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1 Introdução

Práticas discursivas no ensino de língua  O caráter discursivo das relações interpessoais e os


portuguesa: desafios do ensino e da aprendizagem no contexto
escolar.
desenvolvendo a autoria  Discurso (Maingueneau)  um modo específico de
apreender a linguagem, que considera constitutivo
dele a relação verbal/institucional, só adquirindo
Maria Marta FURLANETTO sentido no interior de um universo de outros
discursos (o interdiscurso).
UNISUL – Tubarão (SC)
 Textos / lugar social: um sujeito se expressa a partir
de uma posição social, e o faz através de textos que
se conformam a gêneros.

1 Introdução 1 Introdução

 Objetivo:  Condições de produção determinam as


 apresentar conceitos de abordagens em que as relações discursivas materializadas nas
práticas discursivas são focalizadas, tentando práticas sociais (com gêneros).
mostrar que se abrem possibilidades pedagógicas
através desse conhecimento.  Relações discursivas mostram o modo como
 Base:
os fenômenos são olhados, interpretados e
 A) princípios e pressupostos da teoria sociointeracionista julgados.
(Círculo de Bakhtin);  Formulações discursivas: modos de
B) princípios da Análise de Discurso (AD), em suas

composição, certos temas e certos estilos (v.
aproximações.
BAKHTIN, 1979, 2003).

2 Língua-estrutura e língua- 2 Língua-estrutura e língua-


acontecimento acontecimento
 Base linguística - ainda que necessária, não
 Duas dimensões do funcionamento da é o discurso, não é usada enquanto tal.
linguagem:  Compõe a língua-estrutura (Proposta
Curricular de Santa Catarina 1998)
 gramática em sentido amplo (incorporando  Seja: “Quero que vocês façam silêncio.”
formas lingüísticas e notações da escrita)  Como exemplo de sentença da língua
 discurso, que pressupõe eventos de linguagem portuguesa pode-se explorar as classes de
(uso em contextos específicos). palavras, o padrão sintático, regência,
concordância...

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2 Língua-estrutura e língua- 2 Língua-estrutura e língua-
acontecimento acontecimento
 Dita na frente de uma turma, tomando-se certa
atitude, usando certo tom de voz e de olhar,
eventualmente fazendo um gesto de Texto : “realidade imediata” das ciências ditas
aborrecimento: 
humanas (e isso inclui a musicologia e a teoria e
 “Quero que vocês façam silêncio!” história das artes plásticas). Todo texto “tem um
 Eis aí um evento de discurso, ou língua- sujeito, um autor (o falante, ou quem escreve)”
acontecimento. (BAKHTIN).

 Evento discursivo  único, cada vez  Enunciado  material concreto em circulação no


produzindo algum efeito de sentido. A reação meio social e produzindo seus efeitos em situações
não precisa ser verbal. reais.

3 O texto – estrutura ou 3 O texto – estrutura ou


acontecimento? acontecimento?
 Olhando um texto diretamente em sua
 Texto como enunciado  projeto discursivo, constituição linguística (língua-estrutura):
“sua idéia (intenção)”, e “a realização dessa
intenção” (Bakhtin).  Aparece aquilo que nele pode ser repetido e
 Endereçamento ao sujeito destinatário. . reproduzido.
Pode ser pretexto para ensinar vocabulário,
 Como unidade do mundo da vida, tem 
classes de palavras, estrutura sintática,
relação com a verdade, com a bondade, com concordância, regência...
a beleza, com a história.

3 O texto – estrutura ou 3 O texto – estrutura ou


acontecimento? acontecimento?
 Texto como enunciado (acontecimento discursivo)
integra outras formas de linguagem (imagem,
 Fazer ou não análise linguística do texto? som, gesto).
 Sim, a língua oferece as possibilidades para a  Texto: unidade complexa:
construção de enunciados reais.  É unidade de sentido, com tema específico;
 Mas é importante partir da dimensão sociocultural  É objeto lingüístico, histórico e ideológico;
(comunicação discursiva nas esferas de uso)   Tem autor;
Tem relação com outros textos e com a memória dos
nível dos recursos lingüísticos utilizados na 
discursos sociais;
produção, e em função dos gêneros.  é produzido numa forma de gênero: relatório, ofício, artigo
de opinião, artigo científico, resenha, notícia, receita, bula,
piada, etc.

