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FUNARI, R. S.. O Egito Antigo no espelho da modernidade brasileira.

In:
Glaydson José da Silva; Renata Senna Garraffoni, Pedro Paulo Funari; Rafael
Rufino. (Org.). Antiguidade como Presença. Antigos, modernos e os usos do
passado.. 1ed.Curitiba: Prismas, 2017, v. 1, p. 225-242.

O Egito Antigo no espelho da modernidade brasileira

Raquel dos Santos Funari1

Introdução: o fascínio do Egito antigo

O interesse pelo Egito antigo é secular (Bakos 2004). Já os antigos gregos e


romanos se fascinavam com o Egito, sua antiguidade, seus mistérios e coisas estranhas
(Funari 2008; Humbert 1994; 1996; Ucko 2003). Heródoto de Halicarnasso (484-425
a.C.) marcou bem essa admiração, ao dedicar todo o livro segundo da sua monumental
obra histórica àquela civilização (Vidal-Manzanares 1993). Os romanos levaram a
mania pelo Egito a novos níveis, com a incorporação de motivos egípcios à sua arte,
como atestam, também, a Pirâmide de Caio Céstio (12 a.C.), em Roma, e a expansão
dos cultos a divindades nilóticas, como Ísis e Osíris (Silioti 2007ª). Na modernidade, o
Egito apareceu tanto nas artes, como na religião e na sociabilidade – maçonaria e
espiritismo destacam-se -, tendo a expedição de Napoleão (1798-1801) marcado
importante ênfase na criação da Egiptologia e na expansão da egiptomania (Silioti
2007b). Os meios de comunicação modernos viriam a multiplicar e amplificar essas
tendências (Fazzini 1996). Desde o início do cinema, temas egípcios estiveram
presentes com destaque e alguns dos maiores êxitos cinematográficos de bilheteria
tiveram essa civilização por tema, como Cleópatra e, mais recentemente, O Príncipe do

1
Licenciada em História, Mestre e Doutora em História pela Unicamp, pesquisadora colaboradora em
pós-doutoramento no Departamento de História da Unicamp.
Egito. Na televisão, pululam documentários e ficções ambientadas no Nilo antigo. Nas
revistas de divulgação, essa presença é marcante em todo o Ocidente (Vercouter 2002).

Também o Brasil foi afetado por esse movimento, o que pode causar certo
espanto, tendo em vista as distâncias históricas e espaciais e as diferenças culturais entre
o nosso país e a antiga civilização egípcia (Bakos 2003; Saballa 1998). Contudo, essa
ligação é profunda e variada. Desde o início da nação independente, com D. Pedro I
(1798-1834), objetos egípcios formaram parte do Museu Nacional do Rio de Janeiro
(Bakos 1996; Beltrão e Kitchens 1990) e D. Pedro II (1825-1891) não deixou de
valorizar essa antiga civilização (Bakos 1998; 2003). A monarquia brasileira foi,
diversas vezes, comparada pela imprensa da época, inclusive por meio de caricaturas,
aos faraós. A maçonaria também se inspirava naquela civilização. No século XX, a
presença egípcia esteve presente tanto por via do Kardecismo, como por uma presença
recorrente de obeliscos, pirâmides, esfinges e outros tantos referenciais aos antigos
egípcios. Há pouco, Alessandra Negrini estrelou o filme Cleópatra (1968), produção
nacional de Júlio Bressane sobre a rainha egípcia. A produção acadêmica sobre o Egito
tem crescido, também, desde a década de 1980 (Bakos 1993; Bracaglion 1993; Cardoso
1982; 1986 Funari 2006; 2010; Gralha 2005; 2009). Neste capítulo, busca-se explorar a
percepção masculina sobre o Egito antigo pela juventude brasileira, a partir de um
estudo de caso levado a cabo com os alunos de graduação da Unicamp (Funari 2004).

Usos do passado e identidades

Desde há algumas décadas, a historiografia tem mostrado como os usos do


passado são balizadores das interpretações historiográficas (Arnold 2000; Bernal 1996;
2005; Campagno 2006; Hamilton 2003; Hingley 2008; Jenkins 1999; Munslow 1997).
No Brasil, em particular, a preocupação com a criação de representações modernas
sobre a Antiguidade tem sido crescente, a partir de diversos pontos de vista (Silva
2007). Em particular, tem-se mostrado como as imagens populares sobre a Antiguidade
conformam a própria historiografia e constituem, portanto, um objeto de estudo de
particular relevância . Os livros didáticos, com suas narrativas escritas e imagéticas,
têm se mostrado formadores das interpretações dos estudiosos, assim como os filmes e
outras produções populares (Ferro 1993). Neste aspecto, não se pode separar a
historiografia das percepções ordinárias do passado, em geral, e em particular no que se
refere ao mundo antigo.

