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Racismo

Giovana Keles Ferreira RA: 21009570

Kaory Moriyama Kawashima RA: 21003267

● De que maneira as condições concretas da vida da maioria da população


negra no Brasil (e no mundo) revelam diversos desafios para a
construção dos Direitos Humanos em sua totalidade.
● Como os mecanismos do racismo, da eugenia e da discriminação
prosperam na sociedade (utilizando a reflexão presente no
documentário).

O Brasil é um país marcado pelo racismo como sistema, uma forma de


organização social que privilegia um grupo em detrimento de outro. O genocídio, a
escravização e a desumanização ocupam boa parte da história do país. São fatos
que deixaram consequências profundas tanto na forma coletiva de pensar, quanto
nas condições materiais dos descendentes desses povos. Apesar de negros e
pardos constituírem a maioria da população, a relação de exclusão com base na cor
da pele está presente nos ambientes de trabalho, nas universidades e nos hábitos
cotidianos.
As desigualdades históricas estão por trás das grandes disparidades
enfrentadas pelos negros no mercado de trabalho. O menor acesso à educação é
um deles, bem como condições de vida mais precárias. Apesar das políticas de
cotas em serviços públicos e universidades para tentar diminuir as desigualdades
raciais e tornar a entrada no mercado de trabalho mais igualitária, ainda não é
possível perceber uma redução na diferença do rendimento médio de brancos e
negros.
Além disso, de acordo com dados do IBGE obtidos pelo G1, os trabalhadores
negros ganham cerca de R$ 1,2 mil a menos em média, mesmo quando
comparados com indivíduos brancos com a mesma escolaridade, experiência,
ocupação e origem social. Qunato as mulheres negras, o número cresce ainda
mais, já que além de ganharem menos do que os homens, ganham menos do que
os homens negros e são muito mais vítimas de violência e preconceito.
E como o documentário nos faz refletir sobre o assunto? Não é muito difícil
de notar a dificuldade das pessoas brancas de olhos azuis que foram as escolhidas
para o experimento em se sujeitar ao tratamento o qual estavam recebendo, onde
foram oprimidos e ridicularizados constantemente, sem a ajuda de ninguém e por
nenhum motivo aparente. Com isso a pesquisadora tinha o objetivo de fazer essas
pessoas passarem pelo mesmo tipo de agressão constante que as pessoas pretas
passam no dia a dia e fazê-los entender como é difícil aguentar o preconceito
calado e não poder se defender sem piorar a situação, demonstrando a opressão
que mesmo após 20 anos do fim da lei da segregação racial os negros norte-
americanos ainda viviam. As pessoas brancas de olhos castanhos nesse
experimento representam as pessoas brancas, e são instruídas a tratar mal e
ridicularizar os de olhos azuis, mostrando dessa forma como a sociedade realmente
age em frente ao preconceito nem um pouco sutil que os pretos sofrem no dia a dia
ao longo de toda vidas.

Com isso Jane traz uma importante reflexão, sobre como, apesar de uma
pessoa não ser racista, ainda sim ela pode colaborar com o sistema de segregação
ao ver essa agressão e não defender e ajudar o próximo, como ao não ensinarem
desde que uma criança nasce que cor de pele e outros fatores não tornam uma
pessoa melhor que a outra, eles continuam deixam a sociedade seguir da forma que
está. A passividade daqueles que podem agir em prol ao movimento torna o
opressor cada vez mais forte, sem a empatia do próximo as questões raciais não
serão capazes de serem resolvidas, pois sem a reestruturação e colaboração com
os oprimidos, nada pode ser mudado.

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