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CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Interculturalidade

Globalização, Sociodiversidade, Multiculturalismo e outras críticas

PROFª: SILVIA BRANCO VIDAL BUSTAMANTE

AUTOR: FILIPE BENTO SAMPAIO

SETEMBRO, 2022

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1. Defina Globalização e a relacione a globalização com a homogeinização e o
predomínio de determinada cultura dentro do multiculturalismo.

É um fenômeno que ocorreu durante o século XX, que fez com que ocorresse
uma significativa mudança na vida das pessoas pois nos tornamos mais conectados
e foi possível graças avanços nas telecomunicações como a internet que permitiu
através de seus aplicativos uma maior interação entre pessoas de diversos países.
Essa interação que possibilita ver o que as pessoas postam em suas redes sociais
trouxe uma proximidade pois conseguimos acompanhar a vida de pessoas que
conhecemos na infância, pessoas que perdemos contato físico a anos mas essa
proximidade também faz com que as pessoas vão perdendo o contato físico se
contentam em falar somente pelas ferramentas sociais e esquecem do vinculo
fraterno que é a presença física. E isso está mudando os nossos hábitos.

2. Relacione e análise no texto o multiculturalismo e a eliminação do outro


evidenciando em quais situações este processo ocorre.

A sociedade é multicultural e, por isso, diversa. Nela existem simultaneamente


diferentes grupos humanos com padrões próprios de organização, com modelos
diferentes de autoridade política, do acesso à terra, de padrão habitacional, de
hierarquias de valores ou prestigio, etc.

A existência de culturas e grupos humanos diversos em um mundo globalizado


nos leva à questão de como construir uma sociedade democrática, plural e justa ao
mesmo tempo, que permita conciliar o direito à diferença e o direito à igualdade. Em
nome da igualdade, frequentemente, se tem eliminado e relativizado as diferenças.
Os camponeses, povos indígenas e imigrantes estrangeiros foram, de fato, os
grupos sociais mais diretamente atingidos pela homogeneização cultural. Por outro
lado, desde posições multiculturalistas radicais, ao enfatizar a diferença, se tem
adotado políticas sociais que criam profundas desigualdades e injustiças. Tão
negativa resulta a padronização quanto a discriminação. Em muitos casos a história
foi marcada pela eliminação do “outro) ou por sua escravização, que também é uma
forma de negação de sua alteridade. Reflexo disso na atualidade são relações de
poder assimétricas, de subordinação e exclusão ainda muito acentuada em relação
a esses grupos sociais.

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3. Explique os 03 aspectos abordados para contextualizar a globalização.

Os 03 aspectos são econômico, político e cultural:

-Econômico: a globalização fez com que o mercado econômico de trocas de


mercadoria deixasse de ser interno e ganhasse o mundo todo e toda as relações
humanas estão mediadas pelo mercado e isso um esgarçamento do tecido social o
dinheiro é o centro e os seres humanos fazem tudo por dinheiro.

- Político: A globalização realmente fez com que os Estados Nacionais fossem


enfraquecidos e as grandes corporações e comercio internacional foram exaltados e
a tônica dos países é manter a estabilidade para não atrapalhar os negócios e agora
na Guerra da Ucrânia com a Rússia estamos vendo o processo inverso os Estados
nacionais estão ganhando força suplementando o comercio estamos vendo várias
sanções impostas a Rússia e isso afeta a própria e também os países que estão
aplicando que deixam de comercializar e deixando de ganhar dinheiro. E no caso da
Europa que depende do gás Russo passará um inverno bastante difícil por causa
dos cortes de fornecimento feito pela Rússia depois das sanções.

- Cultural: O aspecto cultural da globalização fez com que diferentes culturas se


entrelaçarem e se mesclarem, mas também se rejeitarem surgindo a xenofobia e a
comportamentos racistas no povo nativo, e por outro lado, a cultura dominante de
forma a anular a própria identidade cultural do povo imigrado.

4. Relacione de forma analítica a cidadania plena e a construção da igualdade


face á desigualdade de acordo com os autores apresentados nos textos.

A cidadania plena só pode ser exercida em um regime democrático onde a


população elege os seus governantes e que haja alternância de poder, e mesmo
neste regime há diferença e igualdades que exige uma construção intercultural por
meio de articulação de políticas de igualdade e de identidade está é necessária para
que o desejo de uma minoria não seja suprimido pela maioria se não estaremos em
cidadania plena. “temos direito a reivindicar a igualdade sempre que a diferença nos
inferioriza e temos direito de reivindicar a diferença sempre que a igualdade nos
descaracteriza” ( SANTOS, 2008, p.316).

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5. Defina cada termo e explique a relação entre globalização, descolonização,
etnocentrismo.

Descolonização significa o fim do domínio de uma nação ou potência estrangeira


sob um território que foi colonizado.

Globalização é o processo pelo qual determinada condição ou entidade local


estende a sua influência a todo o globo e, ao fazê-lo, desenvolve a capacidade de
designar como local outra condição social ou entidade rival. (SANTOS, 2008, 348).

