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Tema: Fauvismo
Nampula, Abril
2024
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Nampula, Abril
2024
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Capa 0.5
Índice 0.5
Estrutura Aspectos
organizacionais Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(indicação clara do 1.0
Introdução problema)
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
Conteúdo
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Análise discussão discurso académico 2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência/coesão textual).
Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
revelantes na área de
estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho 1.0
gerais de letra, parágrafo,
espaçamento entre linhas
Normas APA 6a
ed. e citações e Rigor e coerência das 4.0
bibliografia citações/ referências
bibliográficas
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Índice
1.Introdução.....................................................................................................................................5
2. Fauvismo..................................................................................................................................6
3. Conclusão...............................................................................................................................12
4. Referência Bibliográfica.........................................................................................................13
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1. Introdução
O movimento artístico conhecido como Fauvismo, surgido no início do século XX, marcou uma
ruptura radical com as tradições artísticas estabelecidas, desafiando as normas convencionais de
representação visual. Caracterizado por cores vivas e intensas, distorções de formas e uma
abordagem expressiva e emocional da pintura, o Fauvismo deixou uma marca indelével no
panorama da arte moderna.
Para alcançar os objectivos propostos, esta pesquisa adoptará uma abordagem multidisciplinar,
combinando métodos de análise histórica, estilística e crítica de arte. Será realizada uma revisão
extensiva da literatura académica e fontes primárias relacionadas ao Fauvismo, incluindo textos
teóricos, críticas de arte contemporâneas e documentos históricos. Além disso, será realizada
uma análise visual detalhada das obras-chave do movimento Fauvista, examinando elementos
como uso da cor, composição, técnica de pincelada e temas recorrentes. Essa análise será
complementada por discussões críticas e interpretações contextualizadas das obras, buscando
compreender tanto seu significado intrínseco quanto sua relevância no contexto mais amplo da
arte moderna.
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2. Fauvismo
É a primeira vanguarda artística do século XX. A intenção do grupo era praticamente não
ter vínculo com a tradição académica francesa. É certo que movimentos artísticos do final do
século XIX já vinham se empenhando nesta tarefa, mas sem muita novidade. Usavam as cores
puras a fim de demonstrar a expressão emotiva transmitida pela natureza. Principais artistas:
René Matisse, André Derain, Maurice de Vlamick, George Braque
O fauvismo foi um movimento curto, que durou de 1904 a 1908. Teve como mestres
Matisse, Derais, Vlaminck, Dufy, Rouault e Braque. "O Fauvismo não é tudo, é apenas o começo
de tudo", assim pensava Matisse. Foi o primeiro movimento de vanguarda importante do século
XX.
Foi uma exposição em 1905 que inaugurou o Fauvismo em Paris. O movimento rompeu
com padrões, o céu não era mais azul, era amarelo; as árvores não eram mais verdes, eram
vermelhas. O público se opôs a essa mudança, e o movimento ganhou esse nome de um crítico
que chamou os artistas de "feras" (fauves). Havia quem comparasse as pinturas com desenhos
infantis. Matisse era o porta voz do grupo, e junto com Derain e Vlaminck começaram uma
coleção de mascaras africanas, o que acabou influenciando na criação das obras.
"Em 1908, os fovistas tinham levado o estilo aos últimos limites. A queda era inevitável.
Braque explicou assim o declínio: "Não se pode ficar para sempre num estado de paroxismo."
Observamos que antes das suas obras as cores eram aplicadas da forma como pareciam
na natureza: a grama era verde, a árvore tinha o caule marrom e as folhas verdes, a pele dos
modelos eram representados em tons rosados ou amarronzados, o céu era azul e as nuvens
brancas ou cinzentas, etc. Os Fauves proporcionaram uma revolução no nosso modo de ver a arte
e as coisas à nossa volta. Isso porque gerou uma liberdade antes nunca vista para a capacidade
que as cores tinham de expressar sentimentos e equilíbrio na tela, não mais só através da forma
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dos elementos retratados. A cor criou a explosão da Arte Moderna e a sua influência podemos
sentir até hoje.
Fonte: A siesta (1892-94), de Paul Gauguin. O artista foi uma das inspirações para o movimento fauvista
Havia a predominância do uso de cores fortes e vibrantes (roxo, verde, amarelo, azul e
vermelho), utilizadas de modo arbitrário e sem correspondência com o real.
Estas cores, sempre em seu estado puro, simplificavam as formas. Assim, elas
delimitavam e modelavam o volume, por meio de uma gradação fraca ou inexistentes de matizes
de cor. Outro aspecto importante são as pinceladas largas e espontâneas, com as quais os artistas
fauvistas delimitavam os planos e criavam sensação de profundidade.
A experiência que os fauves tiveram com a cor vibrante não pode ser chamada de
original. A cor já havia sido muito explorada na arte primitiva e medieval, e era uma constante
nas artes indígenas e tribais. Naquela época, o seu uso tinha o objectivo de melhor representar do
tema, com liberdade, sem estar presa a teorias pré-definidas. A revolução relacionada ao
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Fauvismo está na sua aplicação sem se preocupar com a limitação dos espaços de cor e na busca
do equilíbrio estético, independente da figuratividade como os académicos buscavam.
