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Modalidades de vitimização

(processo que leva uma pessoa a se vitimar ou a se tornar vítima)


Vitimização primária: prejuízo causado em decorrência direta da prática da infração. Ex: o
dano físico, no crime de lesões corporais; a perda patrimonial, no crime de furto; os danos
físicos e psicológicos, no crime de estupro.
Vitimização secundária: também conhecida como sobrevitimização, consiste no sofrimento
ocasionado pela atuação dos órgãos que compõe o Sistema de Justiça Criminal, em
decorrência do processo de apuração e punição da infração (Polícia, Ministério Público,
Judiciário e Administração Penitenciária).
Vitimização terciária: ocasionado pelo meio social, normalmente em decorrência da
estigmatização trazida pelo tipo de crime. Ex: crimes contra a dignidade sexual, nos quais é
normal que a vítima, além do sofrimento direto causado pelo crime, sofra preconceito no meio
social, muitas vezes com atribuição de responsabilidade pela ocorrência do fato.
Cifras negras: As cifras negras, ou campo obscuro da criminalidade, são uma preocupação
histórica dos criminólogos, é um termo muito empregado nos estudos de Criminologia, refere-
se ao quantitativo de crime que deixa de chegar ao conhecimento do Sistema de Justiça
Criminal, pelos mais variados motivos. São mais elevadas nas infrações menores e diminuem
à medida que aumenta a gravidade do crime. Os criminólogos sustentam que, por intermédio
das estatísticas criminais, pode-se conhecer o liame causal entre os fatores de criminalidade e
os ilícitos criminais praticados. Destarte, as estatísticas criminais servem para fundamentar a
política criminal e a doutrina de segurança pública quanto à prevenção e à repressão criminais.
[2]
O CONTROLE SOCIAL
É exercido por diversas instâncias, formais e informais, e age no indivíduo desde a infância
(família, escola, igreja, Sistema de Justiça Criminal, etc.).
Tem por objetivo transformar o padrão de comportamento do indivíduo, adequando-o ao
comportamento social dominante. O controle social formal é exercido pelo Sistema de Justiça
Criminal, composto por Polícia, Ministério Público, Judiciário e Sistema Penitenciário. O
controle social informal é exercido pela família, igreja, amigos, etc.
FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA
A criminologia tem por função primordial reunir informações válidas e confiáveis sobre o crime,
o delinquente, a vítima e o controle social, a fim de explicar e prevenir o crime, intervir na
pessoa do infrator e avaliar os diferentes modelos de resposta ao crime.

Diferenças entre o Direito Penal, Criminologia e a


Política Criminal.
Equipe Jornalismo
  / Criminologia, Direito Penal / 

O Direito Penal analisa comportamentos humanos indesejados, define quais devem ser


qualificados como crimes ou contravenções penais e fixa sanções penais.  Ocupa-se do crime
enquanto norma.
Ex.: define como crime, a lesão no ambiente doméstico e familiar.
É uma ciência normativa, situada no mundo da cultura, que estuda o “dever ser”. Protege os
bens jurídicos considerados vitais para a sociedade, garantindo os direitos da pessoa humana
frente ao poder punitivo do Estado. Realizando essas proteções pelas fontes do direito Penal,
quais sejam: leis (Código Penal, Código de Processo Penal e legislação complementar),
costumes, analogia, princípios gerais do Direito, equidade e tratados e convenções
internacionais.
A Criminologia é uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo do crime, da
criminalidade e suas causas, do controle social do ato criminoso, além de estudar a
personalidade do criminoso e como realizar a ressocialização.  Ocupa-se do crime enquanto
fato.
Ex.: analisa os fatores que contribuem para a violência doméstica e familiar.