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4 Práticas discursivas na escola 4 Práticas discursivas na escola

 Tratamento pedagógico dos conhecimentos


(existentes e a construir)  por meio de práticas
 Produto das práticas sociais  ora circula e
específicas.
se conserva dentro de uma instituição, ora
 Práticas  associadas às comunidades discursivas
(v. a produção de trabalhos científicos). circula em espaços amplos (trabalhos
 Práticas escolares: “dar” aulas, preparar aulas,
científicos, peças publicitárias, etc.).
participar de conselhos de classe; fazer os
“deveres”, bater papo no recreio, “produzir textos” ou
“redação”, ler, produzir requerimentos, relatórios.

4 Práticas discursivas na escola 4 Práticas discursivas na escola

Descompasso entre desenvolvimento científico e  Exemplo: A linguagem estabelece um mundo


ensino; resistência histórica a novas teorias, novos e a realidade que conseguimos abarcar:
discursos, experiências novas. palavras e expressões trazem ressonâncias
 Tradição científica pode impor moldes ao saber que que vamos interiorizando.
será “transmitido” no ambiente escolar.
 Substituição da palavra “redação” - atividade
 Naturalização (ideológica) de objetos, valores e escolar de escrever alguma coisa com
crenças torna difícil e lento questionar e transformar começo, meio e fim, sem fugir do tema e
nossa maneira de pensar e agir.
obedecendo às regras da norma prescritiva.
 Expressão sugerida: “produção de textos”
(supõe compreensão nova da textualidade).

4 Práticas discursivas na escola 4 Práticas discursivas na escola

 A “redação” é praticada, mesmo sob nova  Ordem metodológica sugerida por Bakhtin, centrada
denominação – torna-se secundário o na concepção de gênero do discurso.
Principia com a dimensão social dos gêneros  onde
propósito de estabelecer a “comunicação 

aparecem, como são produzidos, quem produz, para


discursiva” através de gêneros específicos. quem? que recursos lingüísticos podem ser utilizados e em
que grau de formalização?
 Inverte-se o percurso do trabalho que se fixa nas formas e
 É complicado abandonar valores tradicionais. nas estruturas (metalinguagem gramatical).
 Assim produzidos, textos são manifestações concretas das
práticas sociais com linguagem, que mostram modos de
relacionamento humano, e, portanto, valores culturais.

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4 Práticas discursivas na escola 4 Práticas discursivas na escola

 ENUNCIADO tem
 Quando nas linguagens gírias e estilos  Tema e Significação.
começam a se fazer ouvir as vozes, estas  O tema só é perceptível (compreensível) no
deixam de ser meios exponenciais de todo do enunciado, produzindo um efeito de
expressão e se tornam expressão atual, sentido (acontecimento).
realizada; a voz entrou nelas e passou a  A significação está integrada no tema – liga-
dominá-las. (BAKHTIN) se à base linguística, e constitui a
potencialidade para produzir sentido; em si
mesma não serve para a comunicação
discursiva.

4 Práticas discursivas na escola 4 Práticas discursivas na escola

 Papel da compreensão  compreender  Enunciado também tem


exige atitude ativa e implica a possibilidade  um índice de valor (acento apreciativo): a
de uma resposta; para compreender enunciação de um sujeito traz um ponto de
buscamos pistas, mas para construir sentido vista sobre si, sobre os outros, sobre
temos de nos envolver no acontecimento aspectos da realidade, considerando-os bons
discursivo. ou maus, falsos ou verdadeiros, positivos ou
negativos.
 Fonte dos índices de valor: tem natureza
interindividual.

