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Apresentação da Disciplina
Caro amigo (a), tudo bem!!!
Gostaria de desejar-lhe boas vindas à disciplina de Historiografia. Vamos procurar
dar aos nossos estudos toda dinâmica e interatividade necessárias ao bom
conhecimento que nos espera.
Para cumprir as finalidades desta disciplina, organizamos nossos estudos em sete
unidades.
Na primeira unidade, apresentamos conceitos fundamentais sobre o significado
do termo História. Nela, verificaremos a importância da preservação da memória,
para a compreensão das sociedades em seus diferentes períodos.
Após a compreensão desses fundamentos, o propósito da unidade dois será
propiciar conhecimentos a respeito do Iluminismo e sobre a escola positivista.
Para tanto, estudaremos o pensamento histórico dos movimentos que
PROGRAMA DA DISCIPLINA
Objetivos
Os alunos da disciplina de Historiografia do curso de Licenciatura em História, na
modalidade EAD da UNAR, serão capazes de articular os diversos mecanismos de
escrita e produção histórica construídas ao longo dos tempos, destacando-se a
Conteúdo
1. A escrita da História: da Antiguidade Clássica ao Renascimento.
2. O iluminismo e a escola positivista de Comte.
3. O materialismo histórico e dialético de Marx/Engels
4. A escola dos Annales e as gerações iniciais.
5. A terceira geração dos Annales.
6. As novas tendências historiográficas e a crise de paradigmas
7. A historiografia brasileira
Metodologia
Disciplina oferecida na modalidade a distância (EAD). Incentiva-se a formação de
grupos de estudo autônomos, orientados pelo professor.
Avaliação
No sistema EAD, a legislação determina que haja avaliação presencial, sem,
entretanto, se caracterizar como a única forma possível e recomendada. Na
avaliação presencial, todos os alunos estão na mesma condição, em horário e
espaço pré-determinados, diferentemente, a avaliação a distância permite que o
aluno realize as atividades avaliativas no seu tempo, respeitando-se, obviamente,
a necessidade de estabelecimento de prazos.
A avaliação terá caráter processual e, portanto, contínuo, sendo os seguintes
instrumentos utilizados para a verificação da aprendizagem:
Bibliografia Básica
BURKE, Peter. A Escola dos Annales. São Paulo: UNESP, 1997.
CARDOSO, Ciro Flamarion e VAINFAS, Ronaldo. Domínios da história. Rio de
Janeiro: Campus, 1997.
CARDOSO, Ciro Flamarion e PEREZ-BRIGNOLI, Hector. Os Métodos da história. 6ª
ed. Rio de Janeiro: Graal, 2002.
Bibliografia Complementar
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o Ofício do Historiador. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2001.
BURKE, Peter. A escola dos Annales - 1929-1989. A revolução francesa da
historiografia. São Paulo: UNESP, 1997.
CARR, Hallet Edward. O que é História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
CERTEAU, Michel. A Escrita da história. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
FERRO, Marc. A manipulação da História no ensino e nos meios de comunicação.
São Paulo: Ibrasa, 1983.
LE GOFF, Jacques. A história nova. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SODRÉ, Nelson Werneck. Síntese de História da Cultura Brasileira. São Paulo:
Bertrand do Brasil.
UNIDADE 01 - HISTORIOGRAFIA ATRAVÉS DOS TEMPOS: ANTIGA,
MEDIEVAL E RENASCIMENTO
indoeuropeia "wid", cujo significado é saber. Cumpre -nos questionar: que tipo de
seja qual for. Ela busca sempre o sentido de sua existência por meio da memória.
ESTUDANDO E REFLETINDO
do destino, mas sim, da ação consciente e dos interesses do Homem. Além disso,
demonstra grande apego ao relato cronológico dos fatos e a narrativa isenta de
paixões. Seu texto também evidencia influências sofísticas.
