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Alessandro Baratta
Rafael Rocha
Riad Hassan Abdallah
Esses são alguns dos primordiais passos para uma nova interação entre direito
penal e sociedade, segundo Baratta.
Para o autor, como deveria ser desde os primórdios passos do direito das penas, a
penalização seria a última etapa a ser analisada de fato, porém, situações que se
diferenciam do comum e conhecido cárcere seriam aproveitadas, em prol do retorno do
indivíduo a própria sociedade, e, em favor da comunidade em geral que o receberá após
seu período de internação. Ele então cita que a prisão seria como a formadora da
destruição dos moldes sociais aos quais vive-se hoje, considera que o próprio aparato de
marginalização existente no interior do cárcere causa, de todas as formas possíveis, a
segregação e destruição do humano que adentra suas bordas.
Tem-se então, a partir dos anos 30, o início de uma criminologia contemporânea
que tenta superar o determinismo e as teorias patológicas da criminalidade. Todavia, a
forte presença da ideologia de Defesa Social ainda se perfaz avassaladora. O mito é de
que a lei protege a todos, igualando-os, trazendo o direito penal como um epiteto da
igualdade, mas que não prevê as diferenças sociais e econômicas.
Traz também a vertente dos estudos da Escola de Chicago, estudada por Howard
Becker, evidenciada pelo interacionismo simbólico, esse afirmando que o comportamento
dos indivíduos somente pode ser compreendido a partir das interpretações que cada um
faz, em seu tempo, dos mecanismos de interação social o qual se encontra envolvido.
- diversificar os procedimentos;
Com isso, observa-se que a ideia defendida pelo autor, de um sistema penal
alternativo,que leve em conta as diferenças sociais da atualidade, enxergando o criminoso
enquanto indivíduo social, e a criminalidade enquanto um processo e não apenas conduta
humana, é realmente de grande importância para a reconstrução de uma sociedade mais
justa e de um sistema mais eficaz, que cumpra seu papel na sociedade.