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A TEORIA DO LABELLING APPROACH: Etiquetamento da Conduta e o Controle Social.

Breves Considerações acerca do Paradigma da Reação Social

Afasta-se do paradigma etiológico (de causas do crime), e analisa-se através do paradigma


da reação social, fundamentado no modelo sistêmico, a partir da compreensão do todo, ou
seja, do meio sócio-econômico-cultural em que o indivíduo está inserido. Há o
deslocamento da crítica da prisão à crítica do sistema penal.

Modelado pelo interacionismo simbólico e a etnometodologia como esquema explicativo da


conduta humana (o construtivismo social), o paradigma da reação social parte dos
conceitos de “conduta desviada” e “reação social”, como uma qualidade (etiqueta) atribuída
a determinados sujeitos através de complexos processos de interação social, isto é, de
processos formais e informais de definição e seleção. (ANDRADE, 2003, p.41)

Nota-se que o direcionamento desses rótulos é em sua maioria para as classes mais
desprovidas economicamente, socialmente e culturalmente, as quais ficam mais distantes
das classes dominantes e das instâncias oficiais, que são as polícias, os juízes, e as
instituições penitenciarias.

Esses rótulos partem de um senso comum, que possui inúmeras interpretações de fatos
diversos e que ainda sim a sociedade os considera como certos e verdadeiros.

SIGNIFICADO: O labelling approach é designado na literatura, alternativa e


sinonimicamente, por enfoque (perspectiva ou teoria) do interacionismo simbólico,
etiquetamento, rotulação ou ainda por paradigma da “reação social”, do “controle” ou da
“definição”, como dito anteriormente.

SURGIMENTO: Ele surge nos Estados Unidos da América em finais da década de 50 e


inícios da década de 60 com os trabalhos de autores como H. Garfinkel, Erving Gofmann,
K. Ericson, A. Cicourel, Howard Becker E, Schur, T. Scheff, Lemert, Kitsuse, entre outros,
pertencentes à “Nova Escola de Chicago” como o questionamento do paradigma funcional
até o momento dominante dentro da Sociologia norte-americana. (ANDRADE, 2003, p.39).

CRIMINALIDADE: a criminalidade é resultado de um processo de imputação, a


criminalidade é uma etiqueta, a qual é aplicada pela polícia, pelo ministério público e pelo
tribunal penal, pelas instâncias formais de controle social. O labeling approach remete
especialmente a dois resultados da reflexão sobre a realização concreta do Direito: o papel
do juiz como criador do Direito e o caráter invisível do ‘lado interior do ato.

TEORIAS RADICAL E MODERADA: Vale ressaltar que há duas forma de labelling


demonstrada por Molina (1996, p.229) uma radical e uma moderada, onde a tendência
radical exacerba a função constitutiva ou criadora de criminalidade exercida pelo controle
social: o crime é uma etiqueta que a polícia, os promotores e os juízes (instâncias do
controle social formal) colocam no infrator, independentemente de sua conduta ou
merecimento, fato que analisaremos nos tópicos seguinte, já para a tendência moderada,
sem embargo, somente cabe afirmar que a justiça penal se integra na mecânica do controle
social geral da conduta desviada.
NÍVEIS EXPLICATIVOS OU INVESTIGATIVOS PROCESSO “labelling approach”:
1) a investigação do processo de definição da conduta desviada(criminalização primária),
que leva ao problema da distribuição do poder social desta definição(ou de quem detém o
poder em maior ou menor escala;
2) a investigação do processo de atribuição do status criminal(processo de criminalização
secundária);
3) a investigação do impacto da atribuição do status de criminoso na identidade do
desviante(desvio secundário). Ademais, a teoria do etiquetamento recusa o monismo
cultural e o modelo de consenso como explicativos das normas penais.

