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VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA
A farmacêutica Maria da Penha é natural do Ceará.

Após sofrer diversas agressões por parte de seu companheiro, foi baleada por ele com um tiro de espingarda, em
1983.

Após a hospitalização e recuperação, ela voltou para casa e sofreu nova tentativa de assassinato por parte do
mesmo homem.

Depois de feita a denúncia, Maria da Penha foi desmerecida e desacreditada pela justiça, o que manteve seu
agressor livre enquanto o processo corria.

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Em 1994, ela lançou um livro contando sua história e, graças ao apoio
que recebeu, seu caso foi parar na Comissão Interamericana de Direitos
Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1998.

Em 2002, a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o


Estado brasileiro por omissão e negligência.

Diante disso, o Brasil assumiu o compromisso de reformular as suas


leis e políticas em relação à violência doméstica. Surgiu, assim, a Lei
n. 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, promulgada em 7 de
agosto de 2006.

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Segundo a Agência Senado: “A Lei Maria da
Penha altera o Código Penal e possibilita que
agressores de mulheres no âmbito doméstico e
familiar sejam presos em flagrante ou tenham
prisão preventiva decretada. Com essa medida,
os agressores não podem mais ser punidos com
penas alternativas, como o pagamento de cestas
básicas, por exemplo, como era usual. A lei
também aumenta o tempo máximo de detenção
de um para três anos, estabelecendo ainda
medidas como a saída do agressor do domicílio
e a proibição de sua proximidade com a mulher
agredida e os filhos”.

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O que o caso de Maria da Penha e a lei que leva seu nome revelam é um cenário em que a violência doméstica
é constante e um problema sobre o qual se deve voltar a atenção. Mas, afinal, como definir violência doméstica?

Podemos defini-la como qualquer violência que ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de
familiaridade, afetividade ou coabitação. Isso pode ocorrer entre pais e filhos, marido e esposa, ou cuidadores e
idosos, por exemplo.

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Além disso, ela é normalmente denunciada quando constitui um caso de agressão física, mas ela também pode
ser:

Violência moral: quando se vale de atos que difamam, caluniam ou insultam a honra ou reputação da vítima.

Violência patrimonial: quando há ações violentas que resultam em danos, perdas, roubo, destruição ou retenção
de objetos, documentos pessoais, bens e valores.

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Violência psicológica: que constitui ações ou
omissões que visam a degradar ou controlar ações,
comportamentos, crenças e decisões de alguém,
por meio de intimidação, manipulação, isolamento ou
qualquer outra conduta que cause prejuízo à saúde
psicológica, autodeterminação ou desenvolvimento
pessoal.

Violência sexual: quando há atos que forçam uma


pessoa a ter contato sexual, físico ou verbal, ou participar
de outras formas de relação sexual, usando força,
intimidação ou qualquer outro meio que anule ou limite
a vontade pessoal. Inclui também quando o agressor
obriga a vítima a realizar esses atos com terceiros.

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Estudiosos enxergam um ciclo comum nas
situações violentas no âmbito doméstico: um
aumento da tensão, o ato de violência e a
chamada lua de mel. Esse ciclo tende a se repetir
de forma reiterada e muitas vezes o ato violento
acaba se agravando a cada vez.

As vítimas mais comuns da violência doméstica


são crianças, idosos e mulheres, sendo estas
últimas a maioria dos casos, o que associa esse
tipo de ação à violência de gênero.

Um dos mitos associados à violência doméstica


é de que ela acontece apenas nas classes mais
baixas, atingindo populações mais pobres.

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Porém, diversos estudos mostram que
agressões relacionadas ao ambiente
doméstico ocorrem em diferentes classes,
evidenciando que aquilo que está em jogo
é a relação de poder que se estabelece nos
contextos em que a violência ocorre, mas pode
haver interferência de aspectos como gênero
e raça, por exemplo, já que mais mulheres –
sobretudo mulheres negras são vítimas desse
tipo de crime.