 Criminologia em sentido estrito: Limita-se à investigação empírica do delito, da


personalidade do delinquente, da vítima e do controle social.
 Criminologia em sentido amplo: É a ciência que estuda a infração penal como
fenômeno social, abrangendo a sociologia jurídica, a penologia e a etiologia criminal.
 Etiologia criminal: é o estudo da origem, na causa de um determinado fenômeno.
Etiologia criminal é o estudo das fontes do direito penal.
A Política Criminal tem por objeto a definição de estratégias de controle social e a
apresentação de críticas e propostas para a reforma do direito penal em vigor, visando ajustá-
lo aos ideais jurídico-penais de justiça. Ocupa-se do crime enquanto valor.
Ex.: estuda como diminuir a violência doméstica; analisa a legislação em vigor com críticas e
propostas.
A política criminal não possui uma conceituação uníssona na doutrina penal.
Enquanto Basileu Garcia afirma que política criminal é a ciência e a arte dos meios
preventivos do Estado para lutar contra o crime, examinando o Direito em vigor e, em
resultado da apreciação de sua idoneidade na proteção contra os criminosos, tenta aperfeiçoar
a defesa jurídico-penal contra a delinquência, sendo a legislação penal o seu meio de ação.  [1]
Já Zaffaroni afirma que a política criminal é a ciência ou a arte de selecionar os bens jurídicos
que devem ser tutelados penalmente, bem como os caminhos para serem efetivadas tais
tutelas, o que também implica na crítica dos valores e caminhos já eleitos.  [2]

Criminologia – Teoria das Janelas Quebradas.


Equipe Jornalismo
  / Criminologia / 
A Teoria das Janelas Quebradas foi desenvolvida na Escola de Chicago por James Q. Wilson
e George L. Kelling.
Basicamente, essa teoria defende que o cometimento de infrações penais (crimes e
contravenções) é maior, nos locais em que existem sensação de impunidade, desordem,
despreocupação com as regras de convivência e ausência de tutela do Estado.
Para essa teoria, se uma pessoa viola um bem jurídico e nada é feito, implicitamente estimula-
se a destruição desse bem ou a possibilidade de maiores agressões.
O movimento “Lei e Ordem” (“Law and Order”) que ocorreu nos EUA e a Teoria das “janelas
quebradas” (“broken windows”) defenderam que a tolerância à pequenas infrações, podem
ocasionar à prática de delitos mais graves.
O prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, em 1994, adotou a tese defendida pela referida
teoria e implantou a política de “Tolerância Zero” na cidade, proibindo qualquer violação da lei,
independentemente do seu grau.

Criminologia- Teorias Sociológicas do Crime


Equipe Jornalismo
  / Criminologia / 

 Teorias ecológicas ou ambientalistas: têm por objeto a análise da criminalidade


urbana e sua distribuição espacial. Analisa as condições de vida dos habitantes dos centros
urbanos e como as condições locais favoreciam fenômenos de desvio e desorganização social.

 Teoria da anomia: desenvolvida por Robert Merton, influenciado por Durkeim, as


causas das condutas desaviadas estão relacionadas ao estado de  anomia, fruto de um
processo de desintegração social derivado do abandono das regras, em geral ocasionado pela
falta de valores e princípios. Em essência, pretende descobrir as razões pelas quais, em
alguns casos, nas normas não são eficazes para orientar o comportamento das pessoas.

 Teoria da associação diferencial: criada por Sutherland,  parte da premissa de que o


delito é uma conduta que, como qualquer outra, se aprende, e esse aprendizado ocorre
mediante processos de interação social e comunicação entre as pessoas, em especial dentro
dos grupos a que ela pertence.  A teoria buscava explicar não apenas os delitos “comuns”,
mas também os chamados “crimes de colarinho branco”. Conforme o ensino de Álvaro
Mayrinkda Costa , “A aprendizagem é feita num processo de comunicação com outras
pessoas, principalmente, por grupos íntimos, incluindo técnicas de ação delitiva e a direção
específica de motivos e impulsos, racionalizações e atitudes. Uma pessoa torna-se criminosa
porque recebe mais definições favoráveis à violação da lei do que desfavoráveis a essa
violação. Este é o princípio da associação diferencial”.[1]