Polibio (200-120 a.C.), outro grego, é quem terá em mãos a tarefa de
procurar renovar a tradição histórica romana. Elabora, no período da grande
expansão romana, toda a dimensão de sua formação, tendo em vista
compreender o universo das razões que levaram Roma a ser capital de um vasto
Império. Demonstra clara preocupação em explicar as motivações políticas e
sociais que promoveram a grandeza do império romano e explicita o papel das
instituições romanas nesse processo.
Na sua obra, fica marcada a preocupação com a análise metódica das
informações bem como sobre os locais em que os fatos aconteceram. Revela-se
inovador para sua época, ao destacar a relevância dos aspectos geográficos para
o acontecimento dos fatos.
Após Polibio, Tácito trará uma história com estilo próprio; Suetonio, pela
forma como sustenta as narrativas; Tito Lívio, pela amplidão de conhecimentos
que abarca seu mundo; por fim, Salustio e a forma de escrita e narrativa que
propõe em toda sua configuração.
BUSCANDO CONHECIMENTO
O Renascimento e o humanismo
Na época do renascimento, os historiadores manifestam desprezo à
tradição historiográfica medieval. Agora, passam basicamente a tomar a
antiguidade clássica como modelo e seu estilo e forma literária. Não sentiam afeto
pelos cronistas medievais, retomando a antiguidade. Para os homens dessa época,
a escrita podia ser em latim ou no próprio idioma. Alguns historiadores da época
foram Nicolau Maquiavel (1469-1527), com uma belíssima obra intitulada História
de Florença (1532) e o português, João de Barros (1497-1562), na obra Décadas da
Ásia.
compreensão da história). Uma obra erudita que busca retirar a história do meio
eclesiástico.
Agora que você já teve uma breve ideia sobre o assunto que tal ler alguns
textos, em que se pode mostrar um pouco mais a respeito de tal temática?
TEXTO 1
Tucídides: História da Guerra do Peloponeso 1.4 e 1.8.2 (a.C. 400.)
Lucros da guerra: os atenienses e a tomada de Hicara (verão de 415 a.C.)
Costeando a Sicília pela esquerda do lado que esta voltado para o golfo Tirreno,
os atenienses arribaram em Himera, única cidade grega situada nesta parte da
Sicília, como ai não foram acolhidos , retomaram a sua rota ao longo da costa , e ,
de passagem, apoderaram-se de Hicara, pequena praça forte costeira ( inimiga de
Segesta, se bem que sicana). Após terem reduzido os homens a escravatura,
entregaram a cidade as gentes de segesta ( a sua cavalaria estava presente
quando da operação). Eles próprios tornaram então a partir, atravessando a sua
infantaria a regiao dos Siculos ate chegar a Catania, enquanto que a frota,
escoltando os prisioneiros, contornava a ilha. Quanto a Nicias, alcançara
diretamente segesta por mar e, daí, após ter regulado diversos negócios e
arrecadado os trinta talentos trinha-se juntado a armada. Venderam-se os
prisioneiros, o que deu cento e vinte talentos.
TEXTO 2
Esta é a quadra Mostrando do Inquérito de Heródoto de Halicarnasso, a fim de
que nem os atos dos homens pode ser esquecido por lapso de tempo, nem as
grandes obras e maravilhoso, que tenham sido produzidos alguns por gregos e
alguns pelos bárbaros, pode perder a sua reputação, e especialmente que as
causas podem ser recordados para que estes fizeram guerra uns com os outros
1 Aqueles dos persas que tenham conhecimento da história declarar que
os fenícios começaram a brigar. Estes, dizem, veio aquele que é chamado de Mar
Erythraian a este nosso, e tendo estabeleodo na terra onde continuam até hoje a
habitar, definir-se imediatamente para fazer longas viagens por mar. E transporte
de mercadorias do Egito e da Assíria, que chegaram em outros lugares e também
em Argos, agora Argos foi naquela época em todos os pontos, o primeiro dos
Estados-nos que a terra que é agora chamado Hei/as, - os fenícios chegaram
então a essa terra de Argos, e começou a se desfazer da carga do seu navio, e no
quinto ou sexto, depois de terem chegado, quando os seus bens foram quase
todos vendidos, desceu para o mar uma grande companhia de mulheres, e entre
eles a filha do rei, e seu nome, como os helenos também concordo, foi lo, filha de
lnachos. Estes perto da popa do navio foram a compra da mercadoria, tais como
os mais satisfeitos, quando, de repente, os fenícios, passando a palavra de um
para outro, fez uma corrida sobre eles, e a maior parte das mulheres escaparam
por vôo, mas lo e alguns outros foram levados. Então eles pô-los a bordo do
navio, e imediatamente partiu, navegando para o Egito.
