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Amância Victor Começar Ofumane

Bilale Mussa Assubui

Leidislau Moisés Rodrigues

Cecília Começar Ramizo

Célio José Basílio

Valmira Silva Afero

FACULDADE DE LETRAS E HUMANIDADES

LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA COM HABILITAÇÕES EM


DOCUMENTAÇÃO

As Reacções Nacionalistas

(A escola romântica alemã, a teoria das forcas produtivas de List. As reacções nacionalistas,
Metodológicas e Cristãs).

Universidade Licungo

2022
Amância Victor Começar Ofumane

Bilale Mussa Assubui

Leideslau Moisés

Cecília Começar Ramizo

Célio José Basílio

Valmira Silva Afero

As Reacções Nacionalistas

(A escola romântica alemã, a teoria das forcas produtivas de List. As reacções nacionalistas,
Metodológicas e Cristãs).

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue no Departamento de Letras
e Humanidades, recomendado pelo
Dr. Janotas Nativo

Universidade Licungo

2022
Índice

1.Introdução.................................................................................................................................4
1.2.Objectivos..............................................................................................................................4
1.3.Gerais:....................................................................................................................................4
1.4.Específicos:............................................................................................................................4
1.5.Metodologia...........................................................................................................................4
2.As Reacções Nacionalistas........................................................................................................5
2.1. A Escola Romântica Alemã...................................................................................................5
3.A teoria das forcas produtivas de List.......................................................................................6
4.A economia Nacional Francesa.................................................................................................8
5.As reacções nacionalistas, Metodológicas e Cristas..................................................................8
6.Conclusão................................................................................................................................10
7.Referências Bibliográficas......................................................................................................11
1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de economia política, versa acerca das reacções
nacionalista, com destaque a escola romântica alemã, a teoria das forcas produtivas de
List. as reacções nacionalistas, Metodológicas e Cristãs.

Nesta ordem de ideias importa referir que; segundo (1985 Franz Liszt), O Romantismo
Alemão é um movimento que nasce no final do século XVIII, na Alemanha, embora
depois se dissemine por todo o Ocidente, renovando as raízes culturais desta esfera da
civilização. Ele se contrapõe ao culto exacerbado da Razão, perpetrado pelo
Iluminismo.

Este ideal racionalista rouba do mundo seu encantamento, o vínculo com o sobrenatural,
e agora resta aos jovens românticos desbravarem o universo desconhecido do
inconsciente. Eles acreditam profundamente no reencantamento da realidade, em uma
imagem do Homem que não é só razão, mas sentimento, desejo místico, atracção pela
Natureza. Este ser tem em seu íntimo uma vida interior a ser revelada, que age sobre os
românticos com um magnetismo sem par, atraindo-os para o seu núcleo com a
voracidade típica do que é novo.

1.2. Objectivos
1.3. Gerais: Compreender as reacções nacionalistas
1.4. Específicos: Analisar as reacções nacionalistas com destaque à:
 A escola romântica alemã
 A teoria das forcas produtivas de List.
 As reacções nacionalistas, Metodológicas e Cristãs.
1.5. Metodologia: Para a elaboração do presente trabalho, foram usadas
métodos de recolhas de dados em obras bibliográficas que versam acerca do
mesmo assunto refente ao tema em alusão, e pesquisa pela internet.

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2. As Reacções Nacionalistas

2.1. A Escola Romântica Alemã


As reacções contra o liberalismo iniciaram-se com os economistas alemães, logo em
princípios do século XIX. E certo que nos estados alemães, tal como em Franca e
outros países, também se tinham reconhecido os excesso de o intervencionismo
estadual. Por isso ao ser reconhecido a obra de Adam Smith, o liberalismo encontrou
seguidores nalguns autores alemães. Mas rapidamente se chegou a conclusão
generalizada, nos estados alemães, de que o liberalismo económico, ao menos tal como
fora concebido por Adam Smith, servia sobre tudo, os interesses da Grã-Bretanha em
consequência do desenvolvimento relativo das industrias britânicas, obtido
precisamente na base das medidas proteccionistas adaptadas no decurso dos séculos
XVI e XVII. O cosmopolitismo económico de Adam Smith condenaria os estados
alemães a um vida económica muito limitada, assente predominante na agricultura, sem
que as respectivas industrias ainda pouco desenvolvidas fossem concedidos incentivos
adequados.