Em seguida, a preocupação com as identidades sociais contemporâneas levou à


valorização das diferenças e particularidades (Castillos 1984; Meskell 1998; Meskell e
Joyce 2003; Shaw 2004). Um dos aspectos mais relevantes constituem as identidades de
gênero, em especial entre os jovens. Tem-se constatado diferenças entre homens e
mulheres nos seus olhares e, por isso, tem-se investido em pesquisas que enfatizem
essas especificidades. Essa abordagem de gênero busca apresentar aquilo que há de
original nas perspectivas de umas e outros. Neste capítulo, a atenção está voltada para o
olhar masculino e, de fato, este estudo dá seqüência a pesquisas anteriores sobre o tema
(Funari 2004; 2006; 2008), desta vez com uma observação sobre alunos de graduação.
Um dos tópicos mais recorrentes na disciplina ministrada pela docente referiu-se às
visões modernas sobre a Antiguidade e um dos temas analisados foi a percepção da
civilização egípcia e seu fascínio (Steer 2009).

Apresentamos, neste capítulo, os resultados de uma pesquisa de campo com alunos,


do sexo masculino 2, e comentamos, de forma breve e inicial, os seus resultados. As
discussões epistemológicas recentes, no âmbito da historiografia, têm ressaltado as
relações entre o presente e o passado, na medida em que as percepções contemporâneas
moldam o conhecimento do passado (cf.
http://www.usosdopassado.ufpr.br/apresentacao.html; Garraffoni 2008). Essas imagens
do passado formam-se pelos meios de comunicação e pela educação formal e informal e
influenciam como o público em geral e os historiadores, em particular, compreendem as
épocas pretéritas. O caso da civilização egípcia, objeto dos mais populares (cf. Funari
2010), permite observar essa relação entre Antiguidade e Modernidade de forma clara,
como veremos.

2
Os resultados referentes às alunas serão estudados em outro paper, tendo em vista as restrições de
tamanho deste artigo, assim como a comparação dos dados.
1. Interesse: Você se interessa pela civilização egípcia?

Respostas Divergentes:

Dentre a categoria denominada “Um pouco”, foram inseridas respostas consideradas


semelhantes, dentre as quais:

“ – Sim, razoavelmente.”

“ – Um pouco.”

“ – Moderadamente, sim.”

2. Vocabulário: escreva três palavras que, para você, classificam a civilização


egípcia.
3. Mídia impressa: você costuma ler notícias sobre o Egito Antigo? Descreva as
publicações nas quais você costuma ler noticias sobre a civilização egípcia.
Registre, abaixo, que temas você leu ou estudou ou estudou sobre o Egito
Antigo.
Entre os meios de comunicação citados, encontram-se as revistas Galileu, Super
Interessante e Aventura Na história, telejornais (matérias sobre o assunto Egito Antigo),
manuais de história e arqueologia egípcia, além de fontes da internet. Destaca-se o uso
também, juntamente com os manuais acadêmicos, de documentação, o que ocorre
graças ao ambiente onde ocorre a pesquisa, o curso de graduação em História. Entre os
temais mais relacionados de leitura, estão descobertas de novas áreas arqueológicas
como tumbas, pirâmide, entre outros. Um assunto de grande interesse do público
masculino foi a legitimação do poder no período de Ptolomeu e a mitologia em geral.
Dentre as respostas, chama atenção, ao ser questionado sobre assuntos dos quais
costuma ver, o entrevistado respondeu ser o canal “National Geographic”, revelando
que o a mídia tem televisiva tem uma grande influencia no público masculino. Quanto
às matérias estudadas em sala de aula, estão questões relacionadas à escravidão, às
relações sociais, homossexualidade, mulheres, questões religiosas como os deuses
antigos, sendo este um dos pontos que chamou a atenção, por se relacionar com
questões geopolíticas, o que pode indicar um avanço no conhecimento do atual Egito.
4. Filmes: você já assistiu a algum filme que mostre alguma cena ou fato
relacionado À civilização egípcia? Quais filmes? O que mais lhe
interessou?

Dentre os aspectos que mais chamaram atenção dos entrevistados estão os


modos como o Egito é representado no filme, no que se refere à cultura, a origem e
construção os objetos arquitetônicos e sua grandiosidade, além do fator mitológico,
outro aspecto que foi bastante citado pelos entrevistados.
5. Imagens do Egito antigo: ao falar sobre o Egito, que imagens você associa a essa
civilização?

Para alguns itens citados, cabe uma melhor explicação:

- “Deuses”: o termo foi utilizado para definir outros como “As representações dos
deuses”, “Deuses”, “Deuses mitológicos” e “Deuses Antropozoomórficos”.

