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Curso: Geografia
Disciplina: Fundamento de Teologia
Ano de frequência: 2º ano
Classificação
Pontuação Nota Subt
Categorias Indicadores Padrões máxima do otal
tutor
Capa 0,5
Índice 0,5
Aspectos Introdução 0,5
Estrutura organizacionais Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização 1,0
(Indicação clara do
problema)
Introdução Descrição dos 2,0
objectivos
Metodologia adequada 2,0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
(expressão escrita 2,0
Conteúdo cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e discussão
Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2,0
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2,0
Conclusão Contributos teóricos 2,0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos Formatação paragrafa, espaçamento 1,0
gerais entre linhas
Normas APA Rigor coerência das
Referências 6ª edição em citações/referências
Bibliográfica citações e bibliográficas 4,0
s bibliografia
Recomendações de melhoria:
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Índice
1.Introdução.......................................................................................................................4
1.1.conceito........................................................................................................................5
1.1.2.O aborto vista no contexto da Igreja Católica..........................................................5
2.Lei do aborto que vigora em Moçambique e o aborto tradicional.................................7
3.Conclusão.....................................................................................................................10
4.Bibliografia...................................................................................................................11
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1.Introdução
A reprovação social ao aborto viu-se consolidada definitivamente com o
Cristianismo, sendo o aborto criminoso assimilado ao homicídio, No início da Idade
Média, com fundamento em Aristóteles, pregava Santo Agostinho que o aborto somente
seria reputado crime se o feto já houvesse recebido alma, após 40 dias (se homem) ou
80 dias (se mulher) após a concepção. Inadmitido qualquer distinção, São Basílio, com
base na Vulgata, e preconizava ser sempre criminosa a prática abortiva. Os Penitenciais
tratavam com graus de severidade diferentes a expulsão do corpus formatum
(equiparado a homicídio) e o aborto do corpus informatum (menos grave).
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1.1.conceito
O aborto é o acto que interrompe uma gestação. O aborto pode ser espontâneo e
ocorrer em qualquer momento da gravidez. No entanto, também pode ser induzido por
mulheres que não desejam dar sequência à gravidez.
Benzecry (2001),refere que:
Abortamento é a interrupção da gravidez antes da viabilidade do produto da concepção.
Este limite superior estatuído pela Organização Mundial da Saúde é fixado em 20-22
semanas, que marca, por sua vez, os lindes iniciais da prematuridade. Tal idade
gestacional corresponde a feto de 500 gramas. Podemos notar que, do ponto de vista
médico, não é toda e qualquer interrupção da gravidez com morte do concepto
considerada abortamento. Este é entendido como a interrupção da gestação nos primeiros
6 meses de vida intrauterina, ante a sua inviabilidade. Após, ter-se-ia um parto prematuro,
podendo continuar vivo o produto da concepção (p.23).
1.1.2.O aborto vista no contexto da Igreja Católica
O Catolicismo desde o século IV condena o aborto em qualquer estágio e em
qualquer circunstância, permanecendo até hoje como opinião e posição oficial da igreja
católica.
Loyola, (2000),refere que:
Igreja católica considera que a alma é infundida no novo ser no momento da
fecundação; assim, proíbe o aborto em qualquer fase, já que a alma passa a pertencer ao
novo ser no preciso momento do encontro do óvulo com o espermatozóide. A punição
que a igreja católica dá a quem aborta, é a excomunhão. Em 1917 a Igreja declarou que
uma mulher e todos os que com ela se associasse deveriam receber a excomunhão pelo
pecado do aborto. Isso significava que lhe seriam negados todos os sacramentos e sua
comunicação com a igreja: uma punição eterna no inferno. Com a encíclica Matrimonio
cristão de Pio XI em 1930, ficou determinado que o direito à vida de um feto é igual ao
da mulher, e toda medida anticoncepcional foi considerada um ‘crime contra a natureza’
exceto os métodos que estabelecem a abstinência Sexual para os dias férteis. Em 1976 o
Papa Paulo VI disse que o feto tem ‘pleno direito à vida’ a partir do momento da
concepção; que a mulher não tem nenhum direito de abortar, mesmo para salvar sua
própria vida. Essa posição se baseia em quatro princípios:
Deus é o autor da vida.
A vida se inicia no momento da concepção.
Ninguém tem o direito de tirar a vida humana inocente.
O aborto, em qualquer estágio de desenvolvimento fetal, significa tirar
uma vida humana inocente (p.51).
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Coelho (2007) refere que:
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Contrariamente ao discurso oficial que, como vimos, apresenta-se coeso como um
bloco, propondo uma palavra final sobre o assunto e tentando estabelecê-la em dogma,
o contradiscurso tem um carácter dialógico, pois não se apresenta como definitivo e
evita o tom dogmatizante.
Diante do exposto, é possível identificar bases éticas, morais e até religiosas para se
defender o direito de se optar pelo aborto, tanto quanto para condená-lo. Dessa forma, a
legislação Moçambicana, que ainda autoriza o aborto, promove uma coerção
inadmissível e injustificável tanto do ponto de vista filosófico, quanto social. E coloca
em sofrimento milhares de mulheres e homens que deveriam ter a liberdade de decidir,
segundo sua própria consciência, segundo seu livre arbítrio, por meio de reflexão
informada e coerente, e não sob a ameaça de prisão ou inferno. A interrupção voluntária
da gravidez amparada na legislação é uma questão de justiça social, de democracia, de
respeito aos direitos humanos das mulheres e também, fundamentalmente, uma questão
ética. (Ministério da Saúde, 2017.p.35).
Artigo 1. São aprovadas as normas clínicas sobre Aborto Seguro, Cuidados Pós-
Aborto e define as condições em que a interrupção voluntária da gravidez deve ser
efectuada nas Unidades Sanitárias do Serviço Nacional, em anexo que é parte integrante
do presente diploma ministerial.
No que respeita à ética profissional, o sigilo perante o/ /um aborto quer seja
espontâneo ou provocado, não permite o médico ou qualquer profissional de saúde de
comunicar o facto à autoridade policial, judicial, nem ao Ministério Público, pois o
sigilo na prática profissional da assistência à saúde é um dever legal e ético, salvo para
protecção da paciente e com o seu consentimento. (Ministério da Saúde, 2017.p.35).
▪ Deve exercer a profissão com ampla autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços
profissionais que o coloquem em conflito com suas crenças religiosas. (Ministério da
Saúde, 2017.p.35).
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3.Conclusão
Como desfecho do presente trabalho, conclui- se que abortamento (ou aborto) consiste
na anormal interrupção do processo de gravidez. Trata-se, pois, de evento em que ocorre
a morte do fruto da concepção (ovo, feto ou embrião) com ou sem sua expulsão do
organismo materno. Pode esse anormal ou precoce desfecho da gestação, com o
necessário óbito do nascituro, vir, basicamente, determinado por causas naturais (aborto
espontâneo) ou, ainda, por condutas humanas involuntárias (aborto acidental).
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4.Bibliografia
Benzecry, roberto (2001), tratado de Obstetrícia da febrasgo. rio de janeiro: revinter, p
Coelho, Mário (2007),o que a igreja ensina sobre. São paulo: canção nova,
Papa paulo vi. (1973). in: sedoc. petrópolis, vozes,
Ministério da saúde, (2017), em Maputo, aos 7 de julho de— a Ministra da saúde,
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