Se tratando de níveis explicativos, é importante ressaltar sobre os postulados do labelling


approach tratados por MOLINA (1996, p. 227-229) que são:
1) Interativismo simbólico e construtivismo social: “A realidade social é construída
sobre a base de certas definições e o significado atribuído às mesmas através de
complexos processos sociais de interação. Assim sendo, o comportamento humano seria
inseparável da interação social e sua interpretação não pode prescindir desta mediação
simbólica. O conceito que o indivíduo tem de si mesmo, de sua sociedade e da sua posição
nesta sociedade, são chaves importantes do significado genuíno da conduta criminal”.
2) Introspecção simpatética como técnica de aproximação à realidade criminal para
compreende-la desde o mundo do infrator e captar o verdadeiro sentido que este atribui à
sua
3) Natureza definidora do delito: “O delito é carente de sentido material ou ontológico.
Uma conduta não é delitiva em si ou por si (qualidade negativa inerente a ela), nem seu
autor criminoso por merecimentos objetivos (nocividade do fato, patologia da
personalidade); o caráter criminoso de uma conduta e de seu autor depende de certos
processos sociais de definição, que atribuem a esta conduta tal caráter, e de seleção, que
etiquetam o autor como delinquente”.
4) Caráter constitutivo do controle social: “Em consequência, a criminalidade é criada
pelo controle social. As instâncias ou agências de controle social (polícia, judiciário, etc.)
não detectam ou declaram o caráter delitivo de um comportamento senão que o geram ou
produzem ao
5) Seletividade e discriminatoriedade do controle social: “O controle social é altamente
discriminatório e seletivo. Ainda que os estudos empíricos demonstrem o caráter majoritário
do comportamento criminal, a etiqueta criminosa se manifesta como um bem negativo que
os mecanismos de controle social repartem com o mesmo critério de distribuição de outros
bens positivos (fama, poder, riqueza, etc.): o status das pessoas. De modo que as chances
e os riscos de ser etiquetado como delinquente não dependem tanto da conduta
executada (delito) como da posição do indivíduo na pirâmide social (status). Os
processos de criminalização, ademais, respondem ao estímulo da visibilidade diferencial da
conduta desviada em uma sociedade concreta, isto é, se guiam mais pela sintomatologia do
conflito do que pela etiologia do mesmo (visibilidade)
6) Efeito criminógeno da pena: “A reação social não somente é injusta senão
intrinsecamente racional e criminógena. Longe de fazer justiça, de prevenir a criminalidade
e reincluir o infrator, seu real impacto converte a pena em uma resposta intrinsecamente
irracional e criminógena. Porque exacerba o conflito social em lugar de resolve-lo; potencia
e perpetua a desviação; consolida o infrator em seu estado criminal e gera os esteriótipos e
etiologias que se supõe pretender evitar, fechando, desse modo, um lamentável círculo
vicioso. A pena, pois, culmina uma escalada ritual e dramática de cerimônias de
degradação do condenado, estigmatizando-o com o selo de um status irreversível. O
apenado assumirá, assim, uma nova imagem de si mesmo e redefinirá sua personalidade
em torno do conceito de infrator, desencadeando-se a chamada desviação secundária”.
7) Paradigma de controle: “A natureza definidora da criminalidade impõe a substituição
do paradigma etiológico pelo de controle (dos dominantes sobre os dominados). Os
fatores que possam explicar a desviação primária do indivíduo carecem de interesse, como
sucede com o próprio enfoque etiológico tradicional. O decisivo será o estudo dos
processos de criminalização que atribuem a etiqueta criminal ao indivíduo, os processos de
definição e os processos de seleção”.

Se insere no rol das “Teorias do Processo Social” - se propõe a compreender a


delinquência não como fenômeno real, mas sim como fenômeno definitorial. É dizer,
como fenômeno atribuído contra os membros das classes sociais marginalizadas por
aqueles que manejam o poder. Trata-se, por isso, de uma explicação fatorial da
criminalidade, já que esta, como se concebe no labelling approach, não existe: é um
produto inventado. (BARATTA, 2002, p.88)

As instituições totais não reeducam, e muito menos ressocializam, ao contrário, geram


sanções estigmatizantes.

