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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

Processos de
Leitura e
escrita

Estudo do texto Os
gêneros do discurso
de Mikhail Bakhtin –
Quadrilha
Carlos Drumond de Andrade

João amava Teresa que amava Raimundo


que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili,
que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,


Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Telefonema

 Significado de Telefonema: substantivo


masculino. Conversa ou comunicação pelo
telefone; telefonada.

 Sinônimos de Telefonema: Telefonema é


sinônimo de: alpendre, telefonada, coberta

 Definição de Telefonema Classe gramatical:


substantivo masculinSeparação silábica: te-
le-fo-ne-ma - Plural: telefonemas
 https://www.dicio.com.br/telefonema
Saturno volta a Capricórnio e, além disso, o eclipse do
dia 05 direcionam sua vida para reflexões a respeito do
amor e dos relacionamentos afetivos. Não é um
momento que envolva paixões, mas um
aprofundamento no significado do amor. Será que vale
a pena comprometer-se? Essa é uma pergunta que você
fará a si mesmo durante este e os próximos meses. Se
entender que sim, que vale a pena, um romance
começa a ganhar forma e fica mais sério rapidamente.
Se entender que não, ele pode terminar ou nem
começar.
Leonardo Boff inicia o artigo “A cultura da paz” apontando o fato de que
vivemos em uma cultura que se caracteriza fundamentalmente pela violência.
Diante disso, o autor levanta a questão da possibilidade de essa violência poder
ser superada ou não. Inicialmente, ele apresenta argumentos que sustentam a
tese de que seria impossível, pois as próprias características psicológicas
humanas e um conjunto de forças naturais e sociais reforçariam essa cultura da
violência, tornando difícil sua superação. Mas, mesmo reconhecendo o poder
dessas forças, Boff considera que, nesse momento, é indispensável
estabelecermos uma cultura da paz contra a da violência, pois esta estaria nos
levando à extinção da vida humana no planeta. Segundo o autor, seria possível
construir essa cultura, pelo fato de que os seres humanos são providos de
componentes genéticos que nos permitem sermos sociais, cooperativos,
criadores e dotados de recursos para limitar a violência e de que a essência do
ser humano seria o cuidado, definido pelo autor como sendo uma relação
amorosa com a realidade, eu poderia levar à superação da violência. A partir
dessas constatações, o teólogo conclui, incitando-nos a despertar as
potencialidades humanas para a paz, construindo a cultura da paz a partir de
nós mesmo, tomando a paz como um projeto pessoal e coletivo.
O presente estudo tem como objetivo refletir sobre o processo de construção,
desconstrução e reconstrução do referente em uma prática discursiva específica: a
(anti)propaganda apresentada pela Ong Greenpeace em relação aos produtos da marca
Dove. Trata-se da análise de duas peças publicitárias divulgadas pelo Greenpeace, no
próprio site da organização, em que se verifica a (des)construção da imagem proposta pela
Dove no que diz respeito à composição de seus produtos de beleza. O modo como a marca
de cosméticos é tratada nas peças publicitárias da Ong aponta para uma construção de
objetos-de-discurso em que a representação social construída por ela é questionada,
reavaliada e reformulada, tendo em vista os danos ambientais produzidos pela extração da
matéria-prima utilizada na fabricação dos produtos Dove. As peças apresentadas pelo
Greenpeace visam chamar a atenção do público para as ações ambientais promovidas em
nome do que a Dove denomina de “a real beleza”. Esta proposta de estudo de caso visa
estabelecer um diálogo com perspectivas teóricas centradas em pesquisas de cunho
sociocognitivista e interacionista, tendo em vista os processos referenciais estabelecidos em
uma prática discursiva em que o ethos assumido pela Dove é desconstruído e reconstruído
pelo Greenpeace com base na ideologia propagada por essa Ong. Tais processos envolvem a
mobilização de uma série de estratégias de interpretação inscritas em processos mentais e
interacionais inerentes às relações sociocomunicativas estabelecidas nas ações sociais
cotidianas. Os processos mentais envolvem mecanismos de reconhecimento de elementos
da situação discursiva instaurada e de outros campos do saber com os quais essa situação
dialoga, com a ativação e inter-relação de informações armazenadas em espaços mentais. A
ativação desses espaços mentais orienta o discurso que se processa e contribui para
interação dos sujeitos envolvidos na atividade em curso.
Origem da palavra gênero

