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TURMA: 2º MANGANÊS
BRAZLÂNDIA -DF
2023
É imprescindível o enfretamento da violência contra as mulheres para que
possamos superar as desigualdades de gêneros, onde a mesma está ligada diretamente a
está construção de desigualdade, em que a própria mulher era enxergada como uma
propriedade particular masculina, sendo um fenômeno tão antigo quanto a própria
humanidade, tendo a maioria das civilizações designadas por modelos de poder e
lideranças de grande maioria masculinas, cultura patriarcal. O ato da violência não está
relacionado exclusivamente a dano físico, mas todo ato lesivo que resulte em dano
psicológico, sexual, patrimonial. Esse tipo de violência pode ocorrer tanto dentro da
família como dentro de uma comunidade, que está naturalizada em nossa cultura, que,
muitas vezes é imperceptível, uma violência simbólica que se materializa, como a
pressão estética que é cometida ou tolerada pelo Estado, resultando consequentemente
um dos principais obstáculos para garantir os direitos humanos e as liberdades
fundamentais das mulheres.
A origem da violência contra a mulher está na cultura patriarcal, pois desde o início
da humanidade, algumas sociedades tiveram fortes culturas patriarcais que privilegiam
os homens e lhes pertencem as posições de poder. A cultura grega antiga já mostrava a
misoginia no mito de Pandora, uma mulher que espalhou o mal pelo mundo ao abrir
uma caixa misteriosa que não deveria ter sido aberta. Esta cultura de opressão e
desigualdade das mulheres devido ao seu género é a principal causa da violência contra
as mulheres. Cada cultura trata as mulheres como objetos que podem ser explorados
pelos homens, deixando reflexos até os dias atuais, sendo estes perceptível ou até
mesmo imperceptível, praticado por uma pessoa ou por uma comunidade, em alguns
lugares mais angustiantes, degradante do que em outros, mas ainda injusto e existente
no século XXI. Carole Patman (1988), por exemplo, apontou que o patriarcado é um
sistema de poder parecido com o escravismo.
Isto porque no modelo patriarcal de sociedade não há controle público da vida privada,
portanto o desequilíbrio de poder no ambiente doméstico não está sujeito à regulação ou
controle do campo político. Isto permite que este modelo fique totalmente subordinado
à vontade e arbítrio do proprietário que detém o poder económico no círculo familiar.
No Brasil, o ano de 2022 foi mais um ano em que a violência contra as brasileiras
tem sido crescente no país, dado confirmado pela a quarta edição da pesquisa Visível e
Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil. Realizado pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, o levantamento permite estimar que cerca de 18,6 milhões de
mulheres brasileiras foram vitimizadas em 2022, o equivale a um estádio de futebol com
capacidade para 50 mil pessoas lotado todos os dias. Em média, as mulheres que foram
vítimas de violência relataram ter sofrido quatro agressões ao longo do ano, mas entre
as divorciadas a média foi de nove vezes.
FORMAS DE AGRESSÕES
1.60%
4.20%
5.10%
Ofensas verbais
23.10%
Perseguição
Violências físicas 5.40%
Ofensas sexuais
Espancamento
Ameaça com faca ou arma de
fogo
Lesão por um objeto
9.00%
Esfaqueamento ou tiro
https://noticias.r7.com/minas-gerais/faxineira-e-morta-durante-briga-com-o-marido-
por-controle-de-tv-08032019
Ou seja, também mulheres que possui uma condição financeira mais estável, e uma
influência nacional:
https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2022/03/4992882-sobrevivente-
duda-reis-cria-instituto-contra-violencia-domestica.html
Deixando visível que todas as mulheres estão totalmente sujeitas, a ser vítimas de
violência, por seus parceiros, estranhos. Onde quem o comete, maioria das vezes não
detêm “medo”, do que aquele ato poderá te ocasionar, não obtém receio da punição, por
deixar aparentado melhor a consumação do ato, através de uma construção social
deprimente, alocada na sociedade desde os princípios da humanidade.
BRASIL ESCOLA. Site do Brasil Escola, 2020. O maior portal de educação do Brasil.
Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/violencia-contra-a-mulher.htm#Viol
%C3%AAncia+contra+a+mulher+no+Brasil..
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/violencia-contra-a-mulher.htm
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/violencias/cultura-e-raizes-da-violencia/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_contra_a_mulher_no_Brasil
Ludmila Souza. Site Agencia Brasil, 2023. Últimas notícias do Brasil e do mundo.
Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2023-03/mais-de-18-milhoes-de-
mulheres-sofreram-violencia-em-2022