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Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta e um dos maiores compositores da música


popular brasileira, além de ter sido um dos fundadores da Bossa Nova - um movimento
musical surgido nos anos 50. Foi também dramaturgo e diplomata.

Entre os seus maiores sucessos está "Garota de Ipanema" que teve a letra escrita por Vinicius e
a canção composta por Tom Jobim, em 1962.

Marcus Vinicius Melo Morais, conhecido como Vinicius de Moraes, nasceu no Rio de Janeiro,
no dia 19 de outubro de 1913. Filho do funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva
e da pianista Lídia Cruz desde cedo já mostrava interesse por poesia.

Ingressou no colégio jesuíta Santo Inácio onde fez os estudos secundários. Entrou para o coral
da igreja onde desenvolveu suas habilidades com a música. Em 1928 começou a fazer as
primeiras composições musicais.

Faculdade de Direito
Em 1929, Vinicius iniciou o curso de Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro. Em 1933,
ano de sua formatura, publicou seu primeiro livro de poemas intitulado O Caminho Para a
Distância.

Nessa época, já era amigo dos poetas Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Oswaldo de
Andrade.

Trabalhou como representante do Ministério da Educação na censura cinematográfica, até


1938, quando recebeu uma bolsa de estudos e seguiu para Londres, onde cursou Literatura
Inglesa na Universidade de Oxford.

Trabalhou na BBC londrina até 1939. Em 1940, de volta ao Brasil, iniciou a carreira jornalística
no jornal “A Manhã”, escrevendo uma coluna como crítico de cinema.

Carreira Diplomática
Em 1943, Vinicius de Morais foi aprovado no concurso para "Diplomata" e seguiu para os
Estados Unidos, onde assumiu o posto de vice-cônsul em Los Angeles. Serviu sucessivamente
em Paris, a partir de 1953, em Montevidéu, a partir de 1959 e novamente em Paris em 1963.

Vinicius voltou definitivamente ao Brasil em 1964. Em 1968 foi aposentado compulsoriamente


pelo Ato Institucional Número Cinco. O compositor era malvisto pelo governo militar, pois era
artista e bebia. Foi expulso do serviço diplomático, depois de 26 anos de carreira.

Poemas de Vinícius de Moraes


Vinicius de Moraes foi um poeta significativo da Segunda Fase do Modernismo. Ao publicar sua
Antologia Poética, em 1955, admitiu que sua obra poética se dividia em duas fases:
A primeira fase carregada de misticismo e profundamente cristã, começa em O Caminho para
a Distância (1933) e, termina com o poema, Ariana, a Mulher (1936).

A segunda fase, iniciada com Cinco Elegias (1943), assinala a explosão de uma poesia mais viril.
“Nela – segundo ele – estão nitidamente marcados os movimentos de aproximação do mundo
material, com a difícil, mas consistente repulsa ao idealismo dos primeiros anos.”

Eu Sei Que Vou Te Amar


Eu Sei Que Vou Te Amar

Vinicius de Moraes

Eu sei que vou te amar

Por toda a minha vida, eu vou te amar

Em cada despedida, eu vou te amar

Desesperadamente

Eu sei que vou te amar

E cada verso meu será

Pra te dizer

Que eu sei que vou te amar

Por toda a minha vida

Eu sei que vou chorar

A cada ausência tua, eu vou chorar

Mas cada volta tua há de apagar

O que esta tua ausência me causou

Eu sei que vou sofrer

A eterna desventura de viver

À espera de viver ao lado teu

Por toda a minha vida


Rachel de Queiroz
Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza, Ceará, no dia 17 de novembro de 1910. Filha de Daniel
de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, é parente, pelo lado materno, da família de
José de Alencar. Com 45 dias de nascida, a família mudou-se para a Fazenda Junco, em
Quixadá, uma propriedade da família.

