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UNIVERSIDADE LICUNGO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA COM
HABILITAÇÕES EM DOCUMENTAÇÃO

Paloma Rodrigues

Princípios e técnicas de restauração de património cultural


edificado

Quelimane

2023
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Paloma Rodrigues

Princípios e técnicas de restauração de património cultural


edificado

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue ao docente da cadeira de
Conservação e preservação de
Documentos.

Mst. Óscar Zumbire

Quelimane

2023
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Índice
1.Introdução.......................................................................................................................4
1.1.Objectivos....................................................................................................................4
1.2.Geral............................................................................................................................4
1.3.Específicos...................................................................................................................4
1.4.Metodologia.................................................................................................................4
1.5.Problematizacao……………………………………………………………………..4

1.6.Justificativa………………………………………………………………………….4

2.Princípios e técnicas de restauração de património cultural edificado...........................5


2.1.Contextualização.........................................................................................................5
2.2.Princípios de restauração de património cultural edificado........................................6
2.3.A idéia de restauração em John Ruskin e Eugène Viollet-Le-Duc.............................6
2.4.Técnicas de restauração de património cultural edificado..........................................9
3.Conclusão.....................................................................................................................11
4.Referencias Bibliográficas...........................................................................................12
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1.Introdução

O presente trabalho da cadeira de Conservação e preservação de documentos, visa de


forma detalhada abordar sobre a restauração de património cultural edificado, suas
técnicas e princípios.

Deste modo, restauração é um conjunto de medidas que objetivam a


estabilização ou a reversão de danos físicos ou químicos adquiridos pelo documento ao
longo do tempo e do uso, intervindo de modo a não comprometer sua integridade e seu
caráter histórico e informacional. E para o caso de patrimonio importante referir que
este vem sofrendo reformulações desde as suas concepções de origem, assim como a
formulação dos princípios de restauração e conservação. Em outras épocas, a palavra
património representava apenas as propriedades transmitidas hereditariamente. Com o
acréscimo do termo histórico, a expressão e o tratamento do património adquiriram
outras conotações que foram se modificando ao longo do tempo.
Assim, existem duas correntes a volta da restauração de património cultural
edificado, o intervencionismo, os intervencionistas consideram que restaurar um
edifício significa “restituí-lo a um estado completo, que pode nunca ter existido e o
Anti-intervencionismo, aquela defende um anti-intervencionismo radical, onde “não se
tinha o direito de tocar nos monumentos antigos, que pertenciam, em parte, àqueles que
os edificaram e, também, às gerações futuras.
1.1.Objectivos

1.2.Geral

 Compreender os princípios e técnicas de restauração de património cultural


edificado.
1.3.Específicos

 Descrever as características do património cultural edificado;


 Identificar os princípios e técnicas de restauração de património cultural
edificado;
 Explicar as formas de proceder com a restauração de património cultural
edificado.
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1.4.Metodologia

Para a realização do trabalho usou-se como método, a análise e leitura de literaturas que
versam sobre o tema para posterior compilação.
1.5.Problematização
Medidas que objectivam a estabilização ou a reversão de danos físicos ou químicos
adquiridos pelo documento ao longo do tempo e do uso, intervindo de modo a não
comprometer a sua integridade e seu carácter histórico e informacional.
O primeiro eminentemente teórico, centra-se com o alcance dos princípios e técnicas
der restauração de património cultural edificado no contexto das técnicas de restauração.
Relativamente a este, discute-se na doutrina, se o reconhecimento da restauração de
dado património cultural edificado, compreende extensivamente, a cultura
moçambicana assim no sentido estrito.
O segundo problema de carácter prático e que reveste de elevada importância
académica, busca saber se os princípios e técnicas de restauração soa plenamente
efectivados em Moçambique. Por isso, procuramos, antes de tudo saber em que consiste
os princípios e técnicas de restauração de património cultural edificado.
Pergunta de partida:
Que causas estão por detrás dos princípios e técnicas de restauração de património
cultura edificado?