Deve-se observar que o labelling approach nega alguns princípios da criminologia


tradicional, como o princípio da igualdade, que é considerado a base do direito penal,
que idealiza a igualdade de todos perante a lei, já que a reação penal se aplica de modo
isonômico a todos os autores de delitos, é severamente questionado porque segundo o
labelling approach o desvio e a criminalidade não são entidades ontológicas preconcebidas,
mas, ao revés, um status atribuído a determinados sujeitos através dos mecanismos oficiais
e não-oficiais de seleção.( ANDRADE, 2003, p. 201-203). Correlaciona-se que as chances
de um indivíduo se tornar estigmatizado na sociedade são distribuídas de forma desigual
pelos detentores do poder. Outro princípio renegado pelo labelling é o princípio do interesse
social e do delito natural. Para FONSECA (2006, p. 32-33)

Percebe-se que as desigualdades presentes no meio da sociedade motivaram os


processos sociais de etiquetamento e de reação social.

HOWARD Becker, este pertencente à Nova Escola de Chicago, sobretudo através de


seu já clássico Outsiders (publicado em 1963), o fundador deste paradigma
criminológico. E na verdade, Outsider persiste ainda como a obra central do labelling, a
primeira onde esta nova perspectiva aparece consolidada e sistematizada e onde se
encontra definitivamente formulada a sua tese central. (ANDRADE, 2003, p.39)

Na obra Outsiders, Becker (2008, p. 15) explica de que forma as regras são feitas e
como, em certos momentos tentam impô-las. Ressalta-se também que essas regras sociais
definem padrões de comportamentos, apontando uns como certos e proibindo outros
como errados, e quando uma pessoa infringe tal regra que é considerada errada pelo
grupo, esta passa a ser vista como um outsiders (excluído). Por outro lado, têm-se a
mesma problemática com uma mudança de foco, uma vez que quem está sendo julgado
pelo grupo pode não aceitar, por achar que os julgadores não são competentes para tal
função, daí decorre outro significado para outsiders, tirando o foco de quem a priori teria
desviado seu comportamento das regras ditadas pelo grupo e colocando a quem
supostamente julgou.

Há regras operantes efetivas de grupos, que são aquelas mantidas vivas por meio de
tentativas reiteradas de imposição, isto é, aquelas regras que pertencem a um dado grupo,
e que aquele que se comporta diversamente do que esta pré-determinado, recebe o
estigma de desviante.

Observa-se com facilidade que diferentes grupos consideram diferentes coisas


desviantes.

O processo de etiquetamento da conduta

” quem é definido como desviante?”, “que efeito decorre desta definição sobre o individuo?”,
“em que condições este individuo pode se tornar objeto de uma definição?” e, enfim, “quem
define quem?”. (BARATTA, 2002, p. 88)

A pergunta relativa à natureza do sujeito e do objeto, na definição do comportamento


desviante[9], orientou a pesquisa dos teóricos do labelling approach em duas direções: uma
direção conduziu ao estudo da formação da “identidade” desviante, e do que se define
como “desvio secundário”, ou seja, o efeito da aplicação da etiqueta de criminoso ou
também de doente mental sobre a pessoa a quem se aplica a etiqueta; a outra direção
conduz ao problema da definição da constituição do desvio como qualidade atribuída
a comportamentos e a indivíduos, no curso da interação e, por isto, conduz também para
o problema da distribuição do poder de definição, para o estudo dos que detêm, na maior
medida, na sociedade, o poder de definição, ou seja, para o estudo das agências de
controle social. (BARATTA, 2002, p. 89)

Coelho e Mendonça (2009, p. 16) explicam que, segundo o labelling, o processo de


rotulação tem início quando do cometimento do primeiro delito, da chamada criminalização
primária[10], onde a sociedade responderá com a celebração de atos punitivos, a qual
denomina de cerimônias degradantes. Essas cerimônias degradantes são processos
ritualizados, onde um indivíduo que cometeu um delito é submetido, e se traduzem no
contato com as instâncias de controle formal, Polícia, Ministério Público, Judiciário e
com o processo, em que uma nova identidade lhe é dada.

