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EEEM BENEDITO CORRÊA DE SOUZA

PESQUISA FEIRA MULTIDISCIPLINAR


TURMA: M3MR02

Tema: A CONSTRUÇAO DE DIFERENÇAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS QUE CARACTERIZAM AS ETNIAS


PRETO, PARDO E NEGRO.

INTRODUÇÃO:
Nesta apresentação, vamos explorar como as etnias preto, pardo e negro são definidas e como
as diferenças biológicas e sociais contribuem para suas identidades. Também vamos analisar as
consequências dessas diferenças e discutir desafios e perspectivas para a comunidade negra,
As diferenças físicas entre as etnias são as mais evidentes, as pessoas negras têm pele mais
escura, cabelo crespo e nariz mais largo em comparação com as pessoas brancas. As diferenças
biológicas entre as etnias são causadas por fatores genéticos. Os genes que determinam a cor
da pele, por exemplo, são influenciados pela quantidade de melanina produzida pelos
melanócitos na pele.

DEFINIÇÃO DE ETINIAS PRETO, PARDO E NEGRO

O termo preto toma como referência a ascendência oriunda de nativos da África.


Independentemente de seu território ou construção social, pelo fenótipo manifestado por sua
pele de cor escura.

Pardo é uma pessoa com diferentes ascendências étnicas e que são baseadas numa mistura de
cores de peles entre brancos, negros e indígenas. Essa miscigenação engloba:
•Descendentes de negros e brancos
•Descendentes de negros com indígenas
•Descendentes de índios com brancos
•Além de todas as outras possíveis interações inter-raciais diretas ou indiretas.
No Brasil, parece não haver um consenso sobre como definir pessoas pardas. Essa incerteza de
pertencimento é muito mais comum do que se imagina. De acordo com o Instituto Brasileiro
de Estatística e Geografia, uma pessoa parda é considerada mestiça, pois apresenta uma
mistura acentuada entre uma ou mais etnias. O pardo é um dos cinco grupos de cores étnicas
que compõem a população brasileira, juntamente com os brancos, pretos, amarelos e
indígenas.

Já o conceito de negro é definido pelo Estatuto da Igualdade Racial como: o conjunto de


pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pelo IBGE,
ou que adotam autodefinição análoga.

Há argumentos contrários à classificação de pretos e pardos em um mesmo grupo. Uma


pesquisa realizada pela Agência Senado e demais estudiosos, afirma que pretos sofrem muito
mais discriminação. E, segundo a teoria do Colorismo, quanto mais escura a cor da pele de uma
pessoa, maior o racismo sofrido em nossa sociedade.

Quem é considerado preto ou pardo?


Segundo uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), realizada por
Rafael Osório, existem três métodos de identificação racial:

•Autoatribuição de pertença ou autoidentificação: o próprio sujeito identifica o grupo ao qual


se considera membro;
•Heteroatribuição de pertença ou heteroidentificação: outra pessoa identifica o grupo ao qual
o sujeito pertence;
•Identificação biológica: feita por meio de análise genética.
O sistema classificatório do IBGE utiliza simultaneamente os métodos da autoidentificação e
heteroidentificação.

DIFERENÇAS BIOLÓGICAS

Melanina: As etnias preto, pardo e negro possuem diferentes níveis de melanina, que afetam a
cor da pele e a proteção contra danos causados pelo sol.
Estrutura Capilar: O tipo de cabelo e sua estrutura são características distintas entre as etnias,
variando de cabelos crespos a mais lisos.
Diversidade Genética: Cada etnia apresenta uma diversidade genética única, influenciando na
suscetibilidade a algumas doenças e características físicas individuais.
Biólogicamente, as diferenças entre etnias refletem adaptações genéticas ao longo de gerações
em diferentes regiões geográficas. No contexto das etnias preta, parda e negra, há uma
diversidade genética significativa, mas é crucial entender que as categorias são mais sociais do
que biológicas. Não existe uma linha clara que demarque essas identidades com base apenas
em características físicas.
Socialmente, as distinções são historicamente enraizadas em processos coloniais e na
escravidão, que levaram à categorização racial. A ideia de "negro" como uma categoria ampla
muitas vezes agrupa diversas origens étnicas africanas. "Preto" e "pardo" podem refletir
variações na pigmentação da pele, mas essas definições são moldadas por construções sociais
que podem variar em diferentes contextos culturais.

A discussão sobre etnias preta, parda e negra também abrange questões contemporâneas,
como a luta contra o racismo estrutural e a busca por igualdade. Essas categorias são
complexas e multifacetadas, sendo importantes não apenas na compreensão das diferenças,
mas também na promoção da justiça social e da igualdade.

