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Mario de Miranda Quintana, mais conhecido como Mario Quintana, nasceu na cidade
de Alegrete, no Rio Grande do Sul, em 30 de julho de 1906. Foi poeta, tradutor e
jornalista. Cursou os estudos básicos na cidade em que nasceu. Mudou-se com a
família para Porto Alegre, em 1919, e ingressou no Colégio Militar, onde publicou, em
uma revista editada pelos próprios estudantes, seus primeiros poemas. Em 1929,
iniciou sua carreira no jornalismo, iniciando sua colaboração no jornal O Estado do Rio
Grande, o que lhe permitiu estabelecer contato com escritores e intelectuais, como
Augusto Meyer e Érico Veríssimo. Iniciou, em 1934, sua carreira de tradutor. Em 1940,
seu primeiro livro de poesia, intitulado A Rua dos Cataventos, que contém sonetos de
influência parnasiana, foi publicado. Sua segunda obra de poemas foi o livro Canções,
de 1946, em que há poemas que expressam uma maior liberdade formal do que sua
primeira obra, tendência que permaneceu e marcou sua produção poética. Em 1953,
Mario Quintana passou a trabalhar no jornal Correio do Povo, sendo colunista do
caderno de cultura até 1977. Quando o poeta fez aniversário de 60 anos, foi publicada
sua Antologia poética, com a reunião de 60 poemas inéditos. Paralela à sua carreira
como poeta e jornalista, Quintana dedicou-se muito à tradução, tendo traduzido mais
de 130 obras, entre elas o famoso romance Em busca do tempo perdido, de Marcel
Proust, e Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf. Em 1980, recebeu o prêmio Machado de
Assis, da Academia Brasileira de Letras (ABL), pelo conjunto de sua obra. Apesar desse
reconhecimento da ABL, o poeta, pertencente à segunda geração do modernismo
brasileiro, nunca conseguiu ser eleito para ocupar uma cadeira na academia, mesmo
que tivesse tentado isso por três vezes. Ao ser convidado a candidatar-se pela quarta
vez, e mesmo com a promessa de unanimidade em torno de seu nome, Mario
Quintana recusou. De vida muito simples, o escritor viveu entre 1968 e 1980 em um
quarto de hotel, local hoje transformado em um centro de cultura que leva seu nome.
O poeta faleceu em Porto Alegre, em 5 de maio de 1994.
Poemas em prosa;
Tendência ao humor;
Canções (1946)
Poesias (1962)
Caderno H (1973)
Quintanares (1976)
Pé de pilão (1968)