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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA

TEMA: INTRODUÇÃO À DIDÁCTICA DE HISTÓRIA

ESTUDANTE: ZACARIAS CASTIGO NELSON; CÓDIGO: 708211918

LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA


DIDÁCTICA DE HISTÓRIA I
2º ANO

CUAMBA, SETEMBRO DE 2022

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TEMA: INTRODUÇÃO À DIDÁCTICA DE HISTÓRIA

ESTUDANTE: ZACARIAS CASTIGO NELSON; CÓDIGO: 708211918

Trabalho apresentado para avaliação do


rendimento escolar na cadeira de Didáctica de
Historia I, do curso de Licenciatura em ensino de
História da Universidade Católica de
Moçambique – IED, tutorado por dr. Zaino Valegy

CUAMBA, SETEMBRO DE 202

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Índice
Introdução …………………………………...……………………………….……........…..…3
O Sujeito e objecto do estudo da História……………………………………...………………4

A relação do sujeito e objectivo da História na Produção do conhecimento ….………………5

A Verdade Histórica……………………………………………...……………………………6
A interdisciplinaridade em História ………………………………..………………….………7
As disciplinas auxiliares da história …………………………………………………………...7
A relação da História com outras ciências………………………………….…………...…8 a 9
As etapas da História como forma de conhecimento …..…………………….………………10
As noções de tempo e espaço em História ……………………………………….…………..11
Fontes Históricas ………….............................................................................……………….12
Estratégias do Ensino de História…………………………………………….…..…………..13
Comunicação na sala de aula………………………………...……………………………….14
Conclusão…………………………………………………………………..…………....……
15Referências Bibliográficas………………………...……………..……………………...……
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Introdução
A presente pesquisa tem como teor segundo trabalho de campo, da cadeira de Didáctica de
Historia I, o seu tema éː Introdução à Didáctica de História. De acordo com o tema acima
apresentada, a pesquisa centra-se nos seguintes objectivos: Explicar o sujeito e objecto do
estudo da história; a relação do sujeito e objectivo da história na produção do conhecimento;
Explicar a interdisciplinaridade em história - as ciências auxiliares e complementares da
história/a relação da história com outras ciências; Mencionar as etapas da história como forma
de conhecimento (evolução historiográfica) por último explicar a nova história e a
relativização da actividade histórica. Quanto a metodologia para a realização deste trabalho,
pretende-se realizar uma recolha bibliográfica, leitura do módulo em referência e consulta de
algumas fontes da internet que ajudarão no desenvolvimento da pesquisa. Neste contexto
Desde muito tempo vários professores de História se preocupam em tornar a sua disciplina
interessante e relevante para as várias turmas e alunos que aparecem ao longo de sua carreira.
Não raro, reclamam da resistência que muitos dos alunos têm em participar efectivamente das
aulas. Resistência essa que passa pela incompreensão em lidar com um área do conhecimento
ligada ao passado, ligada a tempos distantes à realidade vivenciada por esse mesmo aluno de
ensino fundamental, médio ou superior. A introdução ao estudo da História se inicia com a
constatação de que é por meio do estudo do passado das sociedades que descobrimos as
motivações e os efeitos das transformações pelas quais passou a humanidade. Nas últimas três
décadas, observa-se uma renovação da Didáctica da História. Neste novo olhar, surgiram
historiadores preocupados com a transmissão do conhecimento histórico.

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INTRODUÇÃO À DIDÁCTICA DE HISTÓRIA

1. O Sujeito e objecto do estudo da História

O objecto de estudo da história é o passado dos seres humanos, especialmente os fatos


transcendentes para a humanidade, incluindo o período pré-histórico e histórico, após o
surgimento da escrita. Através de métodos científicos, a história analisa tudo relacionado ao
passado de todos os seres humanos e todos os processos que eles envolvem.

O principal objectivo da história é focar na evolução e transformação das sociedades ao longo


do tempo e, assim, interpretar tudo o que aconteceu na humanidade, bem como suas causas e
consequências. Os historiadores são os profissionais que, por meio de métodos, conseguem
desenvolver investigações de múltiplos tipos, inspirados por diferentes correntes filosóficas e
focados em diferentes metodologias.

