Você está na página 1de 5

Violência contra as mulheres e meninas: estudos dos relatórios internacionais

sobre o tema

Ana Luiza1
E-mail do Primeiro Autor
Dheynylle2
dheynyellegomes@outlook.com
Larissa³
desouzalimalarissa2@gmail.com
Prof. Isabella Christina da Mota Bolfarini4
E-mail do Quarto Autor
Universidade Estadual do Goiás

INTRODUÇÃO
Esse resumo tem como principal objetivo estudar a violência contra as mulheres e meninas
no quesito de questão global, dessa forma tem sido amplamente estudado e documentada em
relatórios internacionais, esse fenômeno abrange uma ampla forma de abuso desde a
violência doméstica até o tráfico humano e a mutilação genital feminina.(Angelin,2021)
Contudo, abordaremos questões que entre em detalhe sobre a exploração desses estudos e
relatórios internacionais. De princípio a extensão da violência no quesito de relatórios
internacionais consiste destacar as amantes e situação da violência contra as mulheres e
meninas, uma vez que as estatísticas revelam que uma em cada Três mulheres já sofreram
algum tipo de violência sexual ou físicas em sua vida (Bequvoir,2021).Logo, é fundamental
que assumir que a violência pode está relacionada a vários aspectos como, o tráfico humano,
casamento infantil, forçado assédio sexual, violência no namoro, estupro e mutilação genital.
Nesse contexto, relatórios indicam as causas da violência de gênero são algo complexos e
multifacetadas onde existe uma quantidade de desigualdade de gênero e discriminação.

• Na análise feita pela CIDH- Comissão Interamericana de Direitos – diz que apesar de
termos um Estado de Direito e um sistema democrático, o Brasil enfrenta problemas
com a discriminação com determinados grupos específicos como afrodescendentes,
mulheres, comunidades quilombolas, povos Indígenas, camponeses e trabalhadores
rurais, moradores de rua ou pessoas da periferia.
• No Relatório Mundial 2020 do Human Rights Watch fala sobre o direito das mulheres e
meninas, explicando que o Brasil fez grandes avanços no combate à violência
doméstica com a lei Maria da Penha, o problema é que ainda não implementou de uma
forma eficaz. Apenas 8% dos municípios do Brasil possuíam delegacias da mulher e
cerca de 2% deles contavam com abrigos para mulheres em 2018.

• Como foi citado acima a violência contra a mulher é um dos problemas que cresce em
nosso país. Em 2021, o Brasil registrou um estupro a cada 10 minutos e um feminicídio
a cada 7 horas, os principais agressores são: companheiros, ex-companheiros ou
parentes das mulheres que sofrem violência física (52,4), psicológica (32,0%) e
violência sexual (53,3%), como cita Lilia B.Scraiber em seu estudo .
• A expressão violência contra a mulher surgiu a pouco mais de vinte anos atrás com o
movimento feminista, para se referir a várias situações como violência física, sexual,
psicológica, o abuso sexual de meninas, o assédio sexual no trabalho são algumas das
situações que as mulheres passam no dia a dia.(trecho retirado do texto da
• Em todas essas concepções usados para falar da violência contra as mulheres, a
violência sexual evidencia as demais, só em 2023 os registros chegaram a 11 mil
denúncias e 18,2 mil violações sexuais, a violência contra a mulher diz respeito, pois, a
sofrimentos e agressões dirigidos especificamente às mulheres pelo fato de serem
mulheres, entra então na questão a mulher como vítima e o homem agressor.
• Essa nomeação do termo "vítima" para se referir a mulher é associada até por razões
históricas, fato que se relaciona da violência contra a mulher como evento passível de
intervenção na esfera pública, iniciando no ramo dos Direitos Humanos a proteção as
mulheres, como reconhecimento de atos violentos e dos assassinatos das mulheres (o
que no passado não muito distante esse crime contra a mulher foi aceito em nome da
defesa da honra masculina) a justiça passa a reconhecer legalmente os agressores como
criminosos e as mulheres como vítimas.
• A violência contra a mulher é um assunto antigo e que se agravou mais ainda nos
tempos da pandemia, devido às medidas de segurança e com o distanciamento social,
vários agressores aproveitaram a oportunidade de se aproveitarem da situação e
cometerem seus crimes como foi apontado no estudo feito pela Luana Medeiros para o
portal G1.
• No Brasil são diariamente cometidas diversas formas de violência doméstica sendo
suas principais vítimas as mulheres, independente da violência que for os traumas
carregados pelas vítimas podem agravar em várias outras doenças como transtornos
mentais, depressão, ansiedade, entre outros.
• Segundo uma pesquisa realizada em 2023 com referência a 2022, cerca de 20,0% de
mulheres com a idade de 16 anos a 24 anos afirmam ter sofrido ofensas sexuais ou
tentativas forçadas de manter relação sexual com parceiro íntimo, marido ou ex-
parceiros, nesse mesmo ano o Brasil bateu o recorde de feminicídio sendo outo dado
alarmante.
• Segundo dados do Ministério da mulher, da família e dos Direitos Humanos, no ano de
2020 foram registrados na plataforma ligue 180 e do disque 100, totalizando 72%
referentes a violência doméstica, ainda conforme o dado a maioria das vítimas era do
sexo feminino.
• Devido a isso o aprimoramento das redes que ajudam mulheres vítimas de violência é
essencial, pois sabemos que existem vários casos espalhados onde as vítimas não
denunciam por medo dos agressores, através desses centros existentes para poder
acolher, orientar e acompanhar juridicamente as vítimas como também existem as
delegacias da mulher, temos que procurar incentivá-las a procurarem ajuda tendo a
certeza de que estarão seguras.

