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Índice

1.0.Introdução ............................................................................................................................. 3

1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 4

1.1.1.Gerais ................................................................................................................................. 4

1.1.2.Específicos ......................................................................................................................... 4

1.2.Metodologia .......................................................................................................................... 4

2.0.Impacto das construções desordenadas sobre inundações urbanas no município de


Quelimane................................................................................................................................... 5

2.1.Localização geográfica ......................................................................................................... 5

2.2.Conceito de impacto ............................................................................................................. 5

2.3.Conceito de construção desordenada .................................................................................... 5

2.3.Enchente, cheia e inundação ................................................................................................. 6

2.4.Causas antrópicas das enchentes .......................................................................................... 6

3.0. Impacto ambiental das construções desordenadas no município de Quelimane ................. 7

3.1.Consequências das construções desordenadas no município de Quelimane ........................ 9

3.4.Implicações actuais da construção desordenada do espaço geográfico .............................. 10

3.5. Factores da construção desordenada sobre as inundações................................................. 10

3.5.Medidas para reduzir os impactos sócios ambientais sobre construções desordenadas no


município de Quelimane........................................................................................................... 11

4.0.Considerações finais ........................................................................................................... 13

5.0.Referências bibliográficas .................................................................................................. 14

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1.0.Introdução

O crescimento populacional é um fator que provoca mudanças na dinâmica de uma


cidade, o que necessita de uma infraestrutura para suprir as necessidades da densidade
populacional vigente, visto que a demanda e a procura pelos serviços essenciais como saúde,
educação, segurança, moradia também aumentam.
A construção desordenada em áreas indevidas é uma prática comum nas cidade de
Quelimane, ocasionada principalmente pelo acelerado crescimento populacional e utilização
de áreas consideradas impróprias à moradia pelo processo intenso de urbanização, causando
desequilíbrio ambiental no espaço urbano. Este trabalho tem como objetivo discutir e analisar
o impacto das construções desordenadas sobre inundações urbanas no município de
Quelimane, considerando que a falta de planejamento urbano e de uma infraestrutura
adequada para atender as necessidades do contingente populacional são os principais fatores
que contribuem para agravar os problemas que ocorrem nas áreas ocupadas de forma
desordenada.
No Município de Quelimane assim como no resto do mundo o rápido crescimento urbano
desencadeou uma série de adversidades que o poder público não estava preparado para
enfrentar, como a ocupação dos mangais que expôs população a riscos deixando-os
vulneráveis as enchentes e inundações.

Embora haja uma legislação que norteia o uso e ocupação do solo urbano, as construções em
áreas consideradas impróprias para moradia podem ser vistas às margens do rio bons sinais, o
que aumenta ainda mais a retirada da mata ciliar e a disposição de resíduos sólidos que
contaminam o solo e contribuem para o surgimento de erosões, que “além de depauperar o
solo, agrava a poluição das águas.” (LEPSCH, 2002, p. 151).

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1.1.Objectivos

1.1.1.Gerais
 Conhecer o impacto da construção desordenada sobre inundações urbanas no
município de Quelimane

1.1.2.Específicos

 Identificar os factores das construções desordenadas no município de Quelimane;


 Mencionar as consequências das construções desordenadas

1.2.Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho usou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica, que


segundo Lakatos e Marconi (2009:192) pesquisa bibliográfica é um apontamento geral sobre
os principais trabalhos já realizados, revistados de Importância por serem capazes de fornecer
dados actuais e relevantes relacionados com o tema. Portanto, este método constitui na
escolha selectiva dos autores que abordaram os temas em estudo

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2.0.Impacto das construções desordenadas sobre inundações urbanas no município de
Quelimane

2.1.Localização geográfica

Quelimane é a maior cidade e capital da Província da Zambézia, em Moçambique. Está


situada junto ao rio dos Bons Sinais, a cerca de 20 km do Oceano Índico. É limitada
geograficamente pelo distrito de Nicoadala, a noroeste e Inhassunge a Sul. Dada esta
localização geográfica, na zona costeira, a comercialização marítima e a pesca é uma das suas
principais atividades económicas.

2.2.Conceito de impacto

Impacto, refere-se a qualquer alteração no meio seja ela ambiental, social, cultural
oueconómica os quais são causados pelas actividades humanas oriundos das práticas, asquais
podem afectar directa ou indirectamente o bem-estar da população, suas actividades, seus
comportamentos e modos de vida, abiota, condições e estética”. (AZEVEDO, 1997:23).

