Você está na página 1de 14

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

SISTEMA ENDÓCRINO - REGULAÇÃO E CONTROLE DAS FUNÇÕES DO CORPO

Nome do Estudante: Felizardo Eusébio Nivorocha


Código do Estudante: 708234139

Curso: Licenciatura em Ensino de Educação Física


e Desporto
Cadeira: Fisiologia Geral
Ano de frequência: 2º ano

Nampula, Abril
2024
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

Nome do Estudante: Felizardo Eusébio Nivorocha


Código do Estudante: 708234139

Trabalho da cadeira de Fisiologia Geral, visa abordar


sobre, Sistema endócrino - Regulação e controle das
funções do corpo, 2º ano, curso de Licenciatura em
Ensino de Educação Física e Desporto, da
Universidade Católica de Moçambique. Leccionada
pelo:

Tutor:

Nampula, Abril
2024

2
Folha de Feedback
Classification
Pontuação Nota /
Categorias Indicadores Padrões Máxima Tutor Subtotal

 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos
organizacionais  Introdução 0.5
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
Contextualização
(indicação clara do 1.0
Introdução problema)
Descrição dos objectivos 1.0

Conteúdo Metodologia adequada ao 2.0


objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Análise discussão discurso académico 2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência/coesão textual).
Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
revelantes na área de
estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho 1.0
gerais de letra, parágrafo,
espaçamento entre linhas
Normas APA 6a
ed. e citações e Rigor e coerência das 4.0
bibliografia citações/ referências
bibliográficas

3
Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 5

Objectivo Geral ............................................................................................................................... 5

Objectivos Específicos .................................................................................................................... 5

Metodologia .................................................................................................................................... 5

Sistema endócrino - Regulação e controle das funções do corpo ................................................... 6

Regulação e controle das funções do corpo .................................................................................... 8

Mecanismos de troca de calor entre o corpo e o ambiente ............................................................. 9

Exercícios físicos e a liberação dos harmónios............................................................................. 10

Regulação da actividade hormonal ............................................................................................... 11

Conclusão...................................................................................................................................... 13

Referência bibliográfica ................................................................................................................ 14

4
Introdução
O sistema endócrino é um sistema complexo que regula e controla as funções do corpo através
da produção de harmónios. Essas substâncias químicas são produzidas por glândulas
especializadas e são liberadas directamente no sangue, distribuindo-se por todo o organismo e
exercem suas acções a distância, nos órgãos-alvo correspondentes. O sistema endócrino é um dos
grandes mecanismos de controle de que o organismo dispõe e é fundamental para a manutenção
da homeostasia e da saúde geral do corpo.

Objectivo Geral
 Apresentar uma discussão actualizada acerca do sistema endócrino, sua estrutura e
funções, e como ele regula e controla as funções do corpo através da produção de
harmónios.

Objectivos Específicos
 Apresentar as principais glândulas do sistema endócrino e seus harmónios.
 Explicar como os harmónios atuam nos órgãos-alvo correspondentes.
 Discutir a importância do sistema endócrino na manutenção da homeostasia e da saúde
geral do corpo.
 Apresentar exemplos de como o sistema endócrino regula e controla as funções do corpo.

Metodologia
Para a elaboração deste trabalho, foi realizada uma revisão da literatura sobre o sistema
endócrino, sua estrutura e funções, e como ele regula e controla as funções do corpo através da
produção de harmónios. As fontes de informação utilizadas foram artigos científicos, livros e
sites especializados em fisiologia e endocrinologia.

5
Sistema endócrino - Regulação e controle das funções do corpo

O sistema endócrino, em conjunto com o sistema nervoso, regula e controla todas as funções de
nosso organismo. Só para citar alguns poucos exemplos, o sistema endócrino atua no
crescimento de tecidos, no equilíbrio hídrico do corpo, na reprodução e no metabolismo de
carboidratos. Ele é formado por uma série de glândulas, chamadas de glândulas endócrinas.

O sistema endócrino é basicamente constituído por glândulas e tecidos orgânicos responsáveis


pela secreção de substâncias químicas, denominadas de hormônios, que controlam funções
biológicas (Veronez; Vieira, 2012).

De acordo com Molina (2014), actualmente o sistema endócrino é definido como uma
rede integrada de múltiplos órgãos, de diferentes origens embrionárias, que liberam harmónios,
incluindo desde pequenos peptídeos a glicoproteínas, que exercem seus efeitos em células-alvo
próximas ou distantes. Ainda segundo Molina (2014), essa rede endócrina de órgãos e
mediadores não atua de maneira isolada e está estreitamente integrada com os sistemas nervosos
central e periférico, além do sistema imune, o que viabiliza o uso dos termos neuroendócrino ou
neuroendócrino-imune com para se referir a estas interacções.