 gênero (do latim genus-eris) significa tempo


de nascimento, origem, classe, espécie,
geração – filiação de um dado texto a uma
classe de textos ou espécie.
O TRATAMENTO DADO AOS
GÊNEROS NA TRADIÇÃO RETÓRICA

Consolidados na Grécia antiga com Platão e


Aristóteles, o gêneros foram ganhando
formas e funções específicas, ao longo da
história, e passaram a ser incorporados a
diferentes práticas sociais, até serem
reorganizados e recategorizados por Bakhtin
nos estudos literários e linguísticos.
O ESTUDO DO GÊNEROS DO
DISCURSO
Antiguidade Clássica:
- Gêneros literários;
- Gêneros retóricos;

A partir dos estudos bakhtinianos:


- Gêneros do discurso (tipos particulares de
enunciados que se diferenciam de outros
tipos de enunciados, com os quais têm em
comum a natureza verbal (linguística)).
Estudo dos gêneros textuais e
discursivos
“O estudo dos gêneros não é novo e, no
Ocidente, já tem pelo menos vinte e cinco
séculos, se consideramos que sua observação
sistemática iniciou-se em Platão. O que hoje
se tem é uma nova visão do mesmo tema.
Seria gritante ingenuidade histórica imaginar
que foi nos últimos decênios do século XX que
se descobriu e iniciou o estudo dos gêneros
textuais. Portanto, uma dificuldade natural no
tratamento desse tema acha-se na abundância
e diversidade de fontes e perspectivas de
análise.” (MARCUSCHI, 2008, p.147)
Problemática e definição

Esferas sociais

práticas sociodiscursivas

Interação pela linguagem


Gêneros do discurso

Conceito oriundo da teoria dialógica da


linguagem, de Mikhail Bakhtin

É por meio da relação “eu” / “outro”


que se dá a dialogicidade da linguagem
constitutiva do sujeito
Texto e discurso
Deve-se ter o cuidado de não confundir texto e discurso como se
fossem a mesma coisa. Embora haja muita discussão a esse
respeito, pode-se dizer que texto é uma entidade concreta
realizada materialmente e corporificada em algum gênero
textual. Discurso é aquilo que um texto produz ao se manifestar
em alguma instância discursiva. Assim, o discurso se realiza nos
textos. Em outros termos, os textos realizam discursos em
situações institucionais históricas, sociais e ideológicas. Os
textos são acontecimentos discursivos para os quais
convergem ações linguísticas, sociais e cognitivas, segundo
Robert de Beaugrande (1997). (MARCUSCHI, 2002, p. 5, grifos
da autora.)
Gêneros do discurso

O sujeito discursivo

Constitui-se na relação com o outro. Em


nosso enunciado “ecoam” outros
enunciados.
Utilização da língua (enunciação/enunciado)

Enunciação → papéis sociais


situação sociodiscursiva
interação linguística

Enunciado → orais e escritos,


concretos e únicos
emanam dos sujeitos sociais
Utilização da
língua

Concretização
de gêneros do
discurso
A vontade discursiva do falante se realiza antes
de tudo na escolha de um certo gênero de
discurso. Essa escolha é determinada pela
especificidade de um dado campo da
comunicação discursiva, por considerações
semântico-objetais (temáticas), pela situação
concreta da comunicação discursiva, pela
composição pessoal dos seus participantes, etc.
A intenção discursiva do falante, com toda a sua
individualidade e subjetividade, é em seguida
aplicada e adaptada ao gênero escolhido,
constitui-se e desenvolve-se em uma
determinada forma de gênero. (p. 282)
Enunciado
 Cada gênero está associado a diferentes
esferas sociais (espaços sociais de interação)
e tem por finalidade atender às
especificidades de cada situação de interação.