 Teorias das subculturas criminais: trata-se de um conjunto de teorias, que afirmam


não ser possível se falar em um sistema único de valores, pois existem grupos de pessoas
com valores próprios, não compartilhados pelo restante da sociedade. Ou seja, as
condutas desviantes não representam, necessariamente, uma contrariedade a valores e
interesses gerais. A teoria foi consagrada na literatura criminológica pela obra de  Albert
Cohen, denominada Delinquent Boys.
CRIMINOLOGIA CRÍTICA

 Não se trata de uma escola própria, mas uma vertente da criminologia sociológica, com
enfoque nas instâncias de controle social, que surge a partir dos anos setenta, nos EUA.

 Partem dos seguintes pressupostos:


a) crítica à criminologia tradicional, considerada conservadora e legitimadora de um sistema
punitivo muitas vezes injusto;
b) os delinquentes não são pessoas que diferem, na essência, das pessoas que respeitam as
leis;
c) a essência do delito está nos conflitos sociais, políticos e econômicos e nas normas legais
que definem a delinquência;
d) chamam a atenção para as distorções no processo de tipificação das leis penais e na
persecução criminal (seletividade).
CRIMINOLOGIA CRÍTICA – LABELLING APPROACH  (TEORIA DO ETIQUETAMENTO)

 Representa um giro metodológico radical, pois rompe com o paradigma


etiológico  (estudo das causas do comportamento desviante), prevalente no estudo da
criminologia desde então.

 Desloca o objeto de investigação para as agências e instâncias de controle social e as


consequentes reações a comportamentos em desconformidade com as regras impostas por
elas.

 Tese central: o desvio não é uma qualidade própria da conduta em desconformidade


com as normas, mas sim uma “etiqueta” (rótulo) atribuída a tais comportamentos pelas
agências e instâncias de controle social, cujas reações apresentam, assim, um caráter
“constitutivo” do delito.

 O labelling approach  expande o campo de estudo da criminologia tradicional, ao


destacar a importância dos seguintes aspectos:
a) a atividade de produção das normas sociais, vista como problemática;
b) os mecanismos de aplicação de tais normas a determinadas pessoas, muitas vezes de
natureza seletiva;
c) o impacto provocado pela atribuição do status de desviante (criminoso) na identidade do
“escolhido”.

 Apesar do nome usualmente empregado, não pretende ser uma nova teoria, mas
apenas trazer para o estudo da criminologia novas variáveis. Tem como alguns de seus
expoentes Howard Becker  e Edwin Lemert.

 Desvio secundário e carreira criminal: apontado em estudos criminológicos com


enfoque no labelling approach como possível consequência da atribuição do “rótulo” de
desviante a alguém, que passa a se comportar conforme essa nova identidade (“professia que
se cumpre por si mesma”). Guarda relação com o conceito de estigmatização criminal.
CRIMINOLOGIA CRÍTICA – CRIMINOLOGIA RADICAL

 Influenciada pelos estudos de Marx e Engels, abrange um conjunto de enfoques que


tem as seguintes características comuns:

1. visão conflitual da sociedade e do Direito, que vêm sendo marcados pela prevalência
dos interesses e valores de determinados grupos (classes sociais mais altas, por ex., cujos
crimes costumam ficar impunes). O delinquente é visto muitas vezes como alguém que busca
o caminho do delito em razão da opressão e limitação de oportunidades.

 Atitude crítica diante da criminologia tradicional, a quem se imputa a ocultação de


graves desigualdades sociais mediante o estudo meramente etiológico do delito (estudo das
causas), desviando a atenção dos problemas mais relevantes.

 Visão do capitalismo como base do problema da delinquência, pois tolera desigualdades


e promove o delito pela exploração das classes menos favorecidas.
 Proposta de reformas profundas nas estruturas da sociedade, pois a redução das
desigualdades levará a diminuição dos delitos.

