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GÊNERO TEXTUAL X TIPOLOGIA TEXTUAL

Iniciamos este fascículo com algumas indagações apresentadas no livro


“Um diálogo sobre gêneros textuais” organizado por Márcia Porto. Editora
Aymará, 2009 - adaptadas ao nosso contexto:
➢ Qual a concepção que embasa o nosso trabalho com linguagem
no Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos?
➢ Que estratégias pode-se utilizar para tornar nossos alunos bons
leitores e escritores de textos, compreendendo o que escrevem, para quem
escrevem e o que escrevem?
➢ Para que ensinamos e o que ensinamos?
➢ Que habilidades e conteúdos pertinentes ao uso da linguagem
são essenciais para que o aluno tenha discernimento e aplique os
conhecimentos à sua realidade?
Responder a questões como essas nos remete inicialmente a
pressupostos de uma concepção em relação “a língua e a linguagem”, o que
pressupõe ações pedagógicas pautadas na construção do conhecimento de
forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, de modo a privilegiar a relação
teoriaprática, na busca da apreensão das diferentes formas de apresentação
do saber.
Entende-se por linguagem uma forma de interação onde o alfabetizador
precisa ser o sujeito que juntamente com os alunos pesquisa, observa, levanta
hipóteses, analisa, reflete, descobre, aprende, reaprende e está a todo o
momento instigando e valorizando o potencial do seu grupo-classe. Segundo
Porto (2009), quando adotamos a concepção interacionista, nosso objeto de
estudo passa a ser o texto, com toda diversidade de gêneros que circulam no
cotidiano.
[...] Por meio da linguagem, o homem se reconhece como humano, pois
ao comunicar-se com outros homens e trocar experiências, certifica-se de seu
conhecimento do mundo e dos outros com quem interage. Isso lhe permite
compreender melhor a realidade em que está inserido e o seu papel como
sujeito social. [...] Porto (2009.
Segundo Bakhtin (1997) e do seu grupo Círculo de estudos “A língua
materna, seu vocabulário e sua estrutura gramatical, não conhecemos por meio
de dicionários ou manuais de gramática, mas graças aos enunciados concretos
que ouvimos e reproduzimos na comunicação efetiva com as pessoas que nos
rodeiam". Segundo essa concepção, a língua só existe em função do uso que
locutores (quem fala ou escreve) e interlocutores (quem lê ou escuta) fazem
dela em situações (prosaicas ou formais) de comunicação. O ensinar, o
aprender e o empregar a linguagem passam necessariamente pelo sujeito, o
agente das relações sociais e o responsável pela composição e pelo estilo dos
discursos. Esse sujeito se vale do conhecimento de enunciados anteriores para
formular suas falas e redigir seus textos. Além disso, um enunciado sempre é
modulado pelo falante para o contexto social, histórico, cultural e ideológico.
"Caso contrário, ele não será compreendido".
Um dos aspectos mais inovadores dos estudos de Bakhtin foi enxergar a
linguagem como um constante processo de interação mediado pelo diálogo - e
não apenas como um sistema autônomo. Nessa relação dialógica entre locutor
e interlocutor no meio social, em que o verbal e o não-verbal influenciam de
maneira determinante a construção dos enunciados, outro dado ganhou
contornos de tese: a interação por meio da linguagem se dá num contexto em
que todos participam em condição de igualdade. Aquele que enuncia seleciona
palavras apropriadas para formular uma mensagem compreensível para seus
destinatários. Por outro lado, o interlocutor interpreta e responde com postura
ativa àquele enunciado, internamente (por meio de seus pensamentos) ou
externamente (por meio de um novo enunciado oral ou escrito). (www.ne.org.br
- ago,2009).
Nesse sentido, a organização do planejamento pedagógico pressupõe a
reflexão sobre a linguagem a partir de temáticas que exploram os diferentes
gêneros discursivos e tipos de textos, com o objetivo de analisar as práticas de
linguagem, ou seja, leitura, análise linguística e produção textual.
A prática de leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja
na forma verbal ou não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes,
charges, outdoors, entre outros), cinética (sonora, olfativa, tátil, visual e
gustativa) e alfabética, nos diferentes níveis. Os diferentes níveis de leitura
constituem-se num meio para identificar, nos diversos gêneros, os elementos
de construção do texto, localizar as informações explícitas, subentender as
implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do aluno e o texto, bem como
estabelecer relações intertextuais. Ler um texto, nessa perspectiva, significa
perceber o contexto histórico, social, econômico, filosófico e político em que ele
se insere, assim como a ideologia, a finalidade do texto, a posição do autor e o
possível interlocutor, dentre outros elementos tais como a escolha pela
linguagem utilizada, os elementos gramaticais e seus efeitos na construção do
texto nos diferentes gêneros textuais.
Nas atividades que se propõe, envolvendo os mais diferentes gêneros
textuais, é necessário contemplar as possíveis situações de uso social da
linguagem, tendo como foco identificar a finalidade do texto, a posição
assumida pelo autor, o contexto social, político, histórico, econômico, filosófico,
entre outros, com destaque para as variedades linguísticas, os mecanismos
gramaticais e os lexicais na construção do texto. Dessa forma, salienta-se a
importância de apreender os dados sobre o autor (biografia), a fonte referencial
(data, local, suporte de texto), além do interlocutor a quem se destina o texto.
Nesse enfoque, há que se considerar o contexto de produção e o conteúdo
temático que o sujeito utiliza para produzir um texto, envolvendo os três
mundos distintos, interiorizados por ele: o mundo físico, o mundo social e o
mundo subjetivo. Assim, o contexto de produção ou a situação comunicativa
exercem influências na forma como um texto se apresenta e isso requer de nós
educadores um olhar atento e instigativo para que o nosso aluno possa
visualizar também, esses aspectos, na sua leitura e produção. Dessa forma
trabalhar com procedimentos é essencial bem como, sistematizar as
aprendizagens.
Mecanismos gramaticais e lexicais não são estudados de forma
descontextualizada ou com a intenção da apropriação da metalinguagem, mas
por meio do texto para que o aluno possa reconhecêlos como elementos de
construção textual dos gêneros estilísticos e do cotidiano, uma vez que o
foco para o ensino da língua é orientar para o uso social da linguagem, de
acordo com a norma padrão. Diante disso, faz-se necessária a prática
orientada da produção oral e escrita de textos dos diferentes gêneros do
discurso.
Trabalhar dessa forma implica no desenvolvimento de uma prática onde
o texto do aluno revela, além do conhecimento de mundo, os conteúdos
aprendidos e os que devem ser priorizados no planejamento e intervenções do
alfabetizador.
Refletindo sobre alguns conceitos e definições