Portanto, essas características são visíveis, mesmo que de forma menos radical, nos trabalhos
de Van Gogh, Gauguin e Cézanne (apesar deste se expressar com cores menos vibrantes). Sabe-
se através disso e também de relatos feitos por alguns artistas fauvistas sobre a sua obra, que
estes grandes mestres da pintura pós-impressionista influenciaram o grupo Expressionista
Francês (O Expressionismo Francês é um outro nome dado aos fauvistas.
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Apesar de Matisse afirmar que “buscava a paz e a serenidade” (Chipp. 1999, p. 131), as
telas do grupo causaram grande espanto naquele tempo devido ao período de expectativa na
sociedade que se iniciou com a Segunda Revolução Industrial na Europa. O progresso gerado
pelo avanço de diversas áreas (tecnológica, científica, filosófica, etc.) criou um clima positivo,
mas também de incerteza quanto ao futuro.
A esse respeito, Fischer declara que “ toda arte é condicionada pelo seu tempo e
representa a humanidade em consonância com as ideias e aspirações, as necessidades e as
esperanças de uma situação histórica particular” (Fischer. 1987, p. 17).
“A arte une os indivíduos e os integra à realidade; é ela que socializa o homem e o auxilia a
interagir com o meio”
Portanto, apesar da fragmentação do ser humano, da quebra com as antigas práticas colectivas
que foram sendo substituídas pela modernidade e seu capitalismo, a arte serviu para representar
a sociedade através dos conceitos desenvolvidos pelos artistas fauvistas naquela ocasião. O
indivíduo (artista) expressou o que sentia em relação ao ambiente onde estava e em relação às
transformações da arte. O homem moderno (especialmente o parisiense), de certa forma já
conformado com as mudanças físicas e de rotina da cidade, precisava agora reconhecer que ele
também havia mudado.
Entende-se que a arte Renascentista buscava o ideal de beleza pela proporção e pela
simetria. Desde então os artistas tentavam captar a natureza de forma estática na busca da
perfeição e do encanto. Matisse declarou que o que vemos sempre está em movimento e não há
como vermos a natureza de forma rígida. Sendo assim, retratar um momento pode ser instável
e inverídico. Ele preferia perder o encanto para pintar a realidade. Isso significa “demonstrar
tons pesados com o foco na estabilidade da composição e na fidelidade aos sentimentos
transmitidos pela natureza” (Chipp. 1999. p. 129).
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“Quanto mais uma escola da história da arte avança, mais ela se deteriora” (Read. 2000,
p. 11). Isso acontece porque a arte acompanha os acontecimentos da sociedade, que é a sua
origem. O que se passa no ambiente interfere na vida humana, e o indivíduo sente a
necessidade de expressar seus sentimentos nas artes em geral.
A antiga linguagem da arte já não era adequada para a consciência humana: era
preciso estabelecer uma nova linguagem, sílaba por sílaba, imagem por
imagem, até que a arte pudesse mais uma vez ser uma necessidade social tanto
quanto individual. (Read. 2000, p. 29).
O Fauvismo não foi uma corrente artística coesa e organizada, mas reunia artistas que
compartilharam características comuns nas pinturas durante aquele período. Dentre os
nomes que influenciaram o movimento estão Van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-
1903).
Com suas pinceladas fortes, cores vibrantes e emotivas, ou mesmo com o primitivismo
sintetizador da natureza, ambos contribuíram para essa vertente da arte.
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Fonte: Retrato da Madame Matisse (1905), de Matisse. À direita, detalhe da expressão da mulher com uma
risca verde central.
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Maurice de Vlaminck (1876-1958)
3. Conclusão
Após tanta leitura perante a elaboração do presente trabalho, é de salientar que o
Fauvismo emergiu como um dos movimentos mais revolucionários e provocativos da arte
moderna, desafiando as convenções estabelecidas e explorando novas fronteiras expressivas
na pintura.
Portanto, uma das principais contribuições do Fauvismo foi sua abordagem radical
em relação ao uso da cor. Os artistas fauvistas, como Henri Matisse e André Derain,
ousaram utilizar cores vivas e não naturalistas, criando composições que desafiavam a
percepção tradicional da realidade. Além disso, o Fauvismo representou uma rejeição das
técnicas acadêmicas tradicionais em favor de uma abordagem mais livre e intuitiva da
pintura. Os fauvistas buscavam capturar a essência de seus temas por meio de pinceladas
vigorosas e gestuais, enfatizando a energia e a vitalidade da experiência visual.
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4. Referência Bibliográfica
Aranha, M. L., & Martins, M. H. (1998). Filosofando: Introdução à filosofia (2ª ed. ver. actual.).
São Paulo: Moderna.
Argan, G. C. (1992). A Arte Como Expressão. In D. Bottmann & F. Carotti (Eds.), A Arte
Moderna (pp. 227-262). São Paulo: Cia das Letras.
Bazin, G. (1976). História da Arte: Da Pré-história aos Nossos Dias. Lisboa: Livraria Bertrand.
Fischer, E. (1987). A Necessidade da Arte (9ª ed.). Rio de Janeiro: Editora Guanabara.
Read, H. (1981). A Arte de Agora Agora: Uma Introdução à teoria da Pintura e Escultura
Modernas (2ª ed.). São Paulo: Editora Perspectiv
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