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CFA/SETRE E SPM

RESPEITA AS MINA
NO ARTESANATO

GÊNERO, DIVERSIDADE E REDE DE


ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
CONTRA AS MULHERES
2022
SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS
MULHERES SPM/BA

Criada através da Lei Estadual nº 12.212/2011 tem como objetivo: planejar,


coordenar e articular a execução de políticas públicas para as Mulheres.

MISSÃO - Elaborar, propor, articular e executar políticas públicas para


todas as mulheres, respeitando suas diferenças, com prioridade para as
mulheres em situação de pobreza e/ou vulnerabilidade social, em todo o
Estado da Bahia.

EIXOS PRIORITÁRIOS:

 Prevenção e Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres


 Autonomia das Mulheres : Autonomia econômica e social
O QUE SÃO POLÍTICAS PARA MULHERES?
PATRIARCADO

● O patriarcado é um sistema social baseado em uma cultura, estruturas e relações que favorecem os homens, em especial
o homem branco, cisgênero e heteressexual.
● Na sociedade patriarcal, prevalecem as relações de poder e domínio dos homens sobre as mulheres e todos os demais
sujeitos que não se encaixam com o padrão considerado normativo de raça, gênero e orientação sexual.
MACHISMO

Relação de exploração, dominação e sujeição das mulheres em relação ao homens


MASCULINO: posições compreendidas tradicionalmente num contexto heterossexual com
valores predominantes da racionalidade, cultura, inteligência, agressividade, força,
dominação, pré disposição a agressividade, força, dominação; apto pra vida pública.
FEMININO: passiva, subserviente, irracional, emotiva, dependente, apta para vida
privada, associada a maternidade, ao amor e ao serviço incondicional ao outro (homem
e família).
● EDUCAÇÃO MACHISTA - valores, organização social: família, relações sociais, trabalho)
influenciaram na história de vida do agressor e da vítima
● MACHISMO ESTRUTURAL - Cultura do patriarcado, sob formas que são atenuadas pela
religião, pelas piadas, pela suposta descontração, justificada pela “natureza biológica”
masculina, o combate torna-se infinitamente mais difícil:
 A mulher que não casou e ficou pra “titia”, ou seja, nenhum homem a quis.
 “Homem controla carro e mulher controla fogão
Está vinculado a construções sociais, não a características naturais. O gênero,
portanto, se refere a tudo aquilo que foi definido ao longo tempo e que a nossa sociedade
entende como o papel, função ou comportamento esperado de alguém com base em seu
sexo biológico.
● O QUE DEFINE O GÊNERO DE UMA PESSOA?
O gênero refere-se à identidade com a qual uma pessoa se identifica ou se
autodetermina; independe do sexo e está mais relacionado ao papel que o indivíduo
tem na sociedade e como ele se reconhece. Assim, essa identidade seria um
fenômeno social, e não biológico.
VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

●VIOLÊNCIA DE GÊNERO: Violência contra a mulher qualquer ato ou conduta


baseada no GÊNERO, que cause morte, lesão ou sofrimento físico, sexual ou
psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na privada”.
Convenção Interamericana De Belém do Pará – ONU, 1994
●VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: Que tenha ocorrido no âmbito da UNIDADE
DOMÉSTICA, no âmbito da FAMÍLIA e/ou em QUALQUER RELAÇÃO ÍNTIMA
DE AFETO, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida,
independentemente de coabitação.
VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES

● Relacionada às desigualdades de gênero na sociedade


● Importância histórica atribuída ao ser homem e ao ser mulher.
● Atinge mulheres de todas as classes sociais, raças e etnias,
religiões, culturas e orientação sexual.
● Consequências emocionais devastadoras e impactos graves sobre
a saúde mental, sexual e reprodutiva
● As violações contra as mulheres trans e travestis do gênero feminino
se expressam por meio dos crimes de ódio, (facadas, alvejamento
sem aviso, apedrejamento) motivados por preconceito e pela crença
na sua “anormalidade’’, pela não identificação com o estereótipo de
que é “natural”
COR/RAÇA e GÊNERO

As mulheres negras, indígenas e lésbicas encontram-se


expostas a diversas formas de violência e mecanismos de
exclusão na sociedade, e nas políticas públicas ainda são
pouco consideradas. A melhora das condições de vida destes
grupos populacionais depende do compromisso político que
assegure o enfrentamento do racismo, do sexismo, e da
lesbofobia, uma vez que reforçam as desigualdades na
sociedade brasileira.