2.3.Conceito de construção desordenada

Construção Desordenada Refere-se à forma como a população faz a apropriação do espaço,


sem respeitar qualquer planificação, criando no espaço “habitado” ou humanizado
dificuldades de fornecimento de serviços urbanos tais como o melhoramento do saneamento,
água canalizada, electrificacao de energia, abertura de vias de acesso para os cidadãos se
beneficiarem dos serviços dos bombeiros e de ambulância (COSTA, 2011:20).

Com as construções desordenadas no meio urbano perde-se a capacidade de a edilidade em


jurisdição proporcionar e assegurar aos indivíduos um desenvolvimento da sua personalidade
num ambiente planeado à escala humana.

Assim, de acordo com GUERRA e CUNHA (2001), “os seres humanos, ao se concentrarem
num determinado espaço físico, aceleram irreversivelmente os processos de degradação
ambiental.

Desta forma pode-se dizer que a degradação ambiental cresce na proporção que a
concentração populacional aumenta. Consequentemente as cidades e os problemas ambientais
fazem entre si uma relação de causa e efeito rígido”

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2.3.Enchente, cheia e inundação

As inundações estão associadas à urbanização, pois esta interfere no ciclo hidrológico. A


impermeabilização do solo, a canalização do rio, a retirada da mata ciliar e a ocupação de
áreas naturalmente alagáveis são ações antrópicas que ocorrem, e que potencializam a
ocorrência de inundações (OSTROWSKY; ZMITROWICZ,1991).

A inundação é um fenômeno natural, que ocorre cada vez que a vazão a ser escoada, é
superior a capacidade de descarga da calha do curso d’água. Esse fenômeno torna-se
inconveniente quando a planície de inundação passa a ser ocupada por atividades humanas
incompatíveis com as inundações (OSTROWSKY; ZMITROWICZ, 1991).

2.4.Causas antrópicas das enchentes

A interferência humana sobre os cursos d'água, provocando enchentes e inundações, ocorre


das mais diversas formas. Em casos extremos, porém menos comuns, tais situações podem
estar relacionadas com rompimentos de diques e barragens, o que pode causar sérios danos à
sociedade. Mas, quase sempre, essa questão está ligada ao mau uso do espaço urbano.

Um problema que parece não ter uma solução rápida é o elevado índice de poluição, causado
tanto pela ausência de consciência por parte da população quanto por sistemas ineficientes de
coleta de lixo ou de distribuição de lixeiras pela cidade. Além do mais, há problemas causados
pela poluição gerada por empresas e outros órgãos. Com isso, ocorre o entupimento dos
bueiros, que seriam responsáveis por conter parte da água que eleva o nível dos rios. Além
disso, o lixo gerado é levado pelas enxurradas e contribui ainda mais para elevar o volume das
águas.

Outra questão é a ocupação irregular ou desordenada do espaço geográfico. Com a ocupação


irregular dessas áreas – muitas vezes causada pela ausência de planejamento adequado –, as
pessoas estão sujeitas à ocorrência de inundações. Além disso, a remoção da vegetação que
compõe o entorno do rio pode intensificar o processo, pois ela teria a função de reter parte dos
sedimentos que vão para o leito e aumentam o nível das águas.

Apesar de todos os problemas acima mencionados, a causa considerada principal para as


enchentes é, sem dúvida, a impermeabilização do solo. Com a pavimentação das ruas e a
cimentação de quintais e calçadas, a maior parte da água, que deveria infiltrar no solo, escorre
na superfície, provocando o aumento das enxurradas e a elevação dos rios. Além disso, a

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impermeabilização contribui para a elevação da velocidade desse escoamento, provocando
erosões e causando outros tipos de desastres ambientais urbanos."

3.0. Impacto ambiental das construções desordenadas no município de Quelimane

Indo na mesma linha de ideia de (AZEVEDO, 1997:23) Impacto ambiental é alteração no


meio ambiente ou em algum dos seus componentes por determinada acção ou actividades
humana. O objectivo de estudar os impactos ambientais, principalmente, o de avaliar as
consequências destas acções para que possa haver a prevenção da alteração da qualidade do meio

De acordo com CUNHA (2004:43), impacto ambiental é o processo de mudanças sociais e


ecológicas causadas por perturbações (ocupação e construção de um objectonovo) no
ambiente. É a relação entre a sociedade e a natureza que transforma diferentemente e
dinamicamente o meio ambiente.

