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apresentando-a genericamente, com base na wikipédia, como uma prática social em que um
ser humano assume direitos de propriedade sobre outro designado por escravo ou escravizado,
imposta por meio da violência física ou moral. Em outras palavras, é um processo histórico de
acentuado e mantido, inclusive, pela Igreja, através de carta papal, pode ser analisado com
três (03) olhares: um olhar negro, um olhar branco e um olhar atento aos acontecimentos, a
época, representadas por navios carregando os escravos nos porões, negros acorrentados,
políticas públicas, os esforços dos militantes em favor da extinção deste processo, a existência
de inúmeras normas legislativas zeladoras dos direitos humanos, etc., ainda há uma
negros continuam a sofrer mais com a violação de seus direitos, pois é a parcela mais afetada
pelos índices de violência1, sendo a maioria nos presídios e entre as vítimas de homicídios, ao
mesmo tempo que têm menos acesso à saúde e à educação e compõe o segmento mais pobre
distintos da cidade. Nesse sentido, o cotidiano das pessoas que habitam esses lugares é
marcado pela insegurança, violência, moradias precárias, falta de infraestrutura e acesso aos
serviços básicos e ao lazer, comandado pela cor da pele, com negros habitando favelas e
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O palestrante ilustra a violência cometida contra os negros por reportagens: “Homem negro é
espancado até a morte em supermercado do grupo Carrefur em POA”; “Menina negra de 10 anos
morre baleada na Baixada Fluminense às vésperas da festa de aniversário”; Polícia Rodoviária
Federal trancou homem negro dentro do porta-malas e apura denúncia contras policiais acusados por
morte de Gerivaldo”.
O palestrante faz uma provocação no sentido de pensarmos quem seria o
responsável pela manutenção deste status quo. E a resposta é evidente, todos nós somos
responsáveis pela existência e por manter, ainda hoje, em pleno século XXI, as mazelas da
Branquitude”.
mantidos e transmitidos para as novas gerações”. A branquitude não permite espaços para
problema nas relações entre negros e brancos. É o que denominamos supremacia branca
outro, como tantas que observamos cotidianamente ao nosso redor, tanto na política, como na
cultura, como na economia, e que assegura privilégios para um desses grupos e relega
Nesse sentido, os privilégios nos mais diferentes setores e instituições são similares e
que todos mantenham este processo de exclusão. Existe até em algumas pessoas um
muitos. Mas precisamos questionar a ideia de tudo o que as pessoas conseguem ou têm
decorre de tal esforço. É comum veículos de imprensa divulgarem casos de pessoas que
conseguiram “subir na vida” devido a um grande empenho pessoal. Esses casos podem nos
levar a pensar que, se alguém não consegue um bom emprego ou não passa no vestibular de
que vivemos, qualquer pessoa pode, teoricamente, alcançar qualquer posição social. Mas, na
prática, o peso da origem social ainda é muito mais determinante do que gostaríamos de acreditar.
Destarte, não podemos fazer uso de um discurso de meritocracia que justifica e reproduz as
desigualdades, muitas vezes diminuindo aqueles com posições sociais menos valorizadas,
antirracista, rever atitudes, falas, “piadas”, e pré-conceitos, que podem estar enraizados sobre
determinados grupos. Como sociedade, o caminho é ainda mais longo, embora já estejamos
dando os primeiros passos. O mais discutido e enfatizado, nesse aspecto, é a educação, tanto
racismo pelo ensino. Se como sociedade ainda temos negado direitos e oportunidades a
grupos de pessoas por suas características físicas, e se queremos alcançar justiça social,
precisamos garantir que o passado fique no passado. Enquanto isso não for feito, a dívida