A criminalidade, como um status, atribuído mediante um duplo processo: a “definição”


legal de crime, e a “seleção” que etiqueta e estigmatiza um autor como criminoso entre
todos aqueles que praticam tais condutas.
● O comportamento desviante é aquele que as pessoas rotulam como tal.
● O desviante é uma pessoa a quem se pôde aplicar com êxito a dita qualificação
(etiqueta); A Carreira desviante é resultado de como as prisões constrangem a uma
pessoa dentro do papel desviante.
● A rotulação seria o processo pelo qual um papel desviante se cria e se mantém
através da imposição dos rótulos delitivos.

Tipos de desvios descritos por Becker (2008, p. 31-33),


1. O comportamento apropriado que é simplesmente aquele que obedece à regra e
que outros percebem como tal.
2. O desviante puro de comportamento que é aquele que obedece à regra e é
percebido como tal.
3. O falsamente acusado, que é aquele a que os ditos criminosos muitas vezes se
referem como a pessoas que são vistas pelos outros como se tivessem cometido
uma ação imprópria, embora de fato não o tenha feito.
4. O desvio secreto, onde um ato impróprio é cometido, mas ninguém o percebe ou
reage a ele como uma violação das regras.

MÍDIA E ESTIGMATIZAÇÃO

Nota-se que vários mecanismos são responsáveis por propagar e vincular a conduta
dita como desviada à criminalizada, onde destaca-se como um dos principais
percussores a mídia, responsável por atingir todas as camadas sociais, levando notícias e
influenciando como se tudo que ali fosse dito fosse consenso, e ainda categorizando os que
ali estão sendo noticiados como bons ou maus.

Neste contexto Baratta (1994, p.16), defende que a sociedade não pode ser mera
expectadora da notícia, limitando-se a consumí-la, no que deve ser por sua vez,
protagonizadora em meio aos fluxos de informação. Desta forma, esta mesma
comunidade, ao assumir um papel ativo, além de exercer um direito permitido pelo estado
democrático de produção de informações, produzirá com maior eficácia soluções no conflito
do desvio e da insegurança urbana.

A mídia se utilizando dos meios de comunicação, principalmente a televisão e os jornais, é


um grande vinculador e agente estigmatizador de condutas ditas como desviadas e
comparadas à criminalizadas.

No entendimento de Baratta (1994, p.14), a ‘imagem da criminalidade’ e o ‘alarme social’


encontram-se atrelados às imagens veiculadas do que ao crime concreto, razão pela
qual os efeitos dos meios de comunicação e da circulação massificada dessas imagens
acrescentam à percepção real uma espécie de percepção imaginária da criminalidade de
rua.

Igualmente, refere que a criminalidade é socialmente construída através de processos


de comunicação social e de mecanismos seletivos das reações sociais e oficiais, não
partindo de situações vividas.

Ressalta-se então que a mídia, por ser um instrumento de acesso mundial, é , como já dito,
construtor do chamado “outro”, ou seja, o outsiders, por estar continuamente tentando
reproduzir imagens positivas e normalizadoras da ordem. Todo aquele que “sair do script”,
aquele que é diferente, é demonizado e, assim, justifica-se todo ato de violência contra ele
praticado ( REIS, 2004 p.149). No dizer de Elizabeth Rondell (1998, p. 158) esse ‘Outro’ é
apresentado, pela Mídia, como uma imagem símbolo de uma diferença que se quer eliminar
em prol de uma visão da ordem. O diferente serve para demonstrar, “a contrário
sensu”, os traços constitutivos de uma identidade social normatizada.
Young (1949, p. 21-22) diz que o “outro” desviante é, portanto: A minoria; o que é
constituído como uma falta em termos de valores que são absolutos e incontestados. Jock
Young (1949, p. 21) ressalta em sua obra que dentro de uma sociedade inclusiva, o “outro”
desviante não é abominado, nem visto como inimigo externo, mas muito mais como alguém
que deve ser socializado, reabilitado, curado até ficar como “nós”. O olhar modernista não
vê o outro como estrangeiro, mas como algo ou alguém a quem faltam os atributos do
observador. Falta-lhe civilização, ou socialização, ou sensibilidades. É uma câmera cuja
constituição é tão estranha que só se consegue fotografar o fotógrafo.