5 Produzindo autoria na escola 5 Produzindo autoria na escola

 Autoria  implica o domínio paulatino de um  Atividade didática (leitura): aposição, à


conjunto complexo de habilidades. margem de um texto, de reação imediata em
 Autoria  parte constitutiva da meta de formação forma de anotações (contrapalavra).
básica e formação profissional.
 “Fotografia da leitura” ou “leitura escrita”.
 Implica a lida cotidiana com práticas sociais e
discursivas: fala e escuta, leitura e escrita, reflexão,  Investimento a partir desse rascunho 
crítica, análise da linguagem em vários níveis. produção textual oral e escrita.
 Leitura  tem caráter produtivo: interpretação  Criamos a partir de um pano de fundo
também é produção. Compreensão é diálogo histórico e cultural (com crenças, valores,
(BAKHTIN).
discursos).

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5 Produzindo autoria na escola 5 Produzindo autoria na escola

 Formas enunciativas manifestam forças


 O dado e do criado em Bakhtin:
centrípetas (levam à estabilidade) E forças
 O enunciado nunca é apenas um reflexo, uma expressão de centrífugas (produzem deslocamento e
algo já existente fora dele, dado e acabado. Ele sempre cria algo
que não existia antes dele, absolutamente novo e singular, e que variação).
ainda por cima tem relação com o valor (com a verdade, com a  Gêneros  formas relativamente estáveis e
bondade, com a beleza, etc.). Contudo, alguma coisa criada é
sempre criada a partir de algo dado (a linguagem, o fenômeno normativas, que servem como base de
observado da realidade, um sentimento vivenciado, o próprio
sujeito falante, o acabado em sua visão do mundo, etc.). Todo o formulação de textos, e como ponto de
dado se transforma em criado. (2003, p. 326). partida para remodelação, na dependência
de circunstâncias interacionais.

5 Produzindo autoria na escola 5 Produzindo autoria na escola

 As alterações que percebemos numa  Proposta metodológica geral para o trabalho


língua podem ser tratadas como de desenvolvimento da autoria.
sintoma de mudanças ocorrendo na  Percurso de construção da autoria 
sociedade: heterogeneidade da linguagem (vozes
sociais, falares, registros, que expressam
 “O destino da palavra é o da sociedade valores e interpretações do mundo).
que fala.” (BAKHTIN/VOLOSHINOV).  Aprender a ser autor  a dimensão
gramatical é necessária mas não suficiente.

5 Produzindo autoria na escola 5 Produzindo autoria na escola

 Dois movimentos, regulados pelas forças  Aventura da autoria limiar de um processo


centrípetas e pelas forças centrífugas.
 Na AD, Orlandi (1999) propõe a denominação que exige:
processos parafrásticos (1) e processos  voltar-se para trás  memória do mundo
polissêmicos (2). discursivo;
 1º movimento  pressão social para estabilizar a
significação e manter a estrutura nas formulações;  e para diante  tentativa de aprender a encontrar
 2º movimento motivações sociais levam ao o outro (outros textos, autores, vozes, matizes),
deslocamento, à diversidade, à dispersão. Jogo dar-lhe voz no texto, e concomitantemente
complementar entre as exigências de estruturação e afastar-se para tecer a própria obra, e, mais
de flutuação e mudança, entre canonização e adiante, avaliar a textualidade construída.
heteroglossia.

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5 Produzindo autoria na escola 5 Produzindo autoria na escola

 Na AD  jogo entre paráfrase e polissemia:  [...] representa [...] o retorno aos mesmos
movimento discursivo entre “o mesmo” e “o espaços do dizer. Produzem-se diferentes
diferente” – é preciso repetir material da formulações do mesmo dizer sedimentado. A
memória discursiva, que por sua vez pode paráfrase está do lado da estabilização. Ao
sofrer deslizamento e produzir outro efeito passo que, na polissemia, o que temos é
(pelo produtor, pelos intérpretes, variando deslocamento, ruptura de processos de
conforme circula nos espaços). significação. (ORLANDI, 1999, p. 36)
 Então a paráfrase

5 Produzindo autoria na escola 5 Produzindo autoria na escola

 O objeto de nosso escopo está em  Jogo da repetição (ORLANDI, 1999, p. 54) 


tripartição:
processo na produção, e a
A) repetição que produz o “efeito papagaio” é
subjetividade (no escritor, no poeta, no 
empírica, mnemônica (efeito de decorar);
cientista) também está se constituindo,  B) repetição como outro modo de dizer o
e o modo de ver o mundo, e os meios mesmo: formal, técnica;
de expressão (BAKHTIN, 2003, p. 326).  C) repetição que desloca: historiciza o dizer e
o sujeito, permitindo que o discurso flua,
possibilitando que algo novo irrompa. Abre-
se para o polissêmico.