Heródoto. A História, de Heródoto. Livro 11 Primeiro Livro de História chamado
Clio.
FONTE: http://filosofialimite.blogspot.com/2010_12_01_archive.html
ESTUDANDO E REFLETINDO
Os Iluministas
Falar do Iluminismo implica falar de razão, de entendimento, do
movimento filosófico das luzes, em que o pensamento histórico do século XVIII se
instalou. A importância da historiografia feita pelos filósofos desse período se
abastece da palavra dúvida, o que acarreta uma eminente renovação no processo
de escrita da história.
Os filósofos da época buscavam claras respostas a respeito das
indagações sobre política, filosofia, sociedade e, em nosso caso, sobre a história
das civilizações e suas origens.
Podemos iniciar com Montesquieu (1689-1755). Em uma de suas obras de
maior expoente "Do Espírito das Leis" (1748) o filó sofo pesquisa fontes escritas dos
A História Romântica
Outra geração a fazer da historiografia um instrumento importante para a
memória do período foram os historiadores franceses: Barante, Sismondi, Guizot,
Thierry, Michaud, Michelet. Eram supostos historiadores, sem formação, mas
pretensiosos em estabelecer um novo método histórico. Era algo bem europeu
da época, num período onde o Imperialismo se fazia presente entre as nações
industrializadas, o nacionalismo ser o carro chefe dos discursos políticos. Um dos
pontos essenciais nessa historiografia do século XIX é a valorização dos
documentos. O olhar que começam a ter volta-se para o povo e, desse fato,
decorre a adoção de uma posição firme no tocante à historiografia.
imparcial, isento, sem vida e que não recebe nenhuma influência de seu ambiente
sócio-político-cultural.
Na verdade, acredita-se que, se os historiadores adotassem uma atitude de
distanciamento de seu objeto, sem manter relações de interdependência,
obteriam um conhecimento histórico objetivo, um reflexo fiel dos fatos do
passado, puro de toda distorção subjetiva. O historiador, para os alemães, narra
fatos realmente acontecidos e tal como eles se passaram. Os fatos "narráveis"
eram os eventos políticos, administrativos, diplomáticos, religiosos, considerados o
centro do processo histórico, dos quais todas as outras atividades eram derivadas,
em seu caráter factual: eventos únicos e irrepetíveis. O passado, desvinculado do
presente, era a "área do historiador".
Uma das primeiras publicações dos alemães foi em 1824 com a
BUSCANDO CONHECIMENTO
Texto 1
FUSTEL DE COULANGES
1- Crenças sobre a alma e sobre a morte.
Até o apagar das luzes da história da Grécia e de Roma, presenciamos a
permanência entre os homens do povo de certo conjunto de pensamentos e de
hábitos, com certeza, oriundos de época muito remota, mas no qual já se pode
reconhecer o ideário original concebido pelo homem relativo a sua própria
natureza, a sua alma , e sobre o mistério da morte. Ate onde nos e dado remontar
na história da raça indo-européia, de onde se originaram as populações gregas e
italianas, observamos que esta jamais acreditou que, depois desta curta existência,
tudo terminasse com a morte do homem.
2-.A fratria e a cúria; a tribo.
Na história das sociedades antigas as épocas são melhor definidas pelo
encadeamento das idéias e das instituições que pela sucessão dos anos. O estudo
das antigas regras do direito privado faz-nos entrever, para alem dos tempos
chamados históricos, um período de séculos o qual a família foi a única forma de
sociedade existente. Esta família podia então conter, no seu extenso quadro,
vários milhares de seres humanos. Dentro de tais limites porem, a sociedade
humana aparece ainda bastante acanhada: muito limitada quanto as necessidades
matérias, porque seria difícil a esta família ser auto-suficiente diante de todos os
acasos da vida....
