SOCIOLOGIA 1 º ANO

Minorias nas
sociedades do século
XX: negros/índios e
imigrantes/refugiados,
entre outros.

PROF: ÍTALLO
 HABILIDADE
(EM13CHS103)
Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor
argumentos relativos a processos políticos, econômicos,
sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base
na sistematização de dados e informações de diversas
naturezas (expressões artísticas, textos filosóficos e
sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos,
mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).
 Minorias não são a menor parte!
Quando falamos em Minorias Sociais, é importante entender que NÃO ESTAMOS FALANDO
EM MINORIAS NÚMERICAS, estamos falando de uma categoria analítica, social e histórica.

1 -Grupos de pessoas em situação de opressão e menor representatividade:

mulheres, negros, pessoas LGBTQA+, deficientes etc.;
2 - Não se trata apenas de um grupo social, mas de como suas diferenças
colocam esses grupos em situações de vulnerabilidade e risco social;
3 - Os direitos das minorias não são garantidos, como o são para os grupos
dominantes.
• Ou seja, as minorias não se tratam apenas de um grupo social que partilha
características em comum, mas sim que tem em comum as DIFERENÇAS desse
grupo, construídas ao longo da história, e que colocam um determinado agrupamento
de pessoa em uma relação de desvantagem, vulnerabilidade e risco em relação a
OUTROS GRUPOS que possuem uma representação dominante dentro de uma
sociedade.
 Minorias e grupos sociais
Um grupo, segundo a sociologia, não é só um conjunto de indivíduos.
Os grupos sociais existem quando determinado conjunto de pessoas
têm/mantêm relações estáveis, com objetivos e interesses comuns,
assim como sentimentos de identidade gerados pelo contato
contínuo.
Sendo assim, a estabilidade nas relações interpessoais e os
sentimentos partilhados de pertencer a uma mesma unidade social
formam um grupo social.
 Aquilo que nos une: a cultura
Os seres humanos têm necessidades básicas que devem ser satisfeitas em todos os
lugares, como se alimentar, dormir, se abrigar, respirar, desenvolver a atividade sexual e se
reproduzir, etc. Essas necessidades decorrem de sua condição natural, biológica, porém
varia enormemente a maneira como cada cultura se organiza para satisfazê-las.

O que nos une como humanos? A capacidade de nos diferenciarmos

enquanto seres culturais.

• Formas de habitar;
• Vestir-se;
• Trabalhar;
• Constituir família;
• Interações conscientes;
• Valores;
• Leis
Se o que nos une como seres humanos são as nossas diferenças e tudo é
construção social, por que existem as minorias sociais?
 Humanidade: domínio da diferença
A diferença é uma característica do ser humano como ser social;
• Longe de formar uma cultura única/universal, a humanidade é feita
de grandes diferenças históricas, culturais, identitárias, econômicas e
políticas entre os territórios, povos, leis, línguas, artes, crenças,
hábitos, comportamentos e organizações sociais;
•Por meio da cultura/ socialização se estabelece uma relação entre os
indivíduos e a sociedade;
•É fundamental conhecer o passado, ou seja, a herança histórica de
uma sociedade para entender a diversidade social presente em um
povo.
Identidade e alteridade
 A presença do passado

Escravidão X Abolição
350 anos 132 anos
O Brasil foi o país que importou
mais escravos africanos no mundo; A abolição foi resultado da resistência
Entre os séculos XVI e XIX, vieram da população negra ao longo de séculos
mais de 4 milhões de pessoas (fugas e quilombos);
escravizadas da África; Não houve inserção social,
Esse número é equivalente a mais oportunidades de empregos, direito a
de um terço de todo o comércio educação etc. ;
negreiro; Pós-abolição, no século XIX, surgiram
O Brasil foi o último país da teorias racistas e políticas de
América que aboliu a escravidão. branqueamentos.
As marcas de ser tratado como minorias
AS MINORIAS SOCIAIS