Algumas causas são citadas como possíveis


provocadoras da violência doméstica,
principalmente quando atinge mulheres.

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Em primeiro lugar, historicamente, a mulher tem
sido colocada em posição subalterna, ocasionando
desigualdade de gênero e construindo uma cultura
patriarcal que pode levar à violência.

Além disso, uma pesquisa do Instituto Avon, em


2011, verificou que alguns elementos cotidianos
são apontados como fatores de agravamento das
situações violentas, como o uso de álcool ou outras
drogas, ciúmes, questões financeiras e desemprego,
ou, ainda, problemas familiares.

Os dados relacionados à violência doméstica no


Brasil são assustadores.

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Já a Rede de Observatórios da Segurança registrou
2.423 casos de violência contra a mulher em 2022,
sendo 495 deles casos de feminicídio. Segundo
a Organização das Nações Unidas, o feminicídio
é o assassinato de mulheres e meninas motivado
somente pelo seu gênero.

E esse constitui outro dado alarmante no Brasil:


Segundo um levantamento realizado pelo G1 com
base em dados oficiais dos 26 estados e do Distrito
Federal, o Brasil registrou um aumento de 5% nos
casos de feminicídio em 2022 em comparação com o
ano anterior.

No total, foram 1,4 mil mulheres mortas


simplesmente por serem mulheres, o que equivale,
em média, a uma morte a cada 6 horas.

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Esse número representa o maior registro de
casos desde a implementação da lei de feminicídio
em 2015, que especificou esse crime quando
o assassinato envolve violência doméstica e
familiar, menosprezo ou discriminação à condição
de mulher da vítima.

As situações desse tipo violência também se


agravam em momentos de crise: no Brasil, o
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos (MMFDH), em parceria com a Ouvidoria
Nacional dos Direitos Humanos (ONDH),
declarou que nos meses de fevereiro, março e
abril de 2020, quando se iniciou a pandemia
de covid-19 no país, o número de denúncias de
violência doméstica teve um aumento de 14,12%
em comparação com o mesmo período de 2019.

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Já os dados de feminicídio de 2022 mostram
um aumento desse tipo de crime já
desligado da questão da pandemia. Como
costumam afirmar estudiosos do assunto:
a violência doméstica e de gênero no Brasil
possui seu próprio caráter pandêmico.

A agressão contra as mulheres tem


consequências negativas que afetam tanto
a sua saúde física e emocional quanto o
bem-estar dos outros familiares, como os
filhos, por exemplo, e atingem até mesmo
a conjuntura econômica e social dos países,
uma vez que mulheres vítimas de violência
doméstica demandam mais dos serviços de
saúde.

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Além disso, entre as consequências físicas
estão lesões, obesidade, síndrome de dor
crônica, distúrbios gastrintestinais, fibromialgia,
fumo, invalidez, distúrbios ginecológicos, aborto
espontâneo e até mesmo a morte.

Já as sequelas psicológicas do abuso muitas


vezes são mais graves do que seus efeitos
físicos, pois destroem a autoestima da mulher e
aumentam o risco de problemas mentais, como
depressão, fobias, estresse pós-traumático,
tendências suicidas e abuso de álcool e drogas.

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Algumas ações e campanhas têm atuado na luta
contra a violência doméstica. A Lei Maria da Penha
é reconhecida pela ONU como uma das legislações
mais avançadas do mundo. Uma de suas principais
contribuições são as medidas protetivas de urgência
destinadas às vítimas.

Além disso, a lei estabelece a criação de recursos


essenciais para garantir sua efetividade, como Delegacias
Especializadas de Atendimento à Mulher, Casas-abrigo,
Centros de Referência da Mulher e Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher, entre outros.

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A Lei Maria da Penha vai além de uma abordagem
jurídica para punir agressores. Ela abrange diferentes
formas de violência doméstica e familiar, promove
políticas públicas de prevenção, assistência
e proteção às vítimas, estabelece Juizados
especializados, medidas de proteção imediata e
programas educacionais inclusivos.

