Você está na página 1de 20

Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Gestão de Turismo e Informática

Discussão das Questões do Modulo de Fisiologia Humana e Animal nas


Unidades Temáticas (DESDE 1ª a 12ª UNIDADE)

Nélia João de Deus: 706210176

CURSO: Lic. em Ensino de


Biologia

Disciplina: Fisiologia Animal e


Humana

3o Ano

Docente: Jorge Victorino

Pemba, Maio, 2021


Folha de feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Prestação Nota Subtotal
máxima do
tutor
 Capa 0,5
 Índice 0,5
 Introdução 0,5
Aspectos
Estrutura organizacionais  Discussão 0,5

 Conclusão 0,5

 Bibliografia 0,5
 Contextualização
(Indicação clara do 1,0
problema)
Introdução  Descrição dos 1,0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2,0
do trabalho
 Articuladores e
domínio do discurso
Conteúdo académico (expressão 2,0
escrita cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual
discussão  Revisão bibliográfica 2,0
nacional e
internacionais
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2,0
 Contributos teóricos
Conclusão 2,0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
gerais Formatação paragrafo, 1,0
espaçamento entre
linhas
Referencias Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Bibliográficas edição em citações/refecias 4,0
citações e bibliográficas
bibliografia
4

Introdução

Objectivos

Geral:

Específicos:



Metodologia e Estrutura do Trabalho

O trabalho em destaque é de carácter exploratório, e para a sua composição (resolução) ou


concretização do trabalho teve-se como base no método de pesquisa bibliográfica. E quando a
estrutura, o trabalho compõe-se de: capa, folha de feedback, índice, introdução, analise e
discussão, conclusão e bibliografia.
5

1.0. DISCUSSÃO DAS QUESTÕES DO MODULO DE FISIOLOGIA HUMANA E ANIMAL


NAS UNIDADES TEMÁTICAS (DESDE 1ª A 12ª UNIDADE)

1.1.0. Introdução a Fisiologia

1.1.1. Conceito etimológico da fisiologia

A fisiologia (do grego physis = natureza e logos = palavra ou estudo) é o ramo da


biologia que estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e bioquímicas nos seres vivos. De
uma forma mais sintética, a fisiologia estuda o funcionamento do organismo. É estudada em
diversas áreas da saúde como Medicina, Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição, etc e biológicas.
A fisiologia socorre-se dos conhecimentos proporcionados pela Física para explicar como
decorrem essas funções vitais e segundo que princípios físicos.

1.1.2. A relação entre funções fisiológicas e a evolução dos animais

O campo de estudos da fisiologia animal estende os métodos e ferramentas de estudo


da fisiologia humana para espécies não-humanas. Também a fisiologia vegetal emprega
técnicas de ambos os campos citados anteriormente. Seu escopo e temas são tão diversos
quanto a diversidade da vida que existe no planeta. Por isso, pesquisas em fisiologia animal
tendem a concentrar-se no entendimento de como as funções fisiológicas mudaram ao longo
da história evolutiva dos animais. Outros campos de estudo importantes têm surgido na
fisiologia, como a pesquisa em bioquímica, biofísica, biologia molecular, biomecânica e
farmacologia.

As células do organismo metazoário se associam e formam níveis diferentes de


organização: tecidos, órgãos e sistemas de órgãos. Um tecido deve ser sempre interpretado
morfo-funcionalmente como o produto da interacção entre grupos de células e de substâncias
intercelulares que desempenham uma ou mais tarefas específicas. Já um órgão é constituído
por mais de um tipo de tecido em diferentes proporções e padrões. Um sistema de órgãos
envolve mais de um órgão interagindo física, química e funcionalmente para que uma
determinada tarefa seja efetuada.

1.2.0. Homeostasia e Sistemas de Controle


1.2.1. Conceito de homeostase

Chama-se homeostase a condição de estabilidade operacional do meio interno e inclui


não só o controle de parâmetros térmicos como de vários outros parâmetros biológicos. Nos
animais homotérmicos a homeostasia tem a ver com a regulação constante da temperatura
6

corporal dentro de limites estreitos, pois não toleram grandes oscilações da temperatura. O
facto de os animais ectotérmicos serem termoconformadores (dentro dos limites de tolerância)
quer dizer que as condições de homeostase térmica são diferentes.

