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Introdução....................................................................................................................................2
1.1 Objectivo geral.......................................................................................................................3
1.2 Objectivos específicos............................................................................................................3
1.3 Metodologia usada na realização deste trabalho.....................................................................4
4. A resistência no Bakongo.........................................................................................................4
4.1 - A Revolta de 1570...............................................................................................................5
4.2 - Resistência no Ndongo.........................................................................................................5
4.3 Njinga Mbandi.......................................................................................................................5
4.4 EKWIKWI II do Bailundo.....................................................................................................6
4.5 Mutu-Ya-Kevela....................................................................................................................6
4.6 Mndume, Rei dos Kwanyama................................................................................................7
5. A resistência na Namíbia..........................................................................................................7
6. A resistência na África do sul (os Zulus)..................................................................................9
7. A resistência em Moçambique (Estado de Bárue)....................................................................9
7.1causas da revolta de Bárué......................................................................................................9
7.2 Preparação da rebelião..........................................................................................................10
7.3 Início da rebelião..................................................................................................................10
8. Resistência do Estado de Gaza...............................................................................................10
9.Sistema Colonial Europeu.......................................................................................................12
9.1Colônia de Povoamento ou enraizamento..............................................................................12
9.2 Colónias de Exploração ou de Enquadramento....................................................................12
10.Tipos de administração colonial em África...........................................................................13
11. Formas de descolonização de África....................................................................................14
12.Conclusão..............................................................................................................................15
13.Referências bibliográficas.....................................................................................................16
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Introdução.
Para tanto, a pesquisa seguiu a seguinte trajectória, na primeira parte do estudo houve m
enfoque à algumas formas de resistência dos países africanos ( Bakongo, Namíbia,
África do sul, e Moçambique) ao colonialismo em África.
Na segunda parte, houve uma preocupação maior com a questão dos sistemas coloniais
europeus e as formas de administração colonial em África.
Revisão bibliográfica.
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4. A resistência no Bakongo
Em Angola, tal como outros países de África meridional existiram principalmente três
tipos de reacção: o conflito armado, a aliança e o protectorado.
Destas três a mais usada pelos angolanos foi a aliança que foi caracterizada por
pequenas comunidades e tributarias vítimas de assaltos, vivendo como refugiados.
Das pequenas revoltas, que foram apagadas na história dos vencedores, algumas
permaneceram como testemunho da resistência, mostrando que as revoltas nunca
cessaram na extensa capitania de Paulo Dias Novaes, são as que passamos a mencionar
tiradas na obra de [ CITATION Gen98 \l 2070 ].
4.1 - A Revolta de 1570: foi liderada pelo carismático "Bula Matadi", um aristocrata,
que vendo o perigo que corria o seu povo, fez uma guerra de resistência para que não
fossem explorados e dominados pelos portugueses. Bula Matadi mobilizou toda a
comunidade para expulsar os portugueses do reino do Kongo, com a perspectiva de
acabar com as intrigas que enfraqueciam o reino. Os portugueses interviram
militarmente ao lado do rei do Kongo, depois de muitas batalhas Bula Matadi foi morto
no último combate.
Ngola Kilwenje era então o rei do Ndongo. O seu exército conseguiu vencer os
portugueses em várias batalhas, embora as armas fossem simples arcos e flechas contra
as armas de fogo que os invasores traziam.
4.3 Njinga Mbandi: O maior símbolo da resistência ficou para a Rainha Njinga
Mbandi, que além da luta contra a ameaça do colonizador, conseguiu aliar os povos do
Ndongo, Matamba, Kongo, Kasanje, Dembos, Kissama e do Planalto Central. Foi essa a
maior aliança que se constituiu para lutar contra os portugueses.
Na revolta da Rainha Njinga Mbandi, apesar da sua percepção para uma possível
unificação étnica na luta contra o colonizador, a questão da força bélica Lusa foi um
factor decisivo. No entanto, passados vários séculos da morte da Rainha Njinga, a ideia
da unidade do povo angolano ainda não configurou-se.
4.4 EKWIKWI II do Bailundo. Ekwikwi II, foi outro herói da resistência, que reinou
no Bailundo no planalto Central de Angola há cerca de cem anos, com influência
notável em toda a região.