 O enunciador e seu interlocutor interagem


com a / interferem na realidade por meio de
um ou outro gênero.
Enunciado
 Conteúdo temático (domínio do sentido);
 Estilo;
 Construção composicional.

• fundem-se
indissoluvelmente no todo
do enunciado;
• são marcados pela
especificidade de uma esfera.
Conteúdo temático

Trata-se do aspecto sobre o qual se fala ou


escreve. Não se refere unicamente ao assunto
ou ao tópico textual, pois está relacionado às
situações de interação.

O conteúdo temático está ancorado em ações


dialógicas estabelecidas entre um texto e outro.
Diz respeito ao modo como algo que se diz é
dito e ao efeito de sentido que esse dizer
promove em uma dada situação de interação.
Conteúdo temático

“Os enunciados não são indiferentes entre si nem se


bastam cada um a si mesmos; uns
conhecem os outros e se refletem mutuamente uns
nos outros.”

Fiorin utiliza como exemplo as cartas de amor cujo


conteúdo temático diz respeito às relações
amorosas, mas cada carta promove um recorte do
tema e aborda um aspecto específico dessa relação.
Estilo

◦ São as escolhas linguísticas feitas pelo


falante/escritor. Tais escolhas podem
ser em relação ao léxico (vocabulário
utilizado no texto), estrutura frasal
(sintaxe), registro linguístico
(formal/informal, gírias). Todo enunciado
é único/individual e por isso pode refletir a
individualidade do enunciador, ou seja, pode
ter estilo individual.
Estilo

◦ a escolha de uma determinada forma


gramatical pelo sujeito que enuncia é um
ato estilístico
Estilo

◦ Está indissoluvelmente ligado ao enunciado e a


formas típicas de enunciados (gêneros do
discurso)

◦ É individual, embora nem todo gênero possua


estilo individual.

◦ Gêneros literários são mais propícios a um


estilo individual / gêneros jurídicos são menos
propícios a essa propriedade.
Gêneros do discurso
 Estilo linguístico ou funcional
◦ Estilo de um gênero peculiar a uma dada esfera da
atividade humana.

“Uma dada função (científica, técnica, ideológica,


oficial, cotidiana) e dadas condições, específicas
para cada uma das esferas da comunicação verbal,
geram um dado gênero, ou seja, um dado tipo de
enunciado, relativamente estável do ponto de vista
temático, composicional e estilístico.” (Pág. 284)
Construção composicional
 Forma de organizar e estruturar o texto. Leva
em consideração as relações temporais,
espaciais e de interlocução exigidas pela
situação de interação e pelos objetivos que se
pretende com o dizer.

 Está relacionada à organização textual e


envolve progressão temática, a coesão e a
coerência.
GÊNEROS DO DISCURSO

“Cada esfera de utilização da língua elabora


seus tipos relativamente estáveis de
enunciados, sendo isso que denominamos
gêneros do discurso.” (pág. 280)
GÊNEROS DO DISCURSO
 Riqueza e variedade → infinita

- cada esfera social


comporta um repertório
de gêneros do discurso;
- cada esfera social sofre
transformações no
tempo.
GÊNEROS DO DISCURSO

- Os enunciados
promovem adequação do
ato comunicativo à esfera
em que se encontram e
atendem às
especificidades de cada
gênero.
GÊNEROS DO DISCURSO

Réplica do diálogo
cotidiano

Romances e Teses
O ESTUDO DO GÊNEROS DO
DISCURSO
Antiguidade Clássica:
- Gêneros literários;
- Gêneros retóricos;

A partir dos estudos bakhtinianos:


- Gêneros do discurso (tipos particulares de
enunciados que se diferenciam de outros
tipos de enunciados, com os quais têm em
comum a natureza verbal (linguística)).
GÊNEROS PRIMÁRIOS
(SIMPLES – “formas
discursivas imediatas”)