1.2.2. Caracterização da homeostasia nos animais heterotérmicos

Nos animais heterotróficos á Homeostasia se caracteriza em manter suas temperaturas


corporais relativamente constantes, mesmo com as variações da temperatura ambiental, em
que a manutenção da homeostasia é garantida por uma série de condições e ajustes
fisiológicos, morfológicos e comportamentais. Essa regulação permite equilibrar o calor
produzido e perdido ou ganho para o ambiente.

A capacidade de manter a temperatura corporal constante é um benefício para o


organismo, pois as suas reacções bioquímicas podem ser ajustadas para trabalhar de modo
mais eficiente naquela temperatura ajustada. Portanto, a homeostasia é o processo pelo qual
um organismo mantém constante as condições internas necessárias para a vida.

Ela favorece o metabolismo mesmo diante de oscilações térmicas, recebendo,


portanto, a denominação de homotérmicos ou endotérmicos (animais de sangue quente).

1.2.3. Componentes essenciais nos mecanismos hemostáticos com o equilíbrio do


organismo

Há dois mecanismos universais utilizados pelos sistemas vivos para se realizar a


regulação dos parâmetros biológicos.

1. Controle por Retroalimentação Negativa

O controlo por retroalimentação negativa (feedback negativo), ocorre quando uma


determinada alteração é detectada pelos receptores sensoriais, esta é comunicada ao
integrador. Este compara a variação com o ponto de ajuste ideal e elabora comandos
apropriados para que os órgãos feitores contrabalancem o efeito do estímulo cancelando-o ou
agindo contra ela. Vamos reexaminar a regulação da temperatura corporal. Suponha que você
esteja correndo num dia bem quente: a actividade muscular produz muito calor e o meio
interno “fica aquece”.

O aumento da temperatura corporal estimula os receptores térmicos e estes informam


o sistema nervoso central sobre a nova situação térmica do meio interno. Imediatamente,
comandos nervosos são enviados aos órgãos executores no sentido de contrabalançar os
efeitos do aumento de temperatura: você então pára, deita-se à sombra, continua a suar
7

profusamente e a ofegar (forma de perder calor por evaporação). Esses e outros mecanismos
contra o superaquecimento são desencadeados para refrear as actividades geradoras de calor e
estimular as actividades que facilitam a perda de calor para o meio.

2. Controle por Retroalimentação Positiva

No controle por retroalimentação positiva (feedback positivo), algumas vezes, os


sistemas de controlo agem exacerbando uma mudança, porém por um determinado limite de
tempo. Uma vez iniciadas as actividades de interacção sexual, sinais de receptividade sexual
estimulam fortemente o parceiro. A reacção positiva do parceiro excita a mulher mais ainda e,
assim reciprocamente, até que a penetração ocorre e, eventualmente, a fertilização do óvulo.
Note que a exacerbação da actividade sexual foi sendo retroalimentada progressivamente, mas
até que o orgasmo fosse atingido. O trabalho de parto inicia-se com o bebé exercendo pressão
mecânica sobre a parede do útero. A distensão mecânica da parede uterina estimula a secreção
da oxitocina, um harmónio hipotálamo. A função da oxitocina é a de estimular a contracção
causando aumento da pressão intra-uterina num ciclo vicioso até que finalmente o bebe é
expulso.

1.3.0. Termodinâmica dos Seres Vivos


1.3.1. As leis da termodinâmica

A termodinâmica é baseada em leis estabelecidas experimentalmente:

A Lei Zero da Termodinâmica: determina que, quando dois corpos têm igualdade de
temperatura com um terceiro corpo, eles têm igualdade de temperatura entre si. Esta lei é a
base para a medição de temperatura;

A Primeira Lei da Termodinâmica: fornece o aspecto quantitativo de processos de


conversão de energia. É o princípio da conservação da energia e da conservação da massa,
agora familiar: "a energia do universo é constante".