Esses dispositivos formam uma rede integrada de


combate à violência contra a mulher, respeitando
direitos humanos fundamentais e buscando uma
vida livre de violência.

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Apesar das diversas campanhas e leis de combate à
violência doméstica, é responsabilidade de todos nós
romper com o ciclo dessa violência, pois não se trata
de um problema privado limitado ao casal ou à família,
mas, sim, de um problema da sociedade como um todo.
Portanto, é necessário intervir e denunciar.

O canal Ligue 180 recebe denúncias de violações contra


a mulher e as orienta, direcionando-as para os serviços
especializados da rede de atendimento.

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No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre
os direitos da mulher, a legislação sobre o tema e
a rede de atendimento e acolhimento de mulheres
em situação de vulnerabilidade.

Além do número de telefone 180, é possível


realizar denúncias de violência contra a mulher
pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na
página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos
(ONDH).

No site do Ministério de Direitos Humanos e


Cidadania, está disponível o atendimento por chat
e com acessibilidade para a Língua Brasileira de
Sinais (Libras).

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É preciso estar atento aos sinais e trabalhar juntos para construir uma sociedade livre de violência doméstica.

Nossa luta é pela


vida de TODAS!
Nenhuma a menos.

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Questões
1) What is Domestic Violence? Algumas das formas de violência sexual apresentadas pelo texto
são:
Domestic violence can take different forms, but its goal is always
the same: Batterers want to control their domestic partners through
a) fazer regras impossíveis e obrigar as vítimas a cumpri-las;
fear. They do this by regularly abusing them physically, sexually,
forçar o ato sexual com um parceiro não desejado.
psychologically and economically. Here are some of the forms
domestic violence can take: b) não responder ao que a vítima está dizendo; exigir atos
sexuais que a vítima não quer desempenhar.
PHYSICAL ABUSE – Hitting • Slapping • Kicking • Choking
•Pushing • Punching • Beating. c) forçar o ato sexual com um parceiro não desejado; exigir atos
sexuais que a vítima não quer desempenhar.
VERBAL ABUSE – Constant criticism • Making humiliating remarks d) tornar difícil para a vítima ver parentes e amigos; fazer regras
• Not responding to what the victim is saying • Mocking • Name- impossíveis e obrigar as vítimas a cumpri-las.
calling • Yelling • Swearing • Interrupting • Changing the subject.
e) fazer a vítima se sentir culpada; forçar o ato sexual com um
SEXUAL VIOLENCE – Forcing sex on an unwilling partner • parceiro não desejado.
Demanding sexual acts that the victim does not want to perform •
Degrading treatment.

ISOLATION – Making it hard for the victim to see friends and 2) (Enem 2019) Um amor desse
relatives • Monitoring phone calls • Reading mail • Controlling
where the victim goes • Taking the victim’s car keys. Era 24 horas lado a lado
Um radar na pele, aquele sentimento alucinado
COERCION – Making the victim feel guilty • Pushing the victim Coração batia acelerado
into decisions • Sulking • Manipulating children and other family
members • Always insisting on being right • Making up impossible Bastava um olhar para eu entender
“rules” and punishing the victim for breaking them. Que era hora de me entregar pra você
Palavras não faziam falta mais

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Questões
Ah, só de lembrar do seu perfume d) divulgação da importância de denunciar a violência doméstica,
Que arrepio, que calafrio que atinge um grande número de mulheres no país.
Que o meu corpo sente
e) naturalização de situações opressivas, que fazem parte da
Nem que eu queira, eu te apago da mente
vida de mulheres que vivem em uma sociedade patriarcal.
Ah, esse amor
Deixou marcas no meu corpo
3)
Ah, esse amor
Só de pensar, eu grito, eu quase morro

AZEVEDO, N; LEÃO, W. QUADROS, R. Coração pede socorro. Rio de Janeiro: Som Livre,
2018 (fragmento).