5 Produzindo autoria na escola 5 Produzindo autoria na escola

 O “efeito papagaio” não ajuda ninguém a trilhar as  Há etapas e nuanças no exercício da função
veredas da autoria; de autoria, até o reconhecimento de uma
 A paráfrase no sentido técnico pode ser um começo parcela de singularidade na produção.
para explorar as possibilidades abertas pela língua
em direção ao discurso (por exemplo, a produção  Citar autores, direta ou indiretamente, é
de sínteses, resumos); mas “conversar” com eles para conversar com os
 A repetição histórica é que desliza para a potenciais leitores. Ao citar, adotamos uma
concretude do enunciado, produzido em função da atitude em relação ao que é citado e em
alteridade (uma atitude valorativa de resposta a relação à perspectiva autoral de origem.
leituras, discussões, comentários).

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5 Produzindo autoria na escola 5 Produzindo autoria na escola

 Professores  os mediadores privilegiados e


 Copiar de outrem trechos para compor com outros também leitores privilegiados, a quem cabe
trechos um produto é só colagem efeito papagaio.
 Outro exemplo: uma epígrafe (sentença, aforismo,
controlar e dar impulso à produção de
frase de efeito) que “abre” um texto reflete exercício autoria.
autoral de transferência, distanciamento e  Desenvolvendo a função de autoria na
aproximação, mostrando intertextualidade.
 Professores  os mediadores privilegiados e
escola  patamares de autoria.
também leitores privilegiados, a quem cabe  Premissas sobre o tema (cf. FURLANETTO,
controlar e dar impulso à produção de autoria. 2008):

5 Produzindo autoria na escola 5 Produzindo autoria na escola


Não há autoria “imaculada” (plena);

 Um projeto discursivo envolve vozes correspondentes a
 O princípio de desenvolvimento do trabalho
enunciados próximos e distantes, de autores específicos ou pedagógico é a produção de texto
não (o que circula anonimamente na língua);
 Pesquisa com consulta a autores se reflete, em princípio, em  A) autocontrolada, feita pelo aluno; e
trabalho “situado”, reconhecido em meios em que circulam
gêneros secundários;  B) controlada pelo professor, envolvendo o
A tecedura baseada apenas no “rumor” cotidiano da língua não

garante uma organização coerente em gêneros secundários; jogo entre paráfrase e polissemia (repetição
 A abordagem escolar da oralidade prevê um uso mais e alteração).
regulado das trocas no contexto da escola (contação de
histórias, depoimento, seminário);
 A abordagem da escrita supõe a superação passo a passo de
etapas que vão desde o início do aprendizado do sistema
alfabético até o nível em que o produtor se reconheça como
participante do processo autoral.

5 Produzindo autoria na escola 5 Produzindo autoria na escola


 Início do processo (ensino fundamental)  produção do “efeito
papagaio” (há receio de reação negativa do professor);
Autonomia autoral
C ITERAR Memória
 Mais tarde  ocorrência da repetição “formal”, ou paráfrase simples discursiva
(dizer o mesmo com outras palavras).
O (paráfrase, repetição)
N
T
Querer-dizer R
 Passagem à repetição “histórica”  precisa do apoio e do estímulo O
do professor. L ALTERAR
E (polissemia, dispersão) Produção
subjetiva
 MAS é preciso haver avaliação e negociação  não basta
revolucionar o existente, esquecendo que uma produção deve
prever o seu endereçamento ao(s) interlocutor(es).