A Segunda Lei da Termodinâmica: determina o aspecto qualitativo de processos em


sistemas físicos, isto é, os processos ocorrem numa certa direcção mas não podem ocorrer na
direcção oposta. Enunciada por Clausius da seguinte maneira: “A entropia do Universo tende
a um máximo”.

A Terceira Lei da Termodinâmica: estabelece um ponto de referência absoluto para


a determinação da entropia, representado pelo estado derradeiro de ordem molecular máxima
e mínima energia. Enunciada como “a entropia de uma substância cristalina pura na
8

temperatura zero absoluto é zero”. É extremamente útil na análise termodinâmica das


reacções químicas, como a combustão, por exemplo.

1.4.0. Biocatálise
1.4.1. As substâncias consideradas biocatalisadores

Um biocatalisador é um catalisador das reacções bioquímicas dos seres vivos. São


considerados biocatalisadores as enzimas, os harmónios e as vitaminas.

Enzimas são um grupo de substâncias orgânicas de natureza normalmente proteica


(existem também enzimas constituídas de RNA, as ribozimas), com actividade intra ou
extracelular que têm funções catalisadoras, catalisando reacções químicas que, sem a sua
presença, dificilmente aconteceriam.

 As hormonas são os mensageiros químicos que são segregados directamente no


sangue, que a leva aos órgãos e aos tecidos do corpo para exercer suas funções.
 As vitaminas são substâncias orgânicas que o corpo é, normalmente, incapaz de
produzir, porém são de suma importância para o funcionamento do organismo.
1.4.2. Descrição da acção enzimática durante uma reacção celular

Em sistemas vivos, a maioria das reacções bioquímicas dá-se em vias metabólicas, que
são sequências de reacções em que o produto de uma reacção é utilizado como reagente na
reacção seguinte.

As enzimas convertem uma substância, chamada de substrato, noutra denominada


produto, e são extremamente específicas para a reacção que catalisam. Isso significa que, em
geral, uma enzima catalisa um e só um tipo de reacção química. Consequentemente, o tipo de
enzimas encontradas numa célula determina o tipo de metabolismo que a célula efectua. A
velocidade da reacção catalisada por uma enzima é aumentada devido a diminuição da energia
de activação necessária para converter o substrato no produto.

O aceleramento da reacção pode ser da ordem dos milhões de vezes: por exemplo, a
enzima orotidina-5'-fosfato descarboxilase diminui o tempo da reacção por ela catalisada de
78 milhões de anos para 25 milissegundos. Como são catalisadores, as enzimas não são
consumidas na reacção e não alteram o equilíbrio químico dela. A actividade enzimática pode
depender da presença de determinadas moléculas, genericamente chamadas cofactores. A
natureza química dos cofactores é muito variável, podendo ser, por exemplo, um ou mais iões
metálicos (como o ferro), ou uma molécula orgânica (como a vitamina B12). Estes cofactores
podem participar ou não directamente na reacção enzimática.
9

1.4.3. As formas da actuação de inibidores enzimáticos

Segundo https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/inibicao-
enzimatica/56533#, refere-se que:

A inibição enzimática é a redução da velocidade de uma reacção enzimática provocada


por uma molécula. As moléculas que provocam essa acção inibitória são chamadas de
inibidores e podem ser tanto constituintes da própria célula como podem ser
substâncias estranhas a ela.

Ocorre como forma de inibição específica em que o inibidor, actua como um agente
desnaturante, diminui a actividade de todas as enzimas. E já a inibição específica, o inibidor
diminui a actividade de uma única enzima ou de um grupo restrito de enzimas. Este tipo de
inibição pode ser do tipo reversível ou irreversível.

Temos a forma de inibição de enzimas reversível em que diminui-se a actividade


enzimática através de interacção reversível. Ou seja, o inibidor estabelece com a enzima um
complexo com uma ligação instável, não co-valente. E os inibidores irreversíveis são aqueles
inibidores que se ligam no sítio activo da enzima, de modo a formar um complexo estável, ou
seja, há a formação de uma ligação co-valente entre o inibidor e a enzima, o que pode
promover uma destruição dos grupos funcionais essenciais da enzima. Essa inibição é
progressiva, aumentando com o tempo até que atinja uma máxima inibição. As substâncias
que modificam quimicamente os resíduos de aminoácidos específicos podem agir como
inibidores irreversíveis. Os inibidores irreversíveis são muito úteis em estudos de mecanismo
de reacção.