GÊNEROS SECUNDÁRIOS
(COMPLEXOS - “grandes
domínios de sentido” )
Gêneros do discurso

Durante o processo de formação, os gêneros


secundários “absorvem e transmutam os
gêneros primários (simples) de todas as
espécies, que se constituíram em
circunstâncias de uma comunicação verbal
espontânea”. (Pág. 281)
Gêneros do discurso

Os gêneros primários, por sua vez, ao serem


integrados aos gêneros secundários,
“transformam-se dentro destes e adquirem
uma característica particular: perdem sua
relação imediata com a realidade existente e
com a realidade dos enunciados alheios”.
(Pág. 281)
Gêneros do discurso
É a partir do gêneros do discurso que os
estudiosos da linguagem extraem os fatos
linguísticos – material de estudo.

“A língua penetra na vida através dos


enunciados concretos que a realizam, e é
também através dos enunciados concretos
que a vida penetra na língua” (pág. 282)
“Os enunciados e o tipo a que pertencem, ou
seja, os gêneros do discurso, são as correias de
transmissão que levam da história da sociedade
à história da língua. Nenhum fenômeno novo
(fonético, lexical, gramatical) pode entrar no
sistema da língua sem ter sido longamente
testado e ter passado pelo acabamento do
estilo-gênero” (pág. 285)
O enunciado, unidade da
comunicação verbal
Concepção de linguagem e de língua – Séc. XIX

Locutor
- ativo no processamento textual;

O papel do Outro no processo


- apenas recebe a informação (não se é levado
em conta o processamento mental)
“O enunciado satisfaz ao seu próprio objeto
(ou seja, ao conteúdo do pensamento
enunciado) e ao próprio enunciador”. (pág.
289)

“A língua só requer o locutor – apenas o


locutor- e o objeto de seu discurso, e se, com
isso, ela também pode servir de meio de
comunicação, esta é apenas uma função
acessória, que não toca à sua essência. (pág.
289-290)
Visão bakhtiniana:

Ouvinte → Atitude responsiva

“ele concorda ou discorda (total ou


parcialmente), completa, adapta, apronta-se
para executar, etc., e esta atitude do ouvinte
está em elaboração constante durante todo o
processo de audição e compreensão desde o
início do discurso, às vezes já nas primeiras
palavras emitidas pelo locutor” (pág. 290)
Visão bakhtiniana:

Enunciado: unidade real da comunicação


verbal.

Fala: só existe, na realidade, na forma


concreta dos enunciados de um indivíduo: do
sujeito de um discurso-fala.

Discurso: se molda sempre à forma do


enunciado.
Visão bakhtiniana:

Polifonia: “o próprio locutor como tal é, em certo


grau, um respondente, pois não é o primeiro
locutor, que rompe pela primeira vez o eterno
silêncio de um mundo mudo, e pressupõe não só
a existência do sistema da língua que utiliza, mas
também a existência dos enunciados anteriores –
emanantes dele mesmo ou do outro – aos quais
seu próprio enunciado está vinculado por algum
tipo de relação (fundamenta-se neles, polemiza
com eles), pura e simplesmente ele já os supõe
conhecidos do ouvinte. Cada enunciado é um elo
da cadeia muito complexa de outros enunciados”
(pág. 291)
Alteridade – define o ser humano, pois o
outro é parte constitutiva da relação
linguística. É impossível pensar nas relações
humanas fora das relações que ligam um
sujeito ao outro.

Discurso – a rede complexa de interrelações


dialógicas com outros enunciados.
“eu nunca estou livre para impor minha
intenção desimpedida, mas devo sempre
mediá-la através das intenções dos outros, a
começar pela outridade da linguagem em que
estou falando. Tenho que entrar em diálogo
com outrem. Isto não significa que não posso
fazer com que meu próprio ponto de vista
seja entendido, mas implica simplesmente
que o meu ponto de vista há de emergir
somente através da interação de minhas
palavras e as de um outro à medida que elas
contendem umas com as outras em situações
particulares” (Clark & Holquist, 1998:264).
A relação dialógica pressupõe uma língua, mas
não existe no sistema da língua.