Esse grande movimento foi o mais amplo que a Revolução apresentou após 14 de
julho. O de outubro foi, quase tanto quanto o outro, unânime, no sentido de que
aqueles que dele não participaram desejaram-lhe sucesso , e todos se alegraram
de que o rei estivesse em Paris. Não devemos procurar aqui a ação dos partidos.
Eles agiram, mas fizeram muito pouco. A causa real, certa, para as mulheres, para
a multidão mais miserável, foi uma só, a fome. Tendo desmontado um cavaleiro,
em Versalhes, mataram o cavalo e comeram-no quase cru. Para a maior parte dos
homens, povo ou guardas nacionais, a causa do movimento foi a honra, o ultraje
feito pela corte ao emblema parisiense, adotado pela Franca inteira como símbolo
da revolução, teriam os homens marchado sobre Versalhes, se as mulheres não os
tivessem precedido? Isso e duvidoso. Ninguém antes delas teve a idéia de ir
buscar o rei. O Palais-Royal, a 30 de agosto, partiu com Saint-Huruge, mas era
para levar queixas, ameaças a assembléia, que discutia o veto. Aqui, só povo tem
a iniciativa; sozinho, vai tomar o rei, como sozinho tomara a bastilha.
Fonte: http://www.marxists.org/archive/marx/photo/art/index.htm
ESTUDANDO E REFLETINDO
O Materialismo Histórico
O século XIX traz, ainda, no seu bojo, o materialismo histórico, traduzido,
sobretudo, pelos escritos de Marx e Engels, cujos escritos datam dos anos
quarenta do século XIX. Uma das grandes vertentes da crítica à produção
historiográfica ocorreu, no século XIX, num intuito declarado de repúdio a história
política feita até o momento. A partir daí, uma nova vertente de análise passou a
existir, pondo o econômico como elemento principal e basicamente determinante
de todo processo de relações de produção. Eis o ponto básico, para se
compreender toda a dimensão das relações humanas no interior de uma
sociedade, sobre a qual a historiografia debruça-se claramente.
No livro Ideologia Alemã (1845-46), Marx e Engels destacaram que a
história deveria ser marcada, essencialmente, pela dimensão histórica. Marx deu
ensejo a uma "Teoria Geral das Sociedades em Movimento." Um dos pontos
principais de sua análise concentra-se num processo histórico e que busca o
Os Modos de Produção
Buscando entender mais a teoria de Karl Marx, a questão dos modos de
produção assumem um pressuposto histórico muito importante, em que a
História dos homens será feita, agora, por meio de seis modos de produção
estabelecidos que são: comunista primitivo, asiático, feudal, capitalista, socialista e
comunista. Marx, aluno do filósofo Hegel, toma sua teoria da Tese-Antítese-
Síntese, apropria-se dela e defende que o mundo real, cotidiano é o chamado
"motor da história
li
Mas o que seria essa teoria em termos práticos? Nada menos que uma
r elação de forças produtivas e as relações das mesmas, conduzindo a uma "luta
de classes". Nessa relação dialética que se vê entre as chamadas f orças
BUSCANDO CONHECIMENTO
O Historiador e o marxismo
O historiador, para o marxismo, é aquele que passa a ser o sujeito e
objeto da história e também está no interior da história. Os fatos, agora, voltam-
se mais para o social, focalizando os acontecimentos políticos, econômicos e
também sociais.
O Materialismo Histórico, como Marx o concebe, entende a História como
uma Ciência, que é possuidora do Método Dialético. Nele, conhece-se a condição
da contradição para procurar romper com a estrutura já feita.
Atualmente, a historiografia marxista exerce uma influência muito grande
em quase todo planeta. Em muitos lugares, vários historiadores propuseram-se a
escrever uma história de cunho marxista. As duas vertentes que mais se descaram
em nível mundial foram a francesa e inglesa.