 Entre os diversos enfoques da criminologia radical, o chamado  realismo de


esquerda  tentam conciliar a análise crítica com a pesquisa etiológica da infração, pois
reconhece o delito um problema real, causador de dano e dor às vítimas, e que atinge
principalmente as classes trabalhadoras.

Criminologia- Escola de Chicago


Equipe Jornalismo
  / Criminologia / 
A Revolução Industrial proporcionou uma forte expansão do mercado americano, com a
consolidação da burguesia comercial. Os estudos sociológicos americanos foram a priori
marcados por uma influência significante da religião. Com a secularização, ocorreu a
aproximação entre as elites e a classe baixa, sobretudo por uma matriz de pensamento,
formada na Universidade de Chicago, que se denominou “teoria da ecologia criminal” ou
“desorganização social” (Clifford Shaw e Henry Mckay).
Em função do crescimento desordenado da cidade de Chicago, que se expandiu do centro
para a periferia (movimento circular centrífugo), inúmeros e graves problemas sociais,
econômicos, culturais etc. criaram ambiente favorável à instalação da criminalidade, ainda
mais pela ausência de mecanismos de controle social.[1]
Conjunto de estudos elaborados no âmbito do Departamento de Sociologia da Universidade de
Chicago, a partir do final do século XIX, que tiverem participação marcante no
desenvolvimento da criminológica sociológica.
Estes estudos destacaram-se pela promoção do método científico (ênfase na teoria, na
observação e na objetividade) no estudo do comportamento humano e social, que antes tinha
enfoque especulativo. Se ocupou de vários assuntos de relevância sociológica, mas destacou-
se pelos estudos de ecologia criminológica  (ou  criminologia ambiental).
É considerada uma teoria de consenso e tem como principais expoentes pioneira de Robert
Park e Ernest Burguess. Em sede de sociologia, a escola criminológica de Chicago encarou o
crime como fenômeno ligado a uma área natural.[2]
Seus representantes iniciais não eram sociólogos nem juristas, senão jornalistas,
predominando em todo o caso, o amplo espectro das ciências do espírito.
A Escola de Chicago pode ter seu trabalho melhor compreendido dividindo-o em duas fases: a
Primeira Escola vai de 1915 a 1940, enquanto a segunda escola vai de 1945 a 1960.
O trabalho dessa escola explorou a relação entre a organização do espaço urbano e a
criminalidade.[3

Criminologia- Prevenção da Infração Penal


Equipe Jornalismo
  / Criminologia / 
A prevenção do delito é uma das funções primordiais da Criminologia moderna, pois para a
satisfação das exigências de um Estado Democrático de Direito é necessária uma resposta
estatal mais ampla, que não se resuma a punir o infrator.

Programas de prevenção ao delito:

 Prevenção primária: açõesdirigidas a toda a população, de modo generalizado, e


destinam-se a neutralizar o problema antes que ele se manifeste, através de programas na
área de educação, moradia, trabalho, socialização, bem-estar social, etc. Opera a média e
longo prazos.

 Prevenção secundária: atua em áreas pré-estabelecidas, onde os índices de


criminalidade são maiores, se orientado de forma seletiva a particulares setores da sociedade.
Opera a curto e médio prazos.

 Prevenção terciária: os programas de prevenção terciária têm por destinatária a


população carcerária e buscam evitar a reincidência criminal, agindo diretamente sobre a
figura do condenado.
Resumo Esquematizado. Criminologia. Instituto Fórmula, 2021.