Em 1913, Raquel voltou para Fortaleza, onde seu pai foi nomeado promotor. Em 1917 a família
foi morar no Rio de Janeiro procurando fugir de uma grave seca, que desde 1915 atingia a
região Nordeste. Em 1919 retornam para Fortaleza e, em 1921, Rachel de Queiroz ingressa no
Colégio Imaculada Conceição, diplomando-se professora em 1925, com apenas 15 anos.

Em 1927 com o pseudônimo de Rita de Queluz, Raquel escreve uma carta para o jornal “O
Ceará”, promotor do evento, ironizando o concurso de Rainha dos Estudantes.

Com o sucesso da carta que enviou, Rachel foi convidada para colaborar com o jornal, passou a
organizar a página literária e publicou o folhetim “História de um Nome”. Nessa época, passou
a lecionar História como professora substituta no colégio Imaculada Conceição.

Rachel de Queiroz (1910-2003) foi uma escritora brasileira. A primeira mulher a entrar para a
Academia Brasileira de Letras e a primeira mulher a receber o Prêmio Camões. Foi também
jornalista, tradutora e teatróloga. Seu primeiro romance, "O Quinze", ganhou o prêmio da
Fundação Graça Aranha. O romance "Memorial de Maria Moura" foi transformado em
minissérie para televisão.

Em 1930, com apenas vinte anos, Rachel de Queiroz se projetou na vida literária do país
através da publicação do romance "O Quinze", uma obra de fundo social profundamente
realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca.

O Quinze
O Quinze, lançado na “Segunda Fase do Modernismo”, representou um importante impulso
para o “Romance Regionalista de 30”. A obra, cujo título refere-se à grande seca de 1915,
atribui novas dimensões à dramaticidade social.

O livro “O Quinze” narra o êxodo de trabalhadores da região de Logradouros e de Quixadá, no


sertão cearense, para a capital, Fortaleza, onde esperava encontrar meios para sobreviver. Em
paralelo, narra a história do amor impossível entre a professora “Conceição” e o proprietário
rural “Vicente”.

O livro teve grande repercussão no Rio de Janeiro, recebendo elogios de Mário de Andrade e
de Augusto Schmidt

A consagração de Rachel de Queiroz veio em 1931, quando a escritora foi ao Rio de Janeiro
receber o prêmio “Graça Aranha de Literatura” na categoria melhor romance.

Ainda em 1931, Rachel conheceu os integrantes do Partido Comunista Brasileiro e, ao retornar


para Fortaleza, participou da implantação do partido no Nordeste.
Academia Brasileira de Letras
Rachel de Queiroz foi eleita para a Academia Brasileira de Letras e, no dia 4 de agosto de 1977,
vencendo por 23 votos a 15 o jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda. Foi a primeira
mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, tomado posse no dia 4 de novembro de
1977, ocupando a cadeira n.º 5.

Prêmios
Rachel de Queiroz recebeu diversos prêmios, entre eles:

Prêmio Machado de Assis (1957) pelo conjunto de sua obra

Prêmio Nacional de Literatura de Brasília (1980) pelo conjunto de obra

Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará (1981)

Medalha Rio Branco, do Itamarati (1985)

Prêmio Luís de Camões (1993), sendo a primeira mulher a receber essa honraria.

Título de Doutor Honoris Causa, pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (2000).

Algumas obras de Rachel de Queiroz


O Quinze, 1930

João Miguel, 1932

Caminho de Pedras, 1937

As Três Marias, 1939

A Donzela e a Moura Torta, 1948

O Galo de Ouro, 1950

Lampião, 1953

A Beata Maria do Egito, 1958

Cem Crônicas escolhidas, 1958

O Brasileiro Perplexo, 1964

O Caçador de Tatu, 1967

O Menino Mágico, 1969

Dora, Doralina, 1975


Dôra, Doralina

http://leitorcompulsivo.com.br/2021/08/18/resenha-dora-doralina-rachel-de-queiroz/

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