Na Inglaterra, grandes historiadores como Maurice Dobb, Christopher Hill,
Eric Hobsbawn, Paul Thompson entre outros mais; já, na França, onde os
estudiosos se debruçam mais a respeito estão Ernest Labrousse, Pierre Vilar,
Jaques Lefebvre. No Brasil, há alguns principais como Caio Prado Jr, Jacob
Gorender, Boris Fausto, Edgar De Decca, Daniel Aarão Reis Filho e muitos outros.
Agora que você já teve uma ideia sobre o assunto, que tal ler alguns textos
sobre a temática enfocada?
TEXTO 1
http://www.nodo50.org/cubasigloXXI/congreso04/boito_060404.pdf (25/09/2009,
14h10min)
http://www.unicamp.br/cemarx/ANAIS%20IV%20COLOQUIO/comunica%E7%F5es
/GT2/gt2m5c7.pdf (25/09/2009, 14h13min)
http://www.marxists.org/portugues/luxemburgo/1903/03/14.htm (25/09/2009,
14h13min)
UNIDADE 04 - A ESCOLA DOS ANNALES E AS GERAÇÕES INICIAIS
Eioaudi
Fonte: http://www.pianetalibri.com/capitalismo-e-civilta-materiale.html
ESTUDANDO E REFLETINDO
duração". A sua atenção se detém para uma história que não seja basicamente
política, mas com viés econômico, geográfico, sociológico, psicológico. O intuito
dos Annales centra-se em ligar fortemente a história a outras ciências. É com esse
objetivo e a nova tendência que uma nova historiografia surge ( nauvelle histaire).
Ela associa-se á École des Annales e a Revista Annales: ecónamies, sacietés,
civ11isatians. A Nauvelle Histaire pode ser definida como uma posição de análise
das estruturas. Podemos entender uma nova historiografia que não se
particulariza agora no efeito data, mas nos aspectos que tangem toda forma de
estrutura.
Um dos filhos da geração dos Annales é Fernand Braudel, com quem se
inaugura a segunda fase. Para esse historiador, dentro do mundo dos Annales
inscreve-se a "História de Longa Duração". Mas como podemos definir melhor
isso, entender essa "longa duração"? Para Braudel, a história particulariza -se pelo
BUSCANDO CONHECIMENTO
TEXTO 1
Já foi sugerido que a expansão do campo do historiador implica o repensar da
explicação histórica,uma vez que as tendências culturais e sociais não podem se
analisadas da mesma maneira que os acontecimentos políticos. Elas requerem
mais explicação estrutural. Quer gostem, que não, os historiadores estão tendo de
se preocupar com questões que por muito tempo interessam a sociólogos e a
outros cientistas sociais. Quem são os verdadeiros agentes na história, os
indivíduos ou os grupos? Será que eles podem resistir com sucesso as pressões
TEXTO 2
li
A volta mais importante e a da história política. Aqui também, embora a Escola
dos Annales tenha tido razão em combater uma história política superficial a
fatual de visão curta, uma história da política no sentido politiqueiro do termo, e
preciso construir uma história do político que seja uma história do poder sob
todos os seus aspectos, nem todos políticos, uma história que inclua notadamente
o simbólico e o imaginário."
http://www.klepsidra.net/klepsidra16/annales.htm
(20/09/2009, 14h10min)
http://www.primeiraversao.unir.br/artigo183.html
(20/09/2009, 14h13min)
http://www.webartigos.com/articles/10920/1/a-circulacao-da-implantacao-da-
escola-dos-annales/pagina1.html
(20/09/2009, 12h19min)
http://www.históriaehistória.com.br/materia.cfm?tb=professores&id=53
(19/09/2009, 22h10min)
UNIDADE 05 - A ESCOLA DOS ANNALES: A TERCEIRA GERAÇÃO E AS
NOVAS TENDÊNCIAS
Fonte:http://www.magnanimousportraits.com/innovators/122Michel%20Foucault .html
ESTUDANDO E REFLETINDO
As Novas Tendências
Um dos pioneiros dos novos olhares para a história, mesmo sendo
filósofo, é Michel de Foucault. Com ele, a pesquisa histórica tem uma nova
tendência em seu entendimento. Para ele, não se pode falar em tempo histórico
cronológico, num receituário positivista de linearidade, mas o que costuma ser
dito em seus escritos de descontinuidade. Mas o que seria isso? Podemos dizer
que a história, para Foucault, não é propriamente um ato básico de retorno, mas
de certa ruptura, fazendo-se ao longo do tempo.