De Amorim & Cordeiro, (2008) a ocupação antrópica inadequada gera uma cadeia de
impactos ambientais, tais como:

 Impermeabilização do solo;
 Alterações na topografia;
 Erosão do solo;
 Perda das matas nativas;
 diminuição da biodiversidade;
 Aumento do escoamento superficial;
 Mudança do ciclo hidrologico da região.

O desenvolvimento das atividades humanas no espaço geográfico provoca alterações na


paisagem, ao alterar o ambiente natural essas ações causam impactos significativos, e embora,
esses possam ser tanto positivos quanto negativos, estão mais associados aos efeitos negativos
da interferência humana sobre a natureza.

O que se confirma, portanto, é que os impactos ambientais negativos da ocupação humana


sobre áreas problemáticas em potencial, utilizadas para expansão urbana, refletem na
qualidade do ambiente em que o homem vive e do qual depende, resultando num problema
de ecologia urbana, com impactos socioeconômicos graves. Tais impactos afetam os
parâmetros básicos (solos, geomorfologia, geologia, declividade e bióticos) e antrópicos
(infraestrutura urbana).

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O crescimento acelerado, associado à construções desordenada e irregular de diversas
porções dos territórios dos municípios de Quelimane originou condições paisagísticas
deletérias e problemas ambientais. Tais transtornos, causados por essa ocupação irregular
do solo urbano, e condicionados como elementos geográficos anteriormente relacionados,
trazem consigo a proliferação de problemas urbanos, os quais podem ser agrupados em
categorias, sendo elas:

 a desarticulação do sistema viário,


 difícil acesso de ônibus, ambulâncias, viaturas policiais e caminhões de coleta de
lixo;
 formação de bairros sujeitos à erosão e alagamentos, assoreamento dos rios, lagos
e mares;
 ausência de espaços públicos para implantação de equipamentos de saúde,
educação, lazer e segurança;
 comprometimento dos mananciais de abastecimento de água e do lençol freático;
 ligações clandestinas de energia elétrica, resultando em riscos de acidentes e
incêndios;
 expansão horizontal excessiva da malha urbana, ocasionando elevados ônus para o
orçamento público no que tange à implementação dos equipamentos urbanos.

Esta falta de regulamentação e informalidade da ocupação territorial, em particular em


Quelimane, pode ser esclarecida por Villaça (1999), o qual salienta que nas cidades de
países subdesenvolvidos a desregulamentação e a “comodificação” dos serviços públicos,
decorrentes das privatizações, a guerra fiscal, o enfraquecimento do papel social do Estado
e as políticas de ajuste econômico tiveram um forte impacto sobre um território já
parcialmente desregulado pela tradição de informalidade e descontrole.

O ser humano existe no espaço geográfico e utiliza solo como base para erguer as construções
primordiais que irão atender as suas necessidades, mas com essas ações alteram e impactam o
ambiente. Mas não podemos entender os impactos somente pela perspectiva ambiental, pois o
ser humano também é afetado nesse processo de ocupação, não podendo então dissociar o
meio ambiente do homem já que os dois existem no mesmo espaço e interagem entre si.

Devido a construção desordenada e acelerado crescimento na cidade de Quelimane, observa-


se:

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 acúmulo de lixo nos rios,
 enchentes,
 Inundações
 poluição das águas,
 deficiência de sistemas de esgotos sanitários,
 processo de desmatamento,
 ocupação de encostas,
 favelização e deslizamentos.
 Fecalismo a céu aberto

A normativa do Conama Nº001 de janeiro de 1986 define impacto ambiental como:

Art. 1o Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer


alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o
bem-estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos
recursos ambientais. (CONAMA, 1986).

O crescimento desordenado das cidades tem gerado consequências catastróficas, a falta de


planejamento ou critério técnico para ocupação em áreas de encostas e planícies de inundação
tem causado danos ao meio ambiente, como a degradação ambiental, desmatamento e
assoreamento dos rios. Da mesma forma, durante o processo de construção das cidades a
população sofre com as consequências da falta de organização, ao ocupar espaços as margens
de rios os riscos tornaram- se iminentes, acarretando a perda de vidas humanas e prejuízos
materiais.

3.1.Consequências das construções desordenadas no município de Quelimane

O aumento da procura por espaços para habitação e trabalho multiplicou e muito os conflitos
sociais na cidade. Tal situação se agrava no município de Quelimane. A população de baixa
renda é empurrada para a periferia das cidades ou para localidades menos atrativas, sobretudo
para lugares de topografia e condições geológicas menos vantajosas ou com restrições
ambientais para uma regular ocupação, fazendo com que, nestas áreas, não se possam entrar
veículos de urgência e/ou emergência, haja dificuldades de acesso a escolas, saneamento de
água e esgoto ineficaz ou ausente e demais necessidades básicas, deixando-as (pessoas) as
margens da “sociedade verdadeira”.

