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Universidade Católica de Moçambique

Centro de ensino a distância

Tema: As grandes correntes da geografia

Essiaca Júlio, Código: 708220799

Curso: Geografia
Disciplina: Evolução ao Pensamento Geográfico
Ano de frequência: 1º ano
Docente: Reginaldo Andante Óscar Mussa

Nampula, Julho, 2022


3.2. Folha de Feedback

Classificação
Pontuação Nota Subt
Categorias Indicadores Padrões máxima do otal
tutor
Capa 0,5
Índice 0,5
Aspectos Introdução 0,5
Estrutura organizacionais Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização 1,0
(Indicação clara do
problema)
Introdução Descrição dos 2,0
objectivos
Metodologia adequada 2,0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
(expressão escrita 2,0
Conteúdo cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e discussão
Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2,0
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2,0
Conclusão Contributos teóricos 2,0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos Formatação paragrafa, espaçamento 1,0
gerais entre linhas
Normas APA Rigor coerência das
Referências 6ª edição em citações/referências
Bibliográfica citações e bibliográficas 4,0
s bibliografia
Recomendações de melhoria:

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Índice
Introdução..........................................................................................................................4
2.As grandes correntes da geografia..................................................................................5
2.2.Corrente determinista geográfico................................................................................5
2.3. Bases da corrente determinista...................................................................................5
2.4. Os Princípios da corrente do Determinismo...............................................................5
3. Os métodos da corrente do determinismo.....................................................................6
3.1. Corrente Possibilista geográfico.................................................................................6
4.Método de estudo do Possibilismo.................................................................................7
4.1. Críticas aos correntes Possibilismo Geográfico.........................................................7
4.2.Corrente Corológica Geográfico.................................................................................7
4.3.Ambiente do seu surgimento.......................................................................................8
4.4.Tendências e preocupações actuais da geografia........................................................8
Conclusão........................................................................................................................10
Referências bibliográficas...............................................Erro! Marcador não definido.

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Introdução
O presente trabalho tem como finalidade descrever As grandes correntes da geografia
com surgimento da geografia como uma ciência, também foram surgindo as primeiras
correntes do pensamento geográfico a partir do século XIX, diferentes concepções e
abordagem tomaram o campo da geografia, no que diz respeito as relações entre ser
humano, sociedade, meio ambiente, espaço. Algumas linhas de pensamento valorizam
mais a sociedade e a capacidade do homem de transformar o espaço onde vive. Outras
corrente se ocuparam mais das forças da natureza, colocando- as a frente.

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2.As grandes correntes da geografia
O século XIX foi particularmente rico em transformações políticas e sociais que tiveram
impacto no domínio do pensamento em geral e da Geografia em particular. Entre esses
factores, há a destacar principais correntes da geografia são:

 Corrente determinista geográfico.


 Corrente possibilista geográfico.
 Corrente corológica.

2.2.Corrente determinista geográfico


A corrente determinista também conhecida por determinismo geográfico, foi fundada
por Frederich Ratzel (1844-1904) pertencente à escola alemã. Os trabalhos de F. Ratzel
marcaram o início de um debate de ideias sobre a Geografia, mais tarde seguidas pela
escola francesa, americana, Círculo de Viena e um pouco por todo lado. As condições
naturais, em especial as condições climáticas é que determinaram a evolução do
Homem, e consequentemente da sociedade. A corrente determinista, preocupada na
relação Homem-Meio foi fundada por F.Ratzel. Mais tarde Ellen Semple e William
Davis também defenderam esta corrente (WILSON, Felisberto,2017,p.83).

2.3. Bases da corrente determinista


F. Ratzel apoiou-se na teoria da selecção natural de Charles Darwin em que os conceitos
de organismo, de metabolismo, de luta, de selecção natural passam também para análise
de fenómenos socioeconómicos. Darwin chegou a uma conclusão que revolucionou o
pensamento clássico: A luta pela Vida não é mais do que uma forma de selecção
natural, na qual certas espécies privilegiadas possuem todas as condições para
sobreviver, enquanto as desfavorecidas ou fracas estão condenadas extinção.

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2.4. Os Princípios da corrente do Determinismo
O determinismo de Ratzel sustentou-se em dois princípios:

 Todo o facto geográfico é explicável através das suas causas.


 Quando as causas estão reunidas, o facto produz-se.

Partindo destes postulados positivistas darwinistas, Ratzel estabeleceu leis gerais, em


que o primado é o meio físico sobre o Homem e concluiu que para meios físicos iguais,
corresponderá uma organização social idêntica, defendendo a passividade do Homem
perante as leis da Natureza.

