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FREDERICO BENVEGNU
Autores e Obras.
Em 1915, após uma grande seca, muda-se com seus pais para o Rio de Janeiro e
logo depois para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois.
Em 1925 concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Estreou
na imprensa no jornal O Ceará, após escrever uma carta ridicularizando o concurso
Rainha dos Estudantes, promovido pela publicação. A reação foi tão boa que o diretor
do jornal, Júlio Ibiapina, a convidou para colaborar com a publicação. Curiosamente,
em 1930, quando lecionava no colégio Imaculada Conceição, acabou vencendo o
mesmo concurso, escrevendo crônicas e poemas de caráter modernista sob o
pseudônimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de folhetim o primeiro
romance, História de um Nome.
Aos dezenove anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O
Quinze (1930), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria.
Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus
personagens, destaca‐se no desenvolvimento do romance nordestino. A obra foi escrita
quando a autora contraiu uma congestão pulmonar e, com suspeita de tuberculose, foi
obrigada a ficar em repouso. Durante esse tempo, escreveu o romance escondida à noite.
Começa a se interessar em política social em 1928-1929 ao ingressar no que
restava do Bloco Operário Camponês em Fortaleza, formando o primeiro núcleo
do Partido Comunista Brasileiro. Em 1933 começa a dissentir da direção e se aproxima
de Lívio Xavier e de seu grupo em São Paulo, lá indo morar até 1934. Milita então
com Aristides Lobo, Plínio Mello, Mário Pedrosa, Lívio Xavier, se filiando ao sindicato
dos professores de ensino livre, controlado naquele tempo pelos trotskistas.
Para fugir da perseguição por ser esquerdista, muda-se para Maceió, em 1935. À
época, durante o Estado Novo, viu seus livros serem queimados junto com os de Jorge
Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos sob a acusação de serem
subversivos Em 1939, já escritora consagrada, muda-se para o Rio de Janeiro. No
mesmo ano foi agraciada com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro As Três Marias.
Escreveu ainda João Miguel (1932), Caminhos de Pedras (1937) e O Galo de
Ouro (1950).
Aos poucos, foi mudando de posicionamento político. Chegou a ser convidada
para ser ministra da Educação por Jânio Quadros. Em 1964, apoiou a ditadura
militar que se instalou no Brasil. Integrou o Conselho Federal de Cultura e o diretório
nacional da ARENA, partido político de sustentação do regime.
Lançou Dôra, Doralina em 1975, e depois Memorial de Maria Moura (1992),
saga de uma cangaceira nordestina adaptada para a televisão em 1994
numa minissérie apresentada pela Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994
no Brasil, foi apresentada
em Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto
Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançada
em DVD em 2004.
Publicou um volume de memórias em 1998. Transforma a sua "Fazenda Não Me
Deixes", propriedade localizada em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular do
patrimônio natural. Morreu em 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos,
no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos. Foi enterrada no
cemitério São João Batista, sob a rede onde costumava dormir.
Durante trinta anos escreveu crônicas para a revista semanal O Cruzeiro e com o
fim desta para o jornal O Estado de S. Paulo.
Também se encontra colaboração da sua autoria na revista luso-brasileira Atlântico.
Academia Brasileira de Letras
Concorreu contra o jurista Pontes de Miranda para a vaga de Cândido Mota
Filho da cadeira 5 da Academia Brasileira de Letras. Venceu o pleito ocorrido em 4 de
agosto de 1977 por 23 votos, contra 15 dados ao opositor e um em branco. Foi
empossada em 4 de novembro de 1977. Recebida por Adonias Filho, foi a quinta
ocupante da cadeira 5, que tem como patrono Bernardo Guimarães. Foi a primeira
mulher a ingressar na ABL.
LYGIA BOJUNGA
BIOGRAFIA:
Lygia Bojunga Nunes (Pelotas, 26 de agosto de 1932), ou simplesmente Lygia
Bojunga, é uma escritora brasileira.
Iniciou a sua vida profissional como atriz, tendo-se dedicada ao rádio e ao teatro,
até voltar-se para a literatura. Com a obra Os colegas (1972) conquistou um público que
se solidificou com Angélica (1975), A casa da madrinha (1978), Corda
bamba (1979), O sofá estampado (1980) e A bolsa amarela (1981). Por estes livros
recebeu, em 1982, o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio
literário infantil, uma espécie de Prêmio Nobel da literatura infantil. O prêmio foi
concedido pela International Board on Books for Young People, filiada à UNESCO. Os
colegas já antes havia conquistado o primeiro lugar no Concurso de Literatura Infantil
do Instituto Nacional do Livro (INL), em 1971, com ilustrações do desenhista Gian
Calvi.
Lygia Bojunga Nunes tem recebido reiterados elogios da crítica especializada,
quer brasileira, quer estrangeira. No cenário brasileiro, com frequência tem sido
reportada como a herdeira ou sucessora de Monteiro Lobato, por estabelecer um espaço
em que a criança tem — através da liberdade da imaginação — uma chave para a
resolução de conflitos, o que Monteiro Lobato mostrou saber fazer com maestria.
Algumas vezes, no cenário internacional, costuma-se compará-la a Saint-Exupéry e
a Maurice Druon, pela notável sensibilização infantil destes através de O Pequeno
Príncipe e O Menino do Dedo Verde, respectivamente. Com efeito, misturando com
habilidade o real e a fantasia, Lygia alcança, num estilo fluente, entre o coloquial e
o monólogo interior, perfeita comunicação com seu leitor.
Consciente de que literatura é comunicação, a autora não recusa tratar de temas
considerados problemáticos, como suicídio, em 7 Cartas e 2 Sonhos (1983) e O Meu
Amigo Pintor (1987); assassinato, em Nós Três (1987) e abandono dos filhos pela mãe,
no conto "Tchau", no volume de mesmo nome (1984).
Com o livro Um Encontro com Lygia Bojunga Nunes (1988), reuniu textos sobre
sua relação com a literatura, apresentando, de forma dramatizada, o resultado de seu
trabalho. Esse é também o início de uma reflexão metaliterária, que se estende
por Paisagem e Fazendo Ana Paz, ambos de 1992, onde refletiu sobre o que é fazer
literatura, fazendo literatura, linha que tem em Feito à Mão (1996), uma realização
radical, pois o livro foi feito com papel reciclado e fotocopiado — uma alternativa
à produção industrial.
Com Seis vezes Lucas e O Abraço, também de 1996, retoma um tema instigante
deste final de século: uma literatura dirigida a qualquer leitor, estando no objeto-livro a
maneira de adequá-la às diversas etapas da vida humana.
É um dos maiores nomes da literatura infanto-juvenil brasileira e mundial, assim
consagrada pela qualidade de sua obra e caracterização da problemática da criança,
acuada dentro do núcleo familiar.
Sua obra já foi publicada em alemão, francês, espanhol, sueco, norueguês,
islandês, holandês, dinamarquês, japonês, catalão, húngaro, búlgaro e finlandês.
Seus livros têm sido altamente recomendados pela crítica europeia e estão sendo
radiofonizados em vários países, sendo que um deles, Corda bamba, foi filmado
na Suécia. Casada com um inglês, vive parte de seu tempo em Londres e parte no Rio
de Janeiro. A autora publicou em 1982 "7 cartas e 2 sonhos" pela editora Berlendis &
Vertecchia, e em 1987 republicou-a pela editora Agir com o título "Meu Amigo Pintor",
e mais tarde a obra foi adaptada para o teatro.
MIA COUTO
BIOGRAFIA:
NUNO JÚDICE
BIOGRAFIA:
JORGE DE LIMA
BIOGRAFIA:
SILVIO CASTRO
BIOGRAFIA:
PLÍNIO MARCOS
BIOGRAFIA:
REFERÂNCIAS BIOGRÁFICAS:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Correia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rachel_de_Queiroz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lygia_Bojunga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Ramos_Tinhor%C3%A3o