Etnocentrismo é um preconceito que cada sociedade ou cultura produz, ao


mesmo tempo que procura incutir em seus membros normas e valores peculiares.
Ele julga os outros povos e culturas pelos padrões da própria sociedade, que servem
para aferir até que ponto são corretos e humanos os costumes alheios, a
identificação de um indivíduo com a sociedade induz à rejeição das outras.

6. Principais críticas feitas ao multiculturalismo. Justifique.

O multiculturalismo é um dado da realidade. A sociedade é multicultural. Pode


haver várias maneiras de se lidar com esse dado, uma das quais é a
interculturalidade. Esta acentua a relação entre os diferentes grupos sociais e
culturais.

Na nossa sociedade os fenômenos de apartheid social e também de apartheid


cultural, em forte interrelação, se vêm multiplicando. Neste contexto, a perspectiva
intercultural se contrapõe à guetificação e quer botar a ênfase nas relações entre
diferentes grupos sociais e culturais. Quer estabelecer pontes. Não quer fechar as
identidades culturais na afirmação das suas especificidades. Promove a interação
entre pessoas e grupos pertencentes a diferentes universos culturais.

A nossa história está marcada pela eliminação do “outro” ou por sua


escravização, que também é uma forma de negação de sua alteridade. Esses outros
que são “eus” na construção da identidade latino-americana. Neste sentido, o debate
multicultural na América Latina nos coloca diante dessa questão, desses sujeitos,
sujeitos históricos que foram massacrados, mas que souberam resistir e hoje
continuam afirmando suas identidades fortemente nas nossas sociedades, mas
numa situação de relações de poder assimétricas, de subordinação e exclusão ainda
muito acentuadas.

7. Defina interculturalidade e apresente com texto 05 características da mesma.

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Interculturalidade não propõe que uma cultura seja superior a outra, apenas
diferente. Seria um intercambio, entre os quais a diferença estabelece relações de
negociação, conflito e empréstimo recíproco, respeitando as disparidades.

Para pensar em interculturalidade temos que sair da lógica do Um e nos situar


na lógica multívoca, a qual pressupõe multiplicidade e devir e não podem ser feitas
totalizações.

 Pela vida: em todas suas formas e contra os projetos e estruturas de morte.


 Pela libertação integral: socioeconômica, cultural e espiritual.
 Pela justiça e solidariedade: combatendo as múltiplas formas de exclusão,
segregação e alienação.
 Pela integridade da criação: um novo paradigma ecológico, uma nova
maneira de viver e coexistir no Planeta.
 Pelo resgate e valorização da própria identidade cultural, mas reconhecendo,
desde uma atitude dialógica, a multiculturalidade e a interculturalidade do nosso
mundo globalizado.

8. Destaque e cite todos os termos técnicos que nos textos apresentados se


relacionam à globalização, ao multiculturalismo e à interculturalidade.
 Biosociodiversidade: relaciona intimamente conservação da biodiversidade
com a garantia das terras e direito das populações tradicionais.
 Sociodiversidade: é um principio da antropologia, que diz respeito a fatores
como distribuição geográfica , línguas faladas, etnias e organização social.
 Cidadania plena: é exercida em democracia, que exige como condição
necessária a “construção intercultural da igualdade e da diferença”
 Alteralidade: é parte do pressuposto básico de que todo o homem social
interage e interdepende de outros indivíduos. A existência do eu somente
acontece no contato com o outro. Dessa forma eu apenas existo a partir do
outro, da visão do outro, o que me permite também compreender o mundo a
partir de um olhar diferenciado, partindo tanto do diferente quanto de mim
mesmo.

 Cidadania cultural: define o direito a cultura de forma a reconhecer, valorizar e


manifestar as diferentes tradições culturais presentes numa determinada
sociedade.
 Biodiversidade: Descreve a riqueza e a variedade do mundo natural.
 Etnocentrismo: é um preconceito que cada sociedade ou cultura produz, ao
mesmo tempo que procura incutir em seus membros normas e valores
peculiares. Ele julga os outros povos e culturas pelos padrões da própria
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sociedade, que servem para aferir até que ponto são corretos e humanos os
costumes alheios, a identificação de um indivíduo com a sociedade induz à
rejeição das outras.
 Colonialidade: é um fenômeno histórico complexo, relativo a um padrão de
poder global, que naturaliza hierarquias (territoriais, raciais, culturais e
epistêmicas)
 Colonialismo: consiste no processo de dominação político-administrativa
que visa garantir a exploração do trabalho e das riquezas das colônias em
benefício das metrópoles;
 Descolonização: refere-se ao processo de independência política de uma
colônia ( superação do colonialismo);
 Descolonialidade: diz respeito a um processo que busca a transcendência
da modernidade/colonialidade;
 Inflexão colonial: mudar as condições de conservação em termos
epistêmicos e de poder.
 Inflexão descolonial: é considerada, por seus pensadores, não como um
novo paradigma, mas sim como um “paradigma outro”, questionando a
episteme eurocêntrica com seu pretenso caráter de universalidade e
propondo a pluriversalidade do saber.

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