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DISCIPLINA: SOCIEDADE E CULTURA

PROFESSORA: KARLA ANDRADE

ETNOCENTRISMO

Etnocentrismo é um conceito da Antropologia definido como a visão


demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro
de tudo, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e
sociedades. O termo é formado pela justaposição da palavra de origem grega
"ethnos" que significa "nação, tribo ou pessoas que vivem juntas" e centrismo
que indica o centro.

Essa avaliação é, por definição, preconceituosa, feita a partir de um


ponto de vista específico. Basicamente, encontramos em tal posicionamento
um grupo étnico considerar-se como superior a outro. Do ponto de vista
intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o
mundo com os olhos dos outros. É uma visão de mundo preconceituosa.
Estamos sendo etnocêntricos quando usamos a nossa cultura como referencial
para julgarmos (negativamente) a cultura do outro. O olhar etnocêntrico tende a
colocar as culturas e diferenças culturais dentro das hierarquias: os mais
atrasados, os primitivos e os civilizados. É uma visão de mundo
preconceituosa. Estamos sendo etnocêntricos quando usamos a nossa cultura
como referencial para julgarmos (negativamente) a cultura do outro. O olhar
etnocêntrico tende a colocar as culturas e diferenças culturais dentro das
hierarquias: os mais atrasados, os primitivos e os civilizados.

Essa visão legitima e perpetua o preconceito e a opressão e,


geralmente, vítima grupos que já vivenciam historicamente a plena exclusão
social ou ocupam status desprivilegiado em relação a outros grupos
favorecidos. Uma visão etnocêntrica demonstra, por vezes, desconhecimento
dos diferentes hábitos culturais, levando ao desrespeito, depreciação e
intolerância por quem é diferente, originando em seus casos mais extremos,
atitudes preconceituosas, radicais e xenófobas. O fato de que o ser humano vê
o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em
considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal
tendência, denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos
pela ocorrência de numerosos conflitos sociais. Não existem grupos superiores
ou inferiores, mas grupos diferentes. Um grupo pode ter menor
desenvolvimento tecnológico, se comparado a outro, mas, possivelmente, é
mais adaptado a determinado ambiente, além de não possuir diversos
problemas que esse grupo "superior" possui. A tendência do ser humano nas
sociedades é de repudiar ou negar tudo que lhe é diferente ou não está de
acordo com suas tendências, costumes e hábitos.

Na civilização grega, o bárbaro, era o que "transgredia" toda a lei e


costumes da época; este termo é, portanto, etimologicamente semelhante ao
selvagem na sociedade ocidental. O costume de discriminar os que são
diferentes, porque pertencem a outro grupo, pode ser encontrado dentro de
uma sociedade. Agressões verbais, e até físicas, praticadas contra os
estranhos que se arriscam em determinados bairros periféricos de nossas
grandes cidades é um dos exemplos. Incluem-se aqui as pessoas que
observam as outras culturas em função da sua própria cultura, tomando-a
como padrão para valorizar e hierarquizar as restantes. Comportamentos
etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões
culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são
catalogadas como: absurdas, deprimentes e imorais.

O ponto alto da questão não está apenas em se constatar as diferenças,


mas sim em aprender a lidar com elas. Dessa forma, no momento de um
choque cultural entre os indivíduos, pode-se dizer que cada um considera sua
cultura como mais sofisticada do que as culturas dos demais. Esta foi a lógica
que norteou as ações de estratégia geopolítica das nações dentre as quais
nasceu o capitalismo como modo de produção. Esses países consideravam a
ampliação da produção em escala e o desenvolvimento do comércio, da
ciência e, dessa forma, a adoção do modo de vida do europeu como homem
civilizado, fatores necessários e urgentes. Logo, caberia a este último à função
de civilizar o mundo, argumento pelo qual se defendeu o neocolonialismo como
forma de dominação de regiões como a África. Tomar conhecimento do outro
sem aceitar sua lógica de pensamento e de seus hábitos acaba por gerar uma
visão etnocêntrica e preconceituosa, o que pode até mesmo se desdobrar em
conflitos diretos. O etnocentrismo está, certamente, entre as principais causas
da intolerância internacional e da xenofobia.