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Pode se afirmar que a cidade de Quelimane esta despreparadas para acolher o imenso
contingente humano e absorver as demandas sociais, restando por serem previsíveis algumas
conseqüências negativas, como o colapso do sistema de transportes, os congestionamentos no
trânsito, o aumento de processos erosivos, os assoreamentos dos rios e a impermeabilização
do solo como fatores desencadeantes das inundações, a proliferação de habitações
subnormais, a ocupação de áreas de proteção ambiental, a precariedade do saneamento básico,
a favelização, o desemprego e a violência.

3.4.Implicações actuais da construção desordenada do espaço geográfico

A construção desordenada do espaço físico tem diversas implicações, sob ponto de vista
ambiental e socioeconómica das populações da área de influência da actividade bem como
para os proponentes de actividades.

Muitas vezes assistimos cenários idênticos como a dificuldades de acessibilidades, devido a


falta de observância de técnicas básicas de construção que muita das vezes torna impossível
de fazer resgate em casos de emergência (como doença, queimadas, calamidades naturais);
crescimento não planificado das áreas periurbanas.

3.5. Factores da construção desordenada sobre as inundações

A construção desordenada é resultante da ocorrência de uma conjunção de diversos factores


como a falta de fiscalização por parte das autoridades públicas, que por negligência agem
somente após a ocorrência de acidentes com perdas de vidas humanas.

Segundo Enciclopédia Microsoft Encarta (2001, p. 123).

“A ocupação desordenada do espaço é um fenómeno geográfico e social cujo


nome é, de facto, muito autoexplicativo, pois ocorre quando os seres humanos
ocupam uma determinada área ou certo lugar de maneira não planejada, de
modo desorganizado”. Ou seja, as pessoas passam a habitar um espaço físico
sem uma prévia análise dos efeitos dessa ocupação sobre o referido espaço.

A ocupação de áreas de risco nos grandes centros urbanos não é praticada apenas pela parte
da população mais desprovida de recursos financeiros, segundo alguns autores ambientalistas:

A pobreza é definida como a incapacidade de satisfazer as necessidades


econômicas. De acordo com um estudo do Banco Mundial realizado em 2002,
metade da população mundial está tentando sobreviver com menos de dois
dólares por dia. Milhões de pessoas nos países em desenvolvimento não

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possuem moradia e frequentemente têm de dormir nas ruas. MILLER, G.
Tyler. (2008, p.483.).

Com efeito, a maior procura de ocupação do espaço, ligada com a escassez de planeamentos e
crises económicas, provoca total desorganização no uso do espaço, o que gera bairros sem
nenhuma infraestrutura pelo preço da devastação de áreas verdes e fluviais.

Dai, a necessidade de planeamento e ordenamento territorial e gestão dos recursos naturais e,


consequentemente, sensibilização, capacitação técnica e formação nas respectivas áreas,
partindo de nível de decisores, técnicos até educadores ambientais.

É por isso, que conscientes dos problemas emergentes propõe-se desde já a reflexão e o
trabalho numa direcção que permita eliminar ou reduzir os potenciais conflitos que advém de
uma utilização desregrada da terra, (MICOA, 2009, p. 51).

3.5.Medidas para reduzir os impactos sócios ambientais sobre construções desordenadas


no município de Quelimane

A melhor forma de lidar com esse problema, na verdade, é realizar uma devida prevenção,
que pode ocorrer por meio de medidas como estas:

 Construção de sistemas eficientes de drenagem;


 Desocupação de áreas de risco;
 Criação de reservas florestais nas margens dos rios;
 Diminuição dos índices de poluição e geração de lixo;
 Planejamento urbano mais consistente."

Segundo Bezerra e Fernandes (2000, p. 15) salientam que os diagnósticos disponíveis


evidenciam o agravamento dos problemas urbanos e ambientais das cidades, decorrentes de
adensamentos desordenados, ausência de planeamento, carência de recursos e serviços,
obsolescência de infraestrutura e dos espaços construídos, padrões atrasados de gestão e
agressões ao ambiente”.