Ekwikwi resolveu preparar o seu povo militar e economicamente para enfrentar a guerra
prevista. Sendo assim, ele intensificou a agricultura, principalmente o cultivo do milho,
dieta indispensável na cultura dos Bantos
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Ele foi sucedido por Numa II, que, corajosamente, enfrentou a guerra contra a pesada
artilharia portuguesa no ataque à capital do Bailundo. Aos poucos as forças militares
portuguesas foram ocupando pontos estratégicos. O Bailundo foi totalmente dominado,
sem qualquer resistência a nova imposição Lusitana.
4.5 Mutu-Ya-Kevela. Segundo homem mais importante na região, após o rei Kalandula
do Bailundo, questionou as autoridades portuguesas contra o trabalho forçado imposto
pelos imperialistas. Mutu-Ya-Kevela reuniu todos os sobados e reinos do planalto,
convocando 6000 homens contra as colunas militares portuguesas, que sufocaram os
rebeldes de Angola em 1902.
4.6 Mndume, Rei dos Kwanyama. O sul de Angola esteve sempre disputado pelos
portugueses e alemães. Aproveitando tal rivalidade, Mandume, rei do Kwanyama,
conseguiu obter armamentos dos alemães, que serviriam para lutar contra os
portugueses. Preocupados com uma futura ocupação dos alemães, os portugueses
atacaram Njiva de surpresa, antes que o mesmo organizasse a luta armada.
Mandume fugiu, iniciando em todo o território Ambó, uma tentativa de unir todas as
tribos contra os portugueses. Os Ambós, muito bem organizados, comandados por
Mandume, venceram os portugueses numa série de batalhas, obrigando os militares
lusitanos a buscar reforços.
5. A resistência na Namíbia.
Na verdade os chefes africanos estavam relutantes em assinar tratados que pouco depois
revogavam. Os chefes Hereros aliavam-se aos alemães na perspectiva de limitar a
penetração colonial Britânica e a dos africânderes, mas porém, nada sabiam das
pretensões alemãs em dominar a região.
Enquanto Samuel Maherero optava por realizar tratados de protecção, primeiro com a
colónia do cabo e depois com a Alemanha, Hendrik Witbooi chefe dos Namas opunha-
se a assinar tratados de protecção pois para ele “todos os protegidos são súbditos de
quem os protege”[ CITATION Gen98 \p 170 \l 2070 ].
Com a presença alemã, os africanos viram expropriadas as suas terras, sendo forçados a
aceitar trabalhos a troco de baixos salários nas fazendas ou minas de ouro. Em 1903, o
governador alemão temendo uma possível rebelião por parte dos africanos pela perda
das terras, decidiu criar reservas para ao Namas e os Hereros. Porém, essa atitude foi
[ CITATION Ral55 \l 2070 ]mal interpretada pelos nativos pois temiam a expropriação
definitiva das suas terras. Devido a interferência colonial crescente, desencadeou-se
uma resistência sucessivamente mais coesa em toda a Namíbia.
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Jacob Murenga foi um dos últimos chefes da resistência a dominação colonial alemã na
Namíbia. Foi o mais forte e duradouro dos principais comandantes do sul. Na guerra de
guerrilha era efectivamente o mestre, abastecendo as suas forças nas fazendas com
armas. Foi preso e assassinado em coordenação com as autoridades do Cabo. Fracassada
a resistência, os alemães dominaram o território do sudoeste africano (Namíbia).
Em Junho de 1915, a última guarnição alemã teve que se render e a partir desse
momento a Namíbia ficou sob ocupação militar sul-africana e na sequência do tratado
de Versalhes e da SDN a Namíbia passou sob sistema de mandatos, sob administração
da Inglaterra.[ CITATION Gen98 \p 178 \l 2070 ]
Os Zulus eram um povo numeroso que vivia na região norte da África do Sul.
Este povo resistiu contra a dominação dos ingleses que pretendiam submete-lo e usar os
seus filhos como mão-de-obra nas plantações agrícolas e nas minas [ CITATION Jos99 \l
2070 ].
A resistência dos Zulus foi liderada por cetswayo e teve inicio emDezembro de 1878, os
ingleses atacaram o território zulu mais foram derrotados na batalha de issandawana.
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Entretanto, as razoes da derrota dos zulos, não vão além da superioridade bélica,
logística e militar dos europeus em relação aos Zulus; Falta de unidade entre os chefes
zulus; Alianças efectuadas por alguns chefes Zulus ao colonialismo na luta pela
sobrevivência e pela sucessão ao poder político[ CITATION KiZ99 \p 430-439 \l
2070 ].
