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Violência Sexual

Trabalho de Filosofia 3 ano D


A violência sexual é um problema grave e recorrente
em todo o mundo, afetando milhões de pessoas,
principalmente mulheres e crianças. Neste trabalho,
abordaremos estatísticas alarmantes, leis de proteção,
locais onde a violência sexual ocorre com mais
frequência e alguns casos reais que ilustram a
gravidade desse problema.
Introdução
A violência sexual é um termo que engloba uma ampla
gama de comportamentos e ações que envolvem o uso da
força, coerção ou manipulação para obter gratificação
sexual às custas da vontade e consentimento da outra
pessoa. Essa forma de violência pode ocorrer em diferentes
contextos, como relações íntimas, casamentos, encontros,
ambientes domésticos, instituições, conflitos armados e até
mesmo em espaços públicos.
A violência sexual pode se manifestar de várias maneiras, incluindo estupro,
abuso sexual, assédio sexual, exploração sexual, tráfico de pessoas para fins
sexuais, mutilação genital feminina, casamento forçado, entre outros. Essas
ações podem causar danos físicos, psicológicos e emocionais significativos às
vítimas, deixando cicatrizes duradouras.

É importante ressaltar que a violência sexual não se limita a um gênero


específico, afetando tanto mulheres quanto homens, embora as mulheres sejam
as principais vítimas desse tipo de violência. Além disso, crianças e adolescentes
são particularmente vulneráveis ​à violência sexual, exigindo uma atenção
especial para sua proteção.
Estatísticas
As estatísticas de violência sexual no Brasil são alarmantes e
revelam a gravidade desse problema. Embora seja
importante ressaltar que muitos casos não são denunciados,
os dados disponíveis fornecem uma visão preocupante da
situação. Aqui estão algumas estatísticas relevantes:

Estupro: Violência sexual contra crianças e


- Em 2020, foram registrados mais de 66 mil adolescentes:
casos de estupro no Brasil, representando um - Em 2019, foram registrados mais
aumento de 4,1% em relação ao ano anterior de 22 mil casos de estupro de
(Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública). crianças e adolescentes no Brasil
- A cada 8 minutos, uma pessoa é estuprada no (Fonte: Ministério da Mulher, da
país (Fonte: Anuário Brasileiro de Segurança Família e dos Direitos Humanos).
Pública 2020).
Subnotificação: Feminicídio:
- Estima-se que apenas 10% dos - O feminicídio, que é o
casos de estupro sejam denunciados assassinato de mulheres por
no Brasil (Fonte: Anuário Brasileiro de questões de gênero, muitas vezes
Segurança Pública 2020). está relacionado à violência
- A subnotificação pode ocorrer sexual. Em 2020, foram
devido ao medo, vergonha, estigma, registrados 1.350 casos de
falta de confiança no sistema de feminicídio no Brasil (Fonte: Fórum
justiça e outros fatores que dificultam Brasileiro de Segurança Pública).
a denúncia por parte das vítimas.
A cultura do estupro

A cultura do estupro é um conceito que descreve um


conjunto de crenças, atitudes e comportamentos que
normalizam e perpetuam a violência sexual na
sociedade. Essa cultura se manifesta de diversas
formas e contribui para a culpabilização das vítimas, a
minimização dos abusos e a impunidade dos
agressores.
Vamos explorar alguns aspectos da cultura do estupro:

1. Culpar a vítima: Um dos principais elementos da cultura do estupro é a tendência de culpar a


vítima pelo ocorrido. Isso pode ocorrer por meio de questionamentos sobre a roupa que a pessoa
estava usando, seu comportamento, histórico sexual ou qualquer outro fator que tente justificar
ou minimizar a responsabilidade do agressor.

2. Normalização da violência sexual: A cultura do estupro também se manifesta na normalização da


violência sexual em diversos aspectos da sociedade, como na mídia, na música, nos filmes e nas piadas.
Essa banalização da violência contribui para a perpetuação de estereótipos de gênero e para a
desvalorização da integridade e autonomia das vítimas.

3. Consentimento negligenciado: A cultura do estupro muitas vezes ignora a importância do consentimento


nas relações sexuais. A ideia de que o consentimento é algo implícito ou que pode ser forçado ou ignorado
é uma das bases dessa cultura. É fundamental que o consentimento seja claro, livre e informado, e que
qualquer relação sexual sem consentimento seja considerada uma violação.
4. Impunidade dos agressores: A cultura do estupro também está
relacionada à impunidade dos agressores. Muitos casos de violência sexual
não são denunciados ou não resultam em condenações, o que reforça a
ideia de que os agressores podem agir sem consequências. Isso cria um
ambiente de medo e desencoraja as vítimas a buscarem justiça.

5. Desigualdade de gênero: A cultura do estupro está intrinsecamente


ligada à desigualdade de gênero. Ela reflete e reforça normas sociais que
colocam as mulheres em uma posição de submissão e inferioridade em
relação aos homens. Essa desigualdade contribui para a perpetuação da
violência sexual e dificulta a mudança de mentalidades e comportamentos.
Leis de Proteção
Constituição Federal
Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 4.º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.

Lei Maria da Penha (11.340/2006)


Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e estabelece
medidas de assistência e proteção.

LEI Nº 12.845, DE 1º DE AGOSTO DE 2013.


Dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual.
Locais de Ocorrência

1. Ambiente doméstico: Infelizmente, a violência sexual muitas vezes


ocorre dentro de casa, cometida por familiares, parceiros íntimos ou
pessoas próximas à vítima.
2. Espaços públicos: Lugares como ruas, transporte público, festas e
bares também são cenários frequentes de violência sexual, onde as
vítimas são vulneráveis a agressores desconhecidos.
3. Instituições: Casos de violência sexual também podem ocorrer em
instituições como escolas, igrejas, prisões e hospitais, onde a
confiança é abusada e a vítima se encontra em uma posição de
vulnerabilidade.
Alguns casos de violência sexual

Caso #1: O estupro coletivo de uma jovem no Rio de Janeiro em 2016 chocou
o país e gerou debates sobre a cultura do estupro e a responsabilização dos
agressores.
Caso #2: O caso do médico Larry Nassar, condenado por abusar sexualmente
de centenas de atletas nos Estados Unidos, evidenciou a importância de
denunciar abusos em instituições de renome.
Caso #3: Caso da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) no Brasil:
Em 2019, vieram à tona denúncias de abuso sexual cometido por líderes
religiosos da IURD. Várias mulheres relataram terem sido vítimas de estupro e
abuso dentro da igreja. Os casos envolviam líderes religiosos de destaque e
geraram grande repercussão na mídia.
Conclusão
A violência sexual é uma violação dos direitos humanos e um
problema social que exige ações efetivas para prevenção,
proteção das vítimas e punição dos agressores. É fundamental
que a sociedade como um todo se mobilize para combater esse
tipo de violência, promovendo a conscientização, fortalecendo
as leis de proteção e oferecendo apoio às vítimas. Juntos,
podemos criar um ambiente seguro e livre de violência sexual.
Obrigada pela atenção!!

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