Os limites dialógicos entrecruzam-se por todo


o campo do pensamento vivo do homem.

Dialogia

falante – discurso – interlocutor (proximidade


no tempo e no espaço)

falante – discurso – superinterloutor (distante


no tempo e no espaço)
“Quaisquer que sejam o volume, o conteúdo,
a composição, os enunciados sempre
possuem, como unidades da comunicação
verbal, características estruturais que lhes
são comuns, e, acima de tudo, fronteiras
claramente delimitadas. (...) As fronteiras (...)
são determinadas pela alternância dos
sujeitos falantes, ou seja, pela alternância dos
locutores. Todo enunciado - desde a breve
réplica (monolexemática) até o romance
comporta um começo absoluto e um fim
absoluto: antes de seu início, há os
enunciados dos outros, depois do seu fim, há
os enunciados respostas do outros.”
Oração X enunciado

 ORAÇÃO – unidade da língua (representa um


pensamento relativamente acabado,
diretamente relacionado com outros
pensamentos do mesmo locutor, dentro do
todo do enunciado).

 ENUNCIADO – unidade da comunicação verbal


(unidade real estritamente delimitada pela
alternância dos sujeitos falantes).
Enunciado
Sua totalidade é determinada por 3 fatores
indissociavelmente ligados:
- o tratamento exaustivo do objeto de sentido
(varia de acordo com as circunstâncias e o
gênero do discurso)
- O intuito, o querer-dizer do locutor
(determina o todo do enunciado: sua
amplitude, suas fronteiras, a escolha o objeto,
o tratamento exaustivo do objeto do sentido
que lhe é próprio e a forma do gênero que o
objeto será estruturado).
- As formas típicas de estruturação do gênero
do acabamento (o querer-dizer do locutor se
realiza acima de tudo na escolha de um
gênero do discurso, tendo em vista a
especificidade de uma dada esfera da
comunicação verbal, a necessidade de uma
temática)
“Para falar, utilizamo-nos sempre dos gêneros
do discurso”

“Todos os nossos enunciados dispõem de uma


forma padrão e relativamente estável de
estruturação de um todo”.

“Possuímos um rico repertório de gêneros do


discurso orais e escritos.” pág. 301
Dois enunciados, separados um do outro no
espaço e no tempo e que nada sabem um do
outro, revelam-se em relação dialógica
mediante uma confrontação do sentido,
desde que haja alguma convergência do
sentido (ainda que seja algo insignificante em
comum no tema, no ponto de vista, etc.)
(Bakhtin, 2000:354).
 Para o autor, a língua deve ser analisada na
realidade enunciativa concreta, servindo aos
propósitos comunicativos do locutor, tendo
em vista a função que a forma linguística
utilizada assume em um dado contexto
sociocomunicativo.

 Enunciação – contexto ideológico – não se


pode separar língua e ideologia.
 Enunciação – produto da interação de dois
indivíduos socialmente organizados mesmo
que o interlocutor seja uma realidade
representativa da comunidade na qual o
locutor encontra-se inserido.

 Dialogia – unidade fundamental da língua.


“A verdadeira substância da língua não é
constituída por um sistema abstrato de
formas lingüísticas, nem pela enunciação
monológica isolada, nem pelo ato
psicofisiológico de sua produção, mas pelo
fenômeno social da interação verbal,
realizada através da enunciação ou das
enunciações. A interação verbal constitui
assim a realidade fundamental da língua”.
(Marxismo e filosofia da linguagem:
problemas fundamentais do método
sociológico na ciência da linguagem. São
Paulo: Hucitec, 1986. p. 12)
Referência Bibliográfica

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal.


3.ed.Trad. Maria Ermantina Galvão. São Paulo:
Martins Fontes, 2000.

FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento


de Bakhtin. São Paulo: Ática, 2006.

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