1.6.Justificativa
Os princípios de restauração são um conjunto de medidas que objectivam a
estabilização e a reversão de danos físicos ou químicos adquiridos pelo documento ao
longo do tempo de uso, intervindo de modo a não comprometer sua integridade e seu
carácter histórico e informacional.
Nestes termos, cresce a necessidade de proceder um estudo que ajude a compreender as
razões que estão por detrás dos princípios e técnicas de restauração de património
cultural edificado e que acima de tudo auxilie na compreensão das intervenções das
entidades autárquicas com vista a melhorar a cultura moçambicana.
Em primeiro lugar, a escolha do da cidade de Quelimane como campo de estudo
prende-se no facto de ser uma cidade que mais registou patrimónios culturais não
restaurados durante o período em analise (2019 - 2023), são cerca de 18 casos de
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patrimónios culturais edificados não restaurados num universo de cerca de 49 casos


registados em toda província da Zambézia no período em estudo. Em segundo, justifica-
se pelo facto de 2023 ser o período em que houve ciclone.
Espera-se que o estudo auxilie as entidades municipais no processo de restauração de
património cultural, na medida e que traz aspectos sugestivos para a melhoria do seus
mecanismos de intervenção.
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2.Princípios e técnicas de restauração de património cultural edificado

2.1.Contextualização

Como resultado da Segunda Grande Guerra Mundial pode‐se ver um


amadurecimento desenvolvido da consciência na restauração dos edifícios históricos e
das obras de arte. Ainda havia pontos de vista diferentes: os favoráveis à reconstrução
exacta dos monumentos deteriorados; os que insistiam em uma conservação pura,
recusando qualquer reconstrução de figuras perdidas como um “pastiche”; e aqueles que
achavam que a restauração de edifícios que ainda ontem encontravam‐se intactos,
chamaram para novos conceitos não previstos nas primeiras directrizes. Em alguns
casos, considerou‐se necessário ir além dos limites antes estabelecidos e permitir a
reconstituição do carácter artístico dos edifícios históricos, mesmo se isto implicasse a
reconstrução de decorações artísticas perdidas. Atenção crescente foi dada a cidades
históricas e ao desenvolvimento urbano, no qual edificações históricas eram vistas como
parte integrante.
Em 1938, quando Giulio Carlo Argan lançou a ideia de criar em Roma um
instituto central nacional para a conservação de obras de arte sob a liderança de Cesare
Brandi, ele definiu também os princípios da restauração moderna, o então chamado
“restauro crítico”.    Ele reconhecia o carácter científico da restauração que, mais do que
habilidade artística requeria competência histórica e técnica, assim como grande
sensibilidade. Ele acreditava que a restauração deveria ser baseada em um levantamento
filológico crítico da obra de arte, e objectivava a redescoberta e colocação do “texto”
original dos objectos através da eliminação das alterações e adições, de forma a permitir
uma leitura clara e historicamente exacta do texto.  
E sobre o conceito de património, é importante referir que este vem sofrendo
reformulações desde as suas concepções de origem, assim como a formulação dos
princípios de restauração e conservação. Em outras épocas, a palavra património
representava apenas as propriedades transmitidas hereditariamente. Com o acréscimo do
termo histórico, a expressão e o tratamento do património adquiriram outras conotações
que foram se modificando ao longo do tempo.
Havendo assim diferenças entre Património cultural edificado e monumento histórico:
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Os monumentos são obras feitas para homenagear pessoas que fizeram parte da história
de um lugar ou para simbolizar fatos que foram marcantes, como conquistas e
revoluções. Podem ser estátuas, obeliscos, bustos ou outros.

Restauração: é um conjunto de medidas que objetivam a estabilização ou a reversão de


danos físicos ou químicos adquiridos pelo documento ao longo do tempo e do uso,
intervindo de modo a não comprometer sua integridade e seu caráter histórico e
informacional.(Cassares, 2000).

2.2.Princípios de restauração de património cultural edificado

2.3.A idéia de restauração em John Ruskin e Eugène Viollet-Le-Duc

Há duas grandes correntes doutrinárias sobre a restauração do património histórico


(Choay, 2003, p. 153):

1) Anti-intervencionista (na Inglaterra): Aquela defende um anti-intervencionismo


radical, onde “não se tinha o direito de tocar nos monumentos antigos, que pertenciam,
em parte, àqueles que os edificaram e, também, às gerações futuras”. Para os anti-
intervencionistas, a “restauração é impossível e absurda”, pois equivaleria a “ressuscitar
um morto”, além de romper com a autenticidade da obra. Todavia, esses doutrinadores
não excluem a possibilidade da manutenção, desde que imperceptível (Choay, 2003).