Figura.1: O sistema endócrino humano. Representação das glândulas endócrinas do homem e mulher [106] .

6
As hormonas não são exclusivas dos seres humanos. Estão presentes na natureza, tanto em
espécies animais como em espécies vegetais. Nos organismos vertebrados existe bastante
semelhança entre as hormonas existentes nas diversas espécies, quer nas suas características
estruturais quer na função que desempenham. Nos vegetais, embora existam diferença de
estrutura e função, o mecanismo de acção é semelhante. Esta é a razão pela qual, qualquer
substância que interfira no mecanismo de acção hormonal pode alterar o desenvolvimento, a
reprodução e outras funções dos seres vivos das diversas espécies.

 Pineal - A pineal é uma pequena glândula situada no centro do cérebro. Sua principal
função é o controle dos ciclos diários de sono e vigília. Durante a noite, a escuridão
estimula a secreção de um hormônio da pineal, a melatonina, que induz ao sono. Já a
claridade inibe a produção de melatonina.
 Hipófise - A hipófise, ou pituitária, é uma pequena glândula, situada sob o encéfalo e
ligada ao hipotálamo. Além de controlar diretamente diversas funções metabólicas, a
hipófise também estimula ou inibe a ação de outras glândulas. Ela é dividida em duas
regiões, uma posterior, chamada de neuro-hipófise, e outra anterior, a adeno-hipófise.
 Tireoide - A tireoide é uma glândula situada na região frontal do pescoço. Os principais
hormônios secretados pela tireoide são: a tiroxina (T4), a triidoxina (T3) e a calcitonina.
O T4 e o T3 regulam o metabolismo celular. Já a calcitonina regula a concentração de
cálcio, elemento importante para a contração muscular.
 Paratireóides - Ligadas à parte posterior da tireóide, existem quatro pequenas glândulas
endócrinas, chamadas paratireoides. As paratireóides secretam o paratormônio (PTH),
que atua na regulação da concentração de cálcio no organismo.
 Supra-renais - As glândulas supra-renais, ou adernais, estão localizadas sobre os rins.
Internamente, são divididas em duas regiões, uma externa, o córtex ad-renal, e outra
interna, a medula ad-renal.
 Pâncreas - O pâncreas é uma glândula mista localizada na região abdominal. Ele é
chamado de glândula mista pelo fato de possuir tanto funções endócrinas quanto
exócrinas. A função endócrina é realizada por diversos conjuntos de células chamadas
de ilhotas de Langerhans.

7
 Ovários - Os ovários secreta os harmónios sexuais femininos, o estrógeno e a
progesterona. O estrógeno, entre outras funções, está relacionado ao ciclo menstrual e ao
desenvolvimento de características sexuais secundárias femininas, como os seios e o
acúmulo de gordura em certas regiões do corpo. A progesterona promove alterações
necessárias para a manutenção de uma possível gravidez. No útero, por exemplo, o
harmónio promove a formação do endométrio, tecido sobre o qual o embrião se fixa.
 Testículos - Os testículos secreta o harmónio sexual masculino, a testosterona. Este
harmónio, entre outras funções, promove o desenvolvimento de características sexuais
secundárias masculinas, tais como voz grossa e barba.

De modo geral, a função endócrina anormal resulta de excesso ou deficiência na acção dos
harmónios, podendo decorrer da produção anormal de determinado harmónio ou de redução no
número ou na função dos receptores, desencadeando assim uma série de patologias como
diabetes, hipertireoidismo, hipotireoidismo, entre outras já citadas. Como esclarecem Dellazari,
Filho e Borges (2010), há também produtos químicos, denominados desreguladores endócrinos,
que alteram o funcionamento do sistema endócrino podendo ou não causar disfunções
prejudiciais.

Regulação e controle das funções do corpo


A capacidade de regular a temperatura corporal, característica especial dos animais
homeotérmicos, é exercida pelo hipotálamo. Este é informado da temperatura corporal, não só
por termorreceptores periféricos, mas principalmente por neurônios que funcionam como
termorreceptores. A termorregulação está associada à homeostase da temperatura corporal do
organismo, e o controle da temperatura é exercido através de mecanismos do SNA Simpático. Os
seres humanos são homeotérmicos, ou seja, mesmo sob grandes variações de temperatura
ambiental, a nossa temperatura central (interna) sofre variação mínima. A temperatura ideal do
corpo humano é de 36,5 à 37 graus Celsius. A temperatura ambiente confortável para o ser
humano gira em torno de 20 à 35 graus.