1.5.0. Difusão
1.5.1. Descrição da difusão simples da facilitada

Na difusão simples, ocorre sem gasto de energia (transporte passivo), a favor do


gradiente de concentração do soluto e pode se dar tanto através dos poros como também
através da dupla camada lipídica. A velocidade do transporte é directamente proporcional à
concentração do soluto a ser transportado, à área envolvida no processo e à temperatura. É
inversamente proporcional à distância a ser percorrida e ao diâmetro da partícula. Íons
atravessam pelos poros; água, pelos poros e pela dupla camada lipídica; gases e harmónios,
pela dupla camada lipídica. Por exemplo: uma maior concentração de uma substância faz
com que ela atravesse a membrana (CO2 e O2 entre capilar e células).
10

Englobam-se nesta categoria, os transportes de electrólitos ou de não electrólitos que


se efectuam, respectivamente, a favor do gradiente de potenciais electroquímicos ou de
concentrações. Há todavia que distinguir duas situações distintas, decorrentes da natureza das
moléculas e das suas permeabilidades: ou se trata de entidades que podem atravessar a
membrana por simples difusão ou, pelo contrário, de moléculas que o não podem e, para as
quais, a célula dispõe de mecanismos que facilitam o respectivo tráfego.

A difusão facilitada é uma modalidade de difusão-transporte passivo: do meio mais


concentrado, para o meio menos concentrado, em que as moléculas atravessam a membrana
celular com a assistência de uma proteína transportadora específica localizada em alguma
membrana biológica. Transporte mediado e passivo, mas que necessita de uma proteína
carregadora ou transportadora que deve obrigatoriamente fazer parte da membrana. Essa
proteína é específica para cada substância (no exemplo é específica para a glicose). Este tipo
de transporte apresenta as características de saturação, especificidade e competição (duas
substâncias competem por um mesmo transportador tendo a velocidade do transporte
diminuída). Por exemplo: açucares (glicose) não se dissolve na matriz lipídica. A proteína
facilita o transporte ou difusão da glicose para dentro da célula.

Assim, este tipo de difusão se diferencia dos demais uma vez que sua velocidade de
difusão tende a uma velocidade máxima constante a medida que se aumenta a concentração
da substância a ser difundida. O mecanismo responsável por limitar a velocidade da difusão
facilitada se embasa no facto da substância transportada ligar-se a uma parte específica da
proteína transportadora (um sítio específico). Dessa forma, quando todos esses sítios
estiverem “ocupados”, não adianta aumentar a concentração da substância a ser transportada.
É premente para o aumento da velocidade que antes tais sítios sejam desocupados, para que a
proteína tenha actividade. Entre as substâncias, que atravessam as membranas biológicas por
difusão facilitada, destacam-se a glicose e grande parte dos aminoácidos. o nome da enzima
facilitadora: Permease.

Substâncias carregadas electricamente, o equilíbrio conforme mencionado


anteriormente é atingida não quando as concentrações em ambos os lados da membrana se
equiparam, mas quando há o equilíbrio entre os potenciais químicos (efeito da concentração)
e eléctrico (efeito da referida substância).
11

1.5.2. Caracterização da ocorrência da difusão referente ao transporte de água através


de uma membrana semipermeável

Com relação à direcção do fluxo dos solutos transportados podemos ter os seguintes
tipos de transporte:

Uniporte: refere-se ao transporte de um único elemento num determinado sentido


com ou sem gasto de energia. Ex.: H+- ATPases : é um uniporte de H+ com gasto de ATP,
tanto na plasmalema quanto no tonoplasto.