Porque para esta corrente a arquitectura era essencial à lembrança, sendo o meio
mantenedor das ligações com o passado e a identidade colectiva. Nos edifícios antigos,
por exemplo, pode-se perceber o valor incorporado pelo trabalho das gerações
pretéritas, desde as moradias humildes às mais luxuosas (Choay, 2003).

O defensor desta corrente era contrário à industrialização e valorizava o trabalho manual


realizado nos edifícios antigos, assim como as marcas decorrentes da passagem do
tempo, por entender que ambos conferiam um carácter sagrado às edificações. Para
Ruskin, o homem produzia, ao mesmo tempo, um objecto útil e uma obra de arte. Neste
contexto, discorre sobre o dualismo entre a beleza e a utilidade sugerindo uma sutil
distinção entre a arquitectura e a construção (Benevolo, 1976, Choay, 2003).
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2) Intervencionista (típica dos países europeus): os intervencionistas consideram que


restaurar um edifício significa “restituí-lo a um estado completo, que pode nunca ter
existido”. Sendo assim, se um edifício não continha todos os elementos necessários a
compor um estilo, estes deveriam ser acrescentados no processo de restauração (Choay,
2003).

Sendo a restauração um dos instrumentos de preservação, intervenção que tem por


escopo assegurar, de forma eficaz, um produto da catividade humana. No caso dos
patrimónios culturais edificados seguem-se os seguintes princípios:

 A conservação do material da obra de arte. Uma vez que o material foi usado
para produzir uma obra de arte, ele tornou‐se histórico e não pode ser substituído
por outro material mesmo que seja quimicamente o mesmo sem cometer‐se uma
ofensa ao tempo histórico. O material, como manifestação de um trabalho de
arte, pode ser concebido como “aparência” ou “estrutura”. Nesse caso, o que
forma a aparência é a essência, enquanto a estrutura poderia ser reforçada, ou
mesmo substituída em parte, se esta fosse a única maneira de garantir a
conservação da obra de arte. Esse seria o caso, por exemplo, se o painel de
madeira que suporta uma pintura estiver podre e não cumpre sua função, ou se a
estrutura foi enfraquecida ou entrou em colapso parcial devido a um terramoto.
 O segundo princípio da restauração é que deve visar o restabelecimento da
unidade potencial da obra de arte, até onde isso seja possível sem que se
cometam falsificações, e sem cancelar traços importantes da história. Uma obra
de arte deve ser considerada como uma unidade que se manifesta em sua
unidade indivisível que potencialmente pode continuar a existir nas partes,
mesmo se a obra de arte original está quebrada em pedaços. De um lado, uma
obra de arte não é a soma de suas partes; por exemplo, as tesselas do mosaico
não são sozinhas uma obra de arte. O “todo” da obra de arte não é uma unidade
orgânica e não pode ser deduzido por evidências parciais de regras básicas.
Reintegrações devem ser sempre reconhecíveis em inspecções de proximidade,
embora a distância, elas não devem causar distúrbio à unidade que a intenção
tem por restabelecer. Restaurações não devem evitar operações futuras de
conservação de obras de arte ou de monumentos históricos, mas facilitá‐las.
 Deve-se restaurar apenas a matéria da obra de arte, o veículo que contém a
imagem; e
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 O restauro deve tomar como alvo o restabelecimento de uma unidade potencial


da obra, desde que isto seja possível sem que se cometa um falso artístico ou
histórico e sem cancelar os sinais da passagem do tempo.

Cada caso de restauro será um caso a parte, seja pelo conceito da obra de arte como
unicum, seja por sua singularidade irrepetível no contexto histórico. A obra de arte é,
em primeiro lugar, resultante do fazer humano. Por isso, não deve depender do gosto ou
da moda para ser reconhecida. A consideração histórica se coloca acima da estética.
Assim, do ponto de vista artístico, a ruína se integra a um determinado complexo
monumental ou paisagístico, determinando o carácter de uma zona (Brandi, 1977).