Quando a pesquisa é realizada, uma fracção da história universal é tomada e analisada, que é
o trabalho do pesquisador histórico. Quando a pesquisa é realizada, uma fracção da história
universal é tomada e analisada, que é o trabalho do pesquisador histórico. Os estudos
históricos podem ser orientados de várias maneiras. Todas as ciências e estudos têm sua
história, por isso é comum encontrar especialistas em história de certas áreas do pensamento.

O campo de trabalho dos historiadores é vasto, pois a pesquisa realizada é completamente


adaptável às necessidades latentes que eles têm e ao desejo predominante que eles querem
materializar em um trabalho. No que é entendido pela história como o período de tempo,
existe um consenso para dividi-la em quatro estágios principais. A história começa quando a
pré – história termina, com o aparecimento da escrita, no quarto milénio a. C e inicia o proto-
histórico, que é rapidamente substituído pela primeira era, a Antiga. A partir daí, continuariam
a Idade Média, Moderna e Contemporânea. Essa classificação foi criticada ao apontar que só
pode ser aplicada à história ocidental e não à das civilizações orientais.

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2. A relação do sujeito e objectivo da História na Produção do conhecimento

A educação é a apropriação da cultura, e através da história se torna a construtora


do sujeito histórico, pois deve enfatizar a aprendizagem na constituição do interesse do
indivíduo. É através da educação que nos fazemos humanos e históricos, como autores no
modo de reflectir sobre a realidade, sobre o mundo e sobre nós mesmos (condição de sujeito).

A ciência moderna e, consequentemente, os ideários pedagógicos orientadores da prática


educativa acentuaram, cada vez mais categoricamente, o papel do sujeito na elaboração do
conhecimento histórico. A experimentação, a aprendizagem por conhecimento histórico, o
papel activo do sujeito desse processo, são algumas máximas bastante em voga na actualidade
histórica (Marx; Engels, 2006).

Nessa perspectiva, o sujeito do conhecimento histórico é o historiador, cujo trabalho é


interpretar fatos históricos ou as vivências humanas, com o apoio dos registros e resquícios
deixados ou guardados por um povo em um determinado local e por um certo lapso- temporal.
Por tais motivos é relevante o estudo da História, mediante o processo da investigação e da
compreensão dos acontecimentos históricos ao longo dos tempos e dos espaços históricos.

O historiador produz História, advinda da experiência, cujo conhecimento visa a desviar-se do


senso comum, do conhecimento sensível ou empírico, para estreitar-se da ciência e do
pensamento científico escrito. Destarte, o historiador busca fazer História por intermédio da
História, haja vista que pretende conciliar dois aspectos divergentes de uma mesma realidade,
onde a História assume dois papéis, de um lado, como fato ou concretização do sucedido e, de
outro, como ideia ou narração também do sucedido. A História é um campo do saber, que
pode tratar da realidade e de fatos vividos no passado, bem como tratar a História como
reconstituição, donde se conclui que História é um conjunto de saberes escritos acerca das
sociedades, com fundamento nos marcos seleccionados pelo próprio historiador em conjunto
com pressupostos delimitados pela historiografia, levando-se em conta que esta, se vincula à
produção socioeconómico, política e cultural de um povo, de uma sociedade (Veyne, 1983).

Desta forma, Ribeiro (2009) declara que, para produzir um conhecimento histórico, não é
indispensável recorrer à memória e às lembranças colectivas ou individuais, mas é

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indispensável planejar, pesquisar e organizar um banco de dados, e escrever, respeitando a
natureza e a destinação do texto histórico, cuja tarefa exige conhecimento e método. A
produção do conhecimento histórico é processada em tempo presente, embora faça tratar de
acontecimentos passados, mais próximos ou mais distantes de quem produz a história – o
historiador. Este pesquisador relata os eventos ou movimentações relevantes, entre as relações
sociais de cada época, que ainda, nos tempos actuais, podem ser certificados, como o declínio
feudal, o fortalecimento das monarquias absolutistas e, a elevação da burguesia (RIBEIRO,
2009).