As primeira reacção alemã contra os clássicos coube à escola romântica cujo a figura
de maior relevo se encontra em Adam Muller ao domínio da vida económica. pelo
egoísmo nacionalista e pelo princípios hedonista, os românticos alemães procuraram
opor os valores representados pela religião e o nacionalismo, entenderam que o homem
não obedece, através dos seus comportamentos, apenas a princípios racionais, mas
também a sentimentos e móbeis que escapam inteiramente aos esquemas da
racionalidade.

Adam Muller criticou vigorosamente a obra de Adam Smith, rejeitando a sua concepção
de individualista da propriedade privada, extraída do direito romano e contraria as
tradições germânicas, segundo as quais os direitos individuais se subordinam ao
interesse comum.

Adam Muller não aceitou o isolamento dos fenómenos económicos concebidos pelos
liberais todos os aspectos da vida teriam de ser apreciados unitariamente, dentro dessa
unidade se haviam de enquadrar os fenómenos económicos. Também Muller rejeitou a

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cisão entre o capital e o trabalho que só contribuiria sem fundamentos para criar, ou
agravar, hostilidades entre os grupos sociais que concorrem para o a produção.

Segundo Muller a riqueza não residiria nos bens produzidos, mas nas forcas
susceptíveis de assegurar essa produção. Os valores imateriais também se incluiriam na
riqueza. E dai Muller ter ido mesmo ao ponto de enunciar 4 factores de produção dos
quais: a terra, o trabalho, o capital material, e o capital espiritual. Quanto a
liberdade do comercio entre os países foi rejeitado firmemente, por incompatível com a
defesa da economia nacional.

A escola romântica alemã apresenta-se efectivamente como a primeira escola de


economia nacional, Oposta aos princípios cosmopolita de liberalismo.

A contribuição da escola romântica para o desenvolvimento do pensamento económico,


em razão de oposições varias não foi muito ampla. A não ser através da influencia por
ela exercida em List, na escola histórica e indirectamente nos institucionalistas.

3. A teoria das forcas produtivas de List.


Friedrich List, natural suábia e professor da universidade de Tubinga, fundador da
escola alemã de economia nacional publicou, em 1841, o seu sistema nacional de
economia política. JÁ anos insistiu List na afirmação já produzida pelos românticos das
exclusivas vantagens para a Inglaterra do liberalismo económico e da sua expressão
internacional˗ o livre cambismo. A estruturas económicas dos estados alemães, ficariam
pelo contrario por via do cosmopolitismo económico condenadas a estagnação. Neste
ponto, não haverá divergência entre List e no norte americano Henry Carey, mas List
entendeu que a defesa da economia nacional reclamava uma revisão de todo o sistema.
E por isso, a teoria de valor de troca de Adam Smith, opôs a sua teoria de forcas
produtivas. Na construção desta teoria encontram-se vários elementos já reunidos por
Adam Muller. Designadamente a rejeição de um entendimento puramente materialista
da riqueza e em consequência, a rejeição do valor de troca, respeitante apenas aos bens
produzidos. Não seriam esses bens produzidos, insistiu List, que oferecem maior relevo
para a prosperidade de uma nação. A par destes bens produzidos, materiais,
transitórios, por quantos respectivos stocks, se esgotam, importaria, para definir a
situação económica de uma comunidade fixar as condições fundamentais de que

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dependera seu futuro. Por isso o aspecto nuclear de um sistema económico não havia de
residir numa teoria dos valores de troca, respeitantes aos bens produzidos ao passado.