Criminologia- Escola Clássica


Equipe Jornalismo
  / Criminologia / 

Não existiu propriamente uma Escola Clássica, que foi assim denominada pelos positivistas
em tom pejorativo (Ferri).[1]  Os, assim denominados, Clássicos, partiram de duas teorias
distintas: o jusnaturalismo (direito natural, de Grócio), que decorria da natureza eterna e
imutável do ser humano, e o contratualismo (contrato social ou utilitarismo, de Rousseau), em
que o Estado surge a partir de um grande pacto entre os homens, no qual estes cedem parcela
de sua liberdade e direitos em prol da segurança coletiva. A burguesia em ascensão procurava
afastar o arbítrio e a opressão do poder soberano com a manifestação desses seus
representantes através da junção das duas teorias, que, embora distintas, igualavam-se no
fundamental, isto é, a existência de um sistema de normas anterior e superior ao Estado, em
oposição à tirania e violência reinantes
Situa-se na chamada fase pré-científica da Criminologia, pois vale-se do método abstrato,
dedutivo e formal. A etapa pré-científica da criminologia foi marcada por uma abordagem
acidental e superficial do delito, e tinha duas formas de abordagens: a de caráter filosófico,
ideológico ou político e as de natureza empírica.[2]
É fruto dos ideais do Iluminismo (liberalismo, racionalismo, humanismo).
 Princípios fundamentais da Escola Clássica:

1. Crime é um ente jurídico;


2. A punibilidade deve ser baseada no livre-arbítrio;
3. A pena deve ter nítido caráter de retribuição pelo culpa moral;
4. Método e raciocínio lógico-dedutivo.
Tem por objeto de estudo o delito, visto como fato individual, isolado, mera infração à lei. A
aplicação da pena surge como consequência lógica do descumprimento ao ordenamento
jurídico.
Tem como tração marcante a ideia de livre arbítrio. O homem é visto como um ser racional e
livre, e a teoria do pacto social é tida como fundamento da sociedade e do poder.
Não pesquisa os motivos que levam à criminalidade, não se preocupando com a etiologia do
fenômeno criminoso.
Incapaz de fornecer aos poderes públicos as informações necessárias para um programa
político-criminal de prevenção e luta contra o crime.
Tem por expoentes nomes como Cesare Beccaria (“Dos delitos e das penas”), Carrara,
Romagnosci, etc.
Beccaria, precursor da Filosofia das Luzes, criticava a irracionalidade, a arbitrariedade e a
crueldade das leis penais e processuais no século XVIII.[3]

Cesare Lombroso e o homem delinquente


Sua principal contribuição para à Criminologia foi a sua teoria sobre o “homem delinquente”. Em síntese, a
teoria contou com a análise de mais de 25 mil reclusos de prisões europeias. Além disso, seis mil
delinquentes vivos e resultados de pelo menos quatrocentas autópsias (PABLOS DE MOLINA , 2013, p.
188).
A partir do estudo realizado, Lombroso constatou que entre esses homens e cadáveres existiam
características em comum, físicas e psicológicas, que o fizeram crer que eram os estigmas da criminalidade.
Nesse sentido, para ele, o crime era um fenômeno biológico. E não um ente jurídico, como afirmavam os
clássicos. Sendo assim, o criminoso era um ser atávico, um selvagem que já nasce delinquente.
Utilizando-se do método empírico-indutivo ou indutivo-experimental, o positivismo criminal de Lombroso
buscava através da análise dos fatos, explicar o crime sob um viés científico. Em suma, concebia o
criminoso como um indivíduo distinto dos demais, um subtipo humano.
Dessa forma, fundamentava o direito de castigar, não como meio e finalidade de punir o agente que praticou
o ato delituoso, mas sim, com o propósito de conservar a sociedade, combatendo assim a criminalidade.

A prevenção criminal consiste em um conjunto de medidas destinadas a evitar delitiva, a qual é classificada em
prevenção primária, secundária e terciária.

Prevenção PRIMARIA é aquela que se volta para criar condições sociais à prevenção da prática delitiva. Tema
por objetivo a conscientização social, atingindo problema criminal em sua origem, sendo operacionalizada a
longo prazo, manifestando-se por meio de estratégias políticas, culturais e sociais (tais como educação,
emprego, moradia etc). proporcionando qualidade de vida ao indivíduo.