Para Foucault, a pesquisa histórica se dá como representação, já que
levamos em conta o trabalho com as palavras. Uma função artesanal de trabalhar
a historicidade das palavras que se pautam no mundo, permeado das coisas e
seus pressupostos das práticas discursivas. Nelas estão os objetos que fazem
parte do mundo e ligados a um ou vários sujeitos. Enfim, uma nova historiografia
numa noção crítica da razão histórica. É isso que Foucault defende em seus
postulados, uma produção histórica do conhecimento, a partir da qual podemos
visualizar as representações discursivas de um passado e todo um uso que dele é
parte, hoje, de nosso convívio e o que fazemos dele.
BUSCANDO CONHECIMENTO
A Micro-História
paradigma indiciário que permite ler os rastros mudos, formando uma sequência
narrativa.
Agora é sua vez de ler alguns textos em que se podem mostrar um pouco
mais a respeito da temática abordada.
TEXTO 1
Fazer genealogia dos valores, da moral, do ascetismo, do conhecimento não será,
TEXTO 2
O historiador (...) deve insistir na própria importância da história, como um
elemento (...) ativo entre os que compõem uma ideologia pratica. Em larga
medida, a visão que uma sociedade formada e seu destino, o sentir do que ela
atribui, correta ou erradamente, a sua própria história intervém como uma das
armas mais poderosas das forcas de conservação ou de progresso, isso te, como
um dos sustentáculos, entre os mais decisivos de uma vontade salvaguardar o de
destruir um sistema de valores, como o freio ou o acelerador dos movimentos
que, de acordo com ritmos variáveis, conduz às representações mentais e os
comportamentos a se transformarem. (Duby, 1989, p.142)
Fonte: http://fabiopestanaramos.blogspot.com/2010/09/filosofias-da-historia-exposicao-e.html
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE
História Cultural
indeterminação.
A própria dimensão do cultural ganhou novos contornos: o modo de
expressão e de auto-elaboração de grupos sociais, no correr da história, tornou-se
problema de conflitos, de lutas, de possíveis não-equivalentes. A cultura passou a
ser vista como uma dimensão mais viva da prática humana diária. Assim, a história
cultural pôde ser geralmente redefinida, como um estudo dos processos e
práticas das quais se constrói um sentido e se forjam os significantes do mundo
social e mental. Além disso, a história cultural é
BUSCANDO CONHECIMENTO
realidade social é c onstruída, pensada, dada a ler" (1991, p.16/17), propõe uma
abordagem peculiar do campo social que tomaria forma pelo viés do cultural.
Dessa maneira, podemos nos inteirar que o cultural seria visto como o terreno de
união entre os diversos sistemas simbólicos de uma sociedade historicamente
identificada, cujos produtos e práticas sociais seriam encarados como sistemas de
signos, ou de representações, a partir dos quais se poderiam compreender tanto
os aspectos comunicacionais dos fatos tomados como objetos de atenção, no
sentido de repertórios culturais dominados e postos em funcionamento efetivo,
em graus variáveis, por formações sociais afins, quanto à formação dos aspectos
de dominação consensual histórica, simbolicamente construída e aceita como
verdadeira e, consequentemente, naturalizada.
A chave para podermos entender a cultura é estarmos dispostos a
como ser um pai ou uma filha, um juiz ou um santo, em uma determinada cultura.