Este relatório aborda a situação dos direitos humanos no Brasil de 2021, a CIDH
apontou que, embora a Fundação Cultural Palmares tenha certificado 3.051
comunidades quilombolas, apenas 116 títulos de terra foram expedidos pelo Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) (CIDH, 2021).
A CIDH destacou que o processo de luta pelo reconhecimento de seus territórios
ancestrais expõe as comunidades quilombolas a situações de violência física e
psicológica, enraizadas “na negação histórica da identidade quilombola”, que “também
possui as mesmas raízes da discriminação racial estrutural” (CIDH, 2021).
Nesse sentido, a CIDH alertou sobre a ocorrência de conflitos ocorridos “por
interesses privados ou públicos nos territórios quilombolas sem que haja uma ação do
Estado voltada a proteger os seus habitantes. Além disso, em muitas ocasiões, essas
ameaças, coações e atos de violência acabam na impunidade dos seus perpetradores e
autores intelectuais” (CIDH, 2021).
Em janeiro de 2022, a CIDH e a ONU Direitos Humanos condenaram
assassinatos de ativistas ambientais e quilombolas no Brasil, majoritariamente
vinculados ao conflito pela terra (CIDH, 2021).
Recentemente, o Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial da
Organização das Nações Unidas adotou suas considerações finais sobre o Brasil em
dezembro de 2022, destacando sua preocupação pela reiterada e crescente invasão de
terras quilombolas18, somada à devastação ambiental e à violência frequentemente
ocorrida no contexto de defesa do território (CIDH, 2021). Sobretudo, a questão da
violência contra as mulheres no Brasil é uma preocupação significativa e
intrinsecamente ligada aos direitos humanos. A violência de gênero abrange diversas
formas, como agressões sexuais, físicas, psicológicas e até mesmo feminicídios. Esse
fenômeno reflete e perpetua uma desigualdade histórica entre os gêneros,
comprometendo diretamente os direitos humanos das mulheres.
No contexto brasileiro, apesar dos avanços em questões políticas e legislativas, a
violência contra as mulheres persiste como um desafio complexo. A subnotificação e a
impunidade são obstáculos que contribuem de forma efetiva para a perpetuação desse
cenário. A impunidade muitas vezes decorre da falta de efetividade da legislação e da
inadequação do sistema judiciário para lidar com esses crimes. Além da violência física,
as mulheres enfrentam discriminação em diversas esferas sociais, incluindo educação,
política e trabalho. A desigualdade salarial e a sub-representação em cargos de liderança
persistem, contribuindo para a vulnerabilidade das mulheres.
Os direitos humanos, que deveriam ser universais e indivisíveis, muitas vezes
são desrespeitados quando se trata das mulheres no Brasil. A falta de proteção adequada
e a ausência de políticas públicas eficazes são alguns dos fatores cruciais que perpetuam
a violência de gênero(CIDH,2021).
Portanto, abordar a questão da violência contra as mulheres no Brasil implica
não apenas na implementação e fortalecimento de medidas legais, mas também na
transformação cultural e na promoção de uma sociedade equitativa e garantir todos os
direitos das mulheres é crucial para construir uma sociedade justa e livre de violência de
gênero.

MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizado uma pesquisa bibliográfica com o intuito de se aprofundar de acordo com
artigos monografias relacionadas ao tema para que pudéssemos ficar por dentro do conteúdo
que está sendo analisado sobre a violência contra as mulheres e meninas e relatórios
internacionais.