A essa teoria de valores de troca havia que se opor uma teoria das forcas produtivas.
Ou seja, uma teoria que definisse os valores susceptíveis de assegurar a continuidade no
ritmo da produção. Estes valores não respeitariam apenas aos bens materiais, quer bens
directos quer indirectos, mas também as instituições politicas e jurídicas, também ao
nível moral e cultural da nação. Assim, para List, as leis de um estado, a ciência e a arte,
a religião, as condições de segurança e ordem publica, a monogamia, a hereditariedade
da coroa, o respeito das liberdades, constituem as forcas produtivas das quais dependera
todo o desenvolvimento económico.

Segundo List seria inaceitável a construção de Smith, que cingida aos bens materiais
considerou improdutivo os cientistas, os artistas, os professores, os médicos, os juízes,
os funcionários, sendo cero que todos eles, embora não produzem bens matérias,
concorrem para as forcas produtivas da nação. No plano pragmático e não devera
excluir-se que este tenha condicionado bastante o seu pensamento List concluiu que as
industrias alemãs teriam de ser protegidas por fortes barreiras aduaneiras até
alcançarem nível suficiente para fazer face a concorrência de outros países.

Foram numerosas e vivas as criticas que a teoria das forcas produtivas suscitou, num
primeiro momento, nos estados alemãs, foi já após a morte de List em 1846, que seu
sistema encontrou forte aceitação, nele se tendo inspirado as medidas de reforço da
união aduaneiras, estabelecida entre os estados alemães que preparou a unificação
política de 1870. Nos estados unidos, onde List viveu e reuniu números discípulos foi
bastante mais rápida e ampla do que na Alemanha a aceitação que o sistema de
economia mereceu.

Todo sistema de List parece dominado por alguns dos vícios pragmático que assacou a
Adam Smith por quanto, afinal, List não rejeitou em absoluto, o cosmopolitismo liberal,
livre cambismo, apenas viu nele uma meta a atingir pelas nações depois de altamente
industrializadas.

A condenação de Adam Smith parece não ter dependido, fundamentalmente dos


ilogismos, ou erros, do seu sistema, mas sobre tudo as circunstâncias de ele não
corresponderem aos interesses alemães. Também na obra de List como na de Smith, os

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fenómenos económicos são analisados pelo prisma dos interesses particulares dos
estados, List terá uma vantagem do Smith. A de afirmar que assim é, desviando e de
qualquer roupagem de cosmopolitismo ou de fatalismo natural.

4. A economia Nacional Francesa


A reacção nacionalista contra o cosmopolitismo liberal foi viva na política francesa,
durante todo período napoleónico. Mas podia então ser atribuída apenas a circunstâncias
de guerra e realmente a seguir a paz, o entendimento de Jean Baptiste Say, parece ter
dominado o panorama da cultura económica francesa.

Mas logo com Charles Dupont White, se esboçou um vigoroso movimento económico
de cariz nacionalista. apó, um período relativamente breve dominado por concepções
livre cambista em 1860 a 1880, o movimento económico nacionalista seria retomado em
Franca por Paul Cauwes e, sobre tudo por Lucien Brocard, que integrou o
proteccionismo no sistema económico Global, Cauwes revela claramente a influencia de
List através da preocupação marcadas a de desenvolver as forcas produtivas e de
garantir através delas a independência nacional.

Brocard distinguiu, com nitidez, a economia cosmopolita e a economia nacional.


Sustentou que não eram incompatíveis. Mas entendeu também que a analise económica
devia partir do plano nacional para o plano o internacional. Proceder ao invés, como
tinham feito os clássicos equivaleria a tentar construir um prédio começando pela
cimalha. Internacionalização dos processos económicos exigiria uma longa evolução,
que teria de partir das bases regionais e nacionais.