Essa letra de canção foi composta especialmente para uma


campanha de combate à violência contra as mulheres, buscando
conscientizá-las acerca do limite entre relacionamento amoroso
e relacionamento abusivo. Para tanto, a estratégia empregada na
letra é a

a) revelação da submissão da mulher à situação de violência,


que muitas vezes a leva à morte.
b) ênfase na necessidade de se ouvirem os apelos da mulher
agredida, que continuamente pede socorro.
c) exploração de situação de duplo sentido, que mostra que atos
de dominação e violência não configuram amor.

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Questões
(Enem 2017) Campanhas publicitárias podem evidenciar problemas violetas, para simbolizar la lucha contra la violencia de género.
sociais. O cartaz tem como finalidade El acto ha sido en la Plaza del Museo Reina Sofía de Madrid. 50
voluntarios de esta ONG han repartido todas las latas en una
a) alertar os homens agressores sobre as consequências de hora. Se han entregado a aquellos que asumían el reto de “dar
seus atos. la lata” todos los días del año para luchar contra este tipo de
b) conscientizar a população sobre a necessidade de denunciar violencia.
a violência doméstica. El violeta es el color con que se representa la lucha contra
la violencia de género. Los que han recogido las latas se han
c) instruir as mulheres sobre o que fazer em casos de agressão. comprometido a hacer crecer la flor y conservarla, simbolizando
d) despertar nas crianças a capacidade de reconhecer atos de así la lucha contra este tipo de violencia.
violência doméstica. Paz y Desarrollo postula que se hable de esta problemática,
no solo cuando se producen casos de violencia machista o en
e) exigir das autoridades ações preventivas contra a violência los días internacionales sino todos los días. Piensan que hay
doméstica. que plantarle cara a esta violencia trabajando conjuntamente
por la igualdad de géneros. Explican que, además de pedir a
los gobiernos que tomen las medidas necesarias para solventar
este tipo de violencia, es importante trabajar la igualdad entre
4) “Dar la Lata” contra la violencia de género hombres y mujeres en cualquier contexto: tanto en casa, con las
tareas del hogar y el cuidado de los hijos, como en el trabajo y
Impulsada por la ONGD Paz y Desarrollo, y financiada por
con los amigos.
la Agencia Española de Cooperación Internacional para el
Desarrollo (AECID), esta iniciativa pretende remarcar que contra
Asimismo, pretenden destacar los logros que se han ido
la violencia de género hay que ‘Dar la lata todos los días’.
consiguiendo contra la violencia de género gracias a la
persistencia de las personas a lo largo de la historia. Creen que
Por Violeta Alonso
solo así se conseguirá acabar con esta problemática.
La campaña ‘’www.darlalata.org’’ recoge los avances contra la
Una de cada tres mujeres es maltratada en el mundo. Por ello, la
violencia de género y ejemplos de acciones de concienciación
ONG Paz y Desarrollo ha repartido 2.000 latas con semillas de