Na realidade, a hierarquização sempre existiu nesses movimentos, sendo a responsável por


criar certas modalidades de valores, os quais têm a capacidade de determinar a disposição do
homem, seu espaço, seu lugar na sociedade, sem que ele, muitas vezes, não reflicta tais
valores, o espaço, o lugar e sua classe social (Santos, 2009).

Filipak (2009) defende o argumento de que a produção do saber histórico deve ter uma base
teórica com uma fundamentação sólida, para que o historiador possa examinar as diversas
fontes, mesmo sendo uma história do tempo presente ou histórias de um passado mais remoto,
com vistas a entrelaçá-las, mediante o uso de suas ferramentas profissionais, na perspectiva de
desconstruir a formular conhecimentos novos, na busca de obter uma história mais próxima
da sua real essência.

3. A Verdade Histórica
Nossa hipótese é de que a verdade histórica está sempre vinculada ao sujeito do inconsciente e
se distingue da verdade da história factual. O artigo trabalha também a seguinte formulação:
se uma verdade é recalcada, esquecida na história e pela história, trata-se do assassinato do pai
da horda e que se repete em Moisés.
Verdade histórica é património da Nação e não pode ser sonegada. Somente os regimes
totalitários se arrogam o direito de reescrever a história e repassar aos cidadãos tutelados a
versão que convenha aos donos do poder. Isso foi o que Stalin e Hitler fizeram. Isso é o que,
em menor escala, mas sempre tentando esconder os fatos incómodos para o regime, o governo
da Argentina fez quando regulamentou a forma em que poderia a história nacional ser
pesquisada, ou quando pôs em prática uma "Lei de Meios" que visa a aniquilar a imprensa
livre, identificada com o Grupo Clarín. Isso é o que o PT tenta fazer com o famoso chavão de

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que "nunca antes na história deste país", como se petistas e coligados fossem os primeiros a se
preocuparem com a questão social.

4. A interdisciplinaridade em História - As ciências auxiliares e complementares da


História/A relação da História com outras ciências

As Diretrizes Curriculares Nacionais orientam para a relação e aproximação das disciplinas,


com o intuito pedagógico da interdisciplinaridade, da contextualização, da identidade, da
diversidade e autonomia. No ensino da História, por exemplo, é possível trabalhar conteúdos
que abrangem a Geografia, a Literatura, a Filosofia, a Biologia, a Química e muitos outros.
Portanto, na área do conhecimento referente à História estão inseridos os mais variados
aspectos que devem ser explorados.

A interdisciplinaridade “trata-se de um movimento, um conceito e uma prática que está em


processo de construção e desenvolvimento”, portanto é um elemento necessário para a
didáctica e para a execução da difusão do conhecimento. Existem ainda vários níveis de
interdisciplinaridade, que pode ir do diálogo à integração ou superação das fronteiras entre as
disciplinas. Para ficar mais claro apresentamos essa definição:

“Interdisciplinaridade é a integração de dois ou mais componentes curriculares na


construção do conhecimento. A interdisciplinaridade surge como uma das respostas à
necessidade de uma reconciliação epistemológica, processo necessário devido à
fragmentação dos conhecimentos ocorrido com a revolução industrial e a necessidade
de mão-de-obra especializada. A interdisciplinaridade buscou conciliar os conceitos
pertencentes às diversas áreas do conhecimento a fim de promover avanços como a
produção de novos conhecimentos ou mesmo, novas sub-áreas.

As disciplinas auxiliares da história.


Além das ciências propriamente ditas, muitas disciplinas auxiliam a História, tais como:  a
Cronologia, a Paleografia, a Epigrafia, a Linguística, a Heráldica, a Diplomática, a
Numismática, a Genealogia e a Sigilografia.
Estudando as diversas divisões do tempo e das eras históricas, a Cronologia é de grande
importância.   Os antigos usavam os mais diversos processos para indicar o ano:  da
observação das fases lunares até o governo dos imperadores.  Cabe à Cronologia o estudo
desses processos e a ordenação dos fatos históricos pela ordem em que sucederam.

