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3. Legislação 10
6. A perspectiva Antroposófica de 17
Rudolf Steiner e o futuro social
10. Referências 28
O que eu quero do mundo? Qual
mundo queremos?
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Estamos na Bahia, um estado
brasileiro onde, segundo
dados da Superintendência
de Estudos Econômicos e
Sociais da Bahia, em 2018, cerca de
81,1% da população era composta
por negros.
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Pelo contrário, esse fluxo contribui para um processo de
desterritorialização, perda da identidade local, aumentando as
desigualdades, e consequentemente, a exclusão. Empregos e
recursos para saúde e educação não são suficientes para
atender as necessidades locais.
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Almeida afirma em seu livro Racismo Estrutural, que embora haja relação
entre os conceitos, o racismo estrutural difere do interpessoal, do
preconceito e da discriminação. O preconceito acontece na ordem do
pensamento, do julgamento, de uma ideia pré-concebida, baseada em
estereótipos e subjetividades, muitas vezes inconscientes. Por exemplo,
considerar pessoas negras violentas, incapazes ou inconfiáveis. A
discriminação ocorre no âmbito da ação, do tratamento diferenciado
com membros de grupos racialmente identificados, levando a
desvantagens. É preciso uma posição de poder para exercer a
discriminação, por exemplo, deixar de contratar uma pessoa para
determinado cargo por conta da sua cor.
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O processo histórico da escravização do povo negro deixou muitas
marcas não só na história, mas em nossa memória, em nossa maneira
de ver o mundo e nas bases das estruturas da sociedade que vivemos.
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E, por isso, obviamente, dentro de uma sociedade de bases estruturais
racistas, uma instituição que não trata de maneira ativa e como um
problema a desigualdade racial, irá facilmente reproduzir as práticas
racistas já tidas como “normais” em toda a sociedade. E sobre isso
Almeida diz que:
Ainda sobre isso o autor afirma que é dever de uma instituição que se
preocupe com a questão racial investir na adoção de políticas internas
que visem:
O racismo é estrutural.
Comportamentos individuais e processos
institucionais são derivados de uma sociedade cujo
racismo é regra e não exceção.
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Mas, pensar o racismo de forma mais complexa e como parte da
estrutura não retira a responsabilidade individual sobre a prática de
condutas racistas, e não é um álibi para racistas. Pelo contrário:
entender que o racismo é estrutural, e não um ato isolado de um
individuo ou de um grupo, nos torna ainda mais responsáveis pelo
combate ao racismo e aos racistas.
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E você? Já pensou sobre a importância de AGIR
contra o racismo? O racismo cabe no mundo que
queremos construir?
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3. Legislação
Lei N° 1 de 1837:
Primeira lei da educação proíbe
negros de irem à escola.
Lei N° 601 de 1850:
Lei das Terras estipula que
negros não podem ser
Lei N° 2.040 de 1871: proprietários de terras.
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Constituição Federal
de 1988:
Somente em 1988, 100 anos após a Lei N° 7.716 de 1989:
abolição, a constituição
brasileira reconheceu o racismo Lei Caó que define os crimes de
como crime, mas ainda racismo como inafiançáveis e
possibilitando os casos de se imprescritíveis.
enquadrarem como injúria racial,
onde não era prevista a prisão.
Foi fundada nesse ano também a
Lei Nº 12.288 de 2010:
Fundação Palmares, instituição
pública que promove a valorização Institui o Estatuto da Igualdade
da cultura negra no Brasil e que Racial, que prevê o
reconheceu a existência e os estabelecimento de políticas
direitos dos povos quilombolas, públicas para a correção de
assegurando o direito à desigualdades raciais e o
propriedade de seus territórios combate à discriminação e às
coletivos. (Art. 68 da C.F.) demais formas de intolerância
étnica.
No âmbito educacional:
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As Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana têm como objetivo “o reconhecimento e as
reparações à correção de desigualdades raciais e
sociais, orientadas para oferta de tratamento
diferenciado com vistas a corrigir desvantagens e
marginalização criadas e mantidas por estrutura
social excludente e discriminatória” (Parecer CNE
no 3/2004).
A valorização implica reconhecimento, e
reconhecer significa buscar compreender os valores
e as lutas dos sujeitos, “ser sensível ao sofrimento
causado por tantas formas e desqualificação , como
apelidos depreciativos, brincadeiras, piadas de mau
gosto, sugerindo incapacidade e ridicularizando
traços físicos” (Parecer CNE no 3/2004).
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4. História e Missão da escola
O olhar preocupado
com as crianças locais
foi o impulso
necessário para que
fosse colocado em
prática esse lindo e
necessário projeto
social educacional.
Com a convicção de
que a educação e a
Pedagogia Waldorf
poderiam fazer
diferença oferecendo às pessoas deste lugar a esperança da construção
de uma vida melhor e de um futuro mais digno.
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Os recursos eram
pouquíssimos, mas a semente
germinou. Acalentada como
um sonho, esta convicção
ganhou o nome de Escola
Comunitária Jardim do
Cajueiro. Com muita emoção,
coragem e determinação, no
dia 06 de março de 2006,
recebíamos, numa casa
emprestada, nossas primeiras
24 crianças, na faixa etária de 3
à 6 anos de idade.
Amigos e simpatizantes deste sonho tornaram-se “padrinhos” de algumas
crianças, ajuda que se tornou crescente e fundamental para a existência da
Escola.
Em 2009, nossa escola foi reconhecida pela Federação das Escolas Waldorf
do Brasil (FEWB), tornando-se federada.
Até 2012, ocupamos quatro diferentes locações, até que, por meio de
doações, foi iniciada a construção de nossa sede própria.O terreno foi uma
doação da Prefeitura de Maraú em reconhecimento a importância da Escola
- Utilidade Pública Municipal de Maraú – Lei nº 027 de 20/06/2011.