É oportuno lembrarmos que os riscos ambientais nos centros urbanos, são decorrentes da falta
de planeamento urbano e sua ineficiência, pois muitas vezes os alagamentos se intensificam
em cidades construídas em locais ambientalmente instáveis, sem infraestrutura adequada e
com construções frágeis, atingindo diretamente populações carentes instaladas

Temos ainda outras medidas para reduzir os impactos sócios ambientais negativos das
construções desordenadas no município de Quelimane tais como:
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 Apelar a comunidade local que quando estiverem a construir suas residências, devem
deixar as vias de acessos para permitir a circulação de pessoas;
 Sensibilizar a comunidade residente para ter conhecimento a cerca da importância das
vias de acessos e também da importância do meio ambiente para o ser humano;
 Seguir a lei de ordenamento do território que é o instrumento fundamental vigente no
país para evitar danos sócios ambientais;
 O conselho municipal de Quelimane deve criar mecanismos para consciencializar
a população sobre os danos que advém das construções desordenadas e fazer a
fiscalização das obras recém-construídas no quarteirão;
 Deve se formar comités de gestão para o controlo das construções no quarteirão,
incluindo os líderes locais (secretário do Bairro, chefe do quarteirão e
os pastores das igrejas), para melhor disseminar a mensagem sobre o perigo da
construção desordenada para a sociedade e ambiente;
 Promover campanhas de sensibilização a comunidade local para aderir os
instrumentos legais na construção das suas residências e também sobre necessidade de
preservação e conservação do meio ambiente

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4.0.Considerações finais

Chegando ao fim do presente trabalho pode-se concluir que construção desordenadas refere-se
à forma como a população faz a apropriação do espaço, sem respeitar qualquer planificação,
criando no espaço “habitado” ou humanizado dificuldades de fornecimento de serviços
urbanos tais como o melhoramento do saneamento, água canalizada, electrificacao de energia,
abertura de vias de acesso para os cidadãos se beneficiarem dos serviços dos bombeiros e de
ambulância.

O município de Quelimane apresenta um número elevado da população razão pelo qual faz
com que haja construções desordenadas o que de certa forma dificulta a circulação de pessoas
e bens, falta de espaços para serviço básicos como saúde, educação entre outros serviços.
Pode se afirmar ainda que a cidade de Quelimane esta despreparadas para acolher o imenso
contingente humano e absorver as demandas sociais, restando por serem previsíveis algumas
consequências negativas, como o colapso do sistema de transportes, os congestionamentos no
trânsito, o aumento de processos erosivos, os assoreamentos dos rios e a impermeabilização
do solo como fatores desencadeantes das inundações, a proliferação de habitações
subnormais, a ocupação de áreas de proteção ambiental, a precariedade do saneamento básico,
a favelização, o desemprego e a violência.

A ocupação desordenada do espaço físico tem diversas implicações, sob ponto de vista
ambiental e socioeconómica das populações da área dedificultando acessibilidades, devido a
falta de observância de técnicas básicas de construção que muita das vezes torna impossível
de fazer resgate em casos de emergência (como doença, queimadas, calamidades naturais);
crescimento não planificado das áreas peri-urbanas; comunidades que constroem as suas
residências em locais propensos a inundações.

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5.0.Referências bibliográficas

ANJO, A. (2009). A Reabilitação de Áreas Urbanas Informais em Moçambique.

ARAÚJO, M, G, M. (2003). Os espaços urbanos em Moçambique.

BEZERRA, M, do C. de L;. Fernandes, M, A. (2000). Cidades sustentáveis: Subsídios à


elaboração da Agenda21 Brasileira.

Conselho Municipal de Quelimane (2017). Dados do Censo da População do ano 2017.

Constituição da República de Moçambique (2004). Princípios fundamentais do Estado


moçambicano.

CUCI, M. S. (2012). Fascículo 3: Inundações Urbanas.

Decreto nº.60/2006 de 26 de Dezembro. Aprova o Regulamento do Solo Urbano. Boletim


daRepública. Maputo, 3º Suplemento, I Serie n 51.

GIL, A, C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social (6ª ed.). São Paulo.

Lei nº.19/1997, de 1 de Outubro. Boletim da República de Moçambique. Maputo.

MARCONI, M, A;. Lakatos, E, M. (2003). Fundamentos de metodologia científica (5ª ed.).


São Paulo.

Matule, D. E. (2016). Proposta de zoneamento ambiental para o município de Quelimane em


Moçambique.

MICOA (2007). Estratégia ambiental para o desenvolvimento sustentável de Moçambique.

MICOA (2009). Manual do educador ambiental. Maputo: Direcção Nacional de Promoção

Ambiental.

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