FONTE: PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES 2013-2015


BRASIL 5º. PAÍS QUE MAIS MATA MULHERES NO MUNDO,
NO ÂMBITO DOMÉSTICO FAMILIAR - OMS 2021
BAHIA É O 7º. ESTADO COM TAXA DE FEMINICÍDIO NO BRASIL

Violência letal: feminicídios no Brasil em 2021

 Em 2021, em média, uma mulher foi vítima de feminicídio


a cada 7 horas;

Violência sexual: estupro e estupro de vulnerável

 Uma menina ou mulher foi vítima de estupro a cada 10 minutos,


considerando apenas os casos que chegaram até as autoridades
policiais;
Fonte: Forum Brasileiro de Segurança Pública -2021

63% DAS MULHERES VITIMADAS SÃO NEGRAS, NO BRASIL


92% DOS CASOS REGISTRADOS NA BAHIA SÃO DE MULHERES NEGRAS
Fonte: Atlas da Violência/2021
CICLO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
DIFICULDADES DA MULHER EM ROMPER O
LAÇO AFETIVO
u a aversão às mulheres.
● Tem ligação afetiva com o agressor;
● Tem medo de sofrer uma violência ainda maior;
● Tem vergonha dos vizinhos, dos amigos e da família;
● Tem medo de prejudicar o agressor e os filhos;
● Não quer que o pai de seus filhos vá preso;
● Se sentem culpadas e/ou responsáveis pela violência que
sofrem;
● Sensação de fracasso e culpa na escolha do parceiro;
● Não possuem condições financeiras para mudar o rumo de sua
vida;
● Perda da identificade auto-estima/auto-imagem
DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

● Sintomas psíquicos;
● Investimento em si mesma;
● Projeto de vida;
● Busca da identidade feminina;
● Mercado de trabalho:
○ Precarização do trabalho feminino;
○ Invisibilidade do trabalho doméstico;
○ Desigualdade de condições laborais;
○ Assédio sexual e moral;
○ Minoria nos cargos de chefia;
○ Dupla/tripla jornada de trabalho;
LEI MARIA DA PENHA 11.360/2006

Criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Dispor sobre a criação de Juizados contra a violência doméstica e familiar da mulher.


Estabelecer medidas de assistência e proteção à mulher que se encontre em situação de
violência doméstica e familiar

LEI DO FEMINICÍDIO – 13.104/2015


Prevê circunstância qualificadora do crime de homicídio e inclui o feminicídio no rol dos
crimes hediondos. A lei considera o assassinato que envolve violência doméstica e
familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Grandes marcos históricos no avanço judicial de enfrentamento às violências contra as


mulheres no Brasil.
LEI MARIA DA PENHA
11.340/2016
Art. 8◦. (Caput) DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO

IV – a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em


particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher;

V – a promoção e realização de campanhas educativas de prevenção da violência


doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em
geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos.

VI – a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros


instrumentos de promoção de parceria entre órgãos governamentais e não
governamentais, tem por objetivo a implementação de programas de erradicação
da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Do atendimento pela autoridade policial

● Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial
deverá, entre outras providências:
● I – garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e
ao Poder Judiciário;
● II – encaminhará a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
● III – fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando
houver risco de vida;
● IV – se necessário acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da
ocorrência ou do domicílio familiar;
● V – informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.
INOVAÇÕES NA LEI

 A obrigatoriedade da mulher estar acompanhada de advogado(a) ou defensor(a) em todos os atos do processo;


 O juiz poderá conceder medidas protetivas de urgência até 48hs;
 Lei n.º 13.642, de 3 de abril de 2018 -  investigar os atos praticados por meio da rede mundial de
computadores que difundam conteúdo misógino
 Possibilitar ao juiz a decretação da prisão preventiva quando houver riscos à integridade física ou
psicológica da mulher;
 MEDIDA PROTETIVA AUTORIZADA PELA DELEGACIA - Em maio de 2019, entrou em vigor uma
mudança que autoriza a aplicação de medida protetiva de urgência pelas autoridades policial;
 MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA COM DEFICIÊNCIA - a pena ao agressor nesse caso será
aumentada em 30% se a vítima for mulher com deficiência mental ou física;
 PRIORIDADE NA MATRÍCULA ESCOLAR;
 AGILIDADE NO DIVÓRCIO;
INOVAÇÕES

● Lei n.º 13.642, de 3 de abril de 2018 -  acrescenta mais uma


atribuição à Polícia Federal, a de investigar os atos praticados
por meio da rede mundial de computadores que difundam
conteúdo misógino.
● Altera a lei de execuções penais para permitir ao juiz que determine
o comparecimento obrigatório do agressor a programas de
recuperação e reeducação.
● Altera o Código de Processo Penal para possibilitar ao juiz a
decretação da prisão preventiva quando houver riscos à integridade
física ou psicológica da mulher. às mulheres.
INOVAÇÕES
● NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA À POLÍCIA – Os profissionais de
saúde, tanto da rede pública quanto da privada, são obrigados a
notificar à polícia, no prazo de 24 horas, indícios ou casos confirmados
de violência doméstica. A mudança não foi na Lei Maria da Penha, mas
na Lei 10.778/2003. Anteriormente, a Lei determinava a notificação
compulsória apenas para as autoridades sanitárias. Agora há a
obrigatoriedade de informar a autoridade policial;
● REEDUCAÇÃO DE AGRESSORES – A Lei determina que agressores
de mulheres podem ser obrigados a frequentar centros de reeducação,
além de receber acompanhamento psicossocial. Com a alteração da Lei
Maria da Penha, o juiz já poderá obrigar eventuais agressores a
frequentar esses cursos a partir da fase investigatória de cada caso
investigado de violência contra a mulher
LEI NO. 13.827/2019 - ALTERAÇÕES NA
LEI 11.340/2006
 