O abandono das “reconstituições integrais” e recomenda “que se respeite a obra


histórica e artística do passado, sem prejudicar o estilo de nenhuma época”, como
defendia Boito, e faz também referência explícita à utilização adequada dos
monumentos (Iphan, 2003).

Camillo Boito partiu das idéias de Ruskin e Viollet-le-Duc, conciliando-as no restauro


filológico. Entendia que a restauração só deveria ser praticada in extremis, quando todos
os outros meios de salvaguarda (manutenção, consolidação, intervenções
imperceptíveis) tivessem fracassado. Ademais, formulou um conjunto de directrizes
para a conservação e a restauração dos monumentos históricos. Suas idéias auxiliaram
na separação precisa entre os conceitos de restauração e conservação. Enunciou sete
princípios fundamentais para a intervenção em monumentos históricos:

 Ênfase no valor documental dos monumentos, que deveriam ser


preferencialmente consolidados a reparados e reparados a restaurados;
 Evitar acréscimos e renovações, que, se fossem necessários, deveriam ter
carácter diverso do original, mas não poderiam destoar do conjunto;
 Os completamentos de partes deterioradas ou faltantes deveriam, mesmo se
seguissem a forma primitiva, ser de material diverso ou ter incisa a data de sua
restauração ou, ainda, no caso das restaurações arqueológicas, ter formas
simplificadas;
 As obras de consolidação deveriam limitar-se ao estritamente necessário,
evitando-se a perda dos elementos característicos ou, mesmo, pitorescos;
 Respeitar as várias fases do monumento, sendo a remoção de elementos somente
admitida se tivessem qualidade artística manifestamente inferior à do edifício;
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 Registrar as obras, apontando-se a utilidade da fotografia para documentar a fase


antes, durante e depois da intervenção, devendo o material ser acompanhado de
descrições e justificativas e encaminhadas ao ministério da educação;
 Colocar lápide com inscrições para apontar a data e as obras de restauro
realizadas (Boito, 2003).

2.4.Técnicas de restauração de património cultural edificado

A restauração tem como principal objectivo a recuperação mais autêntica possível do


património cultural (Choay, 2001). Entretanto, cada bem edificado apresenta
características próprias e cada caso se constitui em um caso particular. A base da
doutrina moderna da conservação e da restauração, independente de qualquer técnica
que venha a ser utilizada é a autenticidade. Considerando que em restauração de bens
edificados só se deve substituir um determinado material após a identificação da
necessidade real dada através de um diagnóstico preciso, torna-se imperioso um estudo
detalhado a cerca da possibilidade de “inserção de novos materiais e tecnologias com
propriedades físicas e mecânicas diversas ou a indicação de materiais e técnicas
tradicionais” (Ribeiro, 2009).

Somando a questão da autenticidade e os critérios a serem adoptados para


escolha das técnicas e os materiais a serem utilizados frente aos limites da intervenção é
necessário conhecer as características intrínsecas do bem edificado, como a composição
dos materiais utilizados, as características das tecnologias empregadas, dentre outras. A
legitimidade da intervenção de restauração no património cultural edificado é discutida
desde o início das teorias de restauro. ICOMOS (2003) defende que “a escolha entre
técnicas ‘tradicionais’ e ‘inovadoras’ deva ser pesada caso a caso e sugere que se dê
preferência às menos invasivas e mais compatíveis com os valores do património
cultural, tendo em mente as exigências de segurança e durabilidade”. Além das
características dos novos materiais empregados nas restaurações, deve ser avaliada,
também, a sua compatibilidade com os materiais existentes. “O conhecimento deve
incluir o comportamento de longo prazo, para que efeitos colaterais indesejados sejam
evitados”.
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A teoria de que as intervenções realizadas em bens edificados devam ser facilmente


identificadas e harmonicamente inseridas no contexto do edifício, deve ser discutida por
técnicos e especialistas (Ribeiro, 2009), pois, primeiramente, é necessário, que os novos
materiais atendam a critérios ambientais e que sejam compatíveis com os autênticos a
fim de se evitar danos ou o surgimento de novas patologias comprometendo a
sustentabilidade da edificação e sua durabilidade. Os valores atribuídos ao património
cultural edificado podem modificar-se com o tempo, por isso as intervenções realizadas
são relacionadas a considerações de seu próprio tempo. Tal fato dificulta a definição dos
valores autênticos mais importantes do edifício, anteriores a intervenções realizadas.
Desta forma, o próprio edifício define os limites da restauração a ser implementada,
garantindo a manutenção de sua autenticidade e identidade cultural (Ribeiro, 2009).