Contraporte: refere-se ao transporte de duas substâncias ao mesmo tempo. Neste


caso, tem-se uma subdivisão:

 Antiporte: transporte de duas substâncias em sentidos contrários. Exemplo: antiporte


H+/catião: entra um próton na célula ao mesmo tempo em que ocorre a saída de um
catião;
 Simporte: transporte de duas substâncias num mesmo sentido. Exemplo: simporte
H+/ anião: entra um próton concomitantemente a entrada de um anião.
1.5.3. Relação entre difusão com a concentração das substâncias

Considerando que a difusão é um processo físico em que substâncias são


transportadas de uma região mais concentrada para outra menos concentrada (a favor do
gradiente de concentração) de maneira aleatória e espontânea. E por ser um processo que
ocorre na célula quando esta é colocada em um meio com diferente concentração de soluto,
estará entrando em colapso com a concentração de substâncias e estas que ocorrem na célula,
pois está é relativa à quantidade de soluto que existe em uma quantidade padrão de solução ou
em uma quantidade padrão de solvente no organismo.

1.6.0. Osmose, Endocitose e Osmose


1.6.1. Diferença entre processos de osmose, endocitose e exocitose

A osmose é um transporte passivo que ocorre a favor do gradiente de concentração do


solvente e pode se dar tanto pelos poros quanto pela porção lipídica da membrana. As
membranas das células vegetais são semipermeáveis, isto é, permitem o movimento de
pequenas moléculas sem carga eléctrica (como o solvente) mais rapidamente que o
movimento de moléculas maiores ou com carga eléctrica (solutos). Ao passo que a
Endocitose é o transporte de fora para dentro da célula com gasto de energia. Para partículas
pequenas: pinocitose (basicamente de líquidos). Para partículas grandes: fagocitose. Pode
haver tanto transporte através da membrana quanto a digestão pelas enzimas contidas nos
12

lisossomas. Existem três formas principais de endocitose: fagocitose; pinocitose e endocitose-


mediada-por-um-receptor.

Portanto, estes dois processos diferem com a exocitose, porque ela é o transporte de
dentro para fora da célula com gasto de energia. A exocitose é o processo pelo qual uma
célula eucariótica viva liberta substâncias para o fluido extracelular, seja o fluido que envolve
as células de um tecido, nos organismos multicelulares, seja para o ambiente aquático, por
modificação da membrana celular, ou seja, sem ser por difusão. É o oposto de endocitose.

1.6.2. Relação do processo de osmose, endocitose e exocitose com o meio interno da


célula

Todos estes processos (osmose, endocitose, e exocitose) proporcionam e auxiliam para


o bom funcionamento da célula. Considerando que a osmose um transporte passivo que
ocorre a favor do gradiente de concentração do solvente e pode se dar tanto pelos poros
quanto pela porção lipídica da membrana, é um processo relativo a célula porque é relativo as
membranas das células vegetais, e para tal ocorrência ase necessita dá endocitose e a
exocitose para o transporte de fora para dentro da célula (endocitose) ou vice-versa
(exocitose), embora se gaste a energia.

1.7.0. Transporte Activo


1.7.1. Diferença entre o transporte activo primário do secundário

E esta difere com o Co-transporte ou transporte activo secundário, porque este é o transporte
de glicose e aminoácidos em epitélio intestinal e renal. Ocorre contra o gradiente de
concentração do soluto com energia proveniente do gradiente de sódio e o Transporte activo
primário é primeiramente realizado por enzimas ATPasss, com o importante bomba-de-sódio,
em que se mante o potencial electroquímico das células.

1.7.2. Mecanismos do funcionamento da bomba da sólida-potássio

Para manter o potencial eléctrico da célula, esta precisa de uma baixa concentração de
ions de sódio e de uma elevada concentração de iões de potássio, dentro da célula. Fora das
células existe uma alta concentração de sódio e uma baixa concentração de potássio, pelo que
existe difusão destes componentes através de canais iónicos existentes na membrana celular.
Para manter as concentrações ideais dos dois iões, a bomba de sódio bombeia sódio para fora
da célula e potássio para dentro dela. Note-se que este transporte é realizado contra os
gradientes de concentração destes dois iões, o que ocorre graças à energia liberada com a
clivagem de ATP (transporte activo).
13

1.7.3. Descrição do processo de transporte activo

O transporte activo é o nome dado ao tráfego de substâncias através da membrana


celular é primariamente realizado pelas enzimas ATPases, como a importante bomba-de-
sódio, que tem função de manter o potencial electroquímico das células. Este processo ocorre
contra o gradiente de concentração. Necessita de carreador e de ATP. Muitas células possuem
uma ATPase do cálcio que opera as concentrações intracelulares baixas de cálcio e controla a
concentração normal (ou de reserva) deste importante mensageiro secundário. Uma outra
enzima actua quando a concentração de cálcio sobe demasiadamente. Isto mostra que um íon
pode ser transportado por diferentes enzimas, que não se encontram permanentemente activas.