Ausência de representação; Ausência de direitos;

Silenciamento; Desigualdade;

Violências; LUTAS e RESISTÊNCIAS

 Uma reflexão sobre o racismo
Observar a presença do racismo e suas diferentes formas de
manifestação na História é fundamental para
desenvolvermos um espírito crítico e uma postura cidadã.
A maneira que enxergamos o mundo, ou seja, as lentes pelas
quais interpretamos a nossa realidade social, não são
estabelecidas pela ação de um indivíduo, mas sim construídas
na convivência comum em sociedade e em nossos diferentes
grupos – família, escola, igreja, interações etc. -, sendo
resultado daquilo que as gerações anteriores construíram e
exprimem no processo de socialização.
Dessa forma, os indivíduos manifestam o entendimento de
que os fenômenos sociais são de caráter natural, ou seja, não
percebem que tais fenômenos são, na verdade, constituídos
socialmente, isto é, historicamente produzidos e reproduzidos
como resultado das relações sociais em suas mais diversas
estruturas.
 Minorias e História

Todos nós, seres humanos, fazemos parte de grupos que nascem na História. Com
as minorias não poderia ser diferente. A visibilidade ou invisibilidade é parte da
inclusão ou exclusão dos grupos nos diferentes tempos e espaços. Toda diferença
identitária é produzida por diferentes trajetórias das nossas histórias.
Pensa com a gente?
 Características de uma minoria
As características podem variar para cada grupo minoritário, mas
alguns elementos costumam ser comuns às minorias, como:
Como contribuir para a visibilidade das minorias? Como não
contribuir com o preconceito e a discriminação contra grupos que
não possuem os seus direitos garantidos?
Você sabe por que os indígenas são chamados de povos originários?
Qual era a quantidade de indígenas no período da colonização?
Dados demográficos da população indígena no Brasil

Estima-se que a população

indígena no Brasil, no ano de
1500, quando os primeiros
colonizadores chegaram, variava
entre 4 e 10 milhões de
indígenas, falantes de mais de
1.500 línguas.
Distribuição da população indígena (IBGE 2010)
As marcas de ser tratado como “minoria”

Os indígenas são povos do

presente que possuem História
antes da colonização. A
colonização explorou e
promoveu um genocídio
indígena.
Como os indígenas são
tratados?
É importante entender!
Os indígenas resistem ao longo da História. A visibilidade ou
invisibilidade é parte da inclusão ou exclusão dos grupos nos
diferentes tempos e espaços. Toda diferença identitária é
produzida por diferentes trajetórias das nossas histórias.
Presença de terras indígenas: ontem e hoje
“Nós estamos em guerra. Eu não sei por que você está me
olhando com essa cara tão simpática. Nós estamos em guerra.
O seu mundo e o meu mundo estão em guerra. Os nossos
mundos estão todos em guerra. A falsificação ideológica que
sugere que nós temos paz é para gente continuar mantendo a
coisa funcionando. Não tem paz em lugar nenhum. É guerra em
todos os lugares, o tempo todo.”
Ailton Krenak, em Ideias
para adiar o fim do mundo.
 CF de 1988 - Direitos dos indígenas
Os direitos dos indígenas sobre suas terras são definidos enquanto direitos
originários, isto é, anterior à criação do próprio Estado:

Art. 231 da Constituição:

“São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças,
tradições e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,
competindo à União demarcá-las, protegê-las e fazer respeitar todos os seus bens.“
“São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios aquelas por eles habitadas em
caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à
preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias
a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições."
Minorias e mulheres
 Reflita!
A população brasileira é composta de 48,2% de homens e 51,8% de mulheres. Na
população brasileira, as MULHERES são mais numerosas em 19 unidades federativas,
sendo superadas pelos HOMENS nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso,
Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Mulheres e desigualdade
 Minorias e interseccionalidade
As sobreposições de situações de vulnerabilidade social produz marcadores que
acirram as situações de risco social.