 Apesar de qualquer policial ter agora a prerrogativa de afastar o agressor
(nos Municípios que não são sedes de comarcas e quando não houver
delegado disponível no momento da denúncia), tal afastamento deverá ser
comunicado ao juiz em 24 horas.
O juiz então decidirá se mantém ou não a medida protetiva de urgência!

 Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida


protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.

  A regra acima representa mais um avanço na proteção da mulher em


situação de violência doméstica e familiar. Muitos desses agressores eram
beneficiários de liberdade provisória e, na maioria das vezes, qual era o
resultado disso? Mais agressão ou até a morte da mulher!
LEI NO. 14.022/2020
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre medidas de enfrentamento à violência
doméstica e familiar contra a mulher e de enfrentamento à
violência contra crianças, adolescentes, pessoas idosas e pessoas
com deficiência durante a emergência de saúde pública de
importância internacional decorrente do coronavírus responsável
pelo surto de 2019

O texto amplia as medidas já existentes e possibilita que o


atendimento das mulheres em situação de violência doméstica
possa ser realizado por meio eletrônico ou telefônico.

O atendimento presencial e domiciliar também deverá ser garantido, em


especial quando se tratar de crimes como estupro, feminicídio ou lesão
corporal, ameaça com arma de fogo e corrupção de menores.
LEI NO. 13.718/18 - TIPIFICA OS CRIMES
● Importunação Sexual: Trata-se da conduta de “praticar contra alguém e sem a sua
anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a terceiro”.
Tais como: roubar um beijo; tocar nos seios, tocar/roçar na genitália ou nas pernas de
alguém sem permissão; se masturbar ou ejacular em uma mulher em local público.
Pena de reclusão: de um a cinco anos, se o fato não se constitui crime mais grave.
● Vingança Pornográfica: Divulgação de cena de estupro ou cena de estupro de
vulnerável, cena de sexo ou de pornografia. Trata-se da conduta de oferecer, trocar,
disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por
qualquer meio – inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de
informática ou telemática – fotografias, vídeo ou outro registro audiovisual que
contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou
induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou
pornografia.
Quando existe ou existiu um vínculo com o agressor – motivo de vingança
Pena de reclusão: de dois a quatro anos e pagamento de multa.
ASSÉDIO: pode ser definido como um conjunto de sinais ao redor de alguém com a finalidade de exercer o
domínio. Em sentido diverso, seria a insistência impertinente, com natureza de perseguição ou sugestão
em relação a alguém, podendo assumir a feição de moral ou sexual.

ASSÉDIO MORAL: define como a violência psicológica, humilhação, vexame, constrangimento ou tortura psicológica, que ocorre de
forma repetitiva ou sistematizada no local de trabalho, com a intenção de minar a dignidade da pessoa.
- Assédio moral interpessoal: É praticado por um sujeito, de forma direta e pessoal, com o intuito de excluir ou prejudicar o
servidor no seu ambiente laboral.
- Assédio moral vertical: Ocorre, obrigatoriamente, quando existe relação hierárquica. Quando o superior hierárquico,
aproveitando-se dessa condição, demanda tarefas que extrapolam as funções institucionais do servidor ou mesmo sua
qualificação, seja para colocá-lo em situações desconfortáveis, seja para se beneficiar.
- Assédio moral horizontal: Ocorre entre servidores do mesmo nível de hierarquia. Comportamento de competição exagerada,
perseguição e intimidações ao colega, transformando o ambiente de trabalho em um lugar hostil. Revela-se, ainda, por formação
de grupos, dentro da própria equipe, verificado o objetivo de excluir ou ridicularizar outro servidor.
- Assédio moral misto: É o assédio praticado pelo superior hierárquico e pelos colegas de trabalho.
ASSÉDIO SEXUAL NO TRABALHO: caracteriza-se como uma conduta de natureza sexual, manifestada por palavras,
gestos, propostas sexuais, imposições e ameaças, perpetradas ao servidor e contra sua vontade, causando-lhe
constrangimento ou violação da sua liberdade sexual

Assédio sexual por chantagem: ocorre quando a aceitação ou a rejeição de uma proposta sexual é o fator determinante
para que o assediador favoreça ou prejudique a situação de trabalho do assediado.