Figure 1: Esquema do transporte activo (Fonte: Biologia da Célula)

1.8.0. Sistema Nervoso


1.8.1. Definição de sistema nervoso

O sistema nervoso é a coordenação de todas as funções corporais, capacitando a


pessoa a adaptar-se às mudanças nos meios internos e externos. Este sistema é constituído por
dois tipos principais de células: Neurónios, células condutoras; e Neuróglias, células de
sustentação.

Figure 2: Constituição do Sistema Nervoso (Fonte: Internet)


14

1.8.2. Constituição e localização do sistema nervoso central e medula espinal

O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e medula espinal.

O encéfalo (do grego: en, dentro + céfalo, cabeça) divide-se em três estruturas:
encéfalo posterior, encéfalo anterior e encéfalo médio. Os órgãos do SNC são protegidos por
estruturas esqueléticas: dura-máter (a externa), aracnóide (a do meio) e pia-máter (a interna).
Entre as meninges aracnóides e pia-máter há um espaço preenchido por um líquido
denominado líquido cefalorraquidiano ou líquor.

E a medula espinal situada ao longo da coluna vertebral, que lhe serve de protecção
(vai desde a cavidade occipital até à segunda vértebra lombar) e é formada por um cordão de
nervos. Esta desempenha a função de condução e coordenação. As principais funções da
medula espinhal são: conduzir impulsos nervosos do corpo para o encéfalo; produzir impulsos
nervosos coordenando actos como, por exemplo, o reflexo involuntário.

1.8.3. As funções de Bulbo Raquidiano e da medula espinal

As funções de Bulho Raquidiano são:

 Produz os comportamentos rígidos autónomos, necessários para a sobrevivência, como


o aumento da frequência cardíaca e a estimulação da medula supra-renal para
produção de adrenalina;

 Proporciona contacto das fibras nervosas entre os centros nervosos superiores e


inferiores;

 Serve como origem para 10 dos 12 pares de nervos cranianos.

As principais funções da medula espinhal são:

 Conduzir impulsos nervosos do corpo para o encéfalo,


 Produzir impulsos nervosos coordenando actos como, por exemplo, O reflexo
involuntário.
1.8.4. Distinção entre o sistema nervoso central do periférico

O sistema nervosa central compreende o encéfalo e a espinal medula e tem como


função processar a informação recebida. E o sistema nervoso periférico constituído por
nervos e por formações globulares, constituídas pelos corpos celulares dos neurónios,
designados gânglios.
15

1.9.0. Sistema Nervoso Periférico


1.9.1. Composição do sistema nervoso periférico

O sistema nervoso periférico, compõem-se de nervos cranianos e nervos raquidianos,


com suas ramificações.

Os nervos cranianos são em número de 12 pares. Alguns saem do cérebro, outros da


ponte e do bulbo. Podem ser sensitivos, motores ou mistos e inervam a cabeça pescoço e
ombros e vísceras (no caso do nervo vago apenas). E os nervos raquidianos são em número de
31 pares e são todos mistos.

1.9.2. As funções do sistema nervoso periférico

As funções do sistema nervoso periférico são:

 Tem por função reagir a estímulos provenientes do ambiente externo.


 Tem por função regular o ambiente interno do corpo, controlando a actividade dos
sistemas digestivos, cardiovascular, excretor e endócrino.
1.9.3. Distinção entre o sistema nervoso periférico simpático do parassimpático

O sistema nervoso periférico simpático é aquele que estimula acções que mobilizam
energia, permitindo ao organismo responder a situações de stresse. Por exemplo, o sistema
simpático é responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, pelo aumento da pressão
arterial, da concentração de açúcar no sangue e pela activação do metabolismo geral do corpo.
E o sistema nervoso periférico parassimpático é o estimula principalmente actividades
relaxantes, como as reduções do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras do
Parassimpático que tem acção vasodilatadora mediante a libertação de acetilcolina.