- “Esfinges”: O termo também foi referenciado por “Esfinge de Gizé”.


6. Turismo: você gostaria de visitar o Egito? O que lhe interessaria visitar o
Egito?
7. Enigma: que enigmas da civilização egípcia chama sua atenção?
Ao se tratar de enigmas, cada aluno apresentou sua visão, mas que em geral,
converge com a dos outros. Um exemplo são os enigmas relacionados às pirâmides. A
maioria referiu-se na pesquisa a forma como foram construídas (levando-se em conta o
avanço tecnológico para o momento), ou suas formas arquitetônicas. Quanto a “tumbas”
e “sarcófagos”, os entrevistados relacionam ao mistério que estes trazem, ao estarem
quase sempre, escondidos.
8. Animais egípcios: que animais você associa ao Egito?

9. Egito atual: que informações você tem sobre o Egito atual?


A maioria do público masculino não respondeu ou não soube informar
qualquer assunto a respeito do Egito Atual. O item “religião” compreende as
respostas que mencionavam o islamismo como religião de maior abrangência no
país.

10. Egiptomania: que nomes de pessoas do Egito Antigo você conhece? Por que
razões você acha que muitas pessoas no Brasil são fascinadas pela
civilização egípcia?
11. Enigmas: que enigmas sobre a civilização egípcia você gostaria de decifrar?

Novamente, assim como na pergunta sete, os detalhes das pirâmides, ou


arquitetura, referem-se à forma como se deu a construção com tal nível técnico,
considerado avançado para a época. Observa-se um elevado número de respostas
como “Não sabe/Não Respondeu”. Tal fator pode dever-se ao desconhecimento
de enigmas em específico, levando a pessoa a não opinar.

Conclusão

O interesse pelo Egito Antigo é majoritário entre os entrevistados, com


predomínio, entre os homens, de símbolos associados ao poder, como as
pirâmides e que, para alguns, poderia até mesmo apresentar conotações fálicas.
Isso não parece ser casual. Ao contrário, reflete a expectativa masculina de
comando social, refletida na vida social, em geral, e escolar em particular. De
fato, embora a maioria dos professores sejam mulheres, em todos os níveis de
ensino, os cargos diretivos educacionais estão, de maneira muito majoritária, em
mãos de homens. Isso significa que há uma percepção muito difundida no
sentido de que os homens se relacionam ao poder (Foucault 1984; 1991). Isso
acaba por estar refletido neste estudo.

Em seguida, aparecem os aspectos religiosos da civilização egípcia. O


Egito atual, embora não seja bem conhecido, chama atenção também pela
religiosidade. Isso pode estar em relação com as conotações misteriosas e
religiosas da maçonaria e do espiritismo, aspectos tão marcantes da presença
egípcia antiga no Brasil. Dentre as personalidades egípcias antigas, a mais
popular continua na ser Cleópatra, seguida de Nefertiti, o que, claro, remete à
beleza feminina associada às duas rainhas. Também nestes casos, talvez se possa
ver um olhar masculino atento à beleza, mas de forma muito particular e mesmo
contraditória, pois são rainhas, poderosas por definição. Em que medida o
fascínio masculino por mulheres dominadoras pode estar em jogo aqui não se
pode dizer, mas não deixa de ser algo sugestivo.

Por fim, as fontes de informações não convencionais são as mais


marcantes, por meio do cinema. Podemos concluir, desta breve análise, que os
jovens têm informações sobre o Egito por meio dos meios de comunicação e
continuam fascinados por aspectos ligados ao poder, à religiosidade e à beleza
feminina. Não é à toa, portanto, o predomínio, nos livros didáticos, na mídia e na
sociedade em geral, das imagens do Egito ligadas a pirâmides e às grandes
beldades do mundo antigo. O Egito atual, não fosse pelas revoltas populares que
abalaram o país desde 2011, passaria quase despercebido. O Egito antigo,
contudo, não pode ser desvencilhado das imagens atuais produzidas sobre aquele
distante passado.

Agradecimentos

Este capítulo é o resultado de uma atividade de pesquisa de pós-doutoramento


no Departamento de História da Unicamp, a respeito do ensino de História, no
segundo semestre de 2010 e resulta, de forma mais direta, de disciplina
ministrada no curso de graduação em História da Unicamp e contou com o apoio
de diversos alunos, em particular, Matheus Silveira: sou muito grata a ele e aos
demais graduandos. Agradeço, ainda, os seguintes colegas: Margaret Bakos,
Renata Senna Garraffoni, Júlio César Gralha, Richard Hingley, Lynn Meskell e
Glaydson José da Silva. Menciono, ainda, o apoio institucional do
Departamento de História da Unicamp. A responsabilidade pelo artigo e suas
idéias, contudo, restringe-se à autora.

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