Você está na página 1de 5

Medidas de proteção a mulher

1) Personalidade do agressor
2) Perfil da vítima (aspectos sociais, papel da mulher)
3) Tipos de violência
4) Recursos que a sociedade oferece (judicial, social)
Medidas de proteção a mulher

1) Personalidade do agressor

2) Perfil da vítima (aspectos sociais, papel da mulher)

3) Tipos de violência

4) Recursos que a sociedade oferece (judicial, social)

A Personalidade do Agressor como Fator de Proteção à Mulher

Para proteger eficazmente as mulheres da violência, é essencial


compreender as características dos agressores[1]. Pesquisa realizada pelo
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Brasil revela uma
tendência de mudança no perfil do agressor, com a violência contra a mulher sendo
praticada em maior proporção por homens mais jovens e com maior nível de
escolaridade[2] . Além disso, os agressores muitas vezes exibem um padrão de
comportamento controlador, possessividade e ciúme em relação aos seus parceiros.
Eles também podem ter histórico de abuso de substâncias, problemas de saúde
mental ou antecedentes criminais[3]. A compreensão dessas características pode
ajudar a identificar potenciais agressores e prevenir a ocorrência de violência.

Identificar e abordar os factores de risco é outra medida importante para


proteger as mulheres da violência. Certos fatores, como histórico de violência
doméstica, abuso infantil ou exposição à violência doméstica, podem aumentar a
probabilidade de um indivíduo se tornar um agressor[2]. É importante abordar estes
factores de risco através de programas de intervenção e prevenção precoces, tais
como iniciativas de aconselhamento e educação, para prevenir a violência futura.
Além disso, a sociedade deve trabalhar para desafiar e desmantelar valores e
crenças sociais prejudiciais que contribuem para a desigualdade de género e a
objetificação das mulheres[1]. Ao abordar estas questões subjacentes, podemos
criar uma sociedade mais segura e equitativa para todos.

As estratégias de prevenção também são cruciais para proteger as mulheres


da violência. Estas estratégias podem incluir campanhas de sensibilização pública,
reformas legais e intervenções comunitárias[2]. Por exemplo, leis que criminalizam a
violência doméstica e proporcionam protecção jurídica às vítimas podem ajudar a
responsabilizar os agressores pelas suas acções e proporcionar uma sensação de
segurança às vítimas[3]. As intervenções baseadas na comunidade, tais como
grupos de apoio e serviços de aconselhamento, também podem fornecer recursos e
apoio às vítimas de violência. Ao implementar uma abordagem multifacetada que
aborda as causas profundas da violência e fornece apoio e recursos às vítimas,
podemos trabalhar no sentido de criar uma sociedade em que as mulheres estejam
protegidas de perigos e possam viver as suas vidas livres do medo e da violência.

O Perfil da Vítima como Fator de Proteção à Mulher


Os aspectos sociais desempenham um papel significativo na contribuição
para a vitimização das mulheres[2]. As mulheres que pertencem a comunidades
marginalizadas, como as que vivem na pobreza ou as que pertencem a minorias
étnicas ou religiosas, são mais vulneráveis à violência. Além disso, as mulheres com
deficiência, as que se identificam como LGBTQ+ e as idosas também correm maior
risco de vitimização. Estes factores sociais podem dificultar o acesso das mulheres a
recursos e apoio, deixando-as mais vulneráveis à violência.

O papel das mulheres na sociedade também contribui para a sua


vitimização[2]. As mulheres que dependem financeiramente dos seus parceiros ou
que desempenham papéis tradicionais de género têm maior probabilidade de sofrer
violência. A desigualdade de género e as normas sociais que perpetuam o domínio
masculino também podem contribuir para a violência contra as mulheres. Abordar
estas questões sociais e promover a igualdade de género pode ajudar a prevenir a
violência contra as mulheres.