Dessa forma, e considerando que para a escolha das técnicas e materiais mais
adequados para a restauração dos bens edificados, deve-se partir do carácter particular
dos materiais constituintes da arquitectura em questão, é necessário entender as
características determinantes da arquitectura em questão que delimitam o presente
trabalho.

Quanto às técnicas de restauração dos monumentos, a Carta de Atenas menciona que


deve ser feito um estudo minucioso e uma análise cuidadosa das patologias antes da
consolidação ou restauração parcial, com a participação de equipe multidisciplinar
(profissionais da física, química, biologia etc). Reconhece, ainda, que cada caso deve
ser avaliado de forma específica e, para a utilização de técnicas e materiais modernos,
ratifica que é necessária prudência, devendo, também ser disfarçados, para não alterar o
aspecto e o carácter do edifício restaurado.
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3.Conclusão

Os princípios e as técnicas de restauração se consolidaram na França do século XIX.


Motivada pelas idéias do Iluminismo e com o objectivo de impedir o vandalismo que
em alguns períodos acompanhou a Revolução Francesa, surgiu no país uma visão
idealizada dos monumentos históricos apoiada jurídica e institucionalmente pela
primeira vez. Deste modo, a Itália foi a primeira nação a pensar na proteção dos
monumentos in loco. No início do século XIX, ocorrem um distanciamento crítico em
relação à arquitetura do passado e atitudes.

Entretanto, o consenso institucionalizado da importância do Património Histórico não


garantiu a conservação, sequer, dos monumentos seleccionados. Muitas questões
polémicas acerca de métodos e técnicas de restauração e restauração ainda precisavam
ser resolvidas.

Portanto, de forma geral os princípios de restauração são: Ênfase no valor documental


dos monumentos, que deveriam ser preferencialmente consolidados a reparados e
reparados a restaurados; Evitar acréscimos e renovações, que, se fossem necessários,
deveriam ter carácter diverso do original, mas não poderiam destoar do conjunto; Os
completamentos de partes deterioradas ou faltantes deveriam, mesmo se seguissem a
forma primitiva, ser de material diverso ou ter incisa a data de sua restauração ou, ainda,
no caso das restaurações arqueológicas, ter formas simplificadas; As obras de
consolidação deveriam limitar-se ao estritamente necessário, evitando-se a perda dos
elementos característicos ou, mesmo, pitorescos; Respeitar as várias fases do
monumento, sendo a remoção de elementos somente admitida se tivessem qualidade
artística manifestamente inferior à do edifício; Registrar as obras, apontando-se a
utilidade da fotografia para documentar a fase antes, durante e depois da intervenção,
devendo o material ser acompanhado de descrições e justificativas e encaminhadas ao
ministério da educação; Colocar lápide com inscrições para apontar a data e as obras de
restauro realizado.
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4.Referencias Bibliográficas

Brandi, C.  (1963). Teoria del restauro. Roma.

Benevolo, Leonardo. (1976). História da arquitectura moderna. São Paulo: Perspectiva.

Boito, Camillo. (2003). Os restauradores; trad. Beatriz Mugayar Kühl. São Paulo:

Ateliê Editorial.

Choay, Françoise. (2001). A alegoria do património. São Paulo: Estação Liberdade:

Editora UNESP. Durham, Eunice Ribeiro.

IPHAN. (2004). Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional.

Ribeiro, Rosina Trevisan M. (2009). Notas de aula da disciplina Técnicas de

Conservação e Restauração, Mestrado em Arquitetura, Universidade Federal do Rio


de Janeiro, Rio de Janeiro.

ICOMOS - Comité Científico Internacional para Análise e Restauração de Estruturas do


Património Arquitectónico. Carta do ICOMOS – Princípios para análise, conservação e
restauração estrutural do património arquitectónico

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