Passemos à retomada de algumas concepções antes de propormos


sugestões de atividades:

Textos:

Pode se dizer que [...] é uma produção verbal (oral ou escrita) dotada de
uma unidade temática, coerência argumentativa, coesão interna, cujo sentido é
construído solidariamente por quem o produz, por quem o interpreta e pelo
conjunto discursivo já existente na sociedade. Assim segundo Koch e Elias
(1008, p. 57-59) – [...] o sentido de um texto não existe a priori, mas é
construído na interação sujeitostexto. Assim sendo, na e para a produção de
sentido, necessário se faz levar em conta o contexto [...] Dessa forma, a tão
propalada explicitude do texto escrito em contraposição à implicitude do texto
falado não passa de um mito. Tanto na fala como na escrita os interlocutores
fazem uso de múltiplos recursos, muito além de simples palavras. A produção
de sentido realiza-se à medida que o leitor considera aspectos conceituais que
dizem respeito ao conhecimento da língua, do mundo, da situação
comunicativa [...]
KOCH, Ingedore Villaça. Ler e escrever: estratégias de produção
textual/Ingedore Villaça Koch, Vanda Maria Elias. – São Paulo: Contexto, 2009.
Segundo Porto (2009) , um texto pressupõe:
➢ O que dizer- o que ele disse (tema e assunto);
➢ Intenção – com que objetivo o texto foi escrito, a que ele se
destina;
➢ Para quem – a quem o texto foi dito (o perfil do interlocutor
pretendido);
➢ Como – mecanismos de composição utilizados:
gênero/organização interna do texto (organização das ideias e parágrafos,
clareza, coerência, coesão, nível argumentativo, aspectos gramaticais, noção
do interlocutor, objetivo da escrita);
➢ Finalidade – o que foi feito com o texto
(reestruturação/publicação).

O texto direcionará o trabalho com linguagem nas salas de aula e por


meio dos objetivos estabelecidos no plano anual define-se as atividades
envolvendo o: falar, ouvir, ler e escrever textos.

No trabalho com textos os eixos devem ser:


➢ Oralidade – envolvendo situações reais de fala;
➢ Leitura – autor – leitor - texto
Mundo
➢ Escrita – sobre algo, para alguém, com um objetivo.

PORTO, Márcia. Um diálogo entre os gêneros textuais. Curitiba.


Aymará, 2009 A tipologia textual

Segundo Marcuschi (2002), é um termo que deve ser usado para


designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza
linguística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as
categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção. Segundo
ele, o termo tipologia textual é usado “para designar uma espécie de sequência
teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos
lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas).