3. Os métodos da corrente do determinismo


A corrente determinista foi muito marcada pelos métodos comparativos, apoiando-se
nos princípios da casualidade e de extensão, recorrendo explicação dedutiva-
comparativa, para a formulação de leis e verificação das relações causa-efeito.
Contribuição e aplicação do determinismo As ideias de Friedrich Ratzel tiveram eco nos
círculos científicos e políticos da Europa e da América do Norte, particularmente os
políticos, que encontraram na base teórica a justificação do expansionismo colonial, ao
defender que os estados fortes deviam aumentar os seus espaços à custa dos estados
fracos; as raças fortes deviam dominar as fracas e submeter povos tropicais à dominação
colonial, expandindo assim a civilização europeia de orientação cristã (WILSON,
Felisberto,2017,p.83).

3.1. Corrente Possibilista geográfico


WILSON, Felisberto (2017),Refere que:

Esta corrente surgiu nos finais do século XIX e marcou o pensamento


Geográfico até 1950. A corrente possibilista resulta da evolução científica
e de todo o debate científico e filosófico de então. Tinha como objectivo
opor-se ao determinismo geográfico, sobretudo na questão de submissão
do Homem ao meio ambiente e no objectos além disso o possibilismo
queria combater os excessos da escola alemã no que se refere a
passividade do Homem perante ao meio. Portanto para a corrente
possibilista, não há uma submissão fatal do Homem ao Meio, mas sim
várias possibilidades que a sua disposição pode ou não valorizar. De
acordo com esta corrente, a Geografia possui dois objectos de estudo: o
Homem para a Geografia Humana e a Terra para a Geografia Física. Ou
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seja, estabelecem-se relações biunívocas; Homem-Meio que definem a
reciprocidade e não a dependência como acontece no Determinismo. O
Possibilismo defende que o Homem pode optar perante as várias
possibilidades que o Meio oferece para desenvolver um género de Vida
próprio. O Possibilismo apoia-se na corrente filosófica neo-idealista e
neo-kantiana que divide a matéria e o espírito do pensamento e no
historicismo para explicação da realidade social (p.56).

4.Método de estudo do Possibilismo


O Possibilismo deu muita importância ao método historicista e indutivo analítico. Por
isso, Vidal De La Blache estruturou o seu estudo na análise do meio físico, seguido pelo
estudo das formas de ocupação e finalmente o impacto da integração do Homem no seu
habitat.Para Vidal de La Blache a observação, localização, descrição e interpretação de
cada paisagem com ajuda do método indutivo e historicista e o seu resultado conduzem
ä elaboração de monografias que retratam as regiões vidalianas.

A análise regional e morfo-funcional não devem chegar à formulação de leis gerais nos
fen6menos humanos (WILSON, Felisberto,2017,p.83).

4.1. Críticas aos correntes Possibilismo Geográfico


Vários círculos científicos opuseram-se ao possibilismo geográfico, particularmente na
questão de criar dois objectos de estudo para a Geografia e por negar a formulação de
leis gerais mesmo para os fenómenos físicos. Por outro lado, critica-se no Possibilismo
o facto de prestar mais atenção à análise das zonas rurais em detrimento das cidades
numa altura em que a cidade já era o Pólo de desenvolvimento da humanidade.

Finalmente, consideram os críticos do Possibilismo que os seus estudos e posição


ideográfica ameaçaram a unidade da Geografia (WILSON, Felisberto,2017,p.83).

4.2.Corrente Corológica Geográfico


As origens desta corrente remontam antiguidade, mas foram revigoradas por Kant no
século XVIII, ao acentuar o carácter regional, descritivo e ideográfico da Geografia e
tem Alfred Hettner sua fundadora corrente corológica analisa a região em termos de
estrutura e funções, pretendendo criar uma ciência unificada, através de uma análise
lógica, baseada em novos conceitos de Física e com uma linguagem comum a todas as
ciências. Em termos metodológicos, a corrente corológica usa um método dedutivo, ao

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considerar que todo o trabalho científico consiste em propor teorias e avaliá-las. Os
neopositivistas apoiaram-se nas teorias de jogos e teorias de sistemas para resolver os
problemas globais e erguer um futuro seguro. (WILSON, Felisberto,2017,p.83).

4.3.Ambiente do seu surgimento


Como as demais correntes de pensamento e em particular geográficas, o surgimento da
corrente corológica esteve ligado ao contexto do século XX que se caracterizava por:

 Crises sociais e económicas dos anos 30/40 do século.