Portanto, é evidente que esses dois sistemas têm funções contrárias (antagónicas), ou
seja, uma corrige os excessos do outro.

1.10.0. Sinapses do Sistema Nervoso Central


1.10.1. Características dos neurónios nas actividades eléctricas

As características dos neurónios nas actividades eléctricas são:

 Elas conduzem o impulso nervoso;


 São constituídos fundamentalmente por: Corpo central, Dentritos, e Axónio.

O corpo central é a porção dilatada, onde se encontra o núcleo. Os Dentritos são


prolongamentos citoplasmáticos curtos (na maior parte dos neurónios são muito ramificados)
16

e de diâmetro progressivamente menor. E o axónio é o prolongamento citoplasmático,


geralmente mais longo (em alguns neurónios atinge mais de 1m de comprimento), que
apresenta um diâmetro idêntico em toda a sua extensão e possui ramificações na extremidade,
designadas ramificações terminais;

Figure 3: Esquemas de um neurónio (retirado de Brites M., 2006)

1.10.2. Formação e estrutura de uma sinapse

As sinapses são formadas de redes funcionais para o processamento e armazenamento


das informações. Podemos destacar a sinapse química e eléctrica, e uma sinapse tem três
componentes: o terminal axonal de uma célula, o dendrito da célula receptora e um processo
de célula glial.

1.10.3. Distinção de diferentes tipos de sinapse

Existem dois tipos de sinapses: química e eléctrica. As sinapses químicas são as mais
comuns nos seres humanos e outros mamíferos. As sinapses eléctricas são mais comuns em
organismos invertebrados, nos humanos geralmente não ocorrem em neurónios, apenas nas
células gliais ou musculares (https://www.todamateria.com.br/sinapses/).

Na sinapse química o sinal de entrada é transmitido quando um neurónio libera um


neurotransmissor na fenda sináptica, o qual é detectado pelo segundo neurónio através da
activação de receptores situados do lado oposto ao sítio de libertação.

E nas sinapses eléctricas ocorrem em locais especializados chamados junções. Elas


formam canais que permitem que os iões passem directamente do citoplasma de uma célula
para o citoplasma da outra. A transmissão nas sinapses eléctricas é muito rápida; assim, um
17

potencial de acção no neurónio pré-sináptico, pode produzir quase que instantaneamente um


potencial de acção no neurónio pós-sináptico.

1.11.0. Relógio Biológico


1.11.1. Definição do relógio biológica

O relógio biológico é um mecanismo regido pela sequência das horas do dia, que está
presente em todos os seres vivos, regulando todas as actividades do organismo. A região que
controla os ritmos biológicos, que são de 24 horas, é o hipotálamo anterior, e são esses ritmos
biológicos, chamados de ciclos circadianos, que regulam os horários de dormir, acordar,
comer, dentre outras actividades como esvaziar a bexiga, o intestino, e também a produzir
harmónios como o cortisol, a melatonina e o harmónio do crescimento.
(https://brasilescola.uol.com.br/biologia/relogio-biologico.htm).

1.11.2. Localização do relógio biológico humano

O relógio biológico humano localiza-se nos núcleos supraquiamáticos (NSQ) grupos


das células no hipotálamo e recebe informações da retina pelo tracto retino hipotálamo
enquanto que a glândula pineal recebe informações directamente do NSQ. O ciclo é
controlado pelo relógio biológico, que determina a produção de harmónios: cortisol-despertar
e melatoninasono.

1.12.0. Fisiologia do Sono


1.12.1. Definição do sono

O Sono (do latim somnu, com o mesmo significado) é um estado ordinário de


consciência, complementar ao da vigília (ou estado desperto), em que há repouso normal e
periódico, caracterizado, tanto no ser humano como nos outros animais superiores, pela
suspensão temporária da actividade perceptivo-sensorial e motora voluntária.