Tipos textuais segundo Werlich (1973):


Observe a tabela de Werlich (1973) a seguir, a qual propõe uma matriz
de critérios, partindo de estruturas linguísticas típicas dos enunciados que
formam a base do texto. Werlich toma a base temática do texto representada
ou pelo título ou pelo início do texto como adequada à formulação da tipologia.
Assim, são desenvolvidas as cinco bases temáticas textuais típicas que darão
origem aos tipos textuais:

Bases Exemplos Traços linguísticos


temáticas
1. Descritiva “Sobre a mesa Este tipo de enunciado textual tem uma
havia milhares estrutura simples com um verbo estático no
de vidros.” presente ou imperfeito, um complemento e
uma indicação circunstancial de lugar.
2. Narrativa “Os passageiros Este tipo de enunciado textual tem um verbo
aterrissaram em de mudança no passado, um circunstancial de
Nova York no tempo e lugar. Por sua referência temporal e
meio da noite.” local, este enunciado é designado como
enunciado indicativo de ação.
3. Expositiva (a) “Uma Em (a) temos uma base textual denominada
parte do de exposição sintética pelo processo da
cérebro é o composição. Aparece um sujeito, um
córtex.” predicado (no presente) e um complemento
(b) “O cérebro com um grupo nominal. Trata-se de um
tem 10 enunciado de identificação de fenômenos.
milhões de Em (b) temos uma base textual denominada
neurônios” de exposição analítica pelo processo de
decomposição.
Também é uma estrutura com um sujeito, um
verbo da família do verbo ter (ou verbos como:
“contém”, “consiste”, “compreende”) e um
complemento que estabelece com o sujeito
uma relação parte todo.
Trata-se de um enunciado de ligação de
fenômenos.

4. “A obsessão com Tem-se aqui uma forma verbal com o verbo


Argumentativo a durabilidade ser no presente e um complemento (que no
nas Artes não é caso é um adjetivo). Trata-se de um
permanente.” enunciado de atribuição de qualidade.
5. Injuntiva “Pare!”, “seja Vem representada por um verbo no
razoável!” imperativo. Estes são os enunciados
incitadores à ação. Estes textos podem sofrer
certas modificações significativas na forma e
assumir, por exemplo, a configuração mais
longa onde o imperativo é substituído por um
"deve". Por exemplo: "Todos os brasileiros na
idade de 18 anos do sexo masculino devem
comparecer ao exército para alistarem-se."

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: definição e


funcionalidade. Disponível
em:<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAuj8AL/generos-tipos-
textuaisdiferencas>. Adaptado Acesso em 03 jul. de 2015. 14h15min.

Algumas observações sobre os tipos textuais

Em geral, a expressão "tipo de texto", muito usada nos livros didáticos e


no nosso dia a dia, é equivocadamente empregada e não designa um tipo, mas
sim um gênero de texto. Quando alguém diz, por exemplo, "a carta pessoal é
um tipo de texto informal!", ele não está empregando o termo "tipo de texto" de
maneira correta e deveria evitar essa forma de falar. Uma carta pessoal que
você escreve para sua mãe é um gênero textual, assim como um editorial,
horóscopo/ receita médica, bula de remédio, poema, piada, conversação
casual, entrevista jornalística, artigo científico, resumo de um artigo, prefácio de
um livro. É evidente que em todos estes gêneros também se está realizando
tipos textuais, podendo ocorrer que o mesmo gênero realize dois ou mais tipos.
Assim, um texto é em geral tipologicamente variado (heterogêneo).
Veja-se o caso da carta pessoal, que pode conter uma sequência
narrativa (conta uma história), uma argumentação (argumenta em função de
algo), uma descrição (descreve uma situação) e assim por diante. Já que
mencionamos o caso da carta pessoal, tomemos este breve exemplo de uma
carta entre amigos. Aqui foram suprimidos alguns trechos e mudados os nomes
e as siglas para não identificação dos atores sociais envolvidos: Exemplo Carta
pessoal