A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração


global decorrente da modernização dos meios de comunicação como a
internet, pois é sinônimo de estranheza e de falta de tolerância.

RELATIVISMO

É uma forma de encarar as outras culturas ou as práticas culturais a


partir do contexto onde elas acontecem, tentando entender a lógica do outro,
do diferente. A diferença não é vista como atraso procura-se evitar hierarquias
e noções de certo e errado, o que há é diferença. O olhar relativista encara a
diferença como riqueza.

DIVERSIDADE CULTURAL

A diversidade cultural está em toda a parte: no Brasil (diferenças


regionais), mas também em nosso estado, nesta cidade, nesta sala de aula e
no ambiente da cada um de nós. É essa diversidade cultural que torna
importante compreender a cultura. Uma boa discussão a respeito de cultura e
um conceito de cultura adequado ajuda a lidar com a diversidade por não tratar
a diferença como problema. Muitas vezes, o senso comum costuma naturalizar
as diferenças entre as pessoas e os grupos sociais, atribuindo essas diferenças
a aspectos biológicos. Especialmente a noção de raça tem sido usada
historicamente para referir diferenças físicas, fenotípicas, hereditárias entre os
vários grupos humanos estendendo essas tipologias a caracteres morais,
aptidões e costumes.

COEXISTÊNCIA

Coexistência e tolerância parecem fazer parte de um conjunto de


conceitos que florescem na contemporaneidade, primeiramente, nos circuitos
das instituições e organizações que realizam ações e práticas junto a
determinadas populações, comunidades e grupos sujeitos a condições
desiguais, ou vivências excludentes e conflituosas, para depois ganhar
destaque no universo acadêmico. Trata-se de conceitos e noções empregados
em contextos específicos de relações entre grupos, mas com sentidos bastante
amplos, que lhes imprimem uma carga de imprecisões e ambiguidades que
reflexões no campo das Ciências Sociais procuram manifestar, buscando
aprofundar e ampliar as práticas a eles associadas. Coexistência é um estado
no qual dois ou mais grupos estão convivendo, respeitando suas diferenças e
resolvendo seus conflitos sem violência. No âmago da convivência está a
consciência de que indivíduos e grupos diferem de diversas maneiras, incluindo
classe, etnia, religião, gênero e inclinação política.

O QUE É IDENTIDADE?

Do latim escolástico IDENTITATE. A palavra foi formada a partir de IDEM, o


mesmo, a mesma, ENTITAS, significa entidade, ser. Identificação é uma
derivação de identidade. Ambos falam a respeito de singularidades. Identidade
como o próprio nome diz, é algo que identifica. Diferencia-nos em meio a um
grupo de tantos outros. Ela (identidade) significa:

1. Qualidade de idêntico;

2. Conjunto de caracteres que fazem reconhecer um indivíduo;


3. Carteira de identidade. A identidade já foi conceituada pelos dicionaristas
como o estado do que não muda, pelo contrário, permanece sempre igual. O
conceito tem a ver com a representação e o pertencimento.

O termo diz respeito ao arcabouço de signos com os quais é possível


identificar os homens, distingui-los, reconhecê-los. Não é um dado natural, ela
não se forma quando o indivíduo ainda é um feto no ventre da mãe, ela
simplesmente é formada de acordo com a sociedade em que a pessoa vive.
Ela não é formada individualmente, é necessário a troca de informações e o
convívio com outras pessoas.

A identidade permite que o indivíduo se perceba como sujeito único,


tomando posse da sua realidade individual e, portanto, consciência de si
mesmo. Este conceito sempre tem preocupado o homem, desde os gregos
antigos. A identidade não é só o que a pessoa aparenta, ela agrupa várias
idéias como a noção de permanência, de pontos que não mudam com o tempo.
Algumas destas características imutáveis são os nomes da pessoa,
parentescos, nacionalidade, impressão digital e outras coisas que permitem a
distinção de uma unidade. A identidade depende da diferenciação que fazemos
entre o eu e o outro.