Abordar a culpabilização das vítimas e incentivar a denúncia também pode


contribuir para proteger as mulheres[3]. É importante mudar o foco da vítima para o
agressor e responsabilizá-lo pelas suas ações[3]. A sociedade deve encorajar as
mulheres a denunciar incidentes de violência e fornecer-lhes o apoio e os recursos
necessários. Além disso, as atitudes de culpabilização das vítimas devem ser
abordadas e eliminadas para criar um ambiente seguro e de apoio às mulheres. Isto
inclui educar o público sobre os diferentes tipos de violência, como física, sexual e
psicológica[4], e os recursos disponíveis para as vítimas, como linhas diretas e
abrigos[5]. Compete ao Ministério Público representar a sociedade na denúncia e na
cobrança de responsabilidade civil e criminal do agressor, solicitando medidas
protetivas em defesa[6]. Ao abordar a culpabilização das vítimas e ao promover a
denúncia, a sociedade pode ajudar a proteger as mulheres da violência e fornecer-
lhes o apoio de que necessitam para recuperarem e curarem-se.

Tipos de violência e recursos disponíveis para proteger as mulheres

A violência contra as mulheres pode assumir muitas formas, incluindo abuso


físico, sexual, psicológico e económico[4]. É essencial compreender os diferentes
tipos de violência para reconhecer e responder adequadamente à situação. Segundo
relatório do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Brasil, a
violência contra as mulheres vem aumentando e o perfil do agressor está
mudando[2]. As políticas públicas de combate à violência de género devem ser
orientadas para a desconstrução dos valores em torno da personalidade do
agressor[1]. Ao compreender as diferentes formas de violência e a mudança do perfil
do agressor, a sociedade pode proteger melhor as mulheres e prevenir maiores
danos.

Existem recursos legais e judiciais para proteger as mulheres da violência.


Medidas de proteção urgentes, como medidas cautelares, podem ser obtidas para
evitar que o agressor se aproxime da vítima[7]. Qualquer homem que se torne um
agressor infringe a lei e viola os direitos humanos das mulheres, sendo necessário
denunciar o incidente às autoridades[3]. O sistema jurídico também pode punir o
agressor, garantindo a responsabilização pelos seus atos. Ao utilizar estes recursos,
as mulheres podem receber a protecção que necessitam e merecem.
Os recursos sociais também são essenciais para apoiar as mulheres que
sofreram violência. Os abrigos para mulheres e os centros de crise podem
proporcionar um espaço seguro para as mulheres recuperarem e receberem
apoio[4]. O aconselhamento e a terapia podem ajudar as mulheres a processar as
suas experiências e a curar-se do trauma[4]. Além disso, campanhas de educação e
sensibilização podem ajudar a prevenir a violência contra as mulheres, promovendo
relações saudáveis, igualdade de género e respeito pelos direitos das mulheres[8][2]
[1]. Ao fornecer estes recursos, a sociedade pode apoiar as mulheres na sua
recuperação e trabalhar para prevenir a violência contra as mulheres no futuro
Referências

1. REDE DE ENFRENTAMENTO. (n.d.) recuperado March 4, 2024, de www12.senado.leg.br

2. Violência contra a mulher: causas e consequências. (n.d.) recuperado March 4, 2024, de


brasilescola.uol.com.br
3. O que é violência doméstica. (n.d.) recuperado March 4, 2024, de
www.institutomariadapenha.org.br
4. Protegendo as Mulheres da Violência Doméstica. (n.d.) recuperado March 4, 2024, de
www.mpgo.mp.br
5. ATENÇÃO À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA. (n.d.) recuperado March 4,
2024, de fas.curitiba.pr.gov.br/baixarMultimidia.aspx?idf=616
6. Direitos, responsabilidades e serviços para enfrentar a .... (n.d.) recuperado March 4,
2024, de dossies.agenciapatriciagalvao.org.br
7. Violência contra a mulher: medidas protetivas de urgência .... (n.d.) recuperado March 4,
2024, de www.tjdft.jus.br
8. Ciclo da violencia. (n.d.) recuperado March 4, 2024, de www.institutomariadapenha.org.br

Em suma, a violência contra mulheres é um fenômeno multifacetado que demanda


uma abordagem integrada e multidisciplinar para seu enfrentamento. A
compreensão dos tipos de violência, dos perfis das vítimas e agressores, das
consequências desse tipo de violência e dos recursos disponíveis para apoio é
crucial para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes e para a promoção de
uma sociedade mais justa e igualitária.

Você também pode gostar