Neste ponto, a história social e cultura parecem estar se dissolvendo uma na
outra. Alguns profissionais definem- se como "novos" historiadores culturais,
outros como historiador es "socioculturais". Seja como for, o impacto do
relativismo cultural sobre o escrito histórico parece inevitável
BURKE, P. Abertura: a nova história, seu passado e seu futuro. In: A escrita da
História Novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992, p.23-24.
FONTE: http://monitoriahistoriacsa.blogspot.com/2011/04/marquesa-imperatriz-
parte-1.html
ESTUDANDO E REFLETINDO
brasileiro.
Todavia, para os primeiros historiadores, ao contrário de seus pares na
Europa, a nação brasileira era constituída tanto pelo Estado como pela Nação.
Os historiadores europeus, em meio a inúmeras nações trans-nacionais,
disputas e guerras, muitas de cunho étnico, viam a necessidade de diferenciar a
noção de Estado e de Nação. Diferentemente, os historiadores brasileiros, ao não
diferenciarem os conceitos de Estado e Nação, colocavam a própria forma deste
Estado - monárquico - como uma particularidade da identidade da nação.
Na verdade, essa defesa da monarquia revela o temor causado pelas
repúblicas vizinhas, que se desfragmentava, em inúmeras repúblicas. Ao erigir a
memória da monarquia atrelada à própria memória da nação, qualquer outra
forma de governo era vista como o outro, representado muitas vezes pela figura
do não civilizado, que deveria ser evitado. Essa primeira perspectiva
historiográfica concebia a Nação brasileira como a portadora do processo
civilizatório no Novo mundo, o que também explica a exagerada ênfase nos
valores da cultura branca, na constituição do panteão de heróis nacionais e na
memória nacional que, então, começava a delinear-se.
A ideia de criar um Instituto Histórico que buscasse definir uma
identidade nacional, segundo Guimarães, partiu primeiramente da Sociedade
Auxiliadora da Indústria, SAIN, que buscava estabelecer uma ordem dentro do
território nacional, com vistas a buscar uma forma de viabilizar, efetivamente, a
gênese da identidade brasileira, para Guimarães, "a Nação, cujo retrato o instituto
se propõe traçar, deve, portanto, surgir como desdobramento nos trópicos, de
uma civilização branca e europeia.
A afirmação de uma influência francesa, na constituição do IHGB, foi
motivada, segundo Guimarães, pela necessidade do IGHB de atrelar-se a
instituições de pesquisa históricas francesas, em busca de uma legitimidade
metodológica. Afirma o autor que o lnstitut Historique de Paris fornecia os
parâmetros de trabalho historiográfico do IHGB. Além disso, a presença francesa
corroborava e legitimava a tese de que o Brasil e seus homens brancos teriam o
papel civilizador no Novo Mundo.
Além disso, o projeto de constituição de uma identidade nacional
permeava o temor das classes dirigentes brasileiras, em repetir, no Brasil, aquilo
que havia acontecido nas repúblicas vizinhas que se desmembraram em disputas
sangrentas. Os políticos, comprometidos com o processo de consolidação de uma
monarquia constitucional num Estado forte centralizado, concordavam que era
preciso criar na população laços efetivos que propiciasse coesão cultural suficiente
para afastar os famigerados separatistas. Assim, pode-se afirmar que o apoio
concebido ao IGHB pelo o Estado demonstra que as elites que governam o país
reconheceram a história como um meio indispensável, para forjar esta desejosa
nacionalidade.
Não é de se espantar que o Instituto Histórico tenha sido inaugurado e
sediado no Rio de Janeiro, capital do Império, a partir do qual seriam fundados
outros institutos nas províncias, diretamente subordinados aos princípios
formulados na capital do Império, onde deveriam somar-se todos os
conhecimentos do Brasil.
Porém, aproximando-se da posição dos literatos que defendiam a
apreensão de símbolos nativos da América, para engendrarem tais símbolos numa
ATENCÃO: Seria interessante a leitura dos artigos expostos nos dos sites ABAIXO.
0800-722-8030
www.unar.edu.br
UNAR
Centro Universitário de Araras
Dr. Edmundo Ulson