SEQUÊNCIAS GÊNERO TEXTUAL: CARTA PESSOAL


TIPOLÓGICAS Rio, 11/08/1991
DESCRITIVA
INJUNTIVA [...]Amiga A.P.
Oi! [...]
DESCRITIVA [...] Para ser mais preciso estou no meu quarto, escrevendo na
escrivaninha, com um Micro
System ligado na minha frente (bem alto, por sinal). [...]
EXPOSITIVA [...] Está ligado na Manchete FM – ou rádio dos funks - eu adoro funk,
principalmente com passos marcados. Aqui no Rio é o ritmo do momento ...
e você, gosta? Gosto também de house e dance music, sou fascinado por
discotecas! Sempre vou à K.I, [...]
NARRATIVA [...] ontem mesmo (sexta-feira) eu fui e cheguei quase quatro horas da
madrugada. [...]
EXPOSITIVA [...] Dançar é muito bom, principalmente em uma discoteca legal. Aqui no
condomínio onde moro têm muitos jovens, somos todos muito amigos e
sempre vamos todos juntos. É muito maneiro! [...]
NARRATIVA [...] C. foi três vezes à K. 1., [...]
INJUNTIVA [...] pergunte só a ele como é! [...]
EXPOSITIVA [...]Está tocando agora o "Melô da Mina Sensual", super demais!
Aqui ouço também a Transamérica e RPCM. [...]
INJUNTIVA [...] E você, quais rádios curte? [...]
EXPOSITIVA [...] Demorei um tempão pra responder, espero sinceramente que você
não esteja chateada comigo. Eu me amarrei de verdade em vocês aí, do
Recife, principalmente a galera da ET, vocês são muito maneiros! Meu
maior sonho é viajar, ficar um tempo por aí, conhecer legal vocês todos,
sairmos juntos ... Só que não sei ao certo se vou realmente no início de
1992. Mas pode ser que dê, quem sabe! /........../ Não sei ao certo se vou
ou não, mas fique certa que farei de tudo para conhecer vocês o mais
rápido possível. Posso te dizer uma coisa? Adoro muito vocês! [...]
EXPOSITIVA [...] Agora, a minha rotina: às segundas, quartas e sextas-feiras trabalho
de 8:00 às 17:00, em Botafogo. De lá vou para o T., minha aula vai de
18:30 às 20:40h. Chego aqui em casa quinze para meia noite. E às terças e
quintas fico 00:50 em F. só de 8:00 às 12:30h.
Vou para o T.; às 13:30 começa o meu curso de Francês (vou me formar
ano que vem) e vai até I5:30h/16h vou dar aula e fico até 17:30h. 17:40h às
18:30h faço natação (no T. também) e até 22:40h tenho aula. [...]
Ontem eu e [...} fizemos três meses de namoro;[...]
NARRATIVA [...] Você sabia que eu estava namorando? [...]
INJUNTIVA [...] Ela mora aqui mesmo no >>> (ilegível - nome do condomínio). A
gente se gosta muito, às vezes eu acho que nunca vamos terminar, depois
eu acho que o namoro não vai durar muito, entende? [...]
INJUNTIVA [...] O problema é que ela é muito ciumenta, principalmente porque eu já
fui afim da B., que mora aqui também. Nem posso falar com a garota que
S. já fica com raiva. [...]
EXPOSITIVA [...] É acho que vou terminando .. [...].
ARGUMENTATIVA [...]escreva! Faz um favor? Diga pra M., A. P. e C. que esperem, não
demoro a escrever [...]
INJUNTIVA [...] Adoro vocês! Um beijão! [...]
NARRATIVA [...] Do amigo P. P. 15:16h [...]
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: definição e
funcionalidade.

É notável a variedade de sequências tipológicas nessa carta pessoal,


em que predominam descrições e exposições, o que é muito comum para esse
gênero. Não há espaço aqui para maiores detalhes, mas esse modo de análise
pode ser desenvolvido com todos os gêneros e, de uma maneira geral, vai-se
notar que há uma grande heterogeneidade tipológica nos gêneros textuais.
Portanto, entre as características básicas dos tipos textuais está o fato
de eles serem definidos por seus traços linguísticos predominantes. Por isso,
um tipo textual é dado por um conjunto de traços que formam uma sequência e
não um texto. A rigor, pode-se dizer que o segredo da coesão textual está
precisamente na habilidade demonstrada em fazer essa "costura" ou tessitura
das sequências tipológicas como uma armação de base, ou seja, uma malha
infra estrutural do texto. Como tais, os gêneros são uma espécie de armadura
comunicativa geral preenchida por sequências tipológicas de base que podem
ser bastante heterogêneas mas relacionadas entre si. Quando se nomeia um
certo texto como "narrativo", "descritivo" ou "argumentativo", não se está
nomeando o gênero e sim o predomínio de um tipo de sequência de base.
Um elemento central na organização de textos narrativos é a sequência
temporal. Já no caso de textos descritivos predominam as sequências de
localização. Os textos expositivos apresentam o predomínio de sequências
analíticas ou então explicitamente explicativas. Os textos argumentativos se
dão pelo predomínio de sequências contrastivas explícitas. Por fim, os textos
injuntivos apresentam o predomínio de sequências imperativas.
Se voltarmos agora ao exemplo da carta pessoal apresentada
anteriormente, veremos que cada uma daquelas sequências lá identificadas
realiza os traços linguísticos aqui apresentados. Não é difícil tomar os gêneros
textuais e analisá-los com esses critérios, identificando-lhes as sequências.
Para o caso do ensino, pode-se chamar a atenção da dificuldade que existe na
organização das sequências tipológicas de base, já que elas não podem ser
simplesmente justapostas. Os alunos apresentam dificuldades precisamente
nesses pontos e não conseguem realizar as relações entre as sequências. E os
diversos gêneros sequenciam bases tipológicas diversas.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: definição e
funcionalidade. Disponível
em:<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAuj8AL/generos-tipos-
textuaisdiferencas>..

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