Para a psicanálise, o sujeito só pode se definir a partir de sua relação


com os pais. O sujeito é produto da relação de amor e identificação com os
pais. A criança disputa o amor de um dos pais, buscando identificação com o
modelo que o outro representa. Segundo esta abordagem, o sujeito introjeta as
identificações infantis e, através delas, vai formando sua identidade,
diferenciando-se dos outros e possibilitando que a sociedade possa reconhecê-
lo como alguém.

IDENTIDADE LÍQUIDA O sociólogo Zygmund Bauman utiliza o termo ?líquido?

Para se referir à inconstância dos conceitos no mundo contemporâneo.


O termo líquido que ele utiliza tão frequentemente como adjetivo refere-se à
inconstância dos conceitos no mundo contemporâneo. Os fluidos, como se
sabe, não possuem forma. Eles se adaptam ao recipiente e mudam a todo
instante. As constantes transformações da vida social não são mais uma
escolha, mas um fato. Tudo é mutante, inconstante, transitório, ou, como
prefere Bauman, líquido. Há uma série de imagens ligadas ao brasileiro: o
carnavalesco, amante do futebol, adepto à malandragem.

Nem todos em território tupiniquim se reconhecem nisso. Uma das


explicações vem do pensamento de Zygmunt Bauman: uma única pessoa, na
modernidade-líquida, pode ter várias identidades. Ou ainda, a identidade hoje é
líquida, mutante, filha de um emaranhado de modelos voláteis. De acordo com
a lógica do consumo, podemos ser o que quisermos. Padrões culturais que
aparentemente vêm para ficar logo serão trocados. Antes que se possa chegar
a um estado de reconhecimento, de solidificação da identidade, a meta se
transfigura. Entre tantas escolhas, a chamada crise de identidade atribuída por
psicólogos do século passado aos adolescentes encontra-se no âmago do
homem pós-moderno?.

Na modernidade-líquida, a identidade deixa de ser algo dado pela


sociedade para se tornar uma missão do indivíduo. Para se chegar ao objetivo
capaz de clarear o seu ser e estar no mundo, o sujeito assume para si riscos,
cargas e erros de uma sociedade inteira. O problema é que, nesses tempos, a
sociedade é formada por indivíduos, e esses agentes sociais são levados, a
todo instante, à autocriação. É necessário controlar o peso, pintar o cabelo,
malhar, praticar esportes, cuidar, enfim, do próprio corpo, mantendo-o em
segurança. Também é sensato fazer ioga, ler livros de autoajuda e aceitar de
braços abertos uma série de outras coisas que visam ao bem estar individual.

Para salvar o meio ambiente, alvo principal da indústria acelerada, pede-


se que o sujeito-indivíduo jogue a sucata no lixo. Para economizar a água
desperdiçada nas hidrelétricas e poluída pelas fábricas, que você, o principal
responsável, feche bem a torneira. A determinação social foi alterada pela
autodeterminação constante e obrigatória, fenômeno surgido no mundo
moderno, mas que na sociedade líquido-moderna baumaniana alcançou um
grau de intensidade sem precedentes. Os signos verbais e não verbais que
reforçam a identidade como objetivo oculta um dos princípios básicos do
mercado: os alvos a serem atingidos logo se transformarão. A corrida pela
identidade tende a ser interrompida antes que algum indivíduo chegue ao final.
Não há finalmente nessa Sociedade do Consumo. A insatisfação é o
combustível para a eterna mudança. Tão logo o fim é prometido, é preciso que
ele seja denegrido, deslocado. E assim a caótica busca existencial dos seres
humanos acompanha a velocidade do mercado e permite o próprio movimento
dele.

OBJETIVO DO TEXTO:Os alunos deverão expor exemplos variados e opiniões


sobre os assuntos

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