 Europa abalada pela 2ª Guerra Mundial.
 Falsa urbanização.

Diante desta realidade, muitos países europeus colocaram o Estado na direcção das
economias, impondo o que se chamou capitalismo monopolista do Estado. O
desenvolvimento implicaria uma nova divisão do trabalho, tornando-se imprescindível
uma planificação regional e urbana. Havendo situações de crise na Europa e na América
era preciso encontrar soluções vindas das ciências sociais e em particular da Geografia.

Entre os principais suportes filosóficos da corrente corológica podem-se apontar o


Neopositivismo ou Positivismo Lógico do Círculo de Viena, o Existencialismo e a
Fenomenologia (WILSON, Felisberto,2017,p.83).

4.4.Tendências e preocupações actuais da geografia


Tendências e preocupações actuais da geografia visam, portanto, sendo ainda hoje
tentativas legítimas, mas do que novos paradigmas, dar respostas a crises da sociedade,
da civilização e da própria geografia. Resumindo poderíamos dizer que o
desenvolvimento do modo de produção capitalista levou o mundo. Diante desta
realidade e importante chamar atenção para as mudanças e preocupações vigentes
actualmente na teoria e na prática da geografia tais como:

 Uma nova tendência ao pluralismo das posturas filosófica

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 Forte tendência a preocupação teórica, relativamente escassa não só na geografia
como na história, antropologia etc.

Baseando suas preocupações conceituais nas teses do positivismo lógico, a Metodologia


científica formalizou-se perante algumas posições-chave, entre as quais Convém
destacar as seguintes:

 O conhecimento científico fecundo é aquele baseado em fatos, em eventos colhidos


no mundo empírico; para que se possa ter certeza do conhecimento é necessário que
haja verificação das hipóteses, empregando-se as mais diversas técnicas do uso de
testes, e que se chegue à formulação de leis. O tipo de certeza é o fornecido pelas
ciências experimentais. Em época mais recente, o critério de refutabilidade proposto
por Karl Popper vem sendo tomado como ponto básico para a metodologia
científica;
 O procedimento científico deve-se ater sempre ao contacto com a experiência do
mundo empírico, a fim de evitar o verbalismo e o erro.

Outra tendência nos estudos geográficos, que se iniciou na década de 1960, está
relacionada com a Geografia Radical. Em virtude do ambiente contestatório nos Estados
Unidos, nos anos sessenta, em função da guerra do Vietnã, da luta pelos direitos civis,
da crise da poluição e da urbanização, surgiu uma corrente geográfica preocupada em
ser crítica e actuante. Vários adjectivos são mencionados para caracterizá-la, tais como
geografia crítica, de relevância social, marxista e radical. Dentre eles, considero ser a
denominação Geografia Radical mais abrangente e significativa, designando tudo o que
seja de tendência esquerdista e a postura contestatória de seus praticantes. Sido
publicadas por diversas outras revistas geográficas. Na França, o movimento da
Geografia Radical é liderado por Yves Lacoste, cujo grupo se tornou responsável pela
revista Hérodote, que vem sendo editada desde 1976. No Canadá, recentemente o
Cahiers de Géographie de Québec (vol. 22, n° 56, 1978) dedicou um número especial ao
estudo do marxismo e geografia. Na Inglaterra, diversos trabalhos significativos estão
inseridos em seus tradicionais periódicos (Correa,2001.p.15).

Segundo Moreira (2007) refere que:

As tendências actuas da geografia procura muitas vezes


inconscientemente, frequentemente tacteando, dar resposta as duvidas
surgida recentemente, sobretudo após 1960-70, por outro lado e preciso

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relembrar que tempos em tempos os ramos do conhecimento humano
entram em crise diante desta nova realidade e importante chamar a tenção
para as mudanças e preocupações vigentes actualmente na teoria e na
praticas da geografia (p.9).

Conclusão
Em jeito de desfecho do presente trabalho, percebe-se que geografia teve seu processo
de sistematização lento e tardio na visão de alguns autores ,vindo a construir –se
enquanto ciência mais especificamente no século XIX, no entanto desde a antiguidade
estudos geográfico já eram desenvolvidos , tendo se iniciado na Grécia antiga.

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Referências bibliográficas

Wilson, Felisberto. (2017),G11 - Geografia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores,


Maputo.

Moreira, Ruy. (2007).O que é geografia. São Paulo. Editora Brasiliense, (p.9).

Correa, Roberto Lobato. (2001), Geografia: conceitos e temas. – 6ª Ed. – Rio de


Janeiro: Bertrand Brasil (p. 15).

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