A prevenção SECUNDÁRIA está mais voltada para os locais onde os crimes já acontecem e são mais
avançados. Opera a curto e médio prazo, e se orienta de forma seletiva a concretos e particulares setores da
sociedade. EX; instalações de unidades pacificadoras da polícia militar em comunidade do Rio de Janeiro onde
há grande incidência de delitos.

A prevenção TERCIÁRIA é aquela que ocorre pós a prática do crime, razão pela qual é denominada prevenção
tardia. Volta-se para a recuperação do criminoso, promovendo sua reinserção social de forma adequada, a fim
de evitar a reincidência. tem como alvo, portanto, o preso, o egresso do sistema prisional, bem como os demais
condenados aos quais não foram imposta penas privativas de liberdade.

O Princípio de Pareto, ou regra 80/20, é uma tendência que prevê que 80% dos efeitos surgem a partir de
apenas 20% das causas, podendo ser aplicado em várias outras relações de causa e efeito.

QUESTÕES

O estudo da pessoa do infrator teve seu protagonismo durante a fase positivista na evolução
histórica da Criminologia. Assinale, dentre as afirmativas abaixo, a que descreve corretamente
como a criminologia tradicional o examina a pessoa do infrator como uma realidade
biopsicopatológica, considerando o determinismo biológico e social.

Q. Uma informação confiável e contrastada sobre a criminalidade real que existe em uma
sociedade é imprescindível, tanto para formular um diagnóstico científico, como para desenhar os
oportunos programas de prevenção. Assinale a alternativa correta:
R.A criminalidade real corresponde à totalidade de delitos perpetrados pelos delinquentes. A
criminalidade revelada corresponde à quantidade de delitos que chegou ao conhecimento do
Estado. A cifra negra corresponde à quantidade de delitos não comunicados ou não elucidados
dos crimes de rua.

Q. Com relação à criminalidade denominada de colarinho branco, pode-se afirmar que a teoria da
associação diferencial.
R.sustenta que a aprendizagem dos valores criminais pode acontecer em qualquer cultura ou
classe social.

Q. A teoria do neorretribucionismo, com origem nos Estados Unidos, também conhecida por “lei e ordem”
ou “tolerância zero”, é decorrente da teoria.
R.“janelas quebradas”

Q. Do ponto de vista criminológico, a conduta dos membros de facções criminosas, das gangues urbanas
e das tribos de pichadores são exemplos da teoria sociológica da(o):
R. subcultura delinquente.

Q. Segundo a doutrina dominante, a criminologia é uma ciên- cia aplicada que se subdivide em dois ramos: a
criminologia ______ que consiste na sistematização, compa- ração e classificação dos resultados obtidos no âmbito
das ciências criminais acerca do seu objeto; e a criminologia ________que consiste na aplicação dos conheci-
mentos teóricos daquela para o tratamento dos criminosos.
R. geral … clínica
Q.A moderna criminologia exige do Estado Democrático de Direito um controle razoável da criminalidade
que, no Brasil, apresenta como sugestão metodológica eficaz para a pequena e média criminalidade o
modelo
R.de justiça consensual como, por exemplo, a lei dos Juizados Especiais Criminais.

Q.O modelo integrador de reação social que visa dar assistência à vítima e ao controle social afetado pelo
crime, mediante a reparação do dano causado, é chamado de modelo
R. restaurador
Q.A prevenção criminal que está direcionada ao preso, por meio de medidas socioeducativas, como
prestação de serviço à comunidade, que tem como objetivo sua recuperação, evitando uma possível
reincidência, classifica-se como prevenção
R.terciária.

Q.A disciplina que tem por objetivo estudar as causas e as origens da criminalidade para encontrar
medidas cabíveis que possam prevenir e combater a prática de crimes é a
R. profilaxia criminal.

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