Assédio por intimidação ou ambiental: caracteriza-se por qualquer conduta provocativa de cunho sexual, que manifestem
relação de poder ou de força, que torne o ambiente de trabalho hostil, humilhante ou intimidativo, podendo esta ser
praticada individualmente ou em grupo.

Fonte: Poder Judiciário do Estado da Bahia


13/03/2021 STF PROÍBE POR UNANIMIDADE USO DO ARGUMENTO
DA LEGÍTIMA DEFESA DA HONRA POR RÉUS DE FEMINICÍDIO

A lei expõe que a defesa em questão é a da vida, não da chamada


'honra', uma espécie de puxadinho criado para livrar da condenação réus
acusados de feminicídios.

LEI NO. 14.188/2021 – CRIME DE VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

A lei 14.188, de 2021 incluiu no Código Penal o crime de violência


psicológica contra a mulher. ... As ameaças são a forma mais comum
de violência psicológica, causando traumas e abalando a saúde mental da
vítima. O objetivo da tipificação no rol dos crimes contra a liberdade, é
preservar a autonomia da vontade da mulher.

LEI 14.164/2021. ALTERA A LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996


(LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL)
Para incluir conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher nos
currículos da educação básica, e institui a Semana Escolar de Combate à
Violência contra a Mulher.
DIREITOS DAS MULHERES
● LEI CAROLINA DIECKEMAN -  Lei Nº 12.737/2012 -  e é uma alteração no Código Penal Brasileiro voltada para crimes virtuais

e delitos informáticos.
● LEI DO MINUTO SEGUINTE – Lei no. 12.845/13: Oferece algumas garantias às vítimas de violência sexual: atendimento
imediato pelo SUS mesmo antes da vítima fazer o boletim de ocorrência, diagnóstico e tratamento das lesões físicas; amparo
médico, psicológico e social imediatos; facilitação do registro da ocorrência; exames preventivos de gravidez; exames preventivos
de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs); fornecimento de informações às vítimas sobre os direitos legais e sobre todos os
serviços sanitários disponíveis.
● STEALTHING - O ato de retirar o preservativo durante a relação sexual sem a/o parceira/o concordar é crime e se enquadra
no artigo 215 do código penal – violação sexual mediante a fraude. O acusado terá reclusão de 2 a 6 anos.
● LEI 3.855/20 – “AGOSTO LILÁS”: Enfrentamento e combate a violência doméstica e familiar contras as mulheres no Brasil
● Lei 14.132, de 2021. A norma altera o Código Penal (Decreto-Lei 3.914, de 1941) e prevê pena de reclusão de seis meses a dois
anos e multa para esse tipo de conduta. O crime de stalking é definido como perseguição reiterada, por qualquer meio, como a
internet (cyberstalking), que ameaça a integridade física e psicológica de alguém, interferindo na liberdade e na privacidade da
vítima. Antes, a prática era enquadrada apenas como contravenção penal, que previa o crime de perturbação da tranquilidade alheia,
punível com prisão de 15 dias a 2 meses e multa. 
De acordo com a nova lei, o crime de perseguição terá pena aumentada em 50% quando for praticado contra criança, adolescente,
idoso ou contra mulher por razões de gênero
REDE DE ATENDIMENTO

delegaciadigital@ssp.ba.gov.br

Patrulha Maria da Penha


Fonte/Adaptado: Protocolo de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Programa Mulher Cidadã. Prefeitura
Colombo-PR
SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES
http://www.mulheres.ba.gov.br/
“PAPÉIS TRADICIONALMENTE ATRIBUÍDOS AS
MULHERES”
Alojamento e alimentação; educação, saúde e serviços
sociais; serviços domésticos

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, 2017


ESTRATÉGIAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AUTONOMIA
ECONÔMICA E SOCIAL DAS MULHERES
● Conhecer as demandas socioeconômica local para viabilizar
emprego e renda para as mulheres;
● A forma como as políticas públicas atingem ou afetam as mulheres;
● Promover a inserção das mulheres no mercado de trabalho, esporte
e lazer, em especial daquelas em situação de vulnerabilidade social
(mulheres negras, transexuais, travestis, indígenas entre outras);
● Contribuir para a superação da cultura machista e patriarcal, a
qual afeta diretamente a divisão sexual do trabalho.
● Articular e implementar ações voltadas para valorização do trabalho
das mulheres e para inserção feminina nas áreas tradicionalmente
associadas ao universo masculino.
“A Lei Maria da Penha atua na contramão de um
processo histórico de violência, mas nenhuma lei
altera a realidade. A mobilização da sociedade
civil e o funcionamento do Poder Público
contribuem também para a eficácia da lei.”

Júlio Jacobo

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