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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Á DISTANCIA

I TRABALHO DE GEOMORFOLOGIA

Isabel Ernesto Manuel José


708213137

Curso: Geografia
Disciplina: Geomorfologia
Ano de Frequência: 2º Ano

Tutor: Carlos Manuel

BEIRA, AGOSTO DE 2022


Índice
Introdução…………………………………………………………………………………………………………………………3
Objectivos………………………………………………………………………………………………………………………..3
Objectivo geral………………………………………………………………………………………………………………..3
Objectivos específicos………………………………………………………….. 3
Metodologia……………………………………………………………………………………………………………………3
1. „‟O presente é a chave do passado‟‟……………………………………………..………………..4
2. Qual é o lugar da Geomorfologia no sistema de ciências?.......................,.....4
3. Quais são as Três principais teorias geomorfologicas?..................................4
3.1. Teoria do ciclo geográfico (Willian Morris Davis)…………………………………….4
3.2. Teoria da pediplanação (Lester King)………………………………………………….…….5
3.3. A teoria do equilíbrio dinâmico (Hack)……………………………………………………..6
4. O que a geologia busca estudar e interpretar?.................................................6
5. Qual a influência da Geologia no desenvolvimento da geomorfologia?..6
Conclusão………………………………………………………………………………………………………………………7
Referências bibliográficas……………………………………………………………………………………………8
Introdução
O presente trabalho compreende as respostas relacionadas ao estudo da
Geomorfologia, na perspectiva de buscar bases que irão sustentar o trabalho, visto que No
final do mesmo século, William M. Davis, dando prosseguimento aos estudos de G. K.
Gilbert e J.W. Powell apresenta proposta de uma geomorfologia fundamentada na tendência
escolástica da época, representada pelo evolucionismo.Como se sabe, a influência do
darwinismo como forma de substituição do modelo mecanicista influenciou
significativamente o conhecimento científico geral. A escola geomorfológica alemã, por outro
lado, encabeçada por Albrecht Penck e Walther Penck, defensora de uma concepção
integradora dos elementos que compõem a superfície terrestre, se contrapôs às ideias de W.
Davis, fundamentada na noção de ciclo, tida como “finalista”.
Evidencia-se, portanto, o nascimento de duas escolas geomorfológicas distintas, que
serão consideradas a seguir, e cuja sistematização fundamentou-se em estudos desenvolvidos
por Leuzinger (1948) e Abreu (1982 e 1983).

Objectivos
Objectivo geral
 Responder questões relacionadas ao estudo de Geomorfologia.

Objectivos específicos
 Descrever o objecto de estudo da Geomorfologia;
 Identificar o lugar da Geomorfologia no sistema de ciências;
 Reconhecer as Três principais teorias geomorfologicas e;
 Conhecer a influência da Geologia no desenvolvimento da Geomorfologia.

Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se a pesquisa bibliografia que
consiste na busca de informações em materiais já elaborados para a fundamentação teórica
do trabalho.

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1. ‘’O presente é a chave do passado’’
A palavra deve-se ao princípio de uniformitarismo, proposto no século XVIII pelo
médio e geólogo escocês James Hutton, considera que os processos geólogos actuais
ocorreram de modo muito semelhante aos que aconteceram ao longo da história evolutiva da
terra. Isso pode ser resumido na expressão‟‟ O presente é a chave do passado‟‟.
A Geomorfologia estuda o passado para compreender o presente. A Geologia faz
exactamente o inverso. A Geomorfologia procura explicar as formas actuais de relevo, que podem
ser facilmente divisadas na paisagem, por sua génese, por seu passado, às vezes muito distante.
Porém, a exemplo da Geologia, a Geomorfologia não pode avançar, a não ser a partir de uma
raciocínio analógico, que parte do presente.

