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In:
Glaydson José da Silva; Renata Senna Garraffoni, Pedro Paulo Funari; Rafael
Rufino. (Org.). Antiguidade como Presença. Antigos, modernos e os usos do
passado.. 1ed.Curitiba: Prismas, 2017, v. 1, p. 225-242.
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Licenciada em História, Mestre e Doutora em História pela Unicamp, pesquisadora colaboradora em
pós-doutoramento no Departamento de História da Unicamp.
Egito. Na televisão, pululam documentários e ficções ambientadas no Nilo antigo. Nas
revistas de divulgação, essa presença é marcante em todo o Ocidente (Vercouter 2002).
Também o Brasil foi afetado por esse movimento, o que pode causar certo
espanto, tendo em vista as distâncias históricas e espaciais e as diferenças culturais entre
o nosso país e a antiga civilização egípcia (Bakos 2003; Saballa 1998). Contudo, essa
ligação é profunda e variada. Desde o início da nação independente, com D. Pedro I
(1798-1834), objetos egípcios formaram parte do Museu Nacional do Rio de Janeiro
(Bakos 1996; Beltrão e Kitchens 1990) e D. Pedro II (1825-1891) não deixou de
valorizar essa antiga civilização (Bakos 1998; 2003). A monarquia brasileira foi,
diversas vezes, comparada pela imprensa da época, inclusive por meio de caricaturas,
aos faraós. A maçonaria também se inspirava naquela civilização. No século XX, a
presença egípcia esteve presente tanto por via do Kardecismo, como por uma presença
recorrente de obeliscos, pirâmides, esfinges e outros tantos referenciais aos antigos
egípcios. Há pouco, Alessandra Negrini estrelou o filme Cleópatra (1968), produção
nacional de Júlio Bressane sobre a rainha egípcia. A produção acadêmica sobre o Egito
tem crescido, também, desde a década de 1980 (Bakos 1993; Bracaglion 1993; Cardoso
1982; 1986 Funari 2006; 2010; Gralha 2005; 2009). Neste capítulo, busca-se explorar a
percepção masculina sobre o Egito antigo pela juventude brasileira, a partir de um
estudo de caso levado a cabo com os alunos de graduação da Unicamp (Funari 2004).
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Os resultados referentes às alunas serão estudados em outro paper, tendo em vista as restrições de
tamanho deste artigo, assim como a comparação dos dados.
1. Interesse: Você se interessa pela civilização egípcia?
Respostas Divergentes:
“ – Sim, razoavelmente.”
“ – Um pouco.”
“ – Moderadamente, sim.”
- “Deuses”: o termo foi utilizado para definir outros como “As representações dos
deuses”, “Deuses”, “Deuses mitológicos” e “Deuses Antropozoomórficos”.
10. Egiptomania: que nomes de pessoas do Egito Antigo você conhece? Por que
razões você acha que muitas pessoas no Brasil são fascinadas pela
civilização egípcia?
11. Enigmas: que enigmas sobre a civilização egípcia você gostaria de decifrar?
Conclusão
Agradecimentos
Referências