1.12.2. Distinção entre os diferentes estágios do sono

O estado de sono é caracterizado por um padrão de ondas cerebrais típico,


essencialmente diferente do padrão do estado de vigília, bem como do verificado nos demais
estados de consciência.

O sono divide-se em dois estágios fisiologicamente distintos: REM (Rapid Eye


Movement ou “Movimento Rápido dos Olhos”); e NREM (Non Rapid Eye Movement ou
“Movimento Não Rápido dos Olhos”).
18

O sono REM, caracteriza-se por uma intensa actividade registrada no


Eletroencefalograma (EEG) seguida por flacidez, paralisia funcional, dos músculos
esqueléticos. O sono REM é também denominado como sono paradoxal, podendo mesmo
falar-se em estado dissociativo.

E o estágio NREM do sono é caracterizado pela secreção do harmónio do crescimento


em grandes quantidades, promovendo a síntese proteica, o crescimento e reparação tecidular,
inibindo, assim, o catabolismo. Um ciclo do sono dura cerca de noventa minutos, ocorrendo
quatro a cinco ciclos num período de sono nocturno. E este sono um papel anabólico, sendo
essencialmente um período de conservação e recuperação de energia física, e que ocupa cerca
de 75% do tempo do sono e divide-se em quatro períodos distintos conhecidos como estágios
1, 2, 3 e 4.

1.12.3. Relação entre os estágios do sono com a fisiologia do organismo

A fisiologia do organismo por se  dedicar na compreensão do funcionamento de um


organismo, e sendo responsável por desvendar todos os processos físicos e químicos
envolvidos na manutenção da vida, é evidente que ela entrará m concordância com o estudo
do sono, concretamente nos estágios do sono, pois não basta saber, por exemplo, quais são os
órgãos que compõem um organismo, é fundamental compreender todo o seu funcionamento e
as actividades desenvolvidas por cada uma dessas estruturas.
19

Conclusão

A história da anatomia encontra-se associada às da medicina e da cirurgia, cujo


desenvolvimento originou os seus progressos. Este mistério surge porque constatou-se que a
anatomia é uma área de ciência muito vasta e que deveria se dividir em ramos diversificados
que possam responder a cada parte da anatomia. O estudo da anatomia por parte dos
estudantes de biologia lhe faz compreender e saber explicar a organização estrutural dos seres
vivos, de modo que proporcione uma boa aprendizagem no ambiente da sala de aula.
Entretanto, os invertebrados antecedem os vertebrados, pois estes são as primeiras a
emergirem, e os dois grandes grupos são: os vertebrados e os invertebrados. Os 8 filos que
compõem os invertebrados são: esponjas ou poríferos, cnidários, platelmintos, nematelmintos,
muluscos, anelídeos, artrópodes, equinodermas. No entanto, a característica fundamental dos
seres vertebrados é de possuírem um sistema esquelética, e uma das funções do esqueleto nos
vertebrados é de dar suporte ao organismo durante o crescimento e possibilitar o
desenvolvimento do cérebro.
20

Bibliografia

Manual de Licenciatura em Ensino de Biologia – Fisiologia Animal Humana. Universidade


Católica de Moçambique (UCM): Centro de Ensino à Distância.

Manual de Anatomia e Fisiologia. CEFAD.

Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia.

DELMAS, a anatomia humana, edição Nº 1111/2263, Fev. de 1977.

Websites:

<https://www.news-medical.net/health/What-are-Hormones-(Portuguese).aspx> acesso em 23
de Maio de 2021.

< https://brasilescola.uol.com.br/biologia/relogio-biologico.htm> acesso em 23 de Maio de


2021.

< https://www.todamateria.com.br/sinapses/> acesso no dia 23 de Maio de 2021.

<https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/inibicao-enzimatica/
56533#> acesso em 23 de Maio de 2021.

< https://www.biologianet.com/biologia-celular/difusao.htm> acesso no dia 23 de Maio de


2021.

< https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/animais-homeotermicos-heterotermicos.htm>
acesso em 23 de Maio de 2021.

< https://www.todamateria.com.br/homeotermia/> acesso em 23 de Maio de 2021.

Você também pode gostar