 Jogo previsto  esquematizado na figura (FURLANETTO, 2008):

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5 Produzindo autoria na escola 5 Produzindo autoria na escola

 Por “autonomia autoral” entendo um  O texto a produzir é como uma malha (rede)
processo que, não acabado por sua própria recebida em fragmentos na qual cada sujeito
natureza, representa a possibilidade escolhe incrustar “ornamentos” de sua
subjetiva de buscar autonomamente os escolha fazendo as ligações que julga
meios para continuar desenvolvendo sua necessárias para se fazer ouvir e produzir
potencialidade em matéria de uso social da uma marca: o gênero tem um estilo
linguagem: (coletivo); cada sujeito cria seu estilo
(singular). (FURLANETTO, 2008, p. 17)

6 Considerações finais 6 Considerações finais


Trabalho pedagógico  centrado na caracterização dos gêneros

como formas institucionais que ocorrem nas comunidades
 [...] cada texto (como enunciado) é algo
discursivas vinculadas a esferas sociais variadas: individual, único e singular, e nisso reside
todo o seu sentido (sua intenção em prol da
formas elaboradas materialmente com recursos de
qual ele foi criado). É aquilo que nele tem

linguagem verbais e não verbais disponíveis;
 utilizadas tanto para as trocas cotidianas mais simples relação com a verdade, com a bondade, com
(coloquiais) como para aquelas mais elaboradas (formais,
ritualizadas). a beleza, com a história” (BAKHTIN, 2003, p.
 Originados os gêneros nas esferas sociais, os textos que lhes 310).
correspondem são, como acontecimento discursivo situado e
datado, singulares:

6 Considerações finais 6. Considerações finais

 Estrutura e acontecimento  a tratar em sua  Uma face desse processo: a escuta, implicada na
complementaridade. interação discursiva:
 Ponto de partida para realizar a produção regulada  Escuta faz par com fala no sentido mais estrito
de autoria, através de atividades alternativas e (quem fala quer ser escutado, esperando uma
conjugadas dessas duas dimensões do enunciado.
resposta, que se fará estímulo para outra resposta);
 Abandono de táticas produtoras da repetição
mecânica (“efeito papagaio”).  Pode ser também atenção respeitosa em busca de
compreensão, também na leitura;
 Recomendação de atividades capazes de estimular
uma produção aberta aos efeitos novos, levando à  Pode ser a escuta do texto escrito do aluno no
caracterização da singularidade dos aprendizes de momento da aprendizagem e da avaliação.
autores.

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6 Considerações finais Referências
 BAJARD, E. Nova embalagem, mercadoria antiga. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.32, n.3, p.
493-507, set./dez. 2006.
 BAKHTIN, Mikhail (Voloshinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e
Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 1979.
 _____. Estética da criação verbal. Tradução do russo por Paulo Bezerra. São Paulo: Martins
 Conhecimento já estabilizado e assumido entra em Fontes, 2003.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio. 2. ed. São
conflito com as possibilidades abertas por novos 
Paulo: Edições Loyola, 1996.
conhecimentos teóricos e correspondentes atitudes  FURLANETTO, M.M. Tirando partido da escuta. ENCONTRO DO CÍRCULO DE ESTUDOS
LINGUÍSTICOS DO SUL, 1., 1995, Florianópolis. Anais... v. 2. Florianópolis: UFSC, 1997. p. 652-
práticas, tornando difícil delinear essas práticas 662.
concretas.  ______. Práticas discursivas : desafio no ensino de língua portuguesa. In: CORREA, D.A.;
SALEH, P.B. de O. Práticas de letramento no ensino: leitura, escrita e discurso. São Paulo:
Parábola, 2007. p. 131-150.
 ______. Gêneros e autoria: relação, possibilidades e perspectivas de ensino In: ENCONTRO DO
 MAS, se o contexto em que estamos tem regras que em CÍRCULO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS DO SUL, 8., 2008, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre :
UFRGS, 2008. 1 CD.
princípio “devem” ser seguidas, uma ordem  MAINGUENEAU, D. Quelques réflexions sur l’identité de l’analyse du discours et la didactique du
texte littéraire. Disponível em: <http://www.collconsultoria.com/>. Acesso em : 17 maio 2007.
metodológica que não produz resultados satisfatórios  ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios & procedimentos. Campinas: Pontes, 1999.
sempre pode ser contestada e substituída. Há propostas  SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta Curricular de
para esse deslocamento. Santa Catarina: educação infantil, ensino fundamental e médio (disciplinas curriculares).
Florianópolis: COGEN, 1998.

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