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CURSO DE DIREITO
APS
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Disciplina: DIREITOS HUMANOS

Professor (a): JOSÉ LUIZ OLIVEIRA DE PAULA

Turma: 1D Ano/Semestre: 2022.1 ( ) 1º bim. ( X ) 2º bim.

*Realização:individualmente ou em grupo de no máximo 3 alunos

ALUNOS (nomes completos e matrícula):

1. BIANCA DE PAULA LESSA-37771

2. CRISLAYNE SANTIAGO FLORENZANO MUNIZ-37726

3.

Prezado(a) Aluno(a)!
A proposta destas atividades é que você possa, ao longo do desenvolvimento dos
conteúdos das disciplinas, responder aos questionamentos propostos de modo a ter, de
maneira individual, reflexiva e registrada, o seu entendimento sobre determinadas
informações relevantes no contexto da sua formação. Desse modo, é importante que essas
atividades sejam desenvolvidas ao longo dos bimestres e, caso surjam dúvidas na
elaboração das respostas, os professores sejam solicitados a auxiliá-lo para que o
conhecimento possa ser construído de maneira consistente. No caso da realização em
grupo, aproveitem a oportunidade para refletirem juntos sobre os questionamentos e
elaborem respostas que contemplem a reflexão conjunta.
*Atente-se ao prazo para postagem das respostas e, considerando a natureza do trabalho,
não há espaço para respostas idênticas e/ou retiradas da internet.

QUESTÃO 1:

Discorra, de forma detalhada e compreensível, sobre a situação


(realidade) do RACISMO ESTRUTURAL, lamentavelmente tão
presente na sociedade brasileira contemporânea.
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QUESTÃO 2:
Discorra, de forma detalhada e compreensível, sobre a situação
(realidade) da VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A
MULHER, lamentavelmente tão presente na sociedade brasileira
contemporânea.
QUESTÃO 3:
Explique o significado de IGULDADE FORMAL e de
IGULDADE MATERIAL. A seguir demonstre, com pelo menos
um exemplo prático, que a IGUALDADE mais plena, que se ajusta
à fraternidade, exige a adoção de mecanismos para garantirmos a
IGUALDADE MATERIAL.

QUESTÃO 1
Racismo Estrutural

Para falar de racismo estrutural é interessante entender o que é o racismo


e sua origem. Racismo é a ideia discriminatória entre os seres humanos de que
existe uma raça superior e outra inferior. Dentro do conceito de raça estão
características próprias de determinado grupo, como cor, cabelo, cultura, traços.
O racismo vem do início da colonização, quando parte da civilização ocidental
deu início ao processo de colonização de outros territórios e para justificar a
escravidão imposta aos povos que encontraram se utilizaram da ideia de que
pertenciam a raças inferiores.
É importante também entendermos a diferença entre discriminação racial,
preconceito e racismo. O preconceito tem a ver com um conceito sobre
determinada pessoa ou grupo. A discriminação racial é quando é dado tratamento
diferenciado a alguém ou a um grupo em razão da raça. E o racismo pode ser
entendido como uma forma sistemática de discriminação, baseada num
preconceito. Essas práticas podem se dar de modo consciente ou inconsciente e
resultam em desvantagens ao grupo racial atingido.
Depois de aproximadamente quatro séculos de escravidão no Brasil
ocorreu a abolição da escravidão, mas apesar de desde então os negros serem
livres no sentido formal, essa liberdade não veio no sentido material, já que eles
não foram integrados na sociedade de modo que pudessem participar do
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mercado de trabalho de forma justa e igualitária. Eles continuaram discriminados


e até hoje a maioria dessa população não possui as mesmas oportunidades e
condições de vida dos homens brancos. Essa falta de uma política de inclusão e
de condições de mesmas oportunidades faz com que o racismo e a discriminação
continuem se perpetuando no nosso país, esse processo histórico que perpetua
as desigualdades nos âmbitos políticos, econômicos, culturais e no cotidiano é o
que chamamos de racismo estrutural.

Fonte: www.politize.com.br

QUESTÃO 2
Violência Doméstica Contra a Mulher

A violência contra a mulher ocorre desde os primórdios da humanidade e é


uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atinge o direito
à vida, à saúde e à integridade física da mulher. Existe uma forte influência do
patriarcado na nossa sociedade, esse patriarcado concede privilégios aos
homens e trata as mulheres com desigualdade. Mulheres são vistas como seres
inferiores e tratadas como objetos. A maior parte da violência contra a mulher
ocorre no ambiente de casa, sendo praticada por seus companheiros/maridos e
vão desde agressões físicas, verbais e até psicológicas. Isso torna muito mais
difícil as denúncias, já que muitas mulheres dependem financeiramente ou
emocionalmente dos seus companheiros e muitas acreditam que devem dar uma
segunda chance aos seus agressores.
Segundo dados da OMS entre 2006 a 2010 o Brasil esteve entre os dez
países com maior número de homicídios femininos. Se analisarmos que temos
uma lei de 2006, a Lei Maria da Penha, que define e tipifica as formas de
violência, prevê criação de serviços especializados e ajuda no combate à
violência, estar entre os dez países que mais matam mulheres é uma situação de
extrema vergonha para os brasileiros. É um sinal de que apesar da importância
extrema da lei, ainda faltam políticas públicas que façam com que mulheres sejam
respeitadas e valorizadas.
De acordo com o levantamento, 1 em cada 4 mulheres brasileiras acima de
16 anos (24,4%), ou seja, cerca de 17 milhões de mulheres, afirmaram ter sofrido
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alguma forma de violência durante a pandemia do covid-19. Ainda, 5 em cada 10


brasileiros (51,1%) apontaram ter presenciado algum tipo de violência contra a
mulher no seu bairro ou comunidade durante o último ano.
Apesar de sermos mais de 50% da população brasileira, não ocupamos os
cargos de chefia e de governo na mesma proporção, ainda somos extremamente
preteridas e desrespeitadas no ambiente de trabalho. Tudo isso evidencia que
ainda não temos políticas públicas suficientes e que ainda há um longo caminho
de luta para as mulheres.

QUESTÃO 3
Igualdade Formal e Igualdade Material

O princípio da igualdade está balizado na Constituição Federal de 1988 e


tem como objetivo obter tratamentos de maneira igualitária. Porém, a igualdade
formal, que é justamente o entendimento escrito de que todos são iguais e
deverão ter os mesmos direitos, acaba sendo ineficaz, porque todos são iguais
enquanto seres humanos, portanto, portadores de direitos de proteção à sua
dignidade, mas nem todos são iguais no sentido material. Características físicas,
sexo, cor, classe social, acabam fazendo com que determinados grupos de
indivíduos não alcancem as mesmas oportunidades e sofram algum tipo de
discriminação. Igualdade material é justamente fazer com que através de leis e
ações os desiguais tenham as mesmas oportunidades e alcancem desse modo a
igualdade real, desigualar os desiguais para atingir a igualdade.
Como exemplo de igualdade formal temos o caput do Art. 5º, “todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, a igualdade ocorre
perante a lei. Mas como só a igualdade formal não materializa a igualdade que
queremos alcançar, como já discutido acima, temos que promover a igualdade
material, exemplo disso é o Art. 7º, XXX que assegura como direitos do
trabalhador a “proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;”. Outro
exemplo importante é criação de cotas para negros em universidades públicas.
Os negros foram escravizados por muito tempo no Brasil e quando conseguiram
sua libertação, não contaram com planos políticos de integração deles na
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sociedade, desde então sofrem para alcançar um tratamento igualitário, é o caso


em que a lei precisa ser desigual para promover igualdade.

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