Nas vésperas da rebelião em virtude das guerras de 1902, esta importante comunidade
do Zambeze estava dividida em duas chefaturas: Nongue – Nongue com a capital em
Mungari e Matrosa, primo de Nongue, que governava os territórios do sul do interior de
Gorongosa[ CITATION Jos99 \l 2070 ].
Contudo, a revolta Barue fracassou devido alguns erros tácticos, e deserções. Ainda
para a vitória dos portugueses contou mais o reforço do seu exército, de soldados nguni
e do apoio recebido da Rodésia e Niassalandia. As acções militares, o jogo diplomático
junto de alguns chefes africanos, jogou um papel importante na vitória dos portugueses.
O Estado de Gaza foi fundado por Sochangane (também conhecido por Manicusse,
1821-1858) como resultado do Mfecane, um grande conflito despoletado entre os Zulu
por consequência do assassinato de Shaka em 1828, que culminou com a invasão de
grandes áreas da África Austral por exércitos Nguni. O Império de Gaza, no seu apogeu,
abrangia toda a área costeira entre-os-rios Zambeze e Maputo e tinha a sua capital em
Manjacaze, na actual província moçambicana de Gaza[ CITATION FRE71 \l 2070 ].
O rei de Gaza dominou os reis Tonga (da língua chiTsonga, a língua actualmente
dominante na região sul de Moçambique) através dos membros da sua linhagem, os
Nguni, comerciando marfim, que recebia como tributo, com os portugueses,
estabelecidos na costa (principalmente em Lourenço Marques e Inhambane)
[ CITATION FRE71 \l 2070 ]
Com a sua morte, sucedeu-lhe o seu filho Mawewe que decidiu, em 1859, atacar os seus
irmãos para ganhar mais poder. Apenas um irmão, Muzila conseguiu fugir para o
Transval, onde organizou um exército para atacar o seu irmão. A guerra durou até 1864
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A derrota de Maguiguane provocou uma desmoralização nas tribos que lhe eram fiéis.
Maguiguane ficou quase isolado, sem homens e rodeado de inimigos. Resolveu ir
refugiar-se no território dos Matabeles. Mouzinho enviou a sua cavalaria perseguir
Maguiguane.
Este conseguiu escapar à perseguição mas em Mapulanguene, perto dos Montes
Libombos, quando já se preparava para atravessar a fronteira, foi cercado pelos
portugueses. Apesar de se encontrar com uma dezena de homens preferiu lutar a render-
se. Matou muitos soldados portugueses mas finalmente foi morto [ CITATION Gen98 \l
2070 ].
Lutou como um herói até ao fim, lutando energicamente contra a penetração portuguesa
em Moçambique. Depois de vencerem Maguiguane os portugueses passaram a dominar
efectivamente o Sul do Save, passando assim o território sob a administração colonial.
Essa situação deu origem a conflitos particularmente agudos, como a guerra civil pela
independência da Argélia e a política do "apartheid" da África do Sul. O método usado
para a ocupação das terras dos nativos foi à pressão ou violência[ CITATION Gen98 \l
1033 ].
Descolonização é o nome genérico dado ao processo pelo qual uma ou várias colónias
adquirem ou recuperam a sua independência, geralmente por acordo entre a potência
colonial e um partido político (ou coligação) ou movimento de libertação (ARRUDA &
PILETTI, 1999).
No entanto, houve casos em que a potência colonial, quer por pressões internas ou
internacionais, quer por verificar que a manutenção de colónias lhe traz mais prejuízos
que benefícios, decide por sua iniciativa conceder a independência às suas colónias,
como aconteceu com várias das ex-colónias francesas e britânicas (DAVILA, 2011).
Em fim, o processo da descolonização de África, ocorreu sob duas vias principais: a via
armada em que s colonizados por via de recurso ao armamento ou outros instrumentos
de guerra, decidem atacar o inimigo ate alcançar a independência; via pacifica em que a
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12.Conclusão.
A opressão por parte dos colonos, falta de respeito às populações nativos, levaram com
que os países africanos iniciassem uma série de revoltas e resistências à dominação
colonial embora, estas resistências foram absorvidas pelos colonos europeus devido
várias razões entra as quais a falta da unidade entre os chefes africanos bem como a
inferioridade de material bélico em relação aos colonos, entre outras.
13.Referências bibliográficas.
9. Arruda, José Jobson de A. & Piletti, Nelson. Toda a História: história geral e
história do Brasil, Capítulo 93. Editora Ática. São Paulo (1999).
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