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6. A perspectiva Antroposófica de Rudolf Steiner e o
futuro social
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A pergunta que fica é:
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7. Como estamos nos organizando contra o racismo
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O Coletivo Encruzilhadas foi
criado por professores e
funcionários da escola
sensibilizados e mobilizados pela
luta de combate ao racismo, o
estudo da adaptação curricular e
manifestações sociais e culturais
afro-indígenas.
Essa cartilha é uma das ações
promovidas pelo coletivo que
também se tornou uma das
comissões de trabalho da escola.
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Dessa forma, adotamos na nossa escola as seguintes
medidas quando houver atos racistas, de acordo com as
diferentes idades:
Jardim de Infância:
Conversas e orientações com as famílias das crianças
envolvidas.
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9. Para estudar e se informar
LIVROS
1. “Mulheres, Raça e Classe”, por Angela Davis 2.
“Pequeno Manual Antirracista”, por Djamila
Ribeiro
3. “O Genocídio do negro brasileiro: Processo de
um Racismo Mascarado”, por Abdias do Nascimento
4. “Quarto de Despejo”, por Carolina Maria de
Jesus
5. “Do silêncio do lar ao silêncio escolar”, por
Eliane dos Santos Cavalleiro
6. “O perigo de uma história única”, por
Chimamanda Ngozi Adichie
7. “Racismo linguístico: os subterrâneos da
linguagem e do racismo”, por Gabriel Nascimento
8. “Claros e escuros: Identidade, povo, mídia e
cotas no Brasil”, por Muniz Sodré
9. “Reinventando a educação: Diversidade,
descolonização e redes”, por Muniz Sodré
10. “O quilombismo”, por Abdias Nascimento
11. “Racismo Estrutural”, por Silvio de Almeida
12. “Um defeito de cor”, por Ana Maria Gonçalves
13. “Filosofias Africanas”, por Nei Lopes e Luiz
Antônio Simas
14. “O corpo encantado das ruas”, por Luiz
Antônio Simas
15. “Peles Negras, máscaras brancas” por Frants
Fanon
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LIVROS
16. ”Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil”,
por Sueli Carneiro
17. “O pacto da branquitude”, por Cida Bento,
Alceu Chiesorin Nunes, e outros.
18. “O fascismo da cor: Uma radiografia do racismo
nacional”, por Muniz Sodré
19. “Lugar de negro”, por Lélia Gonzalez e Carlos
Hasenbalg
20. “Por um feminismo afro-latino-americano”, por
Lélia Gonzalez, Flavia Rios, e outros
21. “Mitologia dos orixás”, por Reginaldo Prandi e
Pedro Rafael
22. “Como o racismo criou o Brasil”, por Jessé
Souza
23. “Pedagogia Das Encruzilhadas”, por Luiz Rufino
24. “Quem tem medo do feminismo negro”, por
Djamila Ribeiro
25. “Olhos d`água”, por Conceição Evaristo
26. “A democracia da abolição” por Angela Davis
27. “A liberdade é uma luta constante” por Angela
Davis
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FILMES, DOCUMENTÁRIOS E VÍDEOS:
6. Quem Matou Malcolm X
7. Quincy
8. Cara Gente Branca
9. Ela quer tudo
10. Nós
11. Minha História
12. Self Made: A vida e a história de Madam CJ
Walker
13. Infiltrado na Klan
14. Olhos que condenam
15. Brooklyn Nine-Nine
AMAZON PRIME
1. The Black Power Mixtape 1967–1975 92011
2. Uma Noite em Miami
GLOBOPLAY
1. Doutor Gama
2. Meu nome é liberdade
3. Mulheres no movimento
4. Medida provisória
5. A cor do poder
6. Suburba
7. Cidade dos Homens
8. Ana Bolena
9. For life, buscando por justiça
10. Cidade de Deus
Documentários
1. Motriz: roda de afeto
2. Mokambo
3. A morte branca do feiticeiro negro
4. Santo forte
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FILMES, DOCUMENTÁRIOS E VÍDEOS:
5. A última abolição
6. Menino 23
7. Sobre nós
8. Eu nao sou negro
9. Dentro da minha pele
10. Samba de Santo
11. Cavalo de Santo
12. O caso do homem errado
13. Para onde vamos?
14. Sementes: mulheres pretas no poder
DISNEY +
1. Pantera Negra
2. Estrelas Além do Tempo
PODCASTS:
1. Projeto Quirino, história do Brasil
2. Mano a Mano, entrevistas: política, música e
religião
3. Boletos pagos com Nath Finanças, economia e
educação financeira
4. Vidas negras, a trajetória e a obra de
personalidades da história e da atualidade.
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INSTAGRAM:
1. @serantirracista
2. @waldorfantirracista
3. @uma_intelectual_diferentona
4. @pretitudes
5. @negrasprimaveras
6. @casere_
7. @nofrontempoderamento
8. @parentalidade_preta
9. @feirapretaoficial
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10. Referências
INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL:
https://pib.socioambiental.org/pt/Quem_s%C3%A3o
IBGE
https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ba/marau.html
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NEI LOPES e LUIZ ANTONIO SIMAS. Filosofias Africanas.
IBGE:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/marau/pesquisa/23/2
5888?detalhes=true
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/marau/panorama
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-
brasil/populacao/18319-cor-ou-raca.html
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Realização:
Escola Comunitária Jardim do Cajueiro
Equipe:
Conteúdo: Comissão Encruzilhadas
Arte e diagramação: Andrea Campos
Fotos: Muzila Ferraz
Apoio
A Caminhação
Maraú - BA
2023