Você está na página 1de 4

"Será que a pena de

morte é a solução para os


crimes mais violentos? "
Escola: Escola Secundária de Rio Tinto
Filosofia, feito por: Luana Ferreira, Maria inês Moutinho, Leonor
Vale, Rita Caldas
Professor: Carlos Santos
A pena de morte é ainda nos dias de hoje, um tema bastante controverso
porque engloba vários aspetos como: o ético, o religioso, o político, o comparativo, o
biológico, o criminoso, e o jurídico. No entanto, independentemente das opiniões
distintas, todos os dias são executadas pessoas pelo mundo fora, mais em
concreto, 657 execuções aconteceram no ano de 2019. A pena de morte como
todos conhecemos, é o tipo de sanção na qual o Estado tira a vida de uma pessoa
como forma de a condenar pelo crime cometido e são vários os tipos de execução,
incluindo, a decapitação, a eletrocussão, o enforcamento, câmaras de gás,
apedrejamento e a injeção letal.

A nossa pergunta é ”Será que a pena de morte é solução para os crimes mais
violentos?”, nós neste ensaio queremos mostrar que a pena de morte é um sintoma
de uma cultura de violência, e não uma solução para a mesma. É uma afronta à
dignidade da pessoa humana e deve ser abolida.

Ora, nós, opomo-nos fortemente à pena de morte em qualquer circunstância,


independentemente do arguido, do crime, se é culpado ou inocente ou do método
de execução. Deste modo, iremos ao longo deste texto expor através de uma
detalhada análise os diferentes pontos de vista se será legítimo esta forma de
punição ou não.
A maioria dos países aboliu a pena de morte, hoje 58 países mantêm a punição
para crimes comuns. Os motivos mais passíveis dessa condenação incluem
homicídios, espionagem, falsa profecia, violação, adultério, homossexualidade,
corrupção, tráfico de drogas ou não seguir a religião oficial. Alguns desses países
que ainda usam esta punição são a China, os Estados Unidos, o Irão, Líbia e a Índia
mas por outro lado vários países como o Canadá,Angola,Senegal,Brasil,Argentina e
México.
A pena de morte é uma sentença aplicada pelo poder judicial que consiste em tirar
legalmente a vida de uma pessoa que é suspeita de ter cometido um crime que é
considerado suficientemente grave para esta ser aplicada.
A pena de morte é tortura, é um atentado à integridade física e moral do ser
humano, considerando a vida um direito básico do indivíduo, levar alguém à morte
por seus crimes – que podem ter sido realizados por diversas razões – seria
inadequado. A nossa natureza é inacabada e as atitudes e comportamentos do ser
humano podem ser mudadas ao longo da sua existência. Em muitos países, os
governos justificam a utilização da pena de morte pois alegam que esta previne a
criminalidade. Contudo, não existe qualquer prova de que este método seja mais
eficaz na redução do crime do que outras punições severas. A pena de morte é
discriminatória. É frequentemente utilizada de forma desproporcionada contra
pobres, minorias, certas etnias, raças e membros de grupos religiosos. Nalguns
países é utilizada como um meio de repressão. Para além destes exemplos de mau
uso da punição já são conhecidos casos de julgamentos conduzidos erroneamente,
acabando por executar uma pessoa que não era de fato culpada.

“Os assassinos pensam duas vezes antes de cometer um crime se tiverem que enfrentar a pena de
morte.” 

Argumentação: 

Não é certo. Não há evidências conclusivas de que a pena de morte dissuade o crime de forma mais
eficaz do que as sentenças de prisão. De facto, em países onde a pena de morte foi proibida, os
números de crimes e assassinatos não aumentaram.

“É melhor executar uma pessoa do que prendê-la para sempre.” 

Argumentação: 

O custo económico da pena de morte não é uma questão trivial. Segundo dados publicados pelo
Centro de Informações sobre a Pena de Morte dos Estados Unidos, recolhidos em diversos estudos,
os custos de uma execução superam em muito os de uma prisão perpétua. Por exemplo, na
Califórnia, uma execução custa mais 114 milhões de dólares do que manter uma pessoa presa.

“As vítimas de crimes violentos e seus familiares também têm direito à justiça” 

Argumentação: 

Claro! As pessoas que perderam entes queridos em crimes terríveis têm o direito de ver o
responsável ser julgado com justiça, mas sem recurso à pena de morte. Ser contra a pena de morte
não significa ser contra a justiça ou minimizar e aceitar o crime, mas, como disseram muitas famílias
que perderam entes queridos: “a pena de morte não alivia o sofrimento. Simplesmente estende
aquele sofrimento à família do condenado ”. 

Conlusão:
A pena de morte não deve ser aplicada, por mais que seja um crime muito perigoso ou ate mesmo
imperdoável esta medida não pode ser aplicada pois é uma objeção à integridade da pessoa. Se esta
cometeu um crime tem que assumir a responsabilidade e ser devidamente julgada e cumprir a sua
sentença. Crimes como violação, espionagem, maus tratos, etc, embora não sejam perdoáveis não
podem ser justiçados com pena de morte mas sim com o sofrimento de estar preso numa cadeia e
ter que cumprir regras.

Você também pode gostar