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Autoras Mineiras

Carolina Maria de Jesus


Ela  foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais
relevantes para a literatura nacional. Negra, catadora de papel e favelada. Carolina Maria de
Jesus foi uma escritora mineira nascida em 14 de março de 1914. Apesar de ter apenas dois
anos de estudo formal, tornou-se escritora e ficou nacionalmente conhecida em 1960, com a
publicação de seu livro Quarto de despejo: diário de uma favelada, no qual relatou o seu dia a
dia na favela do Canindé, na cidade de São Paulo. Morreu em 13 de fevereiro de 1977. Hoje é
considerada uma das mais importantes escritoras negras da literatura brasileira.

O seu livro Quarto de despejo traz as memórias de uma mulher negra e favelada (como diz o
subtítulo) que via a escrita como forma de sair da invisibilidade social em que se encontrava.
Com seus diários, suas memórias registradas por meio da escrita, Carolina Maria de Jesus deu
sentido à sua própria história e hoje é"

A escrita para Carolina Maria de Jesus funciona principalmente como  possibilidade de


ascensão social. É através da publicação dos seus livros que ela visualiza a possibilidade de
sair do “quarto de despejo” e passar a viver em uma casa de alvenaria, fato que só acontece
com a publicação de seu segundo livro.

Principais obras
Quarto de despejo (1960);
Casa de alvenaria (1961);
Diário de Bitita (1986);
Meu estranho diário (1996).

Ana Maria Gonçalves

“Meu livro foi minha busca também, por construir

uma identidade de uma história que me foi negada,

a história dos negros no Brasil”

Ana Maria Gonçalves nasceu em Ibiá, no estado de Minas Gerais, em 1970. Começou a
escrever contos e poemas desde a adolescência, sem chegar a publicar. A paixão pela leitura
nasceu durante a infância, e desde criança lia jornais, revistas e livros.

Trabalhou como publicitária em São Paulo, mas abandonou a profissão em 2002 para morar


em Itaparica e escrever seu primeiro livro, Ao lado e à margem do que sentes por mim. O
romance foi lançado de forma independente em 2002, e vendeu praticamente toda a edição
de mil exemplares através da divulgação pela internet.

A autora trabalhou durante 5 anos para escrever seu segundo romance, Um defeito de
cor, dos quais a autora utilizou dois anos para uma pesquisa rigorosa, um ano para escrita e
mais dois anos para reescrita, sendo lançado em 2006, pela editora Record. A obra
conquistou o Prêmio Casa de las Américas na categoria literatura brasileira, em 2007, sendo
considerado por Millôr Fernandes o livro mais importante da literatura brasileira do século
XXI. A obra, inspirada na vida de Luísa Mahin, celebrada heroína da Revolta dos Malês, conta
a trajetória de uma menina nascida no Reino do Daomé e capturada como escrava aos 8 anos
de idade, até a sua volta à terra natal como mulher livre. Em 2017, o livro já havia vendido
cerca de 16 mil exemplares.

Em 2015, foi anunciado a adaptação do livro Um defeito de cor para uma série televisiva, com
previsão para lançamento no ano de 2021
Em dezembro de 2016, Ana Maria Gonçalves se tornou colunista de assuntos raciais, culturais
e políticos do jornal The Intercept Brasil

Obras
2002 - Ao lado e à margem do que sentes por mim
2006 - Um defeito de cor

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