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Foi uma escritora mineira nascida em 14 de Em 1937, Carolina Maria de Jesus mudou-
março de 1914. Filha de uma família pobre, se para a cidade de São Paulo, onde
teve uma educação formal de apenas dois trabalhou como empregada doméstica. Em
anos. De 1923 a 1929, a família de 1948, foi viver na favela do Canindé, onde
lavradores migrou para Lajeado (MG), nasceram seus três filhos. Enquanto viveu
Franca (SP), Conquista (MG), até voltar ali, sua forma de subsistência era catar
definitivamente para Sacramento. Nessa papéis e outros materiais para reciclar.
cidade, a escritora e sua mãe ficaram presas
durante alguns dias. Como Carolina sabia
ler, as autoridades concluíram que ela lia
para fazer feitiçaria.
Em meio a toda essa difícil realidade, havia os livros.
Carolina Maria de Jesus era apaixonada pela leitura. A
escrita literária, portanto, foi uma consequência. Assim,
em 1950, publicou um poema em homenagem a Getúlio
Vargas, no jornal O Defensor. Em 1958, o jornalista
Audálio Dantas (1929-2018) conheceu a autora e
descobriu que ela possuía diversos cadernos (diários) em
que dava seu testemunho sobre a realidade da favela.
Foi ele quem ajudou a escritora a publicar seu primeiro
livro — Quarto de despejo: diário de uma favelada.
Assim, em 1960, o livro foi publicado e transformou-se
em um sucesso de vendas. Nesse mesmo ano, a autora
recebeu homenagens da Academia Paulista de Letras e
da Academia de Letras da Faculdade de Direito de São
Paulo, além de receber um título honorífico da Orden
Caballero del Tornillo, na Argentina, em 1961. Em 1977,
no dia 13 de fevereiro, Carolina Maria de Jesus morreu
em Parelheiros, distrito da cidade de São Paulo
Principais
Obras
Seus principais livros são: