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COLÉGIO SIQUEIRA CÉZAR

GABRIEL FEITOSA
LORENA OLIVEIRA
LUCAS FONSECA
MARIANA HENRIQUE
SOPHIA SOARES

ABUSO SEXUAL

SÃO PAULO
2023
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GABRIEL FEITOSA
LORENA OLIVEIRA
LUCAS FONSECA
MARIANA HENRIQUE
SOPHIA SOARES

ABUSO SEXUAL

Trabalho de conclusão de curso


Apresentado á Colégio Siqueira Cézar
Para a conclusão do 9°ANO - Ensino fundamental II

SÃO PAULO
2023
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RESUMO

Esta monografia sobre abuso sexual teve como objetivo abordar diversas dimensões
desse tema delicado. Inicialmente, introduz o conceito de abuso sexual, suas várias
formas e impactos psicológicos nas vítimas. O trabalho explora estatísticas relevantes e
fatores de risco, como desigualdade de gênero e vulnerabilidade socioeconômica. Além
disso, analisa causas subjacentes, como questões culturais e sociais. Impactos
psicológicos e sociais são destacados, incluindo trauma e estigma. Estratégias de
prevenção são abordadas, incluindo educação e conscientização. O papel da legislação e
políticas públicas no combate ao abuso sexual é analisado, assim como opções de apoio
às vítimas, como terapia e grupos de apoio. O trabalho conclui enfatizando a importância
da conscientização contínua para criar uma mudança de mentalidade e um ambiente
seguro. Uma análise das consequências a longo prazo do abuso sexual, como transtornos
de ansiedade e depressão, vale lembrar que é citado a importância da denúncia de
praticas desse tipo.

RESUMO ( Inglês )

This monograph on sexual abuse aimed to address various dimensions of this delicate
topic. Initially, it introduces the concept of sexual abuse, its various forms, and the
psychological impacts on victims. The paper explores relevant statistics and risk factors,
such as gender inequality and socioeconomic vulnerability. Additionally, it analyzes
underlying causes, such as cultural and social issues. Psychological and social impacts
are highlighted, including trauma and stigma. Prevention strategies are discussed,
including education and awareness. The role of legislation and public policies in
combating sexual abuse is examined, as well as options for supporting victims, such as
therapy and support groups. The paper concludes by emphasizing the importance of
ongoing awareness to create a mindset shift and a safe environment. An analysis of the
long-term consequences of sexual abuse, such as anxiety disorders and depression, is
also included, with a reminder of the importance of reporting such practices.
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INTRODUÇÃO

O termo abuso sexual é utilizado de forma ampla para classificar as investidas sexuais
que ocorrem sem o consentimento da outra parte. Esse tipo de violência inclui qualquer
ato sexual em que o agressor usa a força (ameaças físicas ou verbais), como
manipulação; carícias populares e orais forçados.

Também pode ser qualquer forma de exploração sexual de crianças e adolescentes


(incentivo à prostituição, escravidão sexual, turismo sexual e pornografia infantil).
Na maioria dos casos, o agressor é alguém que a criança ou adolescente conhece
,geralmente um membro da família, vizinho ou amigo da família.

Ao contrário do que muitos pensam, abuso sexual não precisa acontecer com contato
físico, pode haver abuso sem contato físico.

Por contato físico:

São atos físicos que incluem toque genital, tentativa de relação sexual, masturbação,
sexo oral e/ou penetração. Podem ser legalmente tipificados como: atentado violento ao
pudor, corrupção de menores, sedução e estupro. contato, como beijar e tocar outras
partes do corpo, pode ser considerado abuso sexual.

Sem contato físico:

Apesar de não envolver nenhum contato físico, o abuso sexual de crianças e


adolescentes continua sendo uma grave violação dos direitos humanos que deve ser
denunciada às autoridades e pode causar enormes traumas emocionais e psicológicos às
vítimas.

Quando a família acolhe e acredita na denúncia da criança ou jovem, a vítima se sente


empoderada e a violência tende a ter menos impacto. Do contrário, a vítima fica
vulnerável e insegura diante da situação. O medo de contar histórias de abuso pode estar
ligado ao medo da rejeição da família porque as pessoas não acreditam no relato.

Sabemos que as consequências da violência podem impactar na vida adulta de um


indivíduo.

É um trauma que pode produzir sintomas como ansiedade, depressão, culpa, vergonha,
ódio, medo, raiva, comportamento suicida, baixa autoestima, agressividade, tendência ao
isolamento social e comportamento sexual inadequado.
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DESENVOLVIMENTO

A violência contra crianças e jovens é um problema generalizado que afeta silenciosa e


secretamente milhares de vítimas. Assim, é um problema que afeta ambos os sexos e
geralmente não segue certas regras, como nível social, econômico, religioso ou cultural.

A violência doméstica, é uma forma de relação social que está diretamente relacionada ao
modo pelo qual os homens produzem e reproduzem suas condições sociais de existência.
Ao mesmo tempo, ela é a negação de valores considerados universais, como liberdade,
igualdade e a própria vida. Neste processo, a criança e o adolescente são as maiores
vítimas de atos abusivos e maus-tratos, ocasionados por sua maior vulnerabilidade e
dependência.

O abuso sexual caracteriza-se por qualquer ação de interesse sexual de um ou mais


adultos em relação a uma criança ou adolescente, podendo ocorrer tanto no âmbito
intrafamiliar – relação entre pessoas que tenham laços afetivos, quanto no âmbito
extrafamiliar – relação entre pessoas que não possuem parentesco.

É necessário considerar algumas particularidades que envolvem a violência praticada, tais


como: grau de penetração; acompanhamento de insultos ou violência psicológica; uso de
força ou violência física, entre outras brutalidades que, obviamente, são variações que
comprometem as conclusões sobre as consequências do abuso sexual.

Vale ressaltar, que este trabalho tem como objetivo principal, ser ou desenvolver um texto
que abrange fatos e acontecimentos.

De acordo com: Adorno (1988), Gil (1991), Kaplan e Sadock (1990), Furniss (1993).
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1. JUSTIFICATIVA

É necessário falar sobre o tema abuso sexual, por conta de ocorrer de uma forma
ampla na sociedade, "uma triste realidade vivenciada por milhares de crianças,
adolescentes, adultos e até idosos, vítimas de exploração e violência sexual. 70% das
vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes".No site da Fundação Feac
apresenta que "em média, dos casos denunciados no país, 40% das crianças têm entre 0
a 11 anos, 30% de 12 a 14 anos e 20% de 15 a 17. A maioria possui entre 7 e 14 anos".

Portanto, citar atos desta violência, conscientizar e reforçar, é de grande importância.


Segundo o site G1, denúncias relacionadas à importunação sexual aumentaram 158% em
janeiro deste ano, em comparação com janeiro do ano passado. Mas o número de casos
pode ser ainda maior. A polícia acredita que muitas vítimas se sentem constrangidas ou
têm receio de procurar a delegacia, e reforça que denunciar o crime pode encorajar outras
pessoas a tomar a mesma atitude".

Em vista disso, educação sexual é fundamental para combater o abuso, muitos casos
são cometidos por uma pessoa de confiança, como um parente. A criança, adolescente
precisa aprender sobre seu corpo e em como protegê-lo, assim como ter a confiança nos
pais para contar qualquer situação desconfortável, é uma questão de saúde pública e
ensino básico.

Um abuso sexual pode trazer inúmeros danos para a vítima, como infecções
sexualmente transmissíveis, gestação indesejada, trauma de relacionamentos, dificuldade
de confiança, preservar-se de contado físico, desenvolvimento de fobias, pânico,
transtornos, depressão e estresse pós-traumatico. A vítima pode ter problemas sociais e
familiares, levando-a ao uso de drogas, tentativas de suicídio, entre outros danos.
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2. OBJETIVO

O debate sobre os temas que envolvem a vida sexual, pode trazer benefícios para a
saúde de crianças e adolescentes. O abuso sexual coloca em risco a vida e o futuro dos
jovens. As decorrências desse abuso podem ser preocupantes a ponto de comprometer o
desenvolvimento do adolescente.

Favorecer o aumento do conhecimento aos alunos sobre o tema (Abuso sexual e


direitos humanos), a fim de estimular para o confronto à violência sexual. Em função
disso, a escola é de extrema importância para o combate do abuso sexual. Crianças e
adolescentes enxergam a escola como um lugar de acolhimento, onde se sentem
escutados, portanto, o pedagogo saber identificar um abuso é excessivamente
importante. Geralmente, grande parte dos abusos são cometidos por pessoas do círculo
de convivência do jovem.

No Brasil, em sua grande maioria, este crime atinge meninas negras e periféricas,
meninas indígenas e com deficiência também estão entre as mais vulneráveis para esse
tipo de violência. As formas de prevenção são ensinar crianças e adolescentes a
conhecer suas partes do corpo e distinguir ações com certas intimidades que ultrapassam
o limite. Muitos casos são descobertos por profissionais da educação ou pessoas
conhecidas.

O objetivo principal é mostrar relatos de vítimas que sofreram abuso sexual, mudanças
comportamentais, relatos de psicólogos, contextualizar as consequências do abuso,
danos morais, éticos e físicos. Um assunto extremamente perturbador e ao mesmo tempo
pouco falado, fatos que acontecem regularmente.
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3. Metodologia

As pessoas que sofreram abuso sexual na infância ou adolescência levam impactos


emocionais nascido do abuso, em diferentes graus.

Os maus-tratos impostos às crianças e os graves descasos de que elas são vítimas


vêm, há décadas, guiando a atenção de um público amplo. Mais detestáveis ainda são as
violências sexuais a que algumas delas são levadas durante a infância e a adolescência.
Tais fatos permanecem às vezes dissimulados, devido ao silêncio que os cerca: deve-se à
interrupção das vítimas em queixarem-se e à surdez dos adultos que cuidam dessas
crianças.

É muito difícil formar uma ideia exata da extensão desse problema, por outro motivo
não fosse a atitude das vítimas e daqueles a quem elas ousam nem sempre a se
confessar. Esses fatores explicam também que este estudo tenta explicar esse problema
à luz de contribuições que refletem a experiência pessoal de cada um no nível dos fatos
observados, das práticas profissionais que respondem a elas e das teorias incluídas a tais
práticas.

A história da criança e do adolescente no Brasil é caracterizada pela violência em suas


diferentes manifestações. Entre estas, estão o descanso, a criação, o abandono,
aproveitamento no trabalho, fome, abuso e exploração sexual. Este trabalho tem dois
objetivos: analisar o caso da violação de direitos no que diz respeito ao abuso e à
exploração sexual da criança e do adolescente, tendo em estima o avanço das politicas
publicas para o enfrentamento do abuso sexual; dar alguns proventos para a comunidade
escolar identificar o acontecimento e nele intervir para garantir a proteção da criança e do
adolescente a educação sexual é fundamental para prevenir e enfrentar a violência sexual
contra crianças. Ensinar sobre consentimento, autoproteção e diferença entre toques
gentis e agressivos desde cedo aumenta as chances de evitar violações.

3.1 Definição

Dentro do contexto de abuso sexual existem dois tipos de delito: o abuso e a


exploração. A diferença entre os dois é que o primeiro é voltado para a satisfação de
desejos, sem fins comerciais, e o segundo envolve propina, mercantilização e muitas
vezes pode estar relacionado a quadrilhas criminosas. As causas são diversas: sociais,
culturais e econômicas. Violência, negligência e abuso de poder são alguns fatores de um
conjunto contextual que levam à violência sexual. Os agressores são adultos, em sua
maioria homens, que usam a relação sexual para satisfazerem desejos e/ou obterem
vantagens, relacionada a fins comerciais ou não. Existem diferentes tipos de exploração
sexual: pedofilia, prostituição, pornografia, turismo sexual e tráfico de pessoas. por meio
de relações de poder, crianças e adolescentes são coagidos, violentados e explorados.
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3.2 Contexto histórico

Historicamente a violência sexual é referida na literatura desde os primórdios da


Humanidade, durante as formações das fundações e das sociedades. Na Grécia antiga o
rapto de mulheres era a base do casamento, e no Império Romano o cortejo nupcial era
tirar a noiva de sua mãe.

O abuso sexual tem sido praticado desde os tempos antigos. O imperador romano
Tibério, de acordo com o trabalho de Suetônio sobre a vida dos imperadores, tinha
tendências sexuais que incluíam crianças como objetos de prazer. É relatado que ele se
retirou para a ilha de Capri com vários deles e a forçou a experimentar sua libido
envolvendo-se em vários atos sexuais.

Um século separa o primeiro trabalho científico publicado sobre abuso infantil e juvenil
e sua inserção nas áreas de pediatria e saúde pública.

Passaram-se mais cem anos de sofrimento até que o trabalho do médico francês fosse
confirmado por um grupo de radiologistas americanos, que definiu a criação de mudanças
legislativas e políticas públicas nos Estados Unidos e em outros países do mesmo
hemisfério voltadas para o enfrentamento, proteção e prevenção da exploração e abuso
de menores.

Muito foi escrito e pesquisado sobre esse assunto em todo o mundo nos últimos
quarenta anos, mas pouco progresso foi feito na prática. Talvez o fenômeno se explique
pela extensão do problema ou pela dificuldade que as pessoas têm em administrar seu
sofrimento quando abusadas por existir fora da realidade conhecida e vivenciada por
grande parte da sociedade, pois são encaradas como “problema dos outros”.

3.3 Dados numéricos

"Segundo dados do Ministério da Saúde, 202.948 casos de violência sexual contra


crianças e adolescentes foram notificados de 2015 a 2021 no Brasil, quase 80 casos por
dia.O serviço “Disque 100”, registrou entre janeiro e março de 2023, 14.014 denúncias em
todo o país, referentes à violência sexual contra crianças e adolescentes, 121 casos só do
Piauí, em todo o ano de 2023, os registros chegaram a 11 mil denúncias e 18,2 mil
violações sexuais"
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SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................... 03

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 04

DESENVOLVIMENTO ................................................................................................ 05

1. JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 06

2. OBJETIVO ............................................................................................................. 07

3. METODOLOGIA ................................................................................................ 08

3.1 DEFINIÇÃO .......................................................................................................... 08

3.2 CONTEXTO HISTÓRICO ……………………………………………………………… 09

3.3 DADOS NUMÉRICOS ………………………………………………………………….. 09

CONCLUSÃO ..……………………………………………………………………………... 11

REFERÊNCIAS ..……………………………………………………………………………. 12
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CONCLUSÃO

Podemos concluir que o abuso sexual envolve atividades sexuais não consensuais que
causam danos emocionais, psicológicos e físicos. Pode ocorrer entre parceiros íntimos,
familiares ou estranhos, com fatores de risco como desigualdade de poder. Prevenir o
abuso exige educação sobre consentimento e promoção de relacionamentos saudáveis.
Oferecer apoio é crucial, por meio de aconselhamento e terapia, enquanto a
responsabilização legal dos agressores é vital. Campanhas de conscientização ajudam a
reduzir o estigma e encorajar a denúncia. Para quem precisa de ajuda, profissionais de
saúde mental e organizações de apoio estão disponíveis. O abuso sexual é uma violação
grave dos direitos e da dignidade de uma pessoa.

Estas campanhas de conscientização desempenham um papel crucial na mudança de


atitudes sociais em relação ao abuso sexual. Com objetivo de encorajar as vítimas a
denunciar e promover uma cultura de respeito e empatia. Prevenir o abuso sexual
envolve uma combinação de educação e mudança cultural. Ensinar sobre consentimento
desde cedo, abordando a importância do respeito pelos limites dos outros e a promoção
de relacionamentos saudáveis, são medidas cruciais. Isso cria um ambiente em que as
pessoas se sintam confortáveis em expressar seus desejos e limites.
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