8
Fonte: Mecanismos fisiológicos para regulação da temperatura

Existe um ponto de ajuste interno, no qual o corpo estabelece como sendo o ideal. Temos
receptores, que são sensores que percebem as variações da temperatura, comparam isso com o
ponto de ajuste hipotalâmico e ativam vias efetoras para corrigir os parâmetros. Para que
consigamos manter a temperatura corporal estável, temos que produzir ou ganhar tanto calor
quanto perder.

A endorfina é o harmónio responsável por promover a sensação de recompensa e bem-estar. Sua


liberação acontece quando há um sentimento de prazer ligado à atividade física, gerando alívio e
relaxamento. As catecolaminas são responsáveis pelo aumento da taxa metabólica, liberando
glicose e ácidos graxos no sangue.

Mecanismos de troca de calor entre o corpo e o ambiente


 Irradiação: emissão de calor sob forma de ondas eletromagnéticas

 Condução: Transferência direta de calor. A camada adiposa tem baixa velocidade de


condução, portanto é um isolante térmico. A agua tem maior capacidade de absorção e
condução de calor.

 Convecção: Substituição do meio já equilibrado; correntes de ar são removidas da


superfície em contato com a pele.

9
 Evaporação: sudorese

A regulação da glicemia no organismo depende basicamente de dois hormônios, o glucagon e a


insulina. A ação do glucagon é estimular a produção de glicose pelo fígado, e a da insulina é
bloquear essa produção, além de aumentar a captação da glicose pelos tecidos periféricos
insulino-sensíveis. Com isso, eles promovem o ajuste, minuto a minuto, da homeostasia da
glicose.

Os níveis normais de glicose no sangue são de até 99mg/dl pré-prandial (período que antecede a
alimentação), e até 140 mg/dl pós-prandial (1 ou 2 horas após a alimentação) . Níveis alterados
desses valores podem sugerir crises hiperglicêmicas ou hipoglicêmicas.

Exercícios físicos e a liberação dos harmónios


Os hormônios são substâncias químicas produzidas pelo sistema endócrino do nosso corpo,
desempenhando um papel crucial na regulação de processos como fome, sono, crescimento e
muito mais. Além disso, eles também são liberados durante a prática de exercícios físicos e têm
influências tanto fisiológicas quanto psicológicas.

Um treino adequado, orientado por um profissional, que envolve intensidade, tipo e duração
apropriados, desencadeia respostas hormonais que impactam positivamente a força física e
mental, proporcionando bem-estar que persiste mesmo após o término do exercício.

Fonte: www.Exercícios físicos e a liberação dos harmónios.com

A prática de exercícios físicos desencadeia a liberação de diversos hormônios que desempenham


papéis essenciais no corpo humano. Alguns dos hormônios liberados durante a atividade física

10
incluem a endorfina, serotonina, dopamina, adrenalina, GH (hormônio do crescimento), cortisol,
entre outros.

 A endorfina, conhecida como o "hormônio do prazer", é liberada durante o exercício


físico, promovendo sensação de bem-estar, alívio da dor e redução do estresse.

 A serotonina, apelidada de "hormônio da felicidade", regula as emoções e contribui para


funções cognitivas como memória e atenção.

 A dopamina, neurotransmissor ligado à motivação e prazer, é liberada durante a prática


de atividades físicas, estimulando a determinação e o prazer na realização dos exercícios.

 A adrenalina e noradrenalina, conhecidas como catecolaminas, são liberadas em resposta


ao estresse físico ou psicológico, aumentando a taxa metabólica e a liberação de glicose
no sangue.

 O GH, hormônio do crescimento, induz o crescimento celular, estimula o uso de gordura


como fonte de energia e promove o ganho de massa muscular.

 O cortisol, liberado em situações de estresse físico, apoia o metabolismo energético


durante o exercício.

Esses harmónios desempenham papéis importantes no equilíbrio do organismo, promovendo


bem-estar, motivação, regulação emocional, crescimento muscular, entre outros benefícios.
Portanto, a prática regular de exercícios físicos não apenas melhora a forma física, mas também
desencadeia a liberação desses harmónios que têm impactos significativos no bem-estar físico e
mental.