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A Paleografia estuda a evolução da escrita
A Epigrafia é o estudo das inscrições feitas sobre materiais duráveis como pedra, mármore,
etc.  É de grande importância na História da Antiguidade.   A Heráldica ocupa-se dos brasões.
A Linguística é o estudo histórico e comparativo das línguas.   A Numismática trata das
moedas e a Genealogia das linhagens.   A Diplomática é o estudo crítico dos documentos e
constitui a base da crítica histórica, enquanto a Sigilografia se preocupa com o estudo dos
selos ou sinais colocados nos documentos oficiais.

A relação da História com outras ciências


Entre as ciências que mais contribuem para que a História atinja seus objetivos científicos
destacam-se:  a Economia. A Geografia, a Sociologia, as Ciências étnicas em geral e a
Filosofia.
Relacionamento Com A Economia.
O fato económico acha-se presente em todas as manifestações da vida humana.   A Economia
Política, tratando dos fenómenos sociais e económicos que resultam das actividades humanas
empregadas na produção e no consumo das riquezas, oferece, consequentemente, uma grande
contribuição à História. Alguns  autores, como Karl Marx, chegam, mesmo, a pretender
explicar o desenvolvimento histórico da humanidade através da influência quase exclusiva
dos factores económicos.

Relacionamento Com A Geografia.


Dizia com razão de Martonne que “toda ciência, ao abordar o problema da extensão de um
fenómeno, se aproxima da Geografia”.  No caso particular da História, essa aproximação faz-
se sobretudo pelo fato de ambas as ciências terem um denominador comum que é o homem
no tempo e no espaço.  As primeiras informações geográficas, por exemplo, chegaram-nos
através dos primeiros historiadores como Heródoto, Políbio e Estrabão.
Hoje, possuímos atlas históricos que são cartas geográficas especialmente destinadas ao
estudo de determinados povos e civilizações e que constituem indispensável material de
estudo para os que se dedicam à História.   Bastaria lembrar, para a compreensão das relações
entre a Geografia e a História, que as paisagens montanhosas da Grécia contribuíram para a
formação de cidades-estado e que a situação geográfica do Egipto foi responsável pelos
aspectos mais importantes de sua civilização.

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O grande ponto de contacto da História com a Geografia é a Antropogeografia ou Geografia
Humana, cuja finalidade é estabelecer as influências recíprocas existentes entre o homem e o
meio.

Relacionamento Com A Etnologia.


A Etnologia, estudando as culturas e os fenómenos de aculturação, reconstruindo as culturas
primitivas nos seus múltiplos aspectos económicos, religiosos e políticos, não somente é
paralela à História, mas tem com ela pontos de contacto fundamentais.
Das ciências étnicas é sem dúvida a mais ligada à História.

Relacionamento com a sociologia


As relações da História com a Sociologia são tão íntimas que muitas vezes as duas ciências
foram reunidas e confundidas.   Posteriormente foram demarcados os seus campos e bem
delimitados os seus objectos: o fato histórico e o fato social.   A História interessa-se
sobretudo pelo invulgar, pelo extraordinário; a Sociologia estuda o vulgar, o comum.
Há mais que simples relações entre a Sociologia e a História.   Existe uma interdependência
profunda, se bem que os objectos de ambas sejam perfeitamente definidos.

Relacionamento com a filosofia.


Não existe apenas um relacionamento da Filosofia com a História – há uma Filosofia da
História.   As causas do suceder histórico, a indagação dos problemas da ciência histórica em
si mesma, constituíram esta ciência, cuja designação parece ter surgido com Voltaire, em
1765.   Não se compreende um bom estudo de História sem interpretação filosófica.   Caso
contrário, não há propriamente ciência histórica, há literatura ou arte.
O estudo da etiologia do fato histórico, do seu sentido e de sua significação, de suas
consequências e de sua projecção no tempo, constituem o aspecto mais importante da
aplicação da Filosofia à História.

5. As etapas da História como forma de conhecimento (evolução historiográfica)

A evolução da História no século XX O século XX foi particularmente dinâmica no que se


refere à evolução da historiografia. Ao longo deste século, há a destacar algumas etapas de
evolução, nomeadamente: A crise da História que dominou as primeiras três décadas do
século.

