma qualidade de ensino com
qualidade, proporcionando aos discentes meios de aprendizagem adequados às suas
necessidades.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que os objetivos apresentados neste artigo foram atingidos


satisfatoriamente, sendo verificadas as oportunidades oferecidas para um ensino com
qualidade aos alunos, bem como foram sanadas as dificuldades encontradas no âmbito escolar
e intelectual com reformulação das metodologias utilizadas, o emocional através da
motivação e autoestima elevadas e com a família, já que muito dos problemas apresentados
vêm do desinteresse dos mesmos e alguns professores conseguiram obter o auxílio da família
no processo de ensino-aprendizagem.
Assim, com resultados satisfatórios a escola sentiu-se mais confiante em ajudar os
alunos com defasagens na aprendizagem, para que no próximo ano, se necessário, possam ser
realizadas novas intervenções, intensificando o que deu certo e corrigindo o que deu errado,
pois é direito do aluno obter em sua educação as competências e habilidades postas na matriz
curricular de ensino.

EDUCATIONAL INTERVENTION: CHALLENGES IN LEARNING AND


TEACHING PRACTICE

ABSTRACT

The present term paper is an intervention project deployed in the Escola Municipal José Lúcio
de Sampaio, located in the city of União de Minas – MG, which was with low learning
efficiency, showed by the students in reading and writing. The project was developed trying
to help those students that in a moment have not learned a certain subject enough developing
their skills with creativity, observation, consciousness, cooperation and credit, preparing them
to live and have a high quality education. Using a quality method with the study of the
situation,where there will be an investigation of a particular subject and the research – action
whose function is to study the literacy environment, remedying found failures.. From these
good results the school felt itself more confident to help students with difficulties in learning
and there will be other interventions if necessary , intensifying what worked out and
correcting what was wrong because it’s the students’ right to obtain in their education the
skills and abilities due in the matrix of curriculum education.

Keywords: Difficulties in learning. Reading. Writing. Intervention.

REFERÊNCIAS

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Recebido em: 19 de agosto de 2015


Aceito em: 03 de dezembro de 2015

Pedagogia em Foco, Iturama (MG), v. 10, n. 4, p. 46-60, jul./dez. 2015

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