Regulação da actividade hormonal


Os níveis plasmáticos hormonais oscilam durante o dia, exibindo picos e depressões específicos
de cada hormônios. Esse padrão variável de liberação hormonal é determinado pela interação e
pela integração de múltiplos mecanismos de controle, aos quais incluem fatores hormonais,
neurais, nutricionais, ambientais que regulam a secreção constitutiva (basal) e estimulada (níveis
máximos) dos hormônios.

11
 Controle Neural

O controle e a integração pelo sistema nervoso central (SNC) constituem um componente chave
da regulação hormonal, mediado pelo controle direto da liberação hormonal endócrino pelos
neurotransmissores e também desempenham um importante papel na regulação da liberação
endócrina periférica dos hormônios. Certos órgãos endócrinos, como o pâncreas, recebem um
influx simpático e parassimpático, que contribui para a regulação da liberação de insulina e
glucagon. O controle neural da liberação de hormônios é mais bem exemplificado pela regulação
simpática da glândula suprarrenal, que funciona como gânglio simpático modificado, recebendo
o influxo neural direto do sistema nervoso simpático. A liberação da acetilcolina (ACh) das
terminações nervosas simpáticas pré-ganglionares da medula suprarrenal estimula a liberação de
adrenalina na circulação.

 Controle Hormonal

A liberação de hormônios por um órgão endócrino com frequência é controlada por outro
hormônio. Quando o resultado consiste na estimulação da liberação hormonal, o hormônio que
exerce esse efeito é denominado trófico, como no caso da maioria dos hormônios produzidos e
liberados pela adeno-hipófise. A regulação da liberação de glicocorticoides pelo ACTH fornece
um exemplo desse tipo de controle sobre a liberação hormonal. Os hormônios também podem
suprimir a liberação de outro hormônio. Um exemplo é fornecido pela inibição da liberação do
hormônio do crescimento pela somatostatina.

 Regulação por nutrientes ou íons

Os níveis plasmáticos de nutrientes ou de íons também podem regular a liberação hormonal. Em


todos os casos, o hormônio específico regula a concentração do nutriente ou do íon no plasma,
direta ou indiretamente. Entre os exemplos de regulação da liberação hormonal por nutrientes e
íons, destacam-se o controle da liberação de insulina pelos níveis plasmáticos de
glicose e o controle da liberação do paratormônio pelos níveis plasmáticos de cálcio e fosfato.

12
Conclusão
O sistema endócrino é um sistema complexo e fundamental para a manutenção da homeostasia e
da saúde geral do corpo. Ele regula e controla as funções do corpo através da produção de
hormônios, que são mensageiros químicos que atuam em órgãos-alvo correspondentes,
desencadeando respostas específicas. A compreensão do sistema endócrino e sua interação com
outros sistemas do corpo é fundamental para o diagnóstico e tratamento de diversas doenças.

Portanto, um conhecimento base acerca da actuação hormonal e sua regulação é de fundamental


importância, uma vez que essas moléculas participam de uma gama de acções e reacções do
organismo humano e a função final dos seus meios de controlo é fazer o sistema neuroendócrino
se adaptar as mudanças do ambiente, integrar sinais e manter a homeostasia. Além disso, são
diversos os distúrbios resultantes de alterações na secreção hormonal ou na responsividade da
célula-alvo à acção hormonal e mais abundante ainda a quantidade de condutas terapêuticas
voltadas a utilização de fármacos que utilizam mecanismos semelhantes à acção dos harmónios,
ou que atuem sobre estes.

13
Referência bibliográfica
Aires, M. M. (2018). Fisiologia (5ª ed.). Guanabara Koogan-RJ.

Guyton, A. C., & Hall, J. E. (2006). Tratado de Fisiologia Médica (11ª ed.). Elsevier Ed., Rio de
Janeiro.

Machado, A. B. M. (2007). Neuroanatomia funcional (2ª ed.). Atheneu Editora, São Paulo.

Berner, R. M., Levy, M. N., Koeppen, B. M., & Stanton, B. A. (2004). Fisiologia (5ª ed.).
Elsevier, Rio de Janeiro.

Costanzo, L. S. (2007). Fisiologia (3ª ed.). Elsevier, Rio de Janeiro.

Guyton, A. C., & Hall, J. E. (2006). Tratado de Fisiologia Médica (11ª ed.). Elsevier, Rio de
Janeiro.

Silverthorn, D. U. (2003). Fisiologia Humana - Uma Abordagem Integrada (2ª ed.). Manole, São
Paulo.

14

Você também pode gostar