5. As reacções nacionalistas, Metodológicas e Cristas


A muitos espíritos repugnou a ideia de que uma construção científica pudesse depender
de uma base nacional. para a ciência não haveria fronteiras. Se a economia a elas se
confinassem perderia o seu carácter científico. Talvez por tal razão foram números os
economistas que, embora reagindo contra os clássicos, não quiseram acentuar os
particularismos nacionais das estruturas económicas, mas nem por isso deixaram de
reflectir os ensinamentos das escolas nacionalistas, e muito especialmente de List.
Assim como Henry Carey defendendo múltiplos pontos de vista dos nacionalistas, pode
ser qualificado como liberal, outros também, embora apresentando elementos comuns às

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escolas e tendo reagido contra o cosmopolitismo clássico, acentuaram mais outros
aspectos nas suas reacções aos liberais. É o caso da escola Historica alemã, cujo a
reacção se caracteriza sobre tudo pela metodologia. Mas os economistas integrados na
escola histórica alemã não divergiram dos clássicos apenas no plano da metodologia.
Nalguns deles a metodologia parece ter sobre tudo a função de um instrumento, de
dignidade científica indiscutível, destinado a demolir os fundamentos da construção
clássica e em muitos dos economistas da escola histórica são patentes as preocupações
de defesa dos interesses económicos nacionais. Também as reacções cristas, embora
tendo acentuado a necessária subordinação da economia a uma ordem ética, se não
mostram indiferentes das exigências das estruturas nacionais.

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6. Conclusão
Terminado o presente trabalho que versa sobre as reacções nacionalistas concluímos
que para os românticos, o mundo não é uma equação exata, sem margens de erro. A
realidade é muito mais rica, oferecendo ao homem várias possibilidades que podem
ser exploradas. Assim, múltiplos pontos de vista sobre o real podem coexistir,
variando conforme a percepção de cada um. Neste sentido, o Romantismo foi
revolucionário ao romper com as cadeias da educação tradicional, baseada somente
no domínio da Razão, e o sujeito podia enfim elaborar sua própria interpretação do
mundo exterior, o que apontava para os limites da visão racionalista.
Ao criticar o paradigma da Razão, os românticos exercitaram uma espécie de crítica
de arte que foi posteriormente definida pelo filósofo Walter Benjamin como meio de
reflexão, o qual combate o viés monológico do conhecimento, ou seja, aquele que
privilegia apenas um discurso - neste caso, o racional –, não permitindo que outros
se expressem. Assim, nesta linha de pensamento inerente ao Romantismo, só é
considerada uma obra de arte aquela que tiver o poder de despertar um conjunto de
reflexões, as quais constituirão um conhecimento não mais monopolizado por uma
única voz, mas aberto para a multiplicidade discursiva.

Os românticos se valem da arte para engendrar seu próprio mecanismo de conhecimento


e de evolução humana. A criação artística nos torna livres, portanto, do domínio da
Razão e nos permite simplesmente sentir, perceber algo que não pode ser traduzido pelo
campo da lógica, mas mesmo assim está presente no Universo, como Deus - de quem os
adeptos do Romantismo estão muito próximos. Abre-se assim, diante do ser, o vasto
campo do autoconhecimento, pronto para ser decifrado. Este fascínio exercido pelo Eu
atrai os românticos para a esfera da introspecção, do crepúsculo, do mistério. Sempre
que o mundo dá uma guinada excessivamente materialista e racional, retornam os
princípios sedutores da visão romântica da vida, principalmente a importância atribuída
a Natureza enquanto fonte da unidade, como hoje ocorre com o ressurgimento do ponto
de vista holístico, contraposto a um conhecimento fragmentado e a um ideal
mecanicista.

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7. Referências Bibliográficas
Soares Martinez(economia política 10ª edicao )out:2005 revista e atualizada

Franz Liszt, um dos principais animadores da 'Neudeutsche Schule'. Foto de Franz


Hanfstaengl, 1858

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