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O século XX foi particularmente dinâmico no que se refere à evolução da historiografia. Ao
longo deste século, há a destacar algumas etapas de evolução, nomeadamente:

 A crise da História que dominou as primeiras três décadas do século.


 O surgimento da História Nova nas décadas de '30 e '40
 A institucionalização da História Nova nos anos '50/’60 e
 As novas tendências historiográficas a partir dos anos '70.

6. A nova História e a relativização da actividade Histórica

1-Os grandes eixos problemáticos de conhecimento

“Mas, afinal, para que serve a História? “ Esta pergunta, tantas vezes ouvida, lida e escrita por
muitos de nós, não encerra nenhum enigma, ou mistério, mas remete-nos para uma, mais do
que necessária, explicação.
Muitos confundem História com Cronologia, outros deambulam à volta do tempo e do
passado e poucos se concentram na sua verdadeira dimensão social e humana. Sim, porque a
verdadeira essência da ciência histórica é o social e o humano, interligados, evidentemente.
Senão vejamos! Para haver ciência – e a História é uma ciência – tem que haver alguém que
faça esse estudo, o cientista. Ora este é um Homem, um ser humano. Até aqui tudo bem,
portanto!
O seu objecto de estudo é os homens em sociedade, não apenas o homem, pois assim outras
ciências se afirmariam como detentoras exclusivas desse desiderato, dessa grande aspiração.
A Medicina estuda algo de Humano, a Psicologia também e qualquer outra ciência social tem
o Homem debaixo do seu campo de estudo.

Falta, portanto, à História a dimensão temporal. A dimensão tempo surge-nos, assim,


associada à ciência que o estuda, a Cronologia. Ciência dos Homens no Tempo, para
simplificar. Mas será assim tão simples?
A História, ou melhor, o seu conceito provém da língua grega antiga e quer dizer Inquérito,
Investigação. E o que é o Historiador senão um Investigador? Do passado, do passado do
Homem, das sociedades humanas.
Surge-nos então outra abordagem para explicar para que serve a História. E, desta vez,
teremos que dizer que ela serve para nos conhecermos. A História serve para o
Autoconhecimento Humano. Como assim? É que se não tivéssemos conhecimento do
passado, do que passou há pouco tempo ou do que aconteceu há muito, muito tempo, não
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seria possível entender lá muito bem o presente, isto é, os tempos actuais. Isto porque se o
Presente é o que é, se o Presente é o que vivemos nos nossos dias, então podemos dizer que o
que tornou possível esse tipo de Presente que hoje temos é porque o passado assim o
determinou. Por outras palavras… o Passado (o que já passou) permitiu os Presente que hoje
temos. O Presente que é, o Presente que temos e vivemos surge-nos, pois, como a continuação
de um Passado. E um Passado diferente do que foi levaria, necessariamente, a um Presente
diferente.

2- As noções de tempo e espaço em História

O tempo é fundamental para o estudo e a compressão da história, mas o que podemos definir
como tempo? Uma sucessão de dias, meses, anos e fatos. Tempo cronológico é o tempo
determinado pelos calendários, pelo relógio, dias e noites e Tempo histórico é o tempo que é
estabelecido pelos acontecimentos históricos. É marcado pelas continuidades e rupturas,
eventos de pequena ou de longa duração de uma determinada sociedade.  

3- Sincronia e a Diacronia
Sincronia  – consiste em verificar a conjunção de diversos fenómenos sociais políticos,
económicos, culturais, etc de uma época mais sem se preocupar com a organização
cronológica dos factos. Na sincronia, o importante é a sincronização os factos dessa época, a
organização cronológica desses mesmos fenómenos, não importam.

 Diacronia - é a analise da evolução dos fenómenos num período mais de uma forma
sucessiva, procurando captar os fenómenos mais profundos do passado humano. Exemplo da
diacronia: é possível verificar a diacronia na periodização universal do tempo em história.

4-Estrutura e conjuntura

Os termos estrutura e conjuntura têm significados distintos, e ainda permitem conceitos


diferentes, como subdivisões, segundo a forma e o tempo em que são aplicados em relação a
um organismo específico.
Estrutura tem como representação primeira a ideia de base ou conjunto de elementos de
fixação nos quais um organismo é disposto segundo uma ordem harmónica e lógica. Essa base
ou esse esqueleto permite que sobre eles se assente, de forma organizada, os elementos que
constituem o organismo.