2. Qual é o lugar da Geomorfologia no sistema de ciências?


Se situa na interface existente entre as Ciências Geológicas e as Ciências Geográficas,
segundo a classificação de Goguel. Essa ciência mantém profundos vínculos, já assinalados,
com a Geologia. Mas é também essencialmente geográfica, na medida em que depende dos
conhecimentos de Climatologia, Paleogeografia, Fitogeografia, Pedologia e Hidrografia e se
fornece substanciais informações necessárias ao entendimento da produção do espaço
geográfico.
Segundo Kostenko (1975), a Geomorfologia funciona como uma ponte entre a
Geografia e a Geologia, e estuda uma série de problemas complexos e heterogêneos, alguns
dos quais resolvem-se através de métodos fisico-geográficos e outros mediante a aplicação de
métodos geológicos.

3. Quais são as Três principais teorias geomorfologicas?


3.1. Teoria do ciclo geográfico (Willian Morris Davis)
A teoria proposta por William Morris Davis apresenta uma concepção finalista
sistematizada na sucessão das formas de um ciclo ideal conforme descreve Christofoletti
(1998). Este modelo teórico se apóia na elaboração de três fases no processo de evolução do
modelado terrestre: a juventude, maturidade e senilidade, podendo retornar novamente a uma
fase de juventude através de movimentos epirogenéticos caracterizando um processo de
rejuvenescimento do relevo. Esta visão baseiase nas áreas temperadas húmidas que se
desenvolve sobre as chamadas fases antropomórficas comparando a evolução do relevo aos
estágios da vida humana.
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Na teoria de Davis a evolução dos relevos tem como factor principal a actividade dos
cursos de água. A teoria formulada cerca de cem anos atrás por William Morris Davis, um
geólogo de Harvard. Ele supunha que as paisagens não se desenvolviam casualmente, mas
através de uma série de estágios, como as correntes de água lentamente desgastaram os canais
nos declives e como os vales foram progressivamente alargados e aprofundados. De acordo
com Davis, no estágio jovem da evolução da paisagem, é seguida imediatamente por
elevações e é caracterizada pelo escoamento deficiente, e vales estreitos em forma de "V"
entre linhas divisórias de largas correntes de águas. Depois de alguns milhares de anos de
erosão, o estágio máximo do relevo "maduro" seria alcançado com o escoamento bem
integrado das correntes de água, com vales profundos e largos entre linhas divisórias de
águas, estreitas e arredondadas.

3.2. Teoria da pediplanação (Lester King)


De acordo com Ross (1991) a teoria da pediplanação, se baseia no principio da
actividade erosiva desencadeada por processos de ambientes áridos e semi-áridos com a
participação dos efeitos tectónicos, elaboradas ao longo do tempo em diferentes níveis. Nesta
teoria, os soerguimentos de carácter epirogenéticos são decisivos.
Diferentemente da visão davisiana os estudos de King desenvolveram-se apoiados em
áreas de clima árido e semiárido.
Essa interpretação apoia-se na teoria de que nas áreas tropicais e subtropicais os climas
alteram-se de áridos e semi-áridos para quentes e húmidos em contraposição ás áreas e
periglaciais em que os climas alteram-se em períodos glaciais e interglaciais húmidos. (Ross,
1991, p.26).
O principal ponto desta teoria geomorfológica repousa na formulação do chamado
recuo paralelo das vertentes, conceito que se contrapõe a visão de Davis, pois afirma que o
processo de erosão ocasiona o recuo das vertentes sem que haja perda de sua declividade ou
inclinação.
Conforme (Casseti, 1994, p.42), o processo que envolve o recuo das vertentes é
acompanhado de um ajuste isostático:
Como se sabe, a crosta interna é constituída de silicatos de
magnésio, razão pela qual é conhecida como sima, ao passo que externa,
de densidade inferior, é representada por silicatos de alumínio sial. O
sial flutua sobre o sima, reflectindo numa acomodação operada em
profundidade. Assim a parte elevada, submetida à erosão, sofre um

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alívio de carga, que é contrastado pela subsidência gerada pelo material
depositado. Essa diferença resulta em acomodação isostática, que por
sua vez origina degraus topográficos.

