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Desigualdade

de Gênero
e Violência
contra Mulher
Maria Eduarda Rodrigues e Isabela Iath
Do que se trata a Desigualdade Social?

O conceito de gênero, dentro da humanidade e nas relações sociais, é descrito como uma classificação de masculinidade e
feminilidade. Ao contrário do senso comum, gênero não tem, necessariamente, a ver com sexo biológico. O gênero diz
respeito à forma como as relações sociais enquadram em padrões o comportamento esperado de cada sexo.
A desigualdade de gênero é um problema antigo, porém atual. Desde os primórdios da humanidade, a maioria dos povos
caminhou para o desenvolvimento de sociedades patriarcais, em que o homem detinha o poder de mando e decisão sobre
a família.
Durante muito tempo, a mulher foi excluída da participação efetiva nos espaços públicos, do trabalho fora do meio
doméstico e da possibilidade de desenvolvimento científico e intelectual por meio da educação formal, além de estarem
submetidas ao poder de homens de sua família, em geral seus pais e maridos. Isso acarretou em um problema que urge
por solução: a desigualdade fundamentada pelo gênero.
Mudanças históricas

• "No século XVIII, muita coisa começou a mudar em nossa sociedade. A luta por direitos tornou-se pauta
recorrente e os regimes absolutistas começaram a ruir pela luta popular.
• " No fim do século XIX e início do século XX, mulheres começaram a organizar-se em uma luta com a
finalidade de brigar pelo direito à participação política. Nesse tempo, as mulheres pobres já tinham o
direito de trabalhar fora de casa nas sociedades ocidentais.No século XX, as pautas do movimento
feminista voltaram-se, primeiro, para a inserção da mulher de classe média no mercado de trabalho e a
conciliação da vida profissional com a vida matrimonial, perpetuando a vertente liberal do feminismo.
Muitas conquistas surgiram nesse período, como o sufrágio e os direitos trabalhistas, como a licença
maternidade.
Desigualdade de Mercado de Trabalho

• Qualquer forma de desigualdade afeta a sociedade. Quando uma sociedade privilegia uns e discrimina outros, há uma enorme
perda nos aspectos sociais, políticos, intelectuais e econômicos. Imaginem quantos talentos desperdiçados nós perdemos por
conta da dificuldade das mulheres em acessarem e manterem-se nos espaços científicos? Imaginem o quanto o mercado perde
por não investir em mulheres talentosas, que poderiam desenvolver verdadeiras inovações nesse campo.

DADOS:
. Quanto à desigualdade de gênero no mercado de trabalho, foram analisadas 449 ocupações nos Estados Unidos, e, em 439 delas,
mulheres ganham menos que homens.

. O planejamento familiar, um direito que é retirado de mulheres em algumas religiões e culturas, é um dos indicativos que diz
muito sobre a desigualdade de gênero. No Afeganistão, 33% das mulheres querem parar de ter filhos, mas não utilizam métodos
contraceptivos seguros. Isso acontece por uma cultura machista que as impede de acessar tais métodos.

. Quanto à desigualdade de gênero no Brasil, o Brasil ocupa o 90º lugar num ranking elaborado pelo Fórum Econômico Mundial.
Violência contra a Mulher
• A violência contra a mulher é todo ato lesivo que resulte em dano físico, psicológico, sexual, patrimonial, que tenha por motivação principal o
gênero, ou seja, é praticado contra mulheres expressamente pelo fato de serem mulheres.
• A questão da violência doméstica passou a ser considerada de maneira mais consistente na esfera pública brasileira por meio da criação de
conselhos, secretarias de governo, centros de defesa e políticas públicas específicas, já na década de 1980. A primeira Delegacia de Atendimento
Especializado à Mulher (DEAM) foi criada em 1985, em São Paulo, e a principal lei para prevenção e punição da violência doméstica é ainda mais
recente, a Lei Maria da Penha, sancionada em 2006.

PRINCIPAIS CAUSAS
A violência contra a mulher tem como origem a construção desigual do lugar das mulheres e dos homens nas mais diversas sociedades. Portanto, a
desigualdade de gênero é a base de onde todas as formas de violência e privação contra mulheres estruturam-se.
"As causas, portanto, são estruturais, históricas, político-institucionais e culturais. O papel da mulher foi por muito tempo limitado ao ambiente
doméstico, que, por sua vez, era uma propriedade de domínio particular que não estava sujeita à mesma legislação dos ambientes públicos.
Sendo assim, a própria mulher era enxergada como uma propriedade particular, sem direito à vontade própria e sem direito à cidadania forjada nos
espaços públicos, não à toa o sufrágio feminino e os direitos civis para mulheres são conquistas recentes em muitos países e ainda não completamente
efetivadas em nenhum lugar do mundo.
Tipos de violência

• "De acordo com a tipificação da Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, são cinco modalidades de violência contra a
mulher:
• Violência física: qualquer ação que ofenda a integridade ou saúde corporal.
• Violência psicológica: qualquer ação que cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação, como:
constrangimento, humilhação, ridicularização, isolamento, perseguição, chantagem, controle etc
• "Violência sexual: qualquer ação que limite o exercício dos direitos sexuais ou reprodutivos, como: coação a
presenciar ou participar de relação sexual indesejada, impedimento do uso de método contraceptivo, indução ao
aborto ou à prostituição etc.
• Violência patrimonial: qualquer ação que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, bens,
recursos, documentos pessoais, instrumentos de trabalho etc.
• Violência moral: qualquer ação que configure calúnia, injúria ou difamação
Dados
"O Brasil tornou-se referência mundial com a Lei Maria da Penha, de 2006, que, além de propor penas mais duras
para agressores, também estabelece medidas de proteção às mulheres e medidas educativas de prevenção com vistas
a melhorar a relação entre homens e mulheres. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2018
foram aplicadas cerca de 400.000 medidas protetivas.
Os casos em que a medida protetiva é insuficiente para impedir o feminicídio são percentualmente pequenos,
portanto, esse é um mecanismo eficaz de proteção a mulheres. Ainda de acordo com o CNJ, correm na Justiça
brasileira mais de 1 milhão de processos relacionados à Lei Maria da Penha”.
“O panorama apresentado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública é alarmante:
1.206 feminicídios, 263.067 casos de violência corporal dolosa e 66.041 estupros“
"Lembre-se de que falamos dos casos notificados. Essas estatísticas significam que, a cada 7 horas, uma mulher é
assassinada no Brasil, a cada 2 minutos, há um registro de lesão corporal. Ocorrem 180 estupros por dia no Brasil,
mais da metade deles contra meninas menores de 13 anos.“
Formas de combater a violência
Fontes:

https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2021/08/07/quatro-iniciativas-para-o-combate-a-violen
cia-contra-a-mulher-veja-como-elas-funcionam.ghtml
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/violencia-contra-a-mulher.htm

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