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Conjuntura, por sua vez, é conceito que tem a mesma amplitude de estrutura, porém,
explicando as circunstâncias em que se dá determinado fenómeno, ou em quando ocorre o
fenómeno, em um tempo determinado.
Nesta ordem de ideias,  conjuntura pode ser traduzida por situação. Está ligada a um
acontecimento ou a um conjunto deles, simultâneos no tempo ou em ordem sucessiva,
temporalmente considerada.

Assim,  conjuntura trata dos sucessos prósperos e adversos na vida de uma pessoa, de uma
empresa, de uma organização ou de uma nação, e traz implícita a ideia de limitação ao tempo,
em curto, médio ou longo prazo.

5-Fontes Históricas

As fontes históricas são os itens materiais e imateriais (ou seus vestígios) que são produzidos
pela acção humana. As fontes históricas são fundamentais para que o historiador possa
realizar o seu trabalho de investigação do passado humano.

Os historiadores entendem actualmente que tudo que é produzido pelo ser humano pode ser
considerado uma fonte histórica, portanto, não só o texto escrito deve ser entendido como tal.
Assim, pinturas, esculturas, construções, fotos, vídeos e relatos orais também são úteis para o
historiador. Fontes podem ser directas, isto é, feitas por contemporâneos, ou indirectas,
produzidas na consulta das fontes directas.

6-Os fundamentos Psico-pedagógicos no ensino de História:

1-A História como disciplina - análise do seu estatuto

Certeau de que a história é uma prática científica, tornando-a um postulado, uma lei do meio
ao produzir uma epistemologia e uma teoria da construção da prova documental, como
princípio de realidade, para o estabelecimento da verdade em história. Ricoeur ao alargar a
ideia de Certeau de que tudo começa com o gesto de separar; sofisticando ainda mais a
discussão acerca do estatuto do documento. Uma vez que o coloca no princípio da operação
historiográfica e como condição sinequano da mesma.

2-Elementos para análise dos programas de História

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Concomitantemente postula-se que a análise de conteúdo precisa estar atenta aos aspectos
específicos do ensino escolar de História, dentre os quais estão questões de identidade,
linguagem, afectividade, desenvolvimento moral, cognição e horizonte de expectativas.

7-Estratégias do Ensino de História:

Estratégias de ensino-aprendizagem A principal proposta da transversalidade no ensino de


História, e na educação em geral, é aproximar a escola do mundo dos estudantes.
São vários os tipos de estratégias de ensino e aprendizagem que os professores podem utilizar
em sua prática, a destacar:
Aula expositiva dialogada; trabalho em grupo; dinâmicas e brincadeiras; novas tecnologias e
resolução de problemas.
Não existe o meio mais ou menos adequados, isto, depende da realidade de cada escola, isto é
dentro das suas condições pode usar os disponíveis.
 Visita de estudo
A visita de estudo permite o contacto directo com conteúdos que muitas vezes os alunos só
vêm nos manuais escolares, permitindo a observação e a vivência em espaços e territórios
depositários de memórias. A importância das visitas de estudo está exposta no espaço que os
programas da disciplina de História lhes reservam.

 História local
A História Local é o estudo da História em um contexto geográfico e muitas vezes se
concentra em determinada comunidade. Incorpora aspectos culturais e sociais da História.

 História ao Vivo
É uma técnica de recriação do passado, que tem por objectivo proporcionar  uma
oportunidade de contactar de uma forma lúdica e concreta com alguns aspectos da vida
quotidiana do passado.  Esta técnica faz principalmente apelo a três entidades fundamentais: a
escola, o museu ou o monumento e a comunidade. Antes do mais, tem que se escolher um
tema histórico adaptado ao local que se deseja fazer reviver; em seguida encontrar a época
mais adequada aos objectivos pedagógicos a atingir. Um projecto de "História ao Vivo" é uma
técnica que ensina e responsabiliza as crianças, os professores e a comunidade, criando-lhes o
gosto pelo passado, pela investigação e preservação desse mesmo passado, que é da
responsabilidade de todos."
 Comunicação na sala de aula
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A relação professor-aluno é uma condição do processo de aprendizagem, pois essa relação
dinamiza e dá sentido ao processo educativo. Apesar de estar sujeita a um programa, normas
da instituição de ensino, a interacção do professor e do aluno forma o centro do processo
educativo.