DIFERENÇAS SOCIAIS QUE CARACTERIZAM AS ETNIAS

-Acesso a Oportunidades: As etnias preto, pardo e negro enfrentam desigualdades no acesso a


educação, emprego e outras oportunidades, impactando suas trajetórias de vida.
-Representatividade: A falta de representação equitativa nas estruturas de poder e mídia
dificulta o reconhecimento e valorização das contribuições das etnias.
-Estereótipos e Preconceitos: A discriminação racial e os estereótipos negativos ainda
permeiam a sociedade, afetando a autoestima e qualidade de vida das pessoas.
desigualdade étnica refere-se às desigualdades de oportunidades e de condições de vida que
resulta de diferenças étnicas. No Brasil, a desigualdade étnica acompanhou o processo de
colonização, de forma extremamente violenta (violências física e simbólica), que são sofrida
pelos povos indígenas até hoje. Como exemplos dessa desigualdade étnica em relação aos
povos indígenas no Brasil, podemos citar a não demarcação das terras indígenas. Ou, ainda, a
morosidade da demarcação das terras que, pela legislação vigente no Brasil, deveriam ser
demarcadas no prazo de cinco anos, sendo que há terras indígenas em processo de
demarcação há mais de 40 anos.

As oportunidades na educação, inclusive no ensino superior, também contribuem para essa


forma de desigualdade. Assim como as oportunidades na política, a exemplo do que ocorre no
Congresso Nacional, no qual só temos uma indígena como deputada. Há, ainda, as
oportunidades na saúde, no trabalho e no emprego. Mesmo quando temos indígenas
formados, com graduação e pós-graduação, elas e eles não têm as mesmas oportunidades que,
por exemplo, as pessoas brancas. Então, há declaradamente favorecimento a pessoas da raça
branca, que têm mais oportunidades e melhores condições de vida. Por fim, além de não ter as
mesmas oportunidades, as pessoas indígenas ainda sofrem violência, preconceito e
discriminação diariamente, principalmente quando lutam pelos seus direitos.

A BUSCA POR EQUIDADE

Ao analisar a busca pela igualdade social dessas etnias menos favorecidas, vemos que essa
desigualdade se dá por uma separação, sendo, as pessoas de pele clara de um lado e as
pessoas de pele escura de outro, separadas pela dura realidade do Racismo.
Em 18 de junho de 1978, o feirante Robson Silveira da Luz foi acusado de roubar frutas na feira
onde trabalhava. O homem negro de 27 anos foi levado para a 44º Delegacia de Polícia de
Guaianazes, na Zona Leste de São Paulo. Lá o rapaz foi torturado e morto. Em 7 de julho de
1978, um ato contra a morte de Robson reuniu duas mil pessoas na escadaria do Teatro
Municipal de São Paulo. Aquele era o momento de nascimento do MNU.
A partir do ato, vários representantes de movimentos que lutavam pela igualdade
racial uniram-se para tornarem-se uma única entidade, mais forte e coesa.

Existem atualmente muitos movimentos sociais que protestam contra o tratamento inferior
recebido por essas pessoas, apesar das diferenças inerentes aos tipos de movimento que têm
em comum a temática racial, o denominador de todos eles é a reivindicação da igualdade
racial entre negros e brancos. Devido à escravização e ao colonialismo (movimento histórico de
invasão e colonização de países americanos, africanos e asiáticos por parte de países
europeus), que causou a captura e comercialização de negros africanos como escravos em todo
o mundo, sobretudo nas Américas, vivemos as consequências de um sistema extremamente
desigual e cruel com os descendentes das pessoas escravizadas.
No século XIX, a escravidão foi legalmente extinta no mundo ocidental, apesar disso,
suas consequências aos povos africanos deixaram marcas profundas na sociedade e os negros
continuaram sendo tratados como inferiores.
Como resultado da atuação de grandes movimentos temos, por exemplo, a Lei 12.711/12 e a
Lei 12.990/14, popularmente conhecidas como Leis de Cotas. Também foi sancionada a Lei
7.716/89, popularmente conhecida como Lei Caó, que prevê detenção de um a cinco anos para
crime de discriminação racial. Essas e outras leis são medidas de combate à separação social
por cor ou origem.

CONCLUSÃO

Exploramos as diferenças biológicas e sociais que caracterizam as etnias preto, pardo e negro. É
necessário um esforço coletivo para promover a equidade e valorizar a diversidade étnica em
nossa sociedade. A diversidade étnica é uma das riquezas culturais do Brasil e deve ser
valorizada e respeitada. A compreensão das diferenças biológicas e sociais é essencial para o
combate ao racismo e à exclusão social. É preciso criar políticas públicas que levem em
consideração essas diferenças e garantam a igualdade de oportunidades e a justiça social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-Definição de etnias. Preto pardo negro, 2022. Disponível em:
https://portal.unit.br/blog/noticias/preto-pardo-e-negro-entenda-quais-sao-as-diferencas/.
Acesso em: 09 nov. 2023.

-. Raça ou cor. Iniciativa empresarial, 2022. Disponível em:


https://iniciativaempresarial.com.br/a-classificacao-por-cor-ou-raca-no-brasil/. Acesso em: 09
nov. 2023.

-Desigualdade etnica. Portal CCSA, 2022. Disponível em: https://ccsa.ufrn.br/portal/?


p=12612#:~:text=A%20desigualdade%20%C3%A9tnica%20refere%2Dse,pelos%20povos%20ind
%C3%ADgenas%20at%C3%A9%20hoje. Acesso em: 13 nov. 2023.

-LEITE, Alessadra . Diferenças Biológicas. UFMG. Disponível em:


https://www.ufmg.br/boletim/bol1212/pag5.html. Acesso em: 11 nov. 2023.
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