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Questões
que se están llevando a cabo con éxito en varios países. Se ha b) destacar os avanços e exemplos de ações de
realizado un vídeo al que han llamado ‘’La mayor historia de conscientização que se realizam, com sucesso, em diversos
desamor jamás contada’’ y que narra en un minuto la trayectoria países.
de la violencia contra las mujeres en la humanidad. La ONG c) reunir um grupo de pessoas que assuma o desafio de lutar
afirma que “en los últimos cien años son innumerables los contra essa violência.
avances legislativos y la toma de conciencia de la ciudadanía en d) conscientizar as pessoas de que esse tipo de violência
el mundo. La violencia de género ha pasado de ser vista como somente terminará com a luta e a persistência de todos.
un problema ‘’doméstico’’ a un desafío de vital importancia. Eso e) pedir aos governos que tomem medidas necessárias para
sí, aún queda mucho por hacer, por eso tenemos que dar la lata resolver o problema da violência.
todos los días”. Paz y Desarrollo ha realizado, desde el año 1991,
780 proyectos y 9 convenios de cooperación internacional en 35
países de América Latina, África y Asia, con especial hincapié en 5) (UFMG 2009) Violência contra a mulher, Estado “mete a
la igualdad y la justicia social. colher”
Según una estadística del Ayuntamiento, la Guardia Urbana de
Madrid detuvo e imputó en el mes de marzo a 1.784 personas, “A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer.”
162 personas por violencia doméstica, 12 más por agresiones y Palavra de ordem tradicional das passeatas e manifestações do
abusos sexuales. movimento feminista em todo o Brasil, essa frase mostra que
o anseio por construir uma sociedade sem violência doméstica
Disponível em: http://www.cadenaser.com/. Acesso em: 08 setembro de 2012 ainda é tema principal para as mulheres.
(adaptado). Segundo pesquisa Ibope e Instituto Patrícia Galvão, de 2006,
33% dos entrevistados apontam a violência contra a mulher,
dentro e fora de casa, como o problema que mais preocupa a
(Ufpa 2013) Ao utilizar a expressão “dar la lata” no trecho brasileira na atualidade.
“Dar la lata todos los días” (subtítulo do texto), a autora pretende Em 2001, quando a Fundação Perseu Abramo realizou a
destacar que a campanha contra a violência de gênero objetiva: primeira investigação com abrangência nacional sobre a vida
das mulheres brasileiras, os números já indicavam uma situação
a) distribuir latas com sementes de violeta para simbolizar a
luta contra esse tipo de violência. alarmante: a cada 15 segundos, uma mulher era espancada no

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Questões
Brasil. Depois da pesquisa “A Mulher Brasileira nos Espaços c) a violência contra a mulher, independentemente das
Públicos e Privados”, outras foram feitas e os números mostram explicações de certas autoridades, é uma realidade no Brasil
que a realidade da violência doméstica não mudou. Pesquisa e não se limita ao espaço doméstico.
realizada este ano pelo DataSenado constata que, em cada cem d) os agressores, segundo as pesquisas feitas, são, num
mulheres brasileiras, quinze vivem ou já viveram algum tipo de percentual de 33%, homens com os quais as mulheres
violência doméstica. agredidas mantêm laços conjugais.
Não adianta justificar, como fazem alguns legisladores e chefes
do Executivo, que toda a sociedade está mais violenta no geral
ou que as mulheres estão “entrando” cada dia mais no mundo
do crime.
As mulheres continuam apanhando, são xingadas, espancadas e
mortas, em sua grande maioria, dentro de casa, e os criminosos
são homens da sua confiança: companheiro, marido, pai ou
namorado.

Teoria e Debate, n. 74, nov./dez. 2007. (Adaptado)

Com base na leitura desse texto, é correto afirmar que:

a) a maioria dos entrevistados pelo Ibope e Instituto Patrícia


Galvão, em 2006, apontou a violência doméstica como o
principal problema brasileiro da atualidade.
b) a pesquisa do DataSenado constatou que quinze, em cada
grupo de cem mulheres, já sofreram algum tipo de violência
dentro e fora do lar.

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Redação
Enem 2015: A persistência da violência contra a mulher na
sociedade brasileira

A proposta de redação do Enem 2015 abordou a persistência da


violência contra a mulher na sociedade brasileira. Os estudantes
foram desafiados a discutir as causas, consequências e propor
soluções para combater esse problema social. A proposta visava
avaliar a capacidade dos participantes em analisar informações,
apresentar argumentos consistentes e elaborar propostas de
intervenção coerentes.