3.3. A teoria do equilíbrio dinâmico (Hack)


Proposta por Hack, chamada de Teoria do equilíbrio dinâmico baseia-se inteiramente
na concepção sistémica do meio ambiente, tendo como principio básico o entendimento de
que o ambiente natural encontra-se em estado de equilíbrio, porém não estático, graças ao
mecanismo de funcionamento dos diversos componentes do sistema, sendo, portanto
entendida pela funcionalidade na entrada de fluxo de energia no sistema que produz
determinado trabalho . (Ross, 1991, p.26).
Conforme Christofoletti (1980), a teoria do equilíbrio dinâmico baseia-se num
comportamento balanceado entre os processos morfogenéticos e a resistência das rochas, e
também leva em consideração as influencias diástroficas na região.

4. O que a geologia busca estudar e interpretar?


A geomorfologia é uma ciência que tem por objectivo analisar as formas do relevo, buscando
compreender as relações processuais pretéritas e actuais. Seu objecto de estudo é a superfície da
crosta terrestre, a qual no entanto, não se restringe à ciência geomorfológica, que possui sua forma
específica de análise do relevo.
O trabalho geomorfológico, que pressupõe do pesquisador uma série de conhecimentos de outras
ciências, implica nas seguintes actividades: descrição, localização e dimensionamento dos
diversos compartimentos e feições de relevo verificados na epigeoesfera.
Além dessas preocupações, a Geomorfologia volta-se, principalmente, à génese e à evolução do
relevo terrestre. A Geomorfologia é, portanto, uma ciência descritiva e genética.

5. Qual a influência da Geologia no desenvolvimento da geomorfologia?


As informações sobre a composição químicas das rochas e minerais da superfície
terrestre, além da análise espácio-temporal dos processos actuantes no relevo, possibilitam a
identificação ou a prevenção de processo de degradação ambiental aos elementos físicos.

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Conclusão
Em gesto de fecho, conclui-se que É importante estudar a geomorfologia porque permite
que o Homem obter conhecimentos profundos sobre a génese, causas e efeitos dos agentes que
participam na formação do relevo.
Procura investigar, com base em teorias, princípios e leis o entendimento das relações entre os
solos e relevos, passando pela compreensão dos processos dinâmicos (intemperismo) que agem na
parte superficial da crosta, responsáveis pela elaboração dos relevos e génese dos solos, isto é,
morfogénese (entendida como processos erosivos) e da piogénese (entendida como processos
bioquímicos relacionados à alteração das rochasa compreensão das relações entre os solos e os
relevos.
A Geomorfologia estrutural, mostra a importância do estuda da disciplina, as relações
que existem com outras ciências, o seu objecto de estudo e principalmente fornece vários
conhecimentos relativos às rochas e aos minerais, ao tectonismo, ao vulcanismo, às estruturas
geológicas; bem como os subsídios importantes sobre o clima e suas relações com as formas e
evolução do relevo, a ocupação humana, os processos erosivos.

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Referências bibliográficas
1. SMALL, R.J. , The study of landforms: a text book of geomorfology, 1992, second
editin, Cambrige University press; Oakleigh; Victoria: Australia
2. Christofoletti, A. (1980): “ Geomorfologia “, Univ. São Paulo, 2ª edição, São Paulo
3. Derruau, M. (1988): “Précis de Geomorphologie”, 7éme edition, Masson, Paris
4. Riser, Jean (1995): “Erosão e Paisagens Naturais”, Instituto Piaget, Lisboa
5. Sparks, B.W. (1986): “ Geomorphology”, Third Edition, Longman, Hong Kong
6. Strahler, A. & A. Strahler (2002): “Physical Geography – Science and Systems of the
Human Environment”, 2nd edition, John Wiley & Sons, Inc., USA
7. Thornbury, Willian D. (1969): “Principles of Geomorphology”, 2nd edition, John
Wiley & Sons, Inc., USA
8. Tricart, Jean (1965): “ Principes et Methodes de la Geomorphologie”, Masson, Paris
9. Tricart, Jean (1968): “Précis de Geomorphologie”, tome I, Soc. d‟Edition
d‟Enseignement Superieur, Paris
10. Viers, G. (1967): “ Eléments de Geomorphologie”, Nathan ed., Paris;
11. www.igeograf.unim.mx/ugi/comisioneshttp://pt.wikipedia.org/wi ki/historia;
12. WEB: http://www.thomoson rights.com

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