Caráter constitutivo do controle social:

Molina define controle social como o conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais
que pretendem promover e garantir a submissão do indivíduo aos modelos e normas
comunitários.

Trata-se neste momento sobre o controle social e as formas que o compõem, analisando-se
de que forma esses controles são responsáveis pela dita conduta desviada.

Na vida em comunidade, duas são as formas de controle social: informal, ou seja, aquele
realizado pelas próprias instituições da sociedade civil, como a família, a escola, a igreja, a
mídia, o mercado etc. e o formal, realizado pela atuação das agências de controle do
Estado, (Polícia, Ministério Público, Judiciário, etc.), e o direito penal, atua, portanto, como a
última esfera do controle formal do Estado. (FONSECA, 2006, p.13)

CRÍTICA AO LABELLING APROACH

Nos ensinamentos de Aguiar (2008, p.12) finalizamos abordando que:

O labelling approach estaria correto, se denunciasse que os agentes de controle social


(legislador, executivo, judiciário, polícia, estabelecimentos penitenciários) nem sempre
guiam o exercício de suas próprias funções segundo a exigência do bem comum
(“delinquência” e “delinquentes artificiais”), que a lei nem sempre se aplica a todos de
acordo com o princípio da igualdade, que existem “privilégios” para determinados infratores.

Mas não é sustentável sua postura quanto absolutiza e universaliza tais “déficits”,
carências e abusos. Parte da delinquência, segundo a teoria em foco, pode ser fruto de
uma reação desproporcionada dos mecanismos sociais de controle (sobretudo os formais),
mas outra parte (possivelmente a majoritária) é uma delinquência real, ontológica.

O que ocorre é que nem sempre os processos de incriminação e desincriminação se


ajustam ao verdadeiro bem comum. E que, desde logo, resulta frequentemente que a
delinquência convencional se aborda com mais dureza do que a chamada delinquência não
convencional que geralmente é mais perniciosa para a comunidade.
Diante de aborda-se a teoria que embasa e dar suporte as questões dos processos de
criminalização, passa-se então a tratar de tais processos, estes voltados ao moradores de
rua, objeto de estudo da pesquisa.

Princípios da ideologia da defesa social inerentes ao direito penal abordadas por Baratta
(2002,p.41), que são:
1) princípio da legitimidade, segundo o qual o Estado está legitimado a reprimir a
criminalidade por ser expressão da sociedade, através das instâncias formais de controle,
que por sua vez, interpretam a legítima reação social no sentido de reprovar e condenar o
comportamento desviante individual, reafirmando as normas e valores sociais;
2) princípio do bem e do mal, onde a sociedade encarna o papel do bem contra o delito
que é representa o mal, sendo o delinqüente o elemento negativo e disfuncional do sistema
social;
3) princípio da culpabilidade, pelo qual o crime é expressão de uma atitude reprovável,
porque em afronta aos valores e normas sociais;
4) princípio da finalidade(prevenção), que vislumbra na pena não apenas o fim retributivo,
mas também preventivo, já que deve criar no criminoso o receio da prática do
comportamento desviante;
5) princípio da igualdade, que idealiza a igualdade de todos perante a lei, já que a reação
penal se aplica de modo isonômico a todos os autores de delitos;
6) princípio do interesse social e do delito natural, segundo qual os interesses protegidos
pelo direito penal são comuns a toda sociedade(delito natural) e apenas uma pequena parte
dos delitos representa a violação de determinados arranjos políticos e econômicos, sendo
punidos em função da supremacia(ainda que momentânea) destes(delitos artificiais).

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