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Gabarito
1) Alternativa [C] Alternativa D: Incorreta. Embora a violência doméstica seja
mencionada indiretamente na letra da canção, ela não se concentra
Alternativa A: Incorreta. Essa alternativa mistura aspectos na divulgação da importância de denunciar a violência doméstica.
de coerção e violência sexual, mas a parte sobre fazer regras
impossíveis e obrigar as vítimas a cumpri-las não se relaciona Alternativa E: Incorreta. Embora a letra aborde um relacionamento
diretamente com a violência sexual mencionada no texto. abusivo, não há indicação de que esteja naturalizando ou aceitando
situações opressivas. A mensagem da canção é justamente o
Alternativa B: Incorreta. Essa alternativa corretamente identifica contrário, pois mostra que atos de dominação e violência não
uma forma de violência verbal, mas não menciona a coerção ou podem ser considerados como amor.
forçar o ato sexual com um parceiro não desejado.
Alternativa D: Incorreta. Essa alternativa descreve formas de
isolamento e coerção, mas não está relacionada diretamente com a 3) Alternativa [B]
violência sexual mencionada no texto.
Alternativa A: Incorreta. Não há na campanha menção sobre
Alternativa E: Incorreta. Embora essa alternativa mencione a alertar os homens agressores sobre as consequências de seus atos
violência sexual corretamente, não aborda outras formas de como algum tipo de pena, por exemplo.
violência sexual mencionadas no texto, como exigir atos sexuais
que a vítima não quer desempenhar. Alternativa C: Incorreta. Com exceção do número para a denúncia
do acontecimento, não há mais instruções para as mulheres
Alternativa D: Incorreta. Já existe a percepção de conhecimento do
2) Alternativa [C] ato de violência na campanha.

Alternativa A: Incorreta. Essa alternativa não é suportada pela Alternativa E: Incorreta. A exigência das autoridades prestarem
letra da canção. Embora a letra mencione um relacionamento suporte ou outros tipos de ações não foi mencionada na campanha.
abusivo, não há indicação de submissão da mulher à violência ou
ao de risco de morte.
Alternativa B: Incorreta. Embora a letra mencione “Coração pede 4) Alternativa [D]
socorro”, ela não se concentra na necessidade de ouvir os apelos da Alternativa A: Incorreta. Embora o texto mencione a distribuição
mulher agredida. A letra é mais focada em transmitir a mensagem de latas com sementes de violeta como parte da campanha, essa
de que atos de dominação e violência não configuram amor. não é a finalidade principal da expressão “dar la lata”. A expressão

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Gabarito
se refere à necessidade de ser persistente e insistir na luta contra a Alternativa B: Incorreta. O texto menciona que a pesquisa do
violência de gênero. DataSenado constatou que em cada cem mulheres brasileiras,
Alternativa B: Incorreta. Essa alternativa não está diretamente quinze vivem ou já viveram algum tipo de violência doméstica. Não
relacionada à expressão “dar la lata”. O texto menciona que a há menção específica de violência dentro e fora do lar.
campanha coleta avanços e exemplos de ações de conscientização,
mas a expressão em questão enfatiza a importância da luta Alternativa D: Incorreta. O texto não menciona o percentual de
persistente contra a violência de gênero. 33% em relação aos agressores que têm laços conjugais com as
Alternativa C: Incorreta. Embora a expressão “dar la lata” possa mulheres agredidas. O número mencionado no texto é o percentual
sugerir a união de um grupo de pessoas, a finalidade não é apenas dos entrevistados que apontaram a violência contra a mulher como
reunir, mas também incentivar e conscientizar as pessoas sobre a o problema que mais preocupa a brasileira.
necessidade de lutar contra a violência de gênero. Portanto, essa
alternativa está incompleta e incorreta.
Alternativa E: Incorreta. Embora o texto mencione a importância de
pedir aos governos que tomem medidas necessárias, a expressão
“dar la lata” não está diretamente relacionada a isso. A ênfase está
na ação e persistência individual e coletiva na luta contra a violência
de gênero.

5) Alternativa [C]
Alternativa A: Incorreta. O texto não menciona que a maioria
dos entrevistados apontou a violência doméstica como o principal
problema brasileiro da atualidade. Ele apenas afirma que 33%
dos entrevistados apontaram a violência contra a mulher como o
problema que mais preocupa a brasileira na atualidade.

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