O papel do professor em sala de aula é de extrema importância para a Educação e para o


processo ensino-aprendizagem, uma vez que ele é o agente responsável pela mediação aluno-
conhecimento. Entre os diversos componentes que essa mediação envolve, está a relação
professor-aluno.

 Na sala de aula, faça-se uso da comunicação e o êxito será obtido. Faça-se uso do diálogo
para obter uma vantagem concreta no que tange à disciplina. Que a rapidez do diálogo seja a
do vento; sua solidez, a da floresta. Na resolução de conflitos, seja como a água; na chamada
de atenção, como a brisa. Antes de cada atitude nos momentos de conflito, deve-se ponderar e
deliberar. Será vitorioso aquele que conhecer o artifício do diálogo.
Tendo entrado na sala de aula, deve combinar e harmonizar os diferentes alunos
disciplinarmente e, assim, conduzi-los ao aprendizado. Para isso, é necessário que seja hábil
na comunicação. A dificuldade na comunicação consiste em não saber se expressar bem e
muito menos transmitir informações.

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Conclusão
Neste trabalho de pesquisa chegamos a uma conclusão de que o principal objectivo da história
é focar na evolução e transformação das sociedades ao longo do tempo e, assim, interpretar
tudo o que aconteceu na humanidade, bem como suas causas e consequências. Os
historiadores são os profissionais que, por meio de métodos, conseguem desenvolver
investigações de múltiplos tipos, inspirados por diferentes correntes filosóficas e focados em
diferentes metodologias. Por outro lado vimos na pesquisa que o sujeito do conhecimento
histórico é o historiador, cujo trabalho é interpretar fatos históricos ou as vivências humanas,
com o apoio dos registros e resquícios deixados ou guardados por um povo em um
determinado local e por um certo lapso- temporal. Por tais motivos é relevante o estudo da
História, mediante o processo da investigação e da compreensão dos acontecimentos
históricos ao longo dos tempos e dos espaços históricos. A História é um campo do saber, que
pode tratar da realidade e de fatos vividos no passado, bem como tratar a História como
reconstituição, donde se conclui que História é um conjunto de saberes escritos acerca das
sociedades, com fundamento nos marcos seleccionados pelo próprio historiador em conjunto
com pressupostos delimitados pela historiografia, levando-se em conta que esta, se vincula à
produção socioeconómico, política e cultural de um povo, de uma sociedade (Veyne, 1983).
Na pesquisa estudamos que a Sincronia  – consiste em verificar a conjunção de diversos
fenómenos sociais políticos, económicos, culturais, etc de uma época mais sem se preocupar
com a organização cronológica dos factos. Na sincronia, o importante é a sincronização os
factos dessa época, a organização cronológica desses mesmos fenómenos, não importam.
Diacronia - é a analise da evolução dos fenómenos num período mais de uma forma
sucessiva, procurando captar os fenómenos mais profundos do passado humano. Exemplo da
diacronia: é possível verificar a diacronia na periodização universal do tempo em história.

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Referências bibliográficas

Módulo de Didáctica de Historia, da UCM.


https://web.archive.org/web//http://www.ichs.ufop.br:80/perspectivas/anais/GT1502.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Interdisciplinaridade (Acesso no dia 01 de Setembro de 2022).
https://maestrovirtuale.com/Qual é o objecto de estudo da história? -
Maestrovirtuale.com(Acesso no dia 01 de Setembro de 2022).
Nesse sentir, Ribeiro (2009, p. 72) assevera que esse profissional deve reunir
https://www.suapesquisa.com/ /historia/ciencias_auxiliares_historia.htm(Acesso no dia 01 de
Setembro de 2022).
https://almanaqueliterario.com/ historia-conceito-e-relacao-com-outras-ciencias(Acesso no
dia 01 de Setembro de 2022).

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