RESULTADOS
É importante mencionar que os relatórios trazem respostas políticas e da legislação para
combater a violência de gênero que muitos países implementam uma lei específica para lidar
com esses tipos de violências contra as mulheres e meninas. As campanhas de
conscientização e programas de educação em serviço de apoio para as vítimas também são
incentivadas para a elaboração dentro dos relatórios para que tomem medidas cruciais em
combater essa violência (Brasil,1988). Aprendemos através os estudos apontados em nosso
trabalho que por mais medidas que possamos tomar algum caso de violência irá existir
falando como um todo sem ser a violência doméstica somente, por isso é importante procurar
meios para que possamos ajudar mais pessoas e assim ir construindo uma sociedade mais
segura de se viver.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entende-se que os relatórios internacionais reconhecem os avanços da conscientização no
Combate à violência de gênero e exerce um destaque em persistir nos casos e a notificação
de casos como também a resistência cultural a mudança.

PALAVRAS-CHAVE: Violência; Mulheres, Relatórios.

Referências

ANGELIN, Rosangela; MARTINS, Paulo Adroir Magalhães. Cultura, violência e


direitos humanos: uma tríade do cenário da violência contra as mulheres no Brasil.

ARTICULAÇÃO DE MULHERES BRASILEIRAS-AMB. Políticas públicas para a


igualdade: balanço de 2003 a 2010 e desafios do presente. Brasília: CFEMEA,
2011. Disponível

BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo: Fatos e Mitos. 4. ed. rev. São Paulo:
Difusão Europeia do Livro, 1970. 309 p. Disponível em:
https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2018/03/beauvoir-o-segundo-sexo-
volume- 11.pdf. Acesso em: 1 mar. 2021.

BRASIL. Constituição Federal (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília: Senado Federal, 1988.

(CIDH) Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Relatório sobre a situação dos


direitos humanos no Brasil. (2021). Disponivel em:
https://www.oas.org/pt/cidh/relatorios/pdfs/brasil2021-pt.pdf, Acesso: 14 de novembro
de 2023.

SCHRAIBER, L. B .Violência contra mulheres: interfaces com a Saúde. Interface -


Comunicação, Saúde, Educação, 3(5), 13–26. In: GOOGLE ACADÊMICO.

Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-32831999000200003: . Acesso em: 01 de


Set. 2023.
MEDEIROS, LUANA PATRÍCIA ARAÚJO DE
GOMES, ELAINE SAMILA DE FARIAS . A violência doméstica e seus agravantes na
pandemia dá Covid-19 no Brasil. In : GOOGLE ACADÊMICO . Disponível em:

https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/36359. Acesso em : 04 de Set. 2023.

CLARA VELASCO, FELIPE GRANDIN, MARINA PINHONI, VICTOR FARIAS, G1. Brasil bate
recorde de feminicídios em 2022, com uma mulher morta a cada 6 horas. In :
GOOGLE . Disponível em : Brasil bate recorde de feminicídios em 2022, com uma mulher
morta a cada 6 horas | Monitor da Violência | G1 (globo.com). . Acesso em : 11 de Set. 2023.

CIDH. Situação dos direitos humanos no Brasil. OEA/Ser.L/V/II. Doc. 9, 12


fevereiro 2021, par. 40.

CIDH. Situação dos direitos humanos no Brasil. OEA/Ser.L/V/II. Doc. 9, 12


fevereiro 2021, par. 53

CIDH. Situação dos direitos humanos no Brasil. OEA/Ser.L/V/II. Doc. 9, 12


fevereiro 2021, par. 43

CIDH. CIDH e ONU Direitos Humanos condenam assassinatos de ativistas


ambientais e quilombolas no Brasil. 24 de janeiro de 2022.

OEA. A CIDH publica seu relatório sobre a situação dos direitos humanos no Brasil e destaca
os impactos dos processos históricos de discriminação e desigualdade estrutural no país. In:
GOOGLE. Disponível em :

https://www.oas.org/pt/CIDH/jsForm/?File=/pt/cidh/prensa/notas/2021/050.asp . Acesso
em : 02 de Nov.2023

ONU. Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial. CERD/C/BRA/CO/18-20. 19


de dezembro de 2022, par. 47.

Human Rights Watch. Relatório Mundial do Direitos Humanos. Relatorio de 2020. In: GOOGLE.
Disponivel em: https://www.hrw.org/pt/world-report/2020 . Acesso em : 02 de Nov.2023.

Revista de Gênero, Sociedade e Direito, v. 4, n. 2, p. 77-97, 2018. Disponível em:


http://www.indexlaw.org/index.php/revistagsd/article/